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NOTAS
Olhando para baixo
Em um evento especial da COP15 da Convenção da Diversidade Biológica, que aconteceu em Montreal (Canadá), foi
lançado o GLOSOB (Observatório Global da Biodiversidade do Solo). A criação do observatório faz parte de um projeto que
envolve pesquisadores da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), EMBRAPA Agrobiologia e EM-
BRAPA Cerrados. A proposta do observatório foi recentemente enviada à FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação
e a Agricultura), como parte do plano de ação da iniciativa internacional para a conservação e uso da biodiversidade do
solo, da CBD, que recém foi aprovada na COP15. A implementação efetiva deste plano de ação será crucial para o sucesso da
década da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre restauração de ecossistemas (2021-2030), o quadro estratégico da
FAO 2022-2031, bem como, o quadro de biodiversidade global pós-2020.
O GLOSOB foi apresentado durante o diálogo ministerial e café da manhã com ministros, integrando a Sessão de Alto
Nível, da conferência de biodiversidade da ONU. Este é um dos eventos que ocorreram após as discussões da COP15, em que
os ministros se reúnem para realizar negociações e decidir sobre temas concernentes à agenda 20-30.
O pesquisador George Brown foi um dos três palestrantes do evento, juntamente com o diretor Li Lifeng da FAO e a
Monica Kobayashi, da CBD. Ao abordar o tema: Parando a perda de biodiversidade do solo - vamos começar pela raiz; Brown
apresentou o contexto científico para o lançamento do observatório global da biodiversidade do solo. “A criação do GLOSOB
irá melhorar, em escala mundial, o conhecimento sobre a biodiversidade do solo e monitorar os impactos das atividades
humanas sobre a biodiversidade do solo e sobre os serviços ecossistêmicos que ele fornece. O GLOSOB visa prever o estado
da biodiversidade e a saúde do solo, seguindo uma abordagem dirigida por prioridades nacionais”, explicou George.
O trabalho do GLOSOB subsidiará o desenvolvimento de políticas públicas, promoção de boas práticas e capacitação
nacional no uso de ferramentas e métodos de ponta para avaliar e manter a biodiversidade e a saúde do solo, garantindo,
assim, a conservação da biodiversidade e a provisão de serviços ecossistêmicos para as gerações presentes e futuras.
Foto: divulgação
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