Jornal Cocamar Abril 2023

RALLY COCAMAR
Do pior ao melhor ano da história
Animados com a expectativa de boa produção, agricultores investiram
mais em tecnologias para prevenir doenças e potencializar os resultados
Não foi preciso andar
muito por aí, na
safra de soja
2022/23, para encontrar
produtores colhendo volumes
recordes. Eles estavam
por toda parte. Nunca demorou
tão pouco para estufar de grãos
o reservatório de uma colheitadeira.
maior quantidade de soja de
sua história, que pode passar
de 2,3 milhões de toneladas,
um milhão a mais em comparação
ao ciclo anterior (2021/
22). O grão é o seu carro-chefe,
assim como também a principal
cultura para os aproximadamente
20 mil produtores
cooperados.
MUITO BOA - Nas regiões atendidas
pela Cocamar, nos estados
do Paraná, São Paulo e Mato
Grosso do Sul, salvo algumas exceções
onde faltou chuva em
momentos críticos e a produtividade
foi afetada, a avaliação dos
técnicos era de uma safra muito
boa.
TECNOLOGIA - Animados diante
da expectativa de uma boa produção,
os agricultores investiram
mais em tecnologias para a prevenir
doenças e potencializar os
resultados. Ao final, foram surpreendidos
por uma temporada
de chuvas torrenciais no início da
colheita que causaram alguns
danos, sem, no entanto, empanar
o brilho da supersafra.
UM MILHÃO A MAIS - A cooperativa
planeja receber a
VISITA - O Rally Cocamar de Produtividade
visitou alguns municípios
para acompanhar a colheita.
Em Paiçandu, município vizinho a
Maringá, onde boa parte das lavouras
estavam colhidas, o engenheiro
agrônomo Luiz Matheus
Moncalvo, da unidade local
da Cocamar, comentou que as
médias estavam entre 70 e 74
sacas de 60kg por hectare, mas
havia produtores que relataram
uma produtividade entre 86 e 88
sacas por hectare. Luiz e o gerente
Valdecir Frare acompanharem
a equipe do Rally em visita a
propriedades.
MELHOR MÉDIA - A família Luca,
que produz soja em Paiçandu,
Maringá, Sarandi e Itambé, fechou
com média de 79 sacas nesse último
município e, no começo da
colheita em Paiçandu, o primeiro
A família Luca, com propriedades em vários municípios
João Bologuese de Paiçandu investiu mais em tecnologia
lote registrou 80 sacas por hectare.
“No geral, acredito que vamos
ficar numa média de 80
sacas, a melhor que já conseguimos”,
comentou o produtor Valter,
ao lado do irmão Valdecir, do filho
Jorge e do sobrinho Marcelo.
CINCO VEZES MAIS - A média
esperada pelos Luca, neste ano,
era mais de cinco vezes em
comparação à alcançada no ciclo
anterior, de apenas 14 sacas por
hectare. A forte quebra foi causada
pelo prolongado déficit hídrico,
que devastou as lavouras
principalmente nas regiões noroeste
e oeste do estado. “2022
foi o pior ano, sofremos muito,
mas 2023, em compensação,
promete ser o melhor da história”,
comenta Valter.
TECNIFICADO - Ainda em Paiçandu,
os irmãos João e Braulino
Bologuese tinham colhido metade
de seus 100 alqueires e a
média passava de 70 sacas. A
exemplo dos Luca, eles são produtores
tecnificados e, nesta
safra, investiram mais em adubação
e no manejo com fertilizantes
foliares. “Num lote, colhemos
74 sacas por hectare. No
ano passado, tivemos que juntar
a produção de dez alqueires para
dar 75 sacas”, comenta João.
MELHOR SAFRA - No vizinho
município de Doutor Camargo, o
Rally esteve na propriedade de
Nazareno Maróstica - cujas terras,
na verdade, ficam em Ourizona.
Ele já havia colhido 70% de
seus 320 alqueires. “A média
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