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<strong>Bal<strong>de</strong>ação</strong> I<strong>de</strong>ológica Inadvertida e <strong>Diálogo</strong> 2<br />
Prefácio<br />
Por que é Plinio Corrêa <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong> uma das personalida<strong>de</strong>s mais discutidas,<br />
mais aplaudidas e mais combatidas da atualida<strong>de</strong> brasileira? Por que seu nome se<br />
vai projetando – sempre combatido, aplaudido e discutido – nas Américas e na<br />
Europa?<br />
Por que poucas personalida<strong>de</strong>s são tão ricas em significado i<strong>de</strong>ológico<br />
quanto a sua. Como constituinte fe<strong>de</strong>ral, e posteriormente como professor,<br />
conferencista, orador, jornalista, lí<strong>de</strong>r e homem <strong>de</strong> ação, toda a sua vida vem sendo<br />
uma contínua tomada <strong>de</strong> posição, coerente, cristalina e intrépida, a favor <strong>de</strong> certos<br />
princípios. E estes princípios, ele os vai <strong>de</strong>senvolvendo gradualmente, com<br />
profun<strong>de</strong>za, com soli<strong>de</strong>z e com brilho, ao longo <strong>de</strong> seus livros.<br />
Na perspectiva <strong>de</strong>sses princípios, o perigo comunista se apresenta para<br />
Plinio Corrêa <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong> como <strong>de</strong> natureza principalmente <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong> e moral.<br />
Sem negar a importância da agressão termonuclear, do terrorismo ou da guerrilha<br />
como meio <strong>de</strong> implantar o marxismo, Plinio Corrêa <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong> afirma entretanto<br />
que a ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong> sobre a opinião pública do Oci<strong>de</strong>nte – enfraquecida pela<br />
corrupção e pela confusão – po<strong>de</strong> alcançar para a seita vermelha sucessos mais<br />
fáceis e menos arriscados.<br />
Tal ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong>, o comunismo a <strong>de</strong>senvolve com êxito crescente,<br />
através <strong>de</strong> várias manobras solertes.<br />
Uma <strong>de</strong>las consiste em tentar a <strong>de</strong>smobilização <strong>de</strong> incontáveis católicos,<br />
embaindo-os com a miragem <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>m viver <strong>de</strong> consciência tranqüila num<br />
regime comunista que suprima a proprieda<strong>de</strong> privada mas ao mesmo tempo<br />
conceda à Igreja a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> culto. Denunciando o falacioso <strong>de</strong>ssa miragem,<br />
Plinio Corrêa <strong>de</strong> <strong>Oliveira</strong> escreveu o ensaio “A liberda<strong>de</strong> da Igreja no Estado<br />
comunista”, obra concisa e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, que foi objeto <strong>de</strong> uma expressiva<br />
carta <strong>de</strong> louvor da Sagrada Congregação dos Seminários e Universida<strong>de</strong>s,<br />
subscrita pelo Emmo. Car<strong>de</strong>al Pizzardo, Prefeito daquele órgão da Santa Sé. Dessa<br />
obra, verda<strong>de</strong>iro “best-seller”, já foram tirados 142 mil exemplares, em oito<br />
linguas: português, francês, inglês, italiano, espanhol, polonês, alemão e húngaro.<br />
Outra manobra é a apontada no presente ensaio <strong>de</strong> Plinio Corrêa <strong>de</strong><br />
<strong>Oliveira</strong>: a da bolchevização <strong>inadvertida</strong> <strong>de</strong> incontáveis anticomunistas, por meio<br />
das palavras-talismã. A Editora Vera Cruz dá a lume a 5ª edição <strong>de</strong>ste trabalho,