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apolice289

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ESPECIAL TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />

TENDÊNCIAS<br />

HUGUES BERTIN,<br />

da Digital Insurance Latam<br />

a 2021 não existe mais. “Ele pode voltar<br />

daqui uns três anos, porque estamos em<br />

momento de juros altos e poucos investimentos<br />

em startups, que são de risco”.<br />

O setor passa por um período de ajustes<br />

das empresas.<br />

UM OCEANO DE OPORTUNIDADES<br />

O mercado de seguros oferece uma<br />

série de possibilidades de atuação para empresas<br />

de tecnologia. A lacuna de proteção<br />

é um atrativo para empresas de qualquer<br />

parte do mundo, porque a participação<br />

do setor no PIB ainda é pequena, cerca de<br />

5,2% em 2022, segundo dados da CNseg.<br />

“As empresas buscam novas parcerias<br />

para distribuição. O CAC (Custo de<br />

JOSÉ PRADO,<br />

da Insurtech<br />

Aquisição de Cliente) de mar aberto está muito alto. O canal corretor<br />

é acessível”, confirma Prado, da Insurtech Brasil.<br />

Hugo Assis destaca que a distribuição não será definida apenas<br />

pelo custo, e sim pela jornada da compra e por produto. “O cliente<br />

que está comprando uma viagem pode aceitar digitalmente uma<br />

oferta embarcada de um seguro viagem, mas um seguro de vida<br />

pode necessitar de um aconselhamento mais estruturado, onde o<br />

corretor sempre terá seu espaço”.<br />

“Na parte da distribuição, é provável que, graças à chegada<br />

da IA ​generativa, voltemos a ver uma nova tendência para o Direct-<br />

-To-Consumer, usando canais como o WhatsApp como um novo<br />

eixo de distribuição com um ChatBot Evolutivo”, explica Hugues Bertin.<br />

Caso a Generative AI seja um “hype” sem a capacidade de escalar<br />

esta nova tecnologia, é provável que todos os modelos de distribuição<br />

caminhem para o B2B2C, contando com plataformas de distribuição<br />

capazes de ligar as seguradoras tradicionais à distribuição.<br />

Para o executivo da Digital Insurance, nos próximos meses,<br />

devemos ver cada vez mais insurtechs trabalhando em novos riscos<br />

(cripto, ciber) ou riscos tradicionais “maltratados até agora”, como<br />

PMEs e independentes. “Do ponto de vista dos produtos, a nova matriz<br />

que vai passar por uma grande revolução está relacionada aos<br />

benefícios para funcionários, como Betterfly, Fully Ecosystem etc.<br />

Bertin completa: “do lado dos habilitadores, as áreas que gerenciam<br />

os dados para melhorar os riscos (assinatura, segmentação,<br />

retenção) devem ser as estrelas. Agora, a digitalização dos processos,<br />

a APIficação do setor continuará a ser área chave para atuação<br />

das insurtechs. Por fim, a tendência Open Insurance abre um mar de<br />

oportunidades que vão surgindo aos poucos”.<br />

Há cinco anos, lembra Hugues, todo mundo falava em desintermediação,<br />

que os intermediários iam acabar e que o cliente queria<br />

comprar seguro sem atrito, 100% online. A realidade mostrou-se<br />

muito diferente. “Hoje sabemos que o cliente é 80% híbrido e por<br />

isso quer ter ferramentas de autogestão (venda e pós-venda), mas<br />

também quer poder falar com um humano quando necessário. O<br />

grande vencedor destes cinco anos é o intermediário elevado ao<br />

que chamamos de “OMNI”, que consegue usar a tecnologia (facetime,<br />

diagnóstico de riscos, API, RRSS) para poder proporcionar uma<br />

experiência humana e omnicanal aos seus segurados. O desafio não<br />

é mais a famosa “Transformação Digital” e sim como podemos “humanizar<br />

o digital”.<br />

PARCERIA COM SEGURADORAS<br />

No passado, havia o mito de que as insurtechs surgiram para<br />

concorrer com as seguradoras tradicionais. Na verdade, elas vieram<br />

para somar. Muitas seguradoras começaram a investir em aceleradoras<br />

e espaços para cocriação, abrindo verdadeiros laboratórios de<br />

inovação para hospedar startups.<br />

O Grupo Bradesco investiu na InovaBra, assim como a Porto<br />

apostou na aceleradora Oxigênio. O Grupo Mapfre institucionalizou<br />

a Mapfre Open Innovation - MOI, como forma de se conectar com o<br />

ambiente aberto.<br />

Nik Maack, superintendente de Negócios Digitais e Inovação<br />

da Mapfre, explica que o MOI é uma grande fábrica de projetos, ba-<br />

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