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Baldeação ideológica inadvertida e Diálogo - Dr. Plínio Correia de Oliveira

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<strong>Bal<strong>de</strong>ação</strong> I<strong>de</strong>ológica Inadvertida e <strong>Diálogo</strong> 6<br />

fim <strong>de</strong> melhor rebater este nosso ensaio, adulterou pura e simplesmente, com a<br />

maior <strong>de</strong>sfaçatez, diversos trechos que quis refutar! (cf. “Catolicismo”, n.° 244, <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 1971). Por on<strong>de</strong> se vê, também, <strong>de</strong> que lado está a “mistificação”...<br />

O importante, em todo o caso, é que um elemento qualificado <strong>de</strong>ntro da<br />

Associação “Pax”, a qual constitui dócil instrumento nas mãos do governo<br />

comunista polonês, tenha julgado oportuno alertar os círculos intelectuais <strong>de</strong> seu<br />

país contra mais este nosso trabalho. Isso é sinal <strong>de</strong> que o comunismo receia que<br />

“BALDEAÇÃO IDEOLÓGICA INADVERTIDA E DIÁLOGO” lhe acarrete sério<br />

dano em seus próprios domínios <strong>de</strong> além cortina <strong>de</strong> ferro.<br />

------------------------- fim da nota -------------------------<br />

Em um dos lances <strong>de</strong> sua argumentação, em artigo publicado em “Kierunki”<br />

e reproduzido em “Catolicismo” (n.° 170, <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1965), o Sr. Z.<br />

Czajkowski enumerou as vantagens que via no simples fato <strong>de</strong> discutirmos,<br />

vantagens estas que <strong>de</strong>correriam da discussão enquanto tal, embora não<br />

estivéssemos chegando a um acordo. Nas entrelinhas do que o jornalista <strong>de</strong> “Pax”<br />

escreveu a este propósito, transparecia uma impon<strong>de</strong>rável mas real influência<br />

hegeliana. E – pequena circunstância rica em perspectivas – aplicando o<br />

pressuposto hegeliano e dialético a todas as palavras cujo <strong>de</strong>svirtuamento nos<br />

impressionava, eis que o sentido <strong>de</strong>sse mesmo <strong>de</strong>svirtuamento se esclarecia <strong>de</strong><br />

modo surpreen<strong>de</strong>nte. Estava ipso facto explicitado para nós o ponto <strong>de</strong> referência<br />

que explica e or<strong>de</strong>na todo o conjunto <strong>de</strong> nossas anteriores observações e<br />

impressões, e ficava posto a nu o ardiloso processo <strong>de</strong> guerra psicológica que até<br />

então apenas nos fora dado entrever.<br />

Como o Sr. Z. Czajkowski se referia propriamente à discussão, veio-nos à<br />

mente, por uma explicável associação <strong>de</strong> imagens, que tudo quanto ele dizia sobre<br />

o assunto era estreitamente semelhante ao que ouvíramos ou lêramos sobre o<br />

diálogo, palavra esta <strong>de</strong> um significado multiforme e enigmático que assim se nos<br />

tornava claro.<br />

Em conseqüência se <strong>de</strong>svendava para nós a importância <strong>de</strong> certos<br />

vocábulos, e especialmente <strong>de</strong> “diálogo”, como ardil <strong>de</strong> guerra psicológica.<br />

As elucubrações daí <strong>de</strong>correntes nos levaram a redigir o presente estudo,<br />

que submetemos à apreciação do leitor.

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