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Baldeação ideológica inadvertida e Diálogo - Dr. Plínio Correia de Oliveira

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<strong>Bal<strong>de</strong>ação</strong> I<strong>de</strong>ológica Inadvertida e <strong>Diálogo</strong> 30<br />

As <strong>de</strong>clarações anticomunistas <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong> seus lí<strong>de</strong>res não provam que as<br />

transformações por eles impostas não são comunistas nem ten<strong>de</strong>m para o<br />

comunismo. Pois o caráter comunista <strong>de</strong> uma transformação <strong>de</strong>corre da natureza<br />

<strong>de</strong>sta, e não do rótulo que lhe dão os políticos que a levam a cabo.<br />

Do mesmo modo, as reformas <strong>de</strong> Nasser não <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser muito<br />

avançadamente socialistas pelo simples fato <strong>de</strong> que no Egito está proscrito o<br />

partido comunista. Seria muito infantil quem daí <strong>de</strong>duzisse que aquele país está<br />

caminhando para rumos opostos aos do comunismo.<br />

Da utilida<strong>de</strong> da aplicação a essas três nações contemporâneas, do processo<br />

<strong>de</strong> bal<strong>de</strong>ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong> <strong>inadvertida</strong>, completado e acentuado por sucessivas<br />

“reformas <strong>de</strong> base”, diz bem a relativa inércia da opinião anticomunista em face<br />

dos resultados. Nem no Egito, nem na Argélia, nem na Tunísia (falamos dos<br />

nativos), registraram-se reações da proporção das que houve em Cuba diante da<br />

bolchevização explícita e até teatral promovida por Fi<strong>de</strong>l Castro. E nem a opinião<br />

mundial se impressionou tanto com os progressos do comunismo na África do<br />

Norte, quanto com a bolchevização <strong>de</strong> Cuba.<br />

------------------- (fim da nota) ---------------------<br />

Capítulo III<br />

A palavra-talismã,<br />

estratagema da bal<strong>de</strong>ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong> <strong>inadvertida</strong><br />

Estudamos no capítulo anterior o processo da bal<strong>de</strong>ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong><br />

<strong>inadvertida</strong>. Passemos a consi<strong>de</strong>rar agora a palavra-talismã.<br />

1. Estratagema dos mais eficazes<br />

O estratagema que aqui <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> palavra-talismã (8) é um dos<br />

meios mais eficazes para operar a bal<strong>de</strong>ação <strong>i<strong>de</strong>ológica</strong> <strong>inadvertida</strong>.<br />

--------- (nota) ---------<br />

(8) Como é evi<strong>de</strong>nte, empregamos aqui o vocábulo “talismã”, como também<br />

mais adiante o vocábulo “mágica”, em seu sentido corrente, e meramente<br />

metafórico.

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