Revista Apólice #289
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ESPECIAL TECNOLOGIA E INOVAÇÃO<br />
TENDÊNCIAS<br />
ASG E EXPERIÊNCIA DO CLIENTE<br />
podem significar um campo de avanço<br />
COM MENOS DINHEIRO DISPONÍVEL, STARTUPS DA ÁREA DE SEGUROS DEVEM<br />
INICIAR UMA NOVA FASE EM 2024, APOSTANDO EM OCUPAR ESPAÇOS AINDA<br />
VAGOS NO MERCADO DE SEGUROS<br />
Kelly Lubiato<br />
Cooperação é a palavra de ordem<br />
no mundo das insurtechs, seja<br />
no Brasil ou no mundo. Se elas<br />
surgiram para cobrir lacunas na operação<br />
do mercado, ou para investir na<br />
distribuição digital de produtos, ainda<br />
precisam demonstrar seu valor para<br />
continuar recebendo investimentos.<br />
Segundo Hugues Bertin, CSO da<br />
Digital Insurance Latam, o baixo investimento<br />
em insurtechs em 2023 (entre<br />
US$ 70 e 80 milhões no primeiro semestre,<br />
na América Latina) continuará até<br />
que as insurtechs não resolvam pelo<br />
menos dois dos cinco atributos principais<br />
a seguir: custos de aquisição mais<br />
baixos; menores custos de administração;<br />
melhora do risco com dados ou<br />
prevenção; aumento do valor do tempo<br />
de vida; cobertura de uma nova necessidade<br />
real.<br />
“Esperamos que as insurtechs retomem<br />
esse “Back to basics” como chave<br />
de sucesso e, por isso, devemos ver a<br />
partir de 2024 uma nova onda de insurtech<br />
2.0, já que nosso setor de seguros<br />
tem muitas ineficiências que apenas a<br />
tecnologia conseguirá resolvê-las”, prevê<br />
o especialista.<br />
Há algumas tendências que são<br />
comuns aos mercados globais. O aumento<br />
da resiliência e a agilidade continua<br />
a ser prioridade, assim como a<br />
evolução das empresas ligadas aos riscos<br />
climáticos, a atenção às políticas de<br />
ASG (ambiente, social e governança) e o<br />
investimento na experiência do cliente.<br />
Há também pontos que se cruzam<br />
com as tendências das segura-<br />
doras tradicionais, como a necessidade de parcerias entre incumbentes<br />
e insurtechs, conforme estudo “Tendências da Indústria de<br />
Seguros”, publicado pela consultoria Accenture. Este mesmo estudo<br />
aponta que o seguro precisa deixar de ser um produto elitizado<br />
e, neste ponto, as insurtechs têm muito a contribuir, porque elas<br />
ajudam a democratizar o acesso aos produtos e serviços, de formas<br />
mais ágeis e com custo menor. “No cenário atual, a parceria entre<br />
insurtechs e incumbentes será acelerada, e os números já mostram<br />
isso, com um crescimento de 7% entre fusões e aquisições<br />
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