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Ana Turra<br />

¿QUÉ PASA?<br />

LUZ COMPANHEIRA<br />

Quando o poeta, pesquisador e músico Tiganá Santana<br />

procurou o Itaú Cultural com um projeto artístico para o<br />

espaço de “ocupação” daquela instituição tinha em mente uma<br />

proposta nunca realizada ali: uma instalação em que o principal<br />

protagonista fosse o som. “Temos uma sobrecarga da função<br />

‘ver’, em detrimento dos demais sentidos” – argumentou.<br />

Aceito o projeto pela curadoria, Tiganá tratou de procurar<br />

os elementos acessórios a seu trabalho, momento em que<br />

percebeu a importância de ter uma narrativa de luz como apoio.<br />

Foi quando entrou em cena a arquiteta e lighting designer<br />

Anna Turra. “Quero que a luz seja a principal companheira de<br />

meu trabalho”, explicou Tiganá a ela.<br />

Anna então ponderou que, sendo a luz um fenômeno imaterial<br />

e invisível, seria necessário algum tipo de suporte físico<br />

no qual ela pudesse se manifestar. Surgiu assim mais uma personagem:<br />

a cenógrafa Stella Tennenbaum, cuja proposta<br />

baseava-se na subordinação à narrativa da luz e do som, em<br />

uma interessante inversão de percurso. Paredes curvas e nichos<br />

com lugares para se sentar foram algumas das respostas<br />

a essas demandas. A forma curva escolhida para as paredes e<br />

seu revestimento de fibra de coco vieram de encontro a outro<br />

quesito importante levantado por André Magalhães, mais um<br />

colaborador: a absorção acústica.<br />

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