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MERCADO<br />
Novo picador florestal Thor combina robustez, potência, tecnologia e alta performance<br />
FORÇA E PRODUTIVIDADE<br />
CONJUNTO DE CORTE PROPORCIONA ALTO<br />
RENDIMENTO E SEGURANÇA NA OPERAÇÃO<br />
FLORESTAL<br />
ISSN 2359-4659<br />
<br />
ANO 26 Nº 259 FEVEREIRO 2024<br />
STRENGTH AND<br />
PRODUCTIVITY<br />
CUTTING CHAIN PROVIDES HIGH<br />
PERFORMANCE AND SAFETY IN<br />
FORESTRY OPERATIONS
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SUMÁRIO<br />
FEVEREIRO 2024<br />
42<br />
RÁPIDA,<br />
RESISTENTE<br />
E EFICIENTE<br />
08 Editorial<br />
10 Cartas<br />
12 Bastidores<br />
14 Notas<br />
26 Coluna CIPEM<br />
28 Frases<br />
30 Entrevista<br />
40 Coluna<br />
42 Principal<br />
48 Estatística<br />
54 Espécie<br />
58 Tecnologia<br />
60 Transporte<br />
66 Solo<br />
74 Pesquisa<br />
78 Agenda<br />
80 Espaço Aberto<br />
48<br />
60<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
09 BKT<br />
11 Bruno<br />
17 Carrocerias Bachiega<br />
71 D’Antonio Equipamentos<br />
51 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
25 DRV Ferramentas<br />
53 Engeforest<br />
84 Envimat<br />
07 Envu<br />
77 Feldermann<br />
63 Felipe Diesel<br />
29 Fex<br />
19 Francio Soluções Florestais<br />
79 Fratex<br />
57 Hennings<br />
04 Himev<br />
67 J de Souza<br />
23 Lion Equipamentos<br />
65 Mill Indústrias<br />
75 NN Pandini<br />
39 Nordtech<br />
41 Oregon Tools<br />
35 Potenza<br />
69 Remsoft<br />
31 Rocha Facas<br />
73 Rodotrem<br />
13 Rotary-Ax<br />
27 Rotor Equipamentos<br />
82 Sparta Brasil<br />
15 Sumitomo<br />
81 Tech Forestry<br />
21 Tecmater<br />
37 Unibrás<br />
33 Vantec<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
Floresta<br />
Juntos,<br />
construímos um legado.<br />
Agora,<br />
vamos construir o futuro.<br />
Somos Envu, uma nova empresa<br />
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de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />
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EDITORIAL<br />
Largada forte<br />
Baterias recarregadas, planos traçados e hora de começar a<br />
corrida de 2024. Um ano cheio de novos desafios, novas metas e<br />
que vai demandar toda a força e pujança, que o segmento de base<br />
florestal já demonstrou ao longo da história. Continuar crescendo,<br />
fortalecendo suas raízes e mostrando para todos que o trabalho na<br />
floresta não para e seguirá voando ainda mais alto. A Revista REFE-<br />
RÊNCIA FLORESTAL deseja a todos seus leitores um ano de muito<br />
trabalho e muitas conquistas. Nesta edição, o Leitor irá conhecer os<br />
detalhes da 11H, a corrente de corte da Oregon, que alia potência,<br />
segurança e produtividade, as informações sobre um banco de<br />
dados sobre solo, novidades para o transporte florestal, as informações<br />
do maior relatório do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) e uma<br />
entrevista exclusiva com Walter Rezende, presidente da GOFLOR<br />
(Associação de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas<br />
do Estado de Goiás), falando sobre sua atuação no desenvolvimento<br />
da silvicultura na região e os planos para o crescimento do mercado.<br />
2<br />
1<br />
Na capa dessa edição, a<br />
Corrente 11H da Oregon, que<br />
une robustez e produtividade<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXVI • Nº259• Fevereiro 2024<br />
MERCADO<br />
Novo picador florestal Thor combina robustez, potência, tecnologia e alta performance<br />
FORÇA E PRODUTIVIDADE<br />
CONJUNTO DE CORTE PROPORCIONA ALTO<br />
RENDIMENTO E SEGURANÇA NA OPERAÇÃO<br />
FLORESTAL<br />
STRENGTH AND<br />
PRODUCTIVITY<br />
CUTTING CHAIN PROVIDES HIGH<br />
PERFORMANCE AND SAFETY IN<br />
FORESTRY OPERATIONS<br />
ISSN 2359-4659<br />
<br />
ANO 26 Nº 259 FEVEREIRO 2024<br />
A STRONG BEGINNING<br />
Batteries are recharged, plans are drawn up, and it is time to<br />
start the 2024 race. It is a year with new challenges and new goals<br />
that will demand all the strength and vigor that the forest-based<br />
segment has already demonstrated throughout its history to continue<br />
growing, strengthening its roots, and showing everyone that<br />
the work in the forest does not stop and will continue to develop<br />
even more. REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong> wishes all its readers a year of<br />
hard work and many achievements. In this issue, the Reader will get<br />
to know the details of 11H, Oregon’s cutting chain, which combines<br />
power, safety, and productivity, information about a soil database,<br />
news for forest transport, information from the extensive report<br />
from the Brazilian Forest Service (SFB) and an exclusive interview<br />
with Walter Rezende, President of the State of Goiás Association of<br />
Producers and Consumers of Planted Forests (Goflor), talking about<br />
his role in the development of forestry in the region and the plans<br />
for the growth of the market.<br />
Entrevista com<br />
Walter Vieira Rezende,<br />
presidente da GOFLOR<br />
Banco reúne 28 mil amostras com dados<br />
biológicos dos solos brasileiros<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXVI - EDIÇÃO 259 - FEVEREIRO 2024<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
PRÊMIO REFERÊNCIA<br />
Confira a cobertura completa da festa de premiação do setor de base florestal<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
SOLUÇÃO VERSÁTIL<br />
TRAILER LEVA MOBILIDADE,<br />
CONECTIVIDADE, SEGURANÇA E AFIAÇÃO<br />
DE ALTA PERFORMANCE PARA O CAMPO<br />
Capa da Edição 258 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de dezembro de 2023<br />
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Ano XXV • Nº258• Dezembro 2023<br />
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AND HIGH-PERFORMANCE SHARPENING IN THE FIELD<br />
PRINCIPAL<br />
Por Mário dos Santos - Bragança Paulista (SP)<br />
A criatividade dentro do segmento precisa ser valorizada. Essa solução da<br />
DRV parece simples, mas supre de uma vez só uma série de demandas da<br />
operação no campo.<br />
BASE FLORESTAL<br />
Foto: Fabiano Mendes<br />
Por Miguel Soares - Astorga (PR)<br />
Como é bom ver em números o crescimento do setor. Isso é a<br />
prova de que a indústria florestal brasileira está no caminho certo.<br />
PRÊMIO MELHORES DO ANO<br />
Por Elizete Nogueira - João Pinheiro (MG)<br />
Uma festa linda, que une informação e reconhecimento. Parabéns à Revista<br />
REFERÊNCIA por valorizar o setor e premiar quem faz a diferença.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />
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10 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
ULTRAPASSANDO OS LIMITES<br />
DA EXCELÊNCIA!<br />
Com uma capacidade incrível de produção de cavaco de eucalipto superior<br />
a 500m³/h e cavacos de supressão nativa de alta densidade superior a<br />
300m³/h, o THOR é a força que a sua operação precisa.<br />
tão impressionantes quanto o seu irmão mais forte da mesma linha, o<br />
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conhece o que faz.<br />
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BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
FEIRA<br />
Durante a feira Exposul em Curitibanos (SC), o diretor<br />
comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL, Fábio<br />
Machado, teve a oportunidade de ter uma ótima<br />
conversa com o diretor da empresa Vale do Tibagi,<br />
Henrique Leopoldo Janacievicz (Nico), no stand da Fex.<br />
VISITA<br />
O diretor comercial da Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
Fábio Machado, esteve em Lages (SC) visitando a empresa<br />
J de Souza do diretor Anderson de Souza. A REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL e a J de Souza são parceiras desde 2003 e em<br />
setembro de 24, a J de Souza será a capa da edição.<br />
ALTA<br />
FEVEREIRO 2024<br />
INDÚSTRIA OTIMISTA<br />
QUEIMADAS MAIS FORTES<br />
O último mês do ano para a indústria, geralmente, é<br />
Uma área de mais de 17,3 milhões de ha (hectares) foi<br />
marcado pela redução na produção e no contingente<br />
queimada no Brasil em 2023, tamanho maior que o<br />
de trabalhadores empregados no setor. Entretanto, em<br />
território de alguns Estados, como Acre ou Ceará. Houve<br />
aumento de 6% em relação a 2022, quando 16,3<br />
2023, essa desaceleração aconteceu de forma mais<br />
branda que o normal, segundo a Sondagem Industrial,<br />
milhões de ha foram atingidos pelo fogo. Os dados<br />
pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).<br />
são da plataforma Monitor do Fogo, do MapBiomas.<br />
O índice de evolução da produção industrial atingiu<br />
Segundo informações da Agência Brasil, a área total<br />
42,2 pontos em dezembro de 2023. Abaixo da linha<br />
queimada no ano passado corresponde a aproximadamente<br />
2% do território brasileiro. O pico das quei-<br />
dos 50 pontos, o indicador representa uma redução<br />
no nível de produção em relação ao registrado em<br />
madas aconteceu nos meses de setembro e outubro,<br />
novembro de 2023. Apesar disso, o indicador está 0,4<br />
atingindo 4 milhões de ha. Em dezembro de 2023, 1,6<br />
pontos acima da média dos meses de dezembro da<br />
milhão de ha foram queimados no país, maior área<br />
série histórica, de 41,8 pontos. Já o indicador de evolução<br />
do número de empregados na indústria atingiu<br />
para o mês desde 2019, quando começou a série histórica.<br />
De acordo com o MapBiomas, o aumento se deve,<br />
47,9 pontos em dezembro de 2023, mas também<br />
principalmente, às queimadas na região Amazônica e,<br />
segue acima da média histórica, de 46,8 pontos.<br />
também, no Cerrado brasileiro.<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br<br />
BAIXA
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Facas para picadores<br />
Todos os caminhos<br />
levam ao número 1<br />
do corte florestal!
NOTAS<br />
Nova direção<br />
No final de 2023, a AGEFLOR (Associação Gaúcha de Empresas Florestais), realizou uma assembleia geral ordinária,<br />
em que foi definida a eleição dos órgãos diretivos do biênio 2024-2025, aprovação do orçamento para 2024 e assuntos<br />
gerais da AGEFLOR. Daniel Chies, da Madem, será o novo presidente na próxima gestão, sucedendo Luiz Augusto Alves.<br />
Seguindo a ordem do dia, Ruter Disarz apresentou o orçamento para o próximo ano, aprovado pelos presentes. Na sequência,<br />
durante o almoço, o deputado estadual Carlos Búrigo dissecou o trabalho da Frente Parlamentar da Silvicultura da<br />
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a qual preside.<br />
Estiveram presentes representantes do Conselho Consultivo da AGEFLOR: AFUBRA (Associação dos Fumicultores do<br />
Brasil), AGAFLOR (Associação Gaúcha de Florestadores), FAMRUS (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande<br />
do Sul) SINDIMADEIRA-RS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Esquadrias,<br />
Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras do Estado<br />
do Rio Grande do Sul) e UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e os ex-presidentes Flavio Arruda Dutra e Diogo<br />
Leuck. Antes da Assembleia, a diretoria esteve reunida para sua XX Reunião da gestão 2022-2023.<br />
Fotos: divulgação Ageflor<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Santa Catarina bem representada<br />
Anualmente, a Revista Forbes lista as 100 maiores empresas do agronegócio no país. Na edição de 2023, quatro associadas<br />
estão entre este grupo. De acordo com a publicação, o ano de 2022 não foi dos melhores para a economia brasileira,<br />
com exceção do agronegócio. Entre as 100 empresas listadas entre as maiores, o faturamento médio foi de 20,2% maior em<br />
relação a 2021. Outro indicativo de comparação apresentado na pesquisa foi o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)<br />
brasileiro: 2,9%. Somadas, as receitas dessas companhias foram de R$ 2,23 trilhões, ou 22,5% do PIB.<br />
Parte dos dados são do sistema S&P Capital IQ Pro, gerido pela S&P, e parte foi fornecido pelas próprias empresas. Na<br />
maioria dos casos, foram considerados os resultados do ano calendário de 2022, com exceção das empresas de agroenergia,<br />
que divulgam seus números no ano safra da cana-de-açúcar, que vai de abril do ano corrente a março do ano seguinte.<br />
Nesse ano, quatro associadas da ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais) marcaram presença no top 100 da<br />
revista.<br />
A melhor colocada foi a Klabin, na vigésima posição. A empresa fundada há 134 anos tem receitas anuais na casa dos<br />
R$ 20 bilhões. Segundo informações da própria empresa, a Klabin planta cerca de 90 árvores por minuto para manter sua<br />
produtividade. A Berneck ficou na posição de número 74, com receitas anuais na casa dos R$ 3 bilhões. Recentemente,<br />
a empresa recebeu o aval ambiental para operar uma indústria em Lages (SC), com um investimento na ordem de R$ 1,6<br />
bilhão.<br />
Na nonagésima oitava posição vem a Irani Papel e Celulose, empresa de Vargem Bonita (SC). Com receitas aproximadas<br />
de R$ 1,7 bilhão, a Irani fez um grande investimento na growpack, startup que desenvolve embalagens sustentáveis<br />
fabricadas a partir de resíduos da produção agrícola. E na penúltima posição da lista está a Guararapes, com receitas de R$<br />
1,6 bilhão ao ano. A empresa, que completa 40 anos em 2024, investiu na fábrica de Caçador (SC) em 2023, um valor que<br />
superou a cifra de R$ 1 bilhão.<br />
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NOTAS<br />
Destaque na<br />
Exposul<br />
Uma das empresas que chamou atenção durante<br />
a Exposul, realizada em dezembro de 2023<br />
na cidade de Curitibanos (SC), foi a Rotary-Ax.<br />
Especialista em equipamentos de corte florestal,<br />
a Rotary-Ax se estabeleceu como uma das líderes<br />
de mercado no segmento florestal. O portifólio da<br />
empresa apresenta a seus clientes sabres, coroas<br />
de tração, ponteiras substituível, dentes de corte<br />
para Feller Buncher e mais recentemente facas<br />
para picador florestal. Cada um destes de acordo<br />
com a demanda específica do cliente, garantindo o melhor custo-benefício do mercado. E também a personalização de equipamentos<br />
para projetos específicos, trabalho no campo ou para serrarias.<br />
Bruno Porkote, comercial da Rotary-Ax, destacou o novo modelo de rebolo diamantado para afiação de corrente de corte<br />
que a empresa levou para a Exposul. “É um produto desenvolvido para tirar o máximo de rendimento da corrente de corte, são<br />
seis benefícios em um produto: é 100% balanceado; garante padronização na afiação; não necessita de gabarito e dressamento<br />
do rebolo; melhor acabamento da corrente após a afiação; preserva o equipamento e a saúde do operador por não gerar pó e<br />
corpo de alumínio para evitar acidentes de trabalho”, valorizou Bruno.<br />
Além desse lançamento, quem visitou o estande da Rotary-Ax conferiu toda a linha de dentes de corte para feller, dentes<br />
com overlap, a linha de facas para picadores de biomassa, coroas de tração, sabres para harvester e garra traçadora, ponteiras<br />
reforçadas e standards. “Uma linha completa para gerar os melhores resultados na operação florestal, com toda qualidade que a<br />
Rotary-Ax oferece”, concluiu Bruno.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Atenção com o fogo<br />
Os incêndios florestais de médias e grandes<br />
proporções atingem diversas cidades da Bahia<br />
há meses. Segundo o CBMBA (Corpo de Bombeiros<br />
Militar da Bahia), os incêndios florestais<br />
atingem as regiões norte, sudoeste, sul, o<br />
interior do Estado e a Chapada Diamantina. As<br />
chamas estão destruindo a vegetação nativa e<br />
têm causado problemas na flora e também na<br />
fauna, como a morte de espécies. Além disso,<br />
áreas particulares, tanto de grandes empresas<br />
quanto de pequenos produtores, também estão<br />
sofrendo com as queimadas.<br />
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as<br />
principais causas de incêndios dessa natureza<br />
são provocadas pela ação humana: queima para<br />
limpeza de terrenos baldios, queima para a preparação<br />
do solo para o plantio em propriedades<br />
agrícolas e queima de lixo nas proximidades de<br />
áreas de vegetação. Além desses hábitos perigosos,<br />
existem ainda os incêndios intencionais,<br />
ou criminosos, que, muitas vezes, são praticados<br />
por indivíduos interessados em invadir propriedades<br />
particulares para ocupação dos terrenos.<br />
Para contribuir com os demais esforços –<br />
das empresas associadas e instituições públicas<br />
– na prevenção e combate aos incêndios<br />
florestais no Estado, a ABAF (Associação Baiana<br />
de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) lançou a campanha:<br />
Floresta em fogo é problema de todos nós;<br />
que apresenta os danos causados pelo fogo sem<br />
controle, os cuidados a serem tomados, além<br />
de informar o que se deve fazer em caso de<br />
ocorrências. “O objetivo principal é sensibilizar a<br />
população em geral sobre a importância da prevenção<br />
e combate aos incêndios florestais, promovendo<br />
uma mudança de atitude. Queremos<br />
contribuir para a conscientização da sociedade<br />
sobre os impactos negativos ao meio ambiente<br />
e à sociedade; além de promover o engajamento<br />
social para preservação das florestas”, explica<br />
Mariana Lisbôa, presidente da ABAF.<br />
Esta é uma iniciativa da ABAF, que conta<br />
com o apoio de diversas instituições, como Corpo<br />
de Bombeiros Militar da Bahia, FAEB (Federação<br />
da Agricultura da Bahia), AIBA (Associação<br />
dos Produtores Irrigantes da Bahia) e SEMA-BA<br />
(Secretaria do Meio Ambiente do Estado da<br />
Bahia), que lidera o programa: Bahia Sem Fogo.<br />
Foto: divulgação<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
Teoria e prática<br />
Produção sustentável de mudas, práticas adequadas de manejo florestal e planejamento para colheita são aspectos<br />
decisivos para o destaque e sucesso de um empreendimento florestal. Com esse intuito o SENAR-SC (Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem Rural de Santa Catarina), órgão vinculado à FAESC (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado<br />
de Santa Catarina), promoveu, juntamente com o Sindicato Rural de Lages (SC), a Visita Técnica do Curso Técnico em<br />
Florestas, do polo de Lages, à empresa <strong>Florestal</strong> Rio das Pedras, localizada em Santa Cecília (SC). Os estudantes puderam<br />
conhecer a estrutura e rotinas de empresa, de forma a relacionar à prática com a teoria apresentada no curso. Segundo<br />
Sandra Mara Krefta., instrutora do curso, a turma acompanhou as etapas de produção florestal, iniciados pela fase de<br />
viveiro florestal, passando pelos processos de silvicultura até a colheita mecanizada florestal na fazenda da empresa.<br />
“Essa foi uma experiência de grande relevância para os alunos compreenderem o impacto e as oportunidades do profissional<br />
técnico em florestas”, avaliou Sandra.<br />
A visita foi guiada pelos representantes da empresa, o supervisor de viveiro florestal Igor Marcelo Tacheviski e o<br />
técnico em segurança do trabalho Cleiton Mello. Além da instrutora Sandra, os instrutores Luciano Lambert e Anieli Cioato<br />
de Souza também acompanharam os estudantes durante o momento e reforçaram que visitas técnicas contribuem<br />
de forma positiva na formação dos estudantes. Giseli Barbosa da Silva, estudante do curso, comentou que o curso está<br />
sendo fundamental no meu desenvolvimento pessoal e profissional, com trocas de experiências, aprendizagem e novas<br />
amizades. “A busca por conhecimento, a vontade de solucionar os entraves do dia a dia no campo, o ensino gratuito e<br />
de qualidade, são os motivos que me fazem seguir no curso, além de me proporcionar novas oportunidades dentro da<br />
empresa que já trabalho”, destacou Giseli.<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Dia nacional das RPPN<br />
Foto: divulgação<br />
No dia 31 de janeiro é celebrado o dia da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), que é uma UC (Unidade de Conservação)<br />
de domínio privado, responsável por conservar a diversidade biológica. Nelas, são permitidas atividades de pesquisas<br />
científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais, conforme previsto no plano de manejo.<br />
As RPPNs contribuem para a ampliação das áreas protegidas no país. Apresentam índices altamente positivos para a conservação,<br />
principalmente se considerada a relação custo e benefício. São facilmente criadas, em relação às outras categorias de UC.<br />
Possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação e contribuem para a proteção da biodiversidade<br />
dos biomas brasileiros.<br />
Uma RPPN pode pertencer à uma pessoa física ou jurídica. Transformar uma área em RPPN faz com que o direito de propriedade<br />
fique preservado. Além disso, há isenção do Imposto sobre IRT (Propriedade Territorial Rural) referente à área criada como<br />
RPPN. A área também tem prioridade na análise dos projetos pelo FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente).<br />
Outra vantagem é a preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito,<br />
para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN. Dados do Instituto Chico Mendes de Conservação<br />
da Biodiversidade apontam que RPPN é a categoria de unidade de conservação federal mais numerosa do país. Um levantamento<br />
de 2022 indica 733 RPPNs espalhadas por todos os biomas, somando mais de 500 mil de ha (hectares) no Brasil.<br />
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É preciso destacar que,<br />
além da importância<br />
socioeconômica, a<br />
produção madeireira<br />
contribui para<br />
a conservação<br />
das espécies<br />
arbóreas nativas e<br />
biodiversidade com<br />
a técnica do manejo<br />
florestal<br />
Manejo <strong>Florestal</strong>: Produção Sustentável<br />
em destaque no Plano Safra 2023/2024<br />
N<br />
o contexto do Plano Safra 2023/2024 em Mato Grosso a produção<br />
sustentável ganha protagonismo. Isso porque capta 17%<br />
dos R$ 5,8 bilhões em recursos disponíveis. A Linha Renovagro<br />
lidera, com R$ 1 bilhão liberado nos primeiros cinco meses. O<br />
Banco do Brasil se destaca, aumentando em 231% os financiamentos<br />
para manejo florestal, atingindo R$ 5,1 milhões.<br />
O Renovagro, substituto do Plano ABC, impulsiona o custeio do manejo<br />
florestal por meio da Linha Renovagro Ambiental. Esta iniciativa concilia a produção<br />
de madeira com serviços ambientais, preservando as florestas nativas.<br />
Além do Renovagro Ambiental, outras opções como Investe Agro e FCO Rural<br />
também financiam essa atividade. As taxas de juros variam de 7% a 8,5%, com<br />
limite de financiamento de R$ 5 milhões por ano. Os prazos de pagamento<br />
variam de 10 anos a 12 anos.<br />
É preciso destacar que, além da importância socioeconômica, a produção<br />
madeireira contribui para a conservação das espécies arbóreas nativas com a<br />
técnica do manejo florestal. O setor de base florestal é representado por 620<br />
indústrias associadas ao CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />
de Madeira do Estado de Mato Grosso). No Estado são mais de 4,7 milhões<br />
de ha (hectares) de áreas manejadas, protegidas contra desmatamento.<br />
Esse setor gera aproximadamente 10 mil empregos diretos, sendo o quarto<br />
maior em postos de trabalho formais entre as indústrias de transformação em<br />
Mato Grosso. Em vários municípios as empresas madeireiras são a principal<br />
fonte de emprego, receita e impostos, contribuindo com R$ 66,2 milhões aos<br />
cofres do governo estadual em 2022. É imprescindível que os governos estadual<br />
e federal dediquem atenção a esse segmento.<br />
Em um cenário mais amplo, o Plano Safra 2023/2024, com um aumento<br />
de 26,8% em relação à edição anterior, disponibiliza R$ 364,2 bilhões em crédito<br />
rural, sendo uma iniciativa crucial para impulsionar o setor agropecuário.<br />
As operações de crédito podem ser contratadas até 30 de junho deste ano, o<br />
que sinaliza um horizonte promissor para o desenvolvimento sustentável no<br />
Estado.<br />
https://cipem.org.br<br />
Foto: divulgação<br />
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é forte no Brasil. Só que o<br />
setor de celulose, assim<br />
como a questão do aço,<br />
está sofrendo com a<br />
invasão do papel imune<br />
que vem da Ásia<br />
Adriana Maugeri, presidente da AMIF<br />
(Associação Mineira da Indústria<br />
<strong>Florestal</strong>), sobre a competição com o<br />
mercado de produtos florestais chineses<br />
Queremos, por meio da<br />
câmara e com o apoio<br />
das entidades de classe,<br />
mostrar à sociedade a<br />
importância da fiscalização,<br />
assegurando que esta<br />
seja atendida com os<br />
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janeiro de 2024<br />
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espécies que pode<br />
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o proprietário de terra.<br />
Abre uma porta para<br />
o enriquecimento de<br />
restauração florestal com<br />
finalidade econômica,<br />
mais atrativa e atingindo<br />
múltiplos objetivos,<br />
como devolver serviços<br />
ecossistêmicos a<br />
determinadas áreas<br />
Pedro Medrado Krainovic, professor da FAPESP,<br />
que liderou uma pesquisa sobre recuperação de<br />
florestas nativas<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
Força para<br />
CRESCER<br />
A Force for Growth<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
E<br />
m um Estado onde a silvicultura não é tradicional,<br />
fortalecer as bases e criar uma cultura de plantio<br />
de árvores é uma missão para poucos. A GOFLOR<br />
(Associação de Produtos e Consumidores de Florestas<br />
Plantadas do Estado de Goiás) tem sido um porto seguro<br />
para apresentar e representar os plantadores de florestas<br />
da região. Walter Rezende, presidente da associação, relata<br />
sobre sua história, as realizações de sua carreira e os planos<br />
para o plantio de árvores no centro-oeste.<br />
I<br />
n a state where forestry is not traditional, strengthening<br />
the foundations and creating a culture of<br />
planting trees is a mission for few. The State of Goiás<br />
Association of Products and Consumers of Planted<br />
Forests (GOFLOR) has been a haven to present and represent<br />
forest planters in the Region. Walter Rezende, President of the<br />
Association, tells us a little about its history, accomplishments,<br />
and plans for planting trees in the Midwest.<br />
Walter<br />
Vieira Rezende<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Advogado, produtor rural e empresário. Atuou como presidente<br />
do Sindicato Rural de Catalão-GO, presidente da Cooperativa<br />
Agropecuária de Catalão - administração 1988 a 1992, presidente<br />
da Comissão Nacional de Silvicultura da CNA e presidente<br />
da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas<br />
do MAPA. Atualmente é presidente da GOFLOR (Associação dos<br />
Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas do Estado de<br />
Goiás) e Presidente da Comissão de Silvicultura da FAEG (Federação<br />
da Agricultura e Pecuária de Goiás)<br />
Walter Vieira Rezende is a lawyer, farmer, and businessman. He<br />
served as President of the Rural Union of Catalão-GO, President<br />
of the Agricultural Cooperative of Catalão - from 1988 to 1992,<br />
President of the National Forestry Commission of CAN, and President<br />
of the Sectorial Chamber of the Production Chain of Planted<br />
Forests of the Ministry of Agriculture and Livestock (Mapa). He is<br />
currently the President of the State of Goiás Association of Producers<br />
and Consumers of Planted Forests (Goflor) and President<br />
of the Silviculture Commission of the State of Goiás Federation of<br />
Agriculture and Livestock (Faeg)<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
Indústria e comércio ltda.<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como começou sua caminhada no segmento florestal?<br />
Sou advogado de formação e nessa área trabalhei para<br />
alguns grupos de siderurgia em Minas Gerais. Na época<br />
esses grupos compravam madeira nativa de Goiás e<br />
tinham a necessidade de plantar eucalipto para ter a<br />
reposição florestal. Por estar nesse meio, há 30 anos,<br />
vi a oportunidade de plantar eucalipto. Foram 15 anos<br />
plantando até que percebi uma baixa no mercado e me<br />
retirei. Fiquei 12 anos sem colocar uma muda no chão.<br />
Retomei a atividade recentemente e tenho visto um futuro<br />
muito promissor para a silvicultura em Goiás.<br />
>> Como foi a chegada à presidência da GOFLOR?<br />
Confesso que nunca foi minha intenção presidir a associação.<br />
Atuei como presidente da câmara setorial de<br />
florestas do Ministério da Agricultura e Pecuária e pude<br />
rodar nosso país e conhecer o trabalho de várias associações<br />
de classe presentes nos Estados, como Rio Grande<br />
do Sul, Mato Grosso do Sul, Bahia e tantas outras. Vi<br />
o trabalho bem feito em outros lugares e assim sugeri<br />
a criação de uma associação, que organizasse e representasse<br />
os produtores locais. Goiás é um Estado onde a<br />
silvicultura ainda engatinha e tem pouca relevância para<br />
a população e para a economia. Quando vemos nossos<br />
vizinhos aqui em Minas Gerais, por exemplo, a marca<br />
de um 1 milhão de ha (hectares) plantados já é uma<br />
realidade, para nós, em um dos últimos levantamentos<br />
feitos, não chegamos nem mesmo a 200 mil ha. Então<br />
nessa caminhada onde já tinha uma experiência em<br />
nível nacional, fui convidado e aceitei a tarefa de liderar<br />
a associação.<br />
>> Quais as principais ações da associação para o desenvolvimento<br />
da atividade na região?<br />
Antes de falar sobre as ações, gosto de apresentar nossa<br />
realidade. O que vemos aqui é que estamos muito atrás<br />
de outros Estados em relação as políticas públicas para<br />
a silvicultura. Além disso, nossa produção florestal, historicamente,<br />
esteve muito mais relacionada a produção<br />
de energia e não aos produtos de madeira ou celulose<br />
como nas outras potências florestais do Brasil. Nossas<br />
grandes indústrias de lacticínios e de secagem de grãos<br />
precisam muito da energia gerada pelo calor das caldeiras<br />
para entregar seus produtos e essa indústria é que<br />
foi primordialmente alimentada pelo segmento florestal<br />
de Goiás. Essa produção quase exclusiva para energia fez<br />
com que a oferta crescesse de maneira exponencial e a<br />
demanda se manteve, o que levou muitos produtores a<br />
abandonarem a silvicultura e partirem para culturas de<br />
produção anual. Dentro desse quadro, o que a associação<br />
mais trabalha é no fomento da atividade, buscando<br />
o apoio do poder público e, como já citei, cirando<br />
um bom ambiente para a produção florestal. E quero<br />
ressaltar que quando falamos nesse fomento junto ao<br />
poder público não estou falando de dinheiro, mas sim<br />
How did your journey in the forestry segment begin?<br />
I am a lawyer by training, and as such, I worked for several<br />
steel-making groups in the State of Minas Gerais. At the<br />
time, these groups bought native wood from Goiás and<br />
needed to plant eucalyptus to replace the forest. Being in<br />
this environment for 30 years, I saw the opportunity to plant<br />
eucalyptus. It took 15 years of planting before I noticed a<br />
lack of market, and I stopped. For 12 years, I did not put a<br />
seedling in the ground. I recently resumed the activity and<br />
see a promising future for forestry in Goiás.<br />
How did you become President of Goflor?<br />
I must confess that it was never my intention to preside over<br />
the Association. I served as President of the Ministry of Agriculture<br />
and Livestock Forestry Sector Chamber, and as such,<br />
I was able to travel around our Country and get to know<br />
the work of several class associations present in the states,<br />
such as Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Bahia, and<br />
many others. I saw the work well done in other places, and<br />
so I suggested the creation of an association that would organize<br />
and represent local producers. Goiás is a state where<br />
forestry is still in its infancy and has little relevance for the<br />
population and the economy. When we look at our neighbors<br />
in the State of Minas Gerais, for example, the mark of<br />
1 million hectares planted is already a reality. For us, in one<br />
of the last surveys carried out, we had not even reached 200<br />
thousand hectares. So, in this journey, where I already had<br />
experience at the national level, I was invited and accepted<br />
the task of leading the Association.<br />
What are the Association’s main actions for the development<br />
of the activity in the Region?<br />
Before talking about our actions, I like to present our reality.<br />
What we see here is that we are far behind other states in<br />
terms of public policies for forestry. In addition, our forest<br />
production, historically, has been much more related to energy<br />
production and not to wood or cellulose products as in<br />
the other forest powers of Brazil. Our large dairy and grain<br />
drying industries use a lot of energy generated by the heat<br />
from the boilers to produce their output, and the forestry<br />
segment in Goiás primarily fed these companies. This almost<br />
exclusive production for energy caused the supply to grow<br />
exponentially while the demand remained the same, which,<br />
as a result, led many producers to abandon forestry and<br />
move to annual crop production. Within this framework,<br />
what the Association works the most on is the promotion<br />
of the activity, seeking the support of the public authorities,<br />
and, as I have already mentioned, creating a suitable environment<br />
for forest production. And I want to emphasize that<br />
when we talk about this promotion with the government, I<br />
am not speaking about money but about favorable legislation<br />
that helps us to demonstrate that forestry is possible.<br />
What are the main points of Goflor’s actions?<br />
We work with three focuses of action: market, logistics, and<br />
productivity. Without these three, we can think of nothing.<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
legislações favoráveis e que nos auxiliem a mostrar que<br />
a silvicultura é possível.<br />
>> Quais os principais pontos das ações da GOFLOR?<br />
Trabalhamos com três focos de ação: mercado, logística<br />
e produtividade. Sem esses três não podemos pensar<br />
em nada. Esse tripé é o que vai garantir o sucesso do<br />
nosso trabalho e o desenvolvimento das florestas plantadas<br />
por aqui. Um desses itens em desequilíbrio e já<br />
temos um problema. Por isso, trabalhamos para unir os<br />
produtores, criar credibilidade para o mercado e assim<br />
não convidar ninguém a vir plantar sonhos em Goiás,<br />
mas plantar uma realidade. A floresta de eucalipto é<br />
como qualquer outra cultura, depende de muito cuidado<br />
e esforço. É para isso que mostramos e direcionamos<br />
nossas ações.<br />
>> Como Goiás se tornou um polo produtor de madeiras<br />
nobres de reflorestamento?<br />
Isso parte de uma outra realidade que temos em Goiás:<br />
um polo moveleiro muito grande e muito forte. O que<br />
acontecia anteriormente é que a maioria dessa madeira<br />
era produzida em outros Estados. Alguns produtores<br />
viram essa oportunidade de mercado e trouxeram para<br />
Goiás o mogno africano, o cedro, a teca, com muita<br />
competência e assim alimentando nossa indústria interna.<br />
Temos uma área relativamente grande, dentro de<br />
tudo que fazemos por aqui, focada nessas culturas e os<br />
resultados que eles já apresentam chama muita atenção,<br />
não apenas de produtores locais, mas atrai os olhos<br />
para nossa realidade. Somos jovens ainda nesse mercado,<br />
mas já temos desbastes e até o corte de algumas<br />
dessas árvores fortalecendo nossa indústria de móveis.<br />
Na carona da madeira dura, temos também uma crescente<br />
no plantio de bambu, que tem se mostrado um<br />
mercado muito promissor para os produtores.<br />
>> Em relação aos produtos não madeireiros, há também<br />
uma crescente em Goiás com a seringueira. Como<br />
nasceu e se desenvolveu esse mercado?<br />
Somos exemplo nesse mercado. Falo isso com toda<br />
segurança. Temos 25 mil ha de seringueiras plantadas,<br />
principalmente na região de Goianésia, que desenvolveu<br />
árvores com alta produtividade e tem alimentado o mercado<br />
nacional. Temos o luxo e o orgulho de poder dizer<br />
que em Goiás está a maior produtividade de seringueiras<br />
do país. O problema é que esse segmento enfrenta<br />
um problema com a borracha produzida no sul da Ásia,<br />
que está tomando nosso mercado de assalto. Na realidade,<br />
os países que produzem a borracha do outro lado<br />
do mundo não possuem um padrão na regulamentação<br />
do trabalho, que se aplicássemos as mesmas condições<br />
de trabalho aqui, seriam tratadas legalmente como<br />
trabalho análogo à escravidão. Isso faz com que no final<br />
do dia, os preços fiquem muito mais baixos e seja uma<br />
competição desleal para o produtor nacional, que preza<br />
This tripod is what will guarantee the success of our work<br />
and the development of the planted forests here in the State.<br />
If one of these items is out of balance, we have a problem.<br />
That is why we work to unite producers, create credibility for<br />
the market, and thus not invite anyone to come and plant<br />
dreams in Goiás but to plant a reality. Eucalyptus forestry<br />
is like any other crop, and it depends on a lot of care and<br />
effort. This is what we demonstrate and direct our actions.<br />
How did Goiás become a producer of reforested hardwoods?<br />
This is based on another reality that we have in Goiás: a<br />
large and very robust furniture hub. Previously, most of this<br />
wood was produced in other states. Some producers saw<br />
a market opportunity and started to plant African mahogany,<br />
cedar, and teak in Goiás with great competence, thus<br />
feeding our internal industry. Among other activities, we<br />
have a relatively large area focused on these crops, and the<br />
results are already drawing a lot of attention to our reality,<br />
not only from local producers but also from outside. We are<br />
still new in this market, but we have already started thinning<br />
and even harvesting some of these trees, strengthening our<br />
furniture industry. In the wake of hardwood, we also have a<br />
growing number of bamboo plantations, which have proven<br />
to be an up-and-coming market for producers.<br />
In relation to non-timber products, there is also a growing<br />
production of rubber trees in Goiás. How was this market<br />
born and developed?<br />
We are an example in this market. I say this with complete<br />
confidence. We have 25 thousand hectares of planted rubber<br />
trees, mainly in the Goianésia Region, which has developed<br />
trees with high productivity and sells in the domestic market.<br />
We have the luxury and pride of being able to say that Goiás<br />
has the highest rubber tree productivity in the Country. The<br />
problem that this segment faces is a problem with rubber<br />
produced in South Asia, which is taking our market by storm.<br />
In reality, the rubber-producing countries on the other side<br />
of the world do not have a standard in labor regulation,<br />
which, if we applied the same working conditions here,<br />
would be legally treated as work analogous to slavery. This<br />
means that at the end of the day, prices are much lower, and<br />
it is an unfair competition for the national producer, who<br />
values not only productivity but also the dignity of workers.<br />
Did you play a direct role in the development of the National<br />
Plan for the Development of Planted Forests (Pndf)?<br />
The Plan is, in some ways, straightforward: it aims to target<br />
Brazil’s Forestry Sector. It is from this point that all the goals<br />
were defined so that each region can act to strengthen the<br />
activities. The general public doesn’t know it, but in some<br />
states, forest production exceeds 20% of state GDP, and this<br />
is very relevant. The Forestry Sector is already the third main<br />
segment within everything that encompasses agribusiness in<br />
Brazil. Creating this Plan was a natural response to demands<br />
that the industry already had. A point that I always like to<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
não apenas pela produtividade, mas também pela dignidade<br />
dos trabalhadores.<br />
>> Atuou diretamente no desenvolvimento do PNDF<br />
(Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas)?<br />
O plano é de certa maneira muito simples: ele visa direcionar<br />
o setor florestal do Brasil. A partir desse norte<br />
é que foram definidas todas as metas para que cada região<br />
possa atuar para fortalecer as atividades. O grande<br />
público não sabe, mas em alguns Estados a produção<br />
florestal supera a casa dos 20% do PIB (produto interno<br />
bruto), e isso é muito relevante. O setor florestal já é<br />
o terceiro principal segmento dentro de tudo aquilo<br />
que engloba o agro do Brasil. Criar esse plano foi uma<br />
resposta natural a demandas que o setor já tinha. Um<br />
ponto que sempre gosto de valorizar do plano está nas<br />
áreas degradadas e com potencial de reflorestamento,<br />
nativo ou plantado, que muitos municípios têm e nem<br />
sabem como aproveitar. O planejamento foi feito para<br />
evitar que quem planta floresta fique desamparado e<br />
possa entender movimentos de mercado e estar seguro<br />
de sua atividade do plantio ao corte. Gosto de ressaltar<br />
que o PNDF, passou por uma série de discussões durante<br />
os anos, muitos desentendimentos entre setores e isso<br />
atrapalhava sua realização. Havia, de todas as partes,<br />
falta de vontade para tirar isso do papel. E quando fui<br />
chamado a liderar esse projeto tive a ajuda da EMBRAPA<br />
Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />
que abraçou a causa e contribuiu de maneira ímpar para<br />
o sucesso do PNDF. O conhecimento dos especialistas<br />
da EMBRAPA foi essencial para que pudéssemos fazer<br />
algo com o volume de informações e a qualidade que foi<br />
apresentada ao final do desenvolvimento. Tivemos uma<br />
ideia, mas a EMBRAPA foi quem deu vida ao PNDF.<br />
>> Em um Estado tradicionalmente agrícola, existe ainda<br />
muita desinformação em relação à silvicultura?<br />
Sim, e um dos nossos principais objetivos na associação<br />
é lutar contra essa desinformação. Nosso Estado tem<br />
sua tradição, sua história, mas não é 100% do nosso<br />
território que é agricultável. Temos o potencial de levar<br />
o desenvolvimento de várias regiões através da silvicultura.<br />
No nordeste goiano, na região em que fazemos divisa<br />
com a Bahia, temos o potencial de criar um polo de<br />
celulose, que iria desenvolver uma série de municípios.<br />
E não falo isso por falar, estudamos, analisamos e agora<br />
estamos na busca para fazer desse estudo uma realidade<br />
em um futuro de curto e médio prazo. Sabemos que<br />
a indústria não vem se não tiver a madeira e por isso<br />
temos que tomar decisões hoje que vão impactar significativamente<br />
o futuro, não apenas da silvicultura, mas<br />
também de regiões inteiras dentro de Goiás.<br />
>> É um grande defensor do desenvolvimento do mercado<br />
de biomassa. Qual a realidade de Goiás em rela-<br />
value in the Plan is the degraded areas and the potential for<br />
reforestation, native or planted, which many municipalities<br />
have and do not even know how to take advantage of. The<br />
Plan was prepared to prevent those who plant forests from<br />
being helpless and to be able to understand market movements<br />
and be sure of their activity from planting to harvest. I<br />
want to point out that the Pndf went through a series of discussions<br />
over the years. There were many disagreements between<br />
sectors, and this hindered its realization. There was,<br />
on all sides, a lack of will to get this off the ground. When I<br />
was called to lead this project, I had the help of the Brazilian<br />
Agricultural Research Corporation (Embrapa Forests), which<br />
embraced the cause and contributed in a unique way to the<br />
success of Pndf. The knowledge of Embrapa’s specialists was<br />
essential for us to be able to do something with the volume<br />
of information and the quality that was presented at the end<br />
of the development. We had an idea, but Embrapa was the<br />
one who gave life to the Pndf.<br />
In a traditionally agricultural state, is there still a lot of<br />
misinformation about forestry?<br />
Yes, and one of our main goals at the Association is to fight<br />
against this misinformation. Our State has its traditions and<br />
history, but 100% of our territory is not arable. We have the<br />
potential to increase the development of various regions<br />
through forestry. In the northeast of Goiás, in the area<br />
where we border the State of Bahia, we have the potential<br />
to create a pulp-producing hub, which would develop a<br />
series of municipalities. And I do not say this just for the sake<br />
of it; we have studied and analyzed this, and now we are<br />
on the quest to make this a reality in the short and medium-term<br />
future. We know that the industry will not come if<br />
it does not have any wood, and that is why we have to make<br />
decisions today that will significantly impact the future, not<br />
only of forestry but also of entire regions within Goiás.<br />
Goiás is an advocate for the development of the biomass<br />
market. What is the reality of the State in relation to this<br />
forest product?<br />
Biomass is the most promising market of all forestry-related<br />
products for the State of Goiás. Today, we have values<br />
that range from R$ 450 to R$ 570 per ton of biomass. We<br />
have fostered this market internally because today, we buy<br />
biomass from Minas Gerais to meet our demand. We are<br />
among the top three Brazilian states in terms of the number<br />
of sugarcane mills, and all of them are powered by thermoelectric<br />
plants, which use sugarcane bagasse and wood<br />
biomass to generate energy. Large slaughterhouses and<br />
dairies also use boiler heating, which is fueled with biomass,<br />
so we are looking to expand our biomass production. We<br />
want the State of Goiás to reach a level of balance between<br />
production and demand so that we do not have to seek<br />
most of our consumption from other states. We plan to have<br />
model plantations that are close to the mills and meet the<br />
needs of our industries.<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
O CONTROLE ESTÁ EM SUAS MÃOS!<br />
0800 180 3000<br />
@attamexs
ENTREVISTA<br />
ção a esse produto da madeira?<br />
A biomassa é o mercado mais promissor de todos os<br />
mercados relacionados a silvicultura para o Estado de<br />
Goiás. Hoje, temos valores que giram de R$ 450 a R$<br />
570 a tonelada de biomassa. Temos fomentado esse<br />
mercado internamente, pois hoje compramos de Minas<br />
Gerais a biomassa para atender a demanda que temos.<br />
Estamos entre os três primeiros Estados brasileiros em<br />
número de usinas de cana-de-açúcar e todas elas são<br />
alimentadas por termoelétricas, que utilizam o próprio<br />
bagaço da cana e a biomassa de madeira para gerar<br />
energia. Os grandes frigoríficos e empresas de laticínios<br />
também utilizam o aquecimento de caldeiras, que são<br />
alimentadas com biomassa e por isso estamos buscando<br />
ampliar a nossa produção de biomassa. Queremos que<br />
Goiás atinja um nível de equilíbrio entre produção e demanda,<br />
para que não precisemos buscar a maior parte<br />
do nosso consumo de outros Estados. Nosso plano é ter<br />
plantios modelo que estejam próximas às usinas e atendam<br />
nossa indústria.<br />
>> A comunicação com outras associações tem ajudado<br />
a desenvolver o mercado da silvicultura em Goiás?<br />
Com toda certeza. Quando ainda era presidente da Comissão<br />
Nacional de Silvicultura pude visitar a ASPEX (Associação<br />
dos Produtores de Eucalipto do Extremo Sul da<br />
Bahia), vi ali um padrão ideal a ser seguido. As ações realizadas<br />
por essa associação foram alguns dos melhores<br />
exemplos que pude presenciar, seja relacionado ao trato<br />
com associados, inclusão de pessoas, foco em produtividade<br />
e tantos outros fatores, que falo que copiei para<br />
a GOFLOR. Esse relacionamento, esse intercâmbio com<br />
outras associações me mostrou o quanto Goiás estava<br />
carente de um desenvolvimento e de uma representatividade<br />
para os produtores. Estávamos ficando para trás<br />
de todos os outros Estados que produzem madeira e<br />
agora estamos preparados para crescer. Por meio dessas<br />
pontes criadas, podemos garantir que quem for investir<br />
em florestas em Goiás, tem um ambiente seguro e promissor<br />
para crescer.<br />
>> Qual seu principal objetivo à frente da GOFLOR?<br />
Quero deixar uma associação com credibilidade, organizada<br />
e que defenda os interesses do setor. O associado é<br />
carente de alguém que o ajude a desenvolver sua atividade.<br />
Capacidade, da porteira para dentro tenho certeza<br />
de que todos eles têm, o que precisa é de alguém que<br />
da porteira para fora possa fazer essa ponte entre a iniciativa<br />
privada e o poder público. Queremos que a GO-<br />
FLOR faça de Goiás um Estado que as grandes indústrias<br />
busquem para fazer investimentos e desenvolvimento<br />
para nossa população. Em planos mais ambiciosos,<br />
temos feito estudos para promover a criação de uma<br />
grande usina termoelétrica alimentada a biomassa, também<br />
uma indústria de celulose e fomentar o mercado de<br />
carbono entre os produtores de Goiás.<br />
Has communication with other Associations helped to<br />
develop the forestry market in Goiás?<br />
Absolutely. When I was still President of the National<br />
Forestry Commission, I was able to visit the Association of<br />
Eucalyptus Producers of the Extreme South of Bahia (Aspex),<br />
where I saw there an ideal standard to be followed. The<br />
actions carried out by this Association were some of the best<br />
examples I could witness, whether related to dealing with<br />
members, inclusion of people, focus on productivity, and so<br />
many other factors, and I copied them in Goflor. This relationship<br />
and this exchange with other associations showed<br />
me how much Goiás lacked in development and representativeness<br />
for producers. We were lagging behind all the other<br />
timber-producing states, and now we are poised to grow.<br />
Through these bridges we created, we can ensure that those<br />
who invest in forests in Goiás have a safe and promising<br />
environment within which to grow.<br />
What is your primary goal as head of Goflor??<br />
I want to leave an association with credibility and organization<br />
that defends the interests of the Sector. The members<br />
are in need of someone to help them develop their activity.<br />
Capacity, from the starting gate to the inside track, I am sure<br />
they all have it; what they need is someone who can bridge<br />
the gap between the Private Sector and the Public Sector.<br />
We want Goflor to make Goiás a state where large companies<br />
seek to make investments that lead to the development<br />
of our population. In more ambitious plans, we have carried<br />
out studies to promote the creation of a sizeable thermoelectric<br />
plant powered by biomass, the development of the<br />
pulp industry, and the carbon market among producers in<br />
Goiás.<br />
Sabemos que a indústria não<br />
vem se não tiver a madeira<br />
e por isso temos que tomar<br />
decisões hoje que vão impactar<br />
significativamente o futuro,<br />
não apenas da silvicultura, mas<br />
também de regiões inteiras<br />
dentro de Goiás<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Impactos das<br />
condições climáticas<br />
extremas na atividade<br />
de manejo de árvores<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Calor extremo, frio rigoroso, chuvas intensas e ventos fortes representam<br />
desafios extras e significativos para o trabalho de manejo de vegetação<br />
Profissionais que trabalham no manejo de árvores enfrentam<br />
uma série de perigos inerentes a atividade,<br />
como risco de acidentes com máquinas, ataque de<br />
animais e queda de galhos e árvores, por exemplo, que<br />
exigem consciência, treinamento especializado e a implementação<br />
de medidas de segurança adequadas.<br />
Além disso, o calor excessivo, o frio rigoroso, bem como, chuvas<br />
extremas aliadas a queda de árvores representam desafios extras<br />
e significativos para o trabalho de manejo de vegetação, exigindo<br />
estratégias específicas para minimizar impactos adversos e garantir<br />
a segurança dos profissionais envolvidos.<br />
O CALOR EXTREMO E SEUS EFEITOS NO MANEJO DE<br />
ÁRVORES<br />
O calor extremo pode criar um ambiente adverso para as operações<br />
de manejo de árvores, já que as altas temperaturas aumentam<br />
o risco de estresse térmico em trabalhadores, levando à fadiga e à<br />
desidratação.<br />
• Risco de insolação e desidratação: Altas temperaturas aumentam<br />
o risco de insolação e desidratação para os trabalhadores.<br />
É essencial realizar pausas regulares e acesso a água para prevenir<br />
condições relacionadas ao calor.<br />
• Fadiga e exaustão: O calor extremo pode levar à fadiga e<br />
exaustão mais rapidamente, impactando a capacidade dos trabalhadores<br />
de manter a atenção e a precisão no manejo de árvores.<br />
Alternar momentos de descanso entre os trabalhadores auxilia na<br />
recuperação do foco e atenção.<br />
• Risco de queimaduras: Superfícies metálicas, como ferramentas,<br />
podem atingir temperaturas perigosas sob o sol escaldante.<br />
Os trabalhadores devem ser instruídos a manusear ferramentas<br />
com cuidado e a utilizar EPI (equipamentos de proteção individual),<br />
como luvas e roupas de proteção, para evitar queimaduras. O cuidado<br />
no abastecimento de máquinas, como motosserra, por exemplo,<br />
deve ser ampliado para evitar possíveis explosões.<br />
• Aumento do risco de acidentes: O desconforto causado pelo<br />
calor extremo pode distrair os trabalhadores, aumentando o risco<br />
de acidentes. Planejar a atividade de forma minuciosa é fundamental<br />
nesses casos.<br />
IMPACTOS DO FRIO EXTREMO NO TRABALHADOR DE<br />
MANEJO DE ÁRVORES<br />
O frio intenso também apresenta desafios no manejo de árvores.<br />
Os galhos tornam-se mais quebradiços, aumentando o risco de<br />
acidentes durante atividades de poda. Além disso, o solo úmido e<br />
gelado pode se tornar escorregadio.<br />
• Risco de hipotermia e congelamento: Baixas temperaturas aumentam<br />
o risco de hipotermia e congelamento, especialmente em<br />
climas rigorosos. Os trabalhadores devem usar roupas adequadas<br />
para proteger-se contra condições extremas de frio.<br />
• Diminuição da destreza manual: Mãos frias podem resultar<br />
em diminuição da destreza manual, tornando o manuseio de ferramentas<br />
mais difícil e aumentando o risco de acidentes. O uso de<br />
luvas e a programação de pausas para aquecimento são medidas<br />
importantes.<br />
• Maior risco de lesões: Superfícies escorregadias devido à formação<br />
de gelo ou geada podem aumentar o risco de escorregões e<br />
quedas. O uso de calçados de segurança com solado antiderrapante<br />
é fundamental nesses casos.<br />
CHUVAS EXTREMAS E QUEDA DE ÁRVORES NAS<br />
OPERAÇÕES DE MANEJO DE VEGETAÇÃO<br />
Chuvas extremas e ventos fortes podem impactar significativamente<br />
o trabalho de manejo de árvores, especialmente em solos saturados,<br />
já que a estabilidade do solo é comprometida, aumentando<br />
o risco de quedas de árvores ou de galhos pesados. Além disso, as<br />
chuvas intensas podem tornar o ambiente de trabalho escorregadio<br />
e desafiador.<br />
A queda de árvores sobre as linhas de energia elétrica também<br />
é um risco nessas condições, além de ser uma das principais causas<br />
de interrupções no fornecimento de eletricidade. Além dos transtornos<br />
para os consumidores e danos materiais significativos representam<br />
um risco potencial para a segurança dos profissionais que<br />
atuam nesse tipo de manejo.<br />
As condições climáticas extremas, como chuvas intensas, calor<br />
excessivo e frio rigoroso, potencializam os perigos próprios da<br />
atividade de manejo de árvores. Ao reconhecer esses desafios e<br />
implementar estratégias específicas para cada condição climática, é<br />
possível garantir a segurança dos profissionais. A integração de práticas<br />
de manejo responsáveis e medidas de segurança contribui para<br />
o sucesso do trabalho.<br />
Foto: divulgação<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
DESCUBRA PORQUE ELA É A PREFERIDA<br />
POR PROFISSIONAIS DESDE 1947<br />
OregonProducts.com | @OregonLatam
PRINCIPAL<br />
RÁPIDA, RESISTENTE<br />
E EFICIENTE<br />
Corrente de corte para harvester eleva o rendimento na<br />
operação florestal aliando tecnologia de ponta aos mais<br />
altos padrões do mercado<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Fotos: Emanol Caldeira
FAST, DURABLE,<br />
AND EFFICIENT<br />
A harvester saw chain increases performance in forestry<br />
operations by combining state-of-the-art technology<br />
with the highest standards in the market<br />
Fevereiro 2024<br />
43
PRINCIPAL<br />
Produtividade é a palavra que vem ditando o<br />
ritmo dos plantios florestais. Produzir mais, de<br />
maneira mais efetiva em menos tempo tem exigido<br />
muito de todos os processos que um ciclo<br />
florestal apresenta: preparação do solo, plantio,<br />
desbaste e, principalmente, o corte. Garantir a eficiência do<br />
corte é um dos principais objetivos da Oregon Tool. A empresa<br />
trouxe para o mercado nacional a corrente de corte 11H, que<br />
oferece alto desempenho de corte, força e resistência, além<br />
de segurança para o operador.<br />
A Oregon Tool é uma empresa americana fundada em<br />
1947, na cidade de Portland, no Estado americano do Oregon,<br />
no noroeste dos EUA (Estados Unidos da América). Essa<br />
região é reconhecida mundialmente por ser uma fonte de<br />
madeira para toda a costa oeste americana. A empresa tem<br />
na sua essência a busca por soluções que facilitem o trabalho<br />
de silvicultores de todo o mundo. Presente em todos os<br />
continentes, a Oregon Tool conta com fábricas em 17 países<br />
e mais de 3 mil funcionários.<br />
A corrente de corte 11H é a solução que a empresa apresenta<br />
unindo agressividade no corte e precisão na operação.<br />
Cada detalhe desse produto foi projetado e realizado para<br />
fazer o trabalho no campo mais rápido, mais seguro e com<br />
baixa manutenção, pois a máquina parada é um dos grandes<br />
P<br />
roductivity is the word that has been dictating the<br />
pace of forest plantations. Producing more, more<br />
effectively, and in less time has demanded a lot<br />
of all the forest cycle processes: soil preparation,<br />
planting, thinning, and, significantly, harvesting.<br />
Ensuring harvesting efficiency is one of Oregon Tool’s primary<br />
goals. With this in mind, the Company brought to the domestic<br />
market the 11H saw chain, which offers high cutting performance,<br />
strength, and durability, as well as safety for the operator.<br />
Oregon Tool is an American company founded in 1947 in the<br />
city of Portland, Oregon, in the northwestern state of the United<br />
States. This Region is recognized worldwide for being a source of<br />
timber for the entire American West Coast. The Company has at its<br />
core the search for solutions that facilitate the work in the forest<br />
from all over the world. Present on all continents, Oregon Tool has<br />
factories in 17 countries with more than 3 thousand employees.<br />
The 11H saw chain is the solution that the Company presents,<br />
combining aggressiveness in harvesting and precision in operation.<br />
Every detail of this product has been designed and manufactured<br />
to make the work in the field faster, safer, and with low maintenance<br />
because machine downtime is one of the worst nightmares<br />
of those who work in the field. The semi-square shape of the 11H<br />
cutters increases chain performance, the gullet design assists<br />
in the elimination of chips, and in addition, the cutting area is<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
pesadelos de quem trabalha no campo. O formato semi-quadrado<br />
dos cortadores da 11H aumentam o desempenho da<br />
corrente, o desenho da garganta auxilia na eliminação das<br />
lascas e além disso, a área do cortador é levemente deslocada<br />
para trás, a fim de minimizar as rebarbas nos trilhos do sabre<br />
quando a corrente está em operação, aumentando a vida útil<br />
do conjunto de corte. Toda a estrutura é construída em aço<br />
patenteado pela Oregon, que foi desenvolvido para diminuir<br />
o desgaste e estiramento em níveis mínimos.<br />
QUEM FABRICA<br />
Eduardo Garcia, especialista técnico da Oregon Tool,<br />
explica que a 11H é uma das maiores correntes disponíveis<br />
no mercado. Tem passo de 3/4 e sua qualidade construtiva<br />
permite alcançar forças incomparáveis como a tração de<br />
30 mil newtons. Para efeitos de comparação, uma corrente<br />
harvester de passo .404 tem força média de tração de 12 mil<br />
newtons. Ou seja, a 11H tem força de sobra para não deixar<br />
nada para trás. “Essa potência nos garante resultados acima<br />
da média, fazendo com que nosso cliente final tenha sua<br />
produtividade garantida, suas metas batidas e se destaque<br />
no mercado”, assegura Eduardo.<br />
O que faz da 11H se destacar está no padrão de qualidade<br />
da Oregon. De forma padronizada, entrega exatamente o mesmo<br />
produto em qualquer lugar do mundo tornando-os únicos.<br />
A corrente 11H é uma prova disso porque ela é construída<br />
em aço patenteado exclusivo Oregon e foi desenvolvida para<br />
diminuir o desgaste e estiramento em níveis mínimos. “Ela<br />
aguenta o serviço do início ao fim sem arrebentar. Não tem<br />
incômodo, é a frase que mais ouço”, relata Eduardo.<br />
slightly slanted backward in order to minimize burrs on the bar<br />
rails when the chain is in operation, increasing the life of the<br />
cutting assembly. The entire structure is constructed in Oregon’s<br />
patented steel, which has been developed to decrease wear and<br />
give to a minimum.<br />
THOSE WHO MANUFACTURE<br />
Eduardo Garcia, Technical Specialist at Oregon Tool, explains<br />
that the 11H is one of the largest chains available on the market.<br />
It has a 3/4 pitch, and its construction quality allows it to achieve<br />
incomparable forces, such as the traction of 30 thousand newtons.<br />
For comparison, a .404 pitch harvester chain has an average<br />
tensile force of 12 thousand newtons. In other words, the 11H has<br />
more than enough strength for any job. “This power guarantees<br />
above-average results, leading to our end customers having<br />
guaranteed productivity, their goals met, and standing out in the<br />
market,” assures Garcia.<br />
What makes 11H stick out is Oregon’s standard of quality. In a<br />
standardized way, it delivers precisely the same product anywhere<br />
in the world, making it unique. The 11H saw chain is a testament<br />
to this because it is constructed in exclusive Oregon-patented steel<br />
and has been developed to decrease wear and give to minimum<br />
levels. “It can handle the job from start to finish without failing.<br />
This is the comment that I hear the most,” says Garcia.<br />
According to Garcia, the satisfaction and ease of work that<br />
11H brings to the harvester operator in the field leads to a much<br />
safer daily activity. “The saw chain is more durable, requires less<br />
maintenance, and, even when it is necessary to change it, it can<br />
be done quickly by the professional, without risks and with only<br />
one tool,” states Garcia.<br />
Fevereiro 2024<br />
45
PRINCIPAL<br />
Segundo Eduardo, a satisfação e a facilidade do trabalho<br />
que a 11H leva ao operador de harvester no campo, propicia<br />
uma atividade diária muito mais segura. “A corrente é mais<br />
resistente, exige menos manutenção e mesmo quando é necessária<br />
a realização da troca, ela pode ser feita rapidamente<br />
pelo profissional, sem riscos e com apenas uma ferramenta”,<br />
relata Eduardo.<br />
O técnico da Oregon aponta que a 11H é apenas uma parte<br />
do que a empresa busca oferecer para o mercado, focando<br />
em soluções completas para a operação florestal. “Temos<br />
correntes, coroas, sabres, afiadores, rebitadores e todas as<br />
outras ferramentas utilizadas na manutenção do conjunto<br />
de corte, além do atendimento personalizado, que fazem o<br />
trabalho no campo muito mais fácil”, complementa Eduardo.<br />
QUEM VENDE<br />
Um equipamento de alta qualidade não poderia faltar no<br />
catálogo da LION Equipamentos, empresa que representa e<br />
comercializa grandes marcas internacionais dentro do segmento<br />
florestal. Alexandre Falce, consultor técnico comercial<br />
da LION, destaca a qualidade dos equipamentos da Oregon<br />
e como isso pesou para a LION ter os equipamentos em seu<br />
portfólio. “Temos as melhores marcas e a Oregon, principalmente<br />
com produtos como a 11H, não poderia ficar de fora,<br />
pois está de acordo com o que acreditamos e oferecemos<br />
para nossos clientes”, exalta Alexandre.<br />
Segundo o consultor, o atendimento da Oregon caminha<br />
de forma muito semelhante ao que a LION oferece para seus<br />
clientes, e isso foi um fator preponderante para que a parceria<br />
The Oregon technician points out that 11H is just one part<br />
of what the Company seeks to offer to the market, focusing on<br />
complete solutions for forestry operations. “We have saw chains,<br />
crowns, sabers, sharpeners, riveters, and all the other tools used in<br />
the maintenance of the cutting set, in addition to personalized service,<br />
which make the work in the field much easier,” adds Garcia.<br />
THOSE WHO SELL<br />
A piece of high-quality equipment could not be missing from<br />
the LION Equipamentos catalog. This Company represents and<br />
sells products from major international brands within the forestry<br />
segment. Alexandre Falce, LION’s Sales Technical Consultant,<br />
highlights the quality of Oregon’s equipment and how this weighed<br />
in the decision for LION to include the equipment in its portfolio.<br />
“We have the best brands, and Oregon, especially with products<br />
like 11H, could not be left out, as its products are in line with what<br />
we believe in and offer to our customers,” extols Falce.<br />
Ao longo desse tempo<br />
recebemos propostas e até<br />
fizemos testes com outras<br />
correntes, mas nenhuma<br />
superou o desempenho que<br />
a 11H nos trouxe. Por isso<br />
cortamos e vamos continuar<br />
cortando madeira com ela<br />
Jeferson Maeda, engenheiro<br />
florestal na Águia <strong>Florestal</strong><br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
entre as empresas pudesse se estabelecer continuamente.<br />
“O tratamento, a parte humana da Oregon, tem a mesma<br />
qualidade dos equipamentos que eles oferecem, e isso não<br />
apenas nos motiva, mas nos inspira a levar esse mesmo cuidado<br />
e excelência para os nossos clientes, fortalecendo laços<br />
e criando parcerias duradouras”, associa Alexandre.<br />
QUEM COMPRA<br />
O Paraná é um dos Estados mais tradicionais do Brasil<br />
na silvicultura e produção florestal. E uma das empresas que<br />
mais ajudaram a fortalecer essa identidade é a Águia <strong>Florestal</strong>,<br />
que fica sediada na região dos campos gerais. A empresa<br />
produz mudas, planta, corta, processa e exporta a madeira<br />
paranaense para o mundo. Jeferson Maeda, engenheiro<br />
florestal na Águia <strong>Florestal</strong>, comenta que a empresa utiliza<br />
os equipamentos Oregon há mais de uma década e o custo<br />
benefício que foi apresentado pela mesma, garantiu que a<br />
corrente 11H se tornasse um elemento fundamental para sua<br />
operação. “Ao longo desse tempo recebemos propostas e até<br />
fizemos testes com outras correntes, mas nenhuma superou<br />
o desempenho que a 11H nos trouxe. Por isso cortamos e<br />
vamos continuar cortando madeira com ela”, valoriza Jeferson.<br />
Jeferson comenta que a Oregon chegou até a Águia <strong>Florestal</strong><br />
por meio da LION, empresa parceira que atende muito<br />
bem as demandas, com prontidão inigualável. “Utilizamos o<br />
conjunto de corte completo da Oregon, que tem uma durabilidade<br />
muito alta, manutenção e substituição simplificada.<br />
A LION e a Oregon hoje nos dão segurança de que nossa operação<br />
florestal não fica parada e está sempre com a produção<br />
lá em cima”, completa Jeferson.<br />
According to the Consultant, Oregon’s service is similar to what<br />
LION offers to its customers, and this was a significant factor in the<br />
continuity of the partnership between the companies. “The service<br />
provided by the human part of Oregon has the same quality as<br />
the equipment it offers, and this not only motivates us but inspires<br />
us to provide this same care and excellence to our customers,<br />
strengthening ties and creating lasting partnerships,” states Falce.<br />
THOSE WHO BUY<br />
Paraná is one of the most traditional states in Brazil in terms<br />
of forestry and forest production. One of the companies that has<br />
helped the most to strengthen this identity is Águia <strong>Florestal</strong>,<br />
which is headquartered in the State’s Campos Gerais Region. The<br />
Company produces seedlings, plants, harvests, processes, and<br />
exports wood from Paraná to the world. Jeferson Maeda, Forestry<br />
Engineer at Águia <strong>Florestal</strong>, comments that the Company has<br />
been using Oregon equipment for more than a decade, and the<br />
cost-benefit presented ensured that the 11H saw chain became<br />
a fundamental element for its operations. “Throughout this time,<br />
we received proposals and even carried out tests with other saw<br />
chains, but none surpassed the performance that 11H brought us.<br />
That is why we harvest, and we are going to continue harvesting<br />
trees with it,” says Maeda.<br />
Maeda comments that Oregon came to Águia <strong>Florestal</strong><br />
through LION, a partner company that meets the Company’s demands<br />
very well, with unparalleled readiness. “We use Oregon’s<br />
complete cutting set, which has outstanding durability, easy<br />
maintenance, and simplified replacement. LION and Oregon today<br />
provide us with the security so that our forestry operation does<br />
not stand still and is always up,” adds Maeda.<br />
Fevereiro 2024<br />
47
ESTATÍSTICA<br />
Informação<br />
ATUALIZADA<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: divulgação<br />
Dados sobre florestas brasileiras<br />
apresentam resultados positivos e<br />
melhora no sistema de monitoramento<br />
Fevereiro 2024<br />
49
ESTATÍSTICA<br />
O<br />
SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) publicou o<br />
boletim com os dados mais recentes sobre<br />
as florestas brasileiras. A publicação aborda<br />
temas que foram desenvolvidos e atualizados<br />
durante o ano de 2023. Os temas abordados<br />
são: Vegetação secundária em área de floresta natural;<br />
Associação botânica no Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional; e<br />
Certificação <strong>Florestal</strong> nas florestas do Brasil. Os boletins são<br />
lançados anualmente desde 2016, e apresentam a compilação<br />
dos dados e informações atualizadas e disponibilizadas<br />
anualmente pelo SNIF (Sistema Nacional de Informações<br />
Florestais).<br />
O primeiro tema trata da metodologia de cálculo e definição<br />
de ganho de cobertura florestal por meio da base de<br />
dados de floresta do SFB e dos dados de monitoramento da<br />
vegetação secundária disponibilizados pelo INPE (Instituto<br />
Nacional de Pesquisas Espaciais) no Projeto TerraClass. O<br />
segundo eixo temático traz a metodologia de associação botânica<br />
realizada pelo SFB a partir dos dados de coleta e identificação<br />
de espécies do IFN (Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional).<br />
A publicação mostra o passo a passo, desde o levantamento<br />
de campo, até a análise e consolidação dos dados das espécies,<br />
culminando na publicização dos dados à sociedade. Por<br />
fim, o boletim traz informações sobre certificação florestal<br />
e sua importância na consolidação das práticas de manejo<br />
sustentável, combate ao desmatamento e uso responsável<br />
dos recursos florestais.<br />
Desenvolvido pelo SFB, o SNIF é uma plataforma que<br />
reúne informações sobre os temas relacionados às florestas<br />
e ao setor florestal do país. Além das informações produzidas<br />
pelo órgão, o SNIF disponibiliza dados produzidos por<br />
instituições brasileiras e estrangeiras, tanto públicas quanto<br />
privadas. O objetivo é facilitar a obtenção e uso dessas<br />
informações de forma organizada e atualizada por toda a sociedade,<br />
inclusive para a formulação e execução de políticas<br />
de uso sustentável, conservação e recuperação dos recursos<br />
florestais.<br />
DIVERSIDADE E INVENTÁRIO FLORESTAL<br />
Segundo dados do MMA (Ministério do Meio Ambiente),<br />
o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo,<br />
onde são conhecidas mais de 116 mil espécies animais e<br />
mais de 46 mil espécies vegetais, espalhadas pelos seis biomas<br />
terrestres e três grandes ecossistemas marinhos. Tamanha<br />
biodiversidade é fonte de recursos para o país, provendo<br />
serviços ecossistêmicos, bem como oportunidades para<br />
sua conservação, uso sustentável e patrimônio genético.<br />
Abrigando mais de 20% do total de espécies do mundo, encontradas<br />
em terra e água, o Brasil tem papel fundamental<br />
nas discussões relacionadas à biodiversidade. Nacional-<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
produção<br />
nacional<br />
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NOSSO IMPLEMENTO!<br />
www.deniscimaf.com
ESTATÍSTICA<br />
mente um dos locais de discussão relacionados ao tema é a<br />
CONABIO (Comissão Nacional da Biodiversidade), instituída<br />
pelo decreto 1.354, de 29 de dezembro de 1994. No âmbito<br />
internacional, o principal fórum de discussão sobre biodiversidade<br />
é a CDB (Convenção de Diversidade Biológica).<br />
Os dados de identificação botânica das espécies inventariadas<br />
em campo fundamentam as informações sobre a<br />
biodiversidade florestal nessas áreas. O inventário da biodiversidade<br />
de espécies florestais procura contribuir para<br />
estabelecer um método eficiente e consistente para obter<br />
informação sobre o estado, as tendências da biodiversidade<br />
de florestas em grande escala e a respectiva condição de<br />
habitat, em escalas extensas de paisagem, particularmente<br />
fatores críticos como a degradação, as mudanças do clima e<br />
do uso da terra.<br />
Os dados de identificação<br />
botânica das espécies<br />
inventariadas em campo<br />
fundamentam as informações<br />
sobre a biodiversidade<br />
florestal nessas áreas<br />
Os dados coletados permitem a análise, o desenvolvimento<br />
e utilização de modelos de tendências que permitem<br />
identificar a distribuição das espécies, o endemismo e as<br />
suas mudanças no território, permitindo orientar as atividades<br />
de conservação e manejo, bem como responder às<br />
convenções e compromissos internacionais.<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
Apresentamos um panorama da certificação florestal<br />
no Brasil em comparação com o mundo, considerando os<br />
dois sistemas de certificação, FSC e PEFC. Destaca-se que<br />
pode haver sobreposição de áreas manejadas, uma vez que<br />
um mesmo manejo florestal pode ser certificado pelos dois<br />
esquemas e, portanto, as áreas apresentadas não devem ser<br />
somadas.<br />
Os dados na fonte possuem informações para mais<br />
períodos, mas por limitações de espaço, optou-se por apresentar<br />
os meses acima. Analisando a série histórica de certificação<br />
de manejo florestal, nota-se que a área certificada<br />
no mundo pelo PEFC10 é maior que a área certificada pelo<br />
FSC, mas que considerando o Brasil, acontece o contrário,<br />
sendo a área certificada maior pelo FSC. Percebe-se também<br />
uma tendência de redução da área certificada no mundo<br />
pelos dois sistemas a partir de 2022, sendo que para o Brasil<br />
há uma oscilação da área sem confirmação de tendência<br />
positiva ou negativa.<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Foto: André Dib/Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro
ESPÉCIE<br />
QUESTÃO DE<br />
SOBREVIVÊNCIA<br />
Pesquisadores descrevem como o pinus se alimenta<br />
de árvores que ficam de pé por anos após a morte<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: Rangel Consalter/Acervo UFPR e divulgação<br />
E<br />
m meio a uma plantação de pinus (Pinus<br />
herrerae) em solo pouco fértil, na região<br />
de Jaguariaíva (PR), a natureza revela uma<br />
estratégia engenhosa de sobrevivência.<br />
Enfrentando as dificuldades impostas, as<br />
árvores buscam atalhos para a obtenção de nutrientes e<br />
suas raízes crescem em troncos de pinheiros em decomposição<br />
que, devido às condições do ambiente florestal,<br />
permanecem em pé por anos.<br />
A baixa fertilidade do solo enfraquece as plantas e<br />
provoca rachaduras e lascas em seus troncos, proporcionando<br />
uma oportunidade conveniente para as árvores<br />
vizinhas. Quando suas companheiras sucumbem à morte,<br />
as raízes das plantas sobreviventes se estendem, desafiando<br />
a gravidade ao envolver os troncos em decomposição,<br />
criando um cenário batizado pelos cientistas de<br />
fitocanibalismo e uma evidente adaptação à adversidade<br />
ambiental.<br />
A ocorrência foi descrita por pesquisadores da pós-<br />
-graduação em Ciências do Solo, da UFPR (Universidade<br />
Federal do Paraná) e publicada no periódico científico<br />
Forest Systems.<br />
AMBIENTES DESAFIADORES, SOLUÇÕES<br />
CRIATIVAS<br />
As pesquisas científicas têm demonstrado, cada vez<br />
mais, a capacidade cognitiva das plantas. Estudos recentes<br />
já revelaram que vegetais se comunicam entre si, manipulam<br />
espécies da fauna, reconhecem membros da sua<br />
família e são capazes de fazer escolhas. Esses comportamentos<br />
fazem parte das estratégias de sobrevivência das<br />
plantas, que se ajustam a condições ambientais extremas<br />
e definem as melhores opções para sua conservação.<br />
O estudo da UFPR foi mais um a constatar o poder de<br />
adaptação desses organismos, descrevendo a habilidade<br />
de colonizar troncos ainda em pé de árvores mortas para<br />
obter nutrientes. O fenômeno funciona como um atalho<br />
no ciclo biogeoquímico de nutrientes em sistemas florestais,<br />
isto é, no processo de circulação dos elementos no<br />
ambiente para promover seu reaproveitamento.<br />
Em ambientes florestais, as folhas de árvores caem<br />
sobre o solo e se acumulam, formando uma camada denominada<br />
serapilheira (ou serrapilheira), um estrato de<br />
matéria orgânica de origem vegetal e animal que se concentra<br />
sobre a superfície do solo. Nesses ecossistemas,<br />
Fevereiro 2024<br />
55
ESPÉCIE<br />
é comum que raízes de árvores colonizem a serapilheira<br />
para obter nutrientes, mas as raízes também são capazes<br />
de penetrar fendas de rochas, crescer em solos arenosos,<br />
expandir-se lateralmente para explorar o solo ao redor e<br />
até invadir o sistema de esgoto, em ambientes urbanos,<br />
à procura de água e de nutrientes, mantendo as plantas<br />
vivas nas condições menos prováveis de sobrevivência.<br />
Como as florestas são formadas por árvores que<br />
crescem lado a lado, isso diminui a ação dos ventos e<br />
propicia que, mesmo quando mortas, elas permaneçam<br />
por diversos anos em pé, antes de cair devido ao apodrecimento<br />
da base. De acordo com o orientador do estudo,<br />
professor Antonio Carlos Motta, na floresta de pinus<br />
analisada, algumas plantas morreram em função da baixa<br />
fertilidade do solo, também responsável por ter deixado<br />
elas mais fracas e mais sensíveis aos ataques de pragas<br />
e a doenças em geral. “Assim, essas árvores apresentavam<br />
pequenas rachaduras na base que, com o passar<br />
do tempo, fizeram com que a casca se desprendesse do<br />
lenho, criando um pequeno espaço entre lenho e casca.<br />
As raízes que estavam na serapilheira aproveitaram as<br />
rachaduras na base da planta para entrar e expandir<br />
entre o lenho e casca, colonizando esse espaço. Antes<br />
mesmo de a planta cair sobre o solo, as raízes em volta já<br />
começaram a explorar os nutrientes das árvores mortas”,<br />
afirma Antonio.<br />
SURPRESA NO CAMPO<br />
Ao invadir esse espaço, as raízes cresceram criando<br />
um emaranhado que encobre o tronco morto, mas que<br />
ainda se mantém em pé. “A análise química dos troncos<br />
e das cascas das árvores mortas indicou que as raízes das<br />
árvores vivas se aproveitam dos nutrientes liberados dos<br />
tecidos em decomposição. Os solos, naturalmente muito<br />
pobres na região, fazem com que as raízes de pinus explorem<br />
cada oportunidade de obter nutrientes”, descreve<br />
Julierme Zimmer Barbosa, estudante de doutorado na<br />
época da descoberta e um dos autores da publicação.<br />
O artigo revela que após oito anos e meio da morte<br />
das árvores vizinhas, as raízes das plantas adjacentes<br />
atingiram mais de três metros acima da superfície da serapilheira,<br />
ou seja, cresceram contra a gravidade, o que é<br />
considerado uma vantagem adaptativa, já que a camada<br />
superficial contém maiores quantidades de nutrientes,<br />
devido à decomposição e à mineralização de resíduos<br />
orgânicos. “A supercapacidade de crescimento de raízes<br />
de pinus em busca de nutrientes vai muito além do que<br />
conhecíamos. Isso pode ser interpretado como um indicador<br />
de alta eficiência de aproveitamento de nutrientes<br />
em sistemas florestais com essa espécie”, avalia Julierme.<br />
Para os pesquisadores, o estudo amplia o conhecimento<br />
acerca da habilidade de crescimento radicular<br />
do pinus em ambientes sem solo e abre novas possibilidades<br />
de pesquisa sobre a ciclagem de nutrientes em<br />
ecossistemas florestais. Novos estudos ainda poderão<br />
avaliar como as variações do sítio florestal afetam o fitocanibalismo<br />
no pinus e se existem outras espécies com a<br />
mesma capacidade.<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
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Novo picador florestal<br />
tem tecnologia<br />
avançada e capacidade<br />
produtiva excepcional<br />
O<br />
mercado de biomassa de madeira tem se<br />
expandido de maneira exponencial no Brasil.<br />
Esse crescimento demanda máquinas e<br />
equipamentos que consigam suprir as novas<br />
demandas com eficiência e precisão. No<br />
âmbito de propósito voltado à excelência em soluções para<br />
biomassa e processamento de resíduos, a Bruno anuncia<br />
o lançamento do Picador <strong>Florestal</strong> THOR. Este marco representa<br />
uma evolução significativa na busca incessante<br />
por inovação e excelência, reafirmando o compromisso da<br />
empresa com a sustentabilidade do planeta.<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
O THOR não é apenas<br />
uma máquina; é a materialização<br />
da dedicação<br />
incansável da equipe da<br />
Bruno em proporcionar<br />
soluções de vanguarda.<br />
Sua entrada no mercado<br />
redefine os padrões da<br />
indústria florestal, destacando-se<br />
pela robustez<br />
incomparável, alto desempenho<br />
e tecnologia avançada.<br />
Com uma capacidade<br />
de produção de cavaco<br />
de eucalipto superior a<br />
500 m³/h (metros cúbicos<br />
por hora) e produção de cavacos de supressão nativa de<br />
alta densidade superior a 300 m³/h, o THOR destaca-se<br />
como um divisor de águas. Angelo Henz, Diretor Executivo<br />
da Bruno, enfatiza que o Picador <strong>Florestal</strong> THOR é mais<br />
do que uma inovação para a empresa; é a manifestação<br />
da paixão pela excelência e pelas pessoas que formam a<br />
essência da equipe Bruno. “Equipado com robustez e tecnologia<br />
avançada, o THOR reflete nosso compromisso em<br />
liderar a indústria florestal, graças ao talento e dedicação<br />
excepcionais de cada membro da nossa equipe. Agradeço<br />
a todos por tornar isso possível”, ressalta Angelo.<br />
Mais que um equipamento para processamento da<br />
madeira, o Thor é a nova solução da Bruno para superar<br />
expectativas e surpreender o segmento florestal. “O que<br />
prova que não existem limites ou fronteiras quando aliamos<br />
uma equipe comprometida, força de vontade e eficiência”,<br />
enalteceu o diretor. “Ao optar pelo Picador <strong>Florestal</strong> THOR,<br />
nossos clientes não apenas investem em uma tecnologia<br />
avançada, mas também na tradição de excelência que é a<br />
marca registrada da Bruno”, completa Angelo.<br />
O que prova que não<br />
existem limites ou<br />
fronteiras quando aliamos<br />
uma equipe comprometida,<br />
força de vontade e<br />
eficiência<br />
Angelo Henz, diretor<br />
executivo da Bruno<br />
Fevereiro 2024<br />
59
TRANSPORTE<br />
Força<br />
FORA DE ESTRADA<br />
Marca apresenta novos modelos com até 8% de economia de<br />
combustível e pacote de serviços para otimizar a produtividade<br />
Fotos: divulgação Scania<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
A<br />
Scania, fabricante sueca de caminhões,<br />
anunciou a terceira fase de lançamentos do<br />
portfólio de caminhões Euro 6, agora com<br />
a Nova linha Scania XT Super para todos<br />
os segmentos off-road. Com a novidade, a<br />
marca contempla, a partir deste mês, o novo trem de força<br />
Super para as outras aplicações que faltavam. Os produtos<br />
passam a receber a nova caixa de transmissão Heavy<br />
Planetary, ainda mais robusta para os modelos fora de estrada,<br />
freios CRB mais Scania Retarder de série, opções de<br />
eixos e bogies para atender a diversas especificações, além<br />
de aumento dos intervalos de manutenção, novas soluções<br />
de serviços com o Scania PRO e maior segurança na operação<br />
com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade<br />
da frota por meio de cercas virtuais. Com todas estas novidades,<br />
a linha Scania passa a oferecer ainda mais produtividade,<br />
robustez, segurança, economia de combustível em<br />
menores ciclos e reduzido custo por tonelada produzida.<br />
Fevereiro 2024<br />
61
TRANSPORTE<br />
Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios<br />
da Scania Operações Comerciais Brasil, afirma que a<br />
Scania tem uma tradição muito forte no segmento fora de<br />
estrada, com diversos pioneirismos ao longo dos anos, a<br />
exemplo os primeiros 8x4 (1999) e 10x4 (2007) do mercado,<br />
além de apresentar a primeira linha 100% off-road com<br />
a chegada da lei Euro 5, entre 2011 e 2012. “A nova caixa<br />
de câmbio chega para deixar o caminhão mais rápido e robusto.<br />
Sua sessão planetária reforçada (Heavy Planetary),<br />
de modelos G25CH e G33CH, tem carcaça produzida em<br />
alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado<br />
à geração anterior. Estamos lançando as linhas que<br />
vão proporcionar a maior produtividade do mercado com<br />
o menor custo por tonelada produzida”, destaca Marcelo.<br />
Para garantir ainda mais segurança na operação, a Scania<br />
está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação<br />
de compressão, que chegou com a gama Super em 2022),<br />
e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – juntos de série.<br />
“Essa dupla vai impressionar os motoristas e os clientes.<br />
Somados, são 850 Kw de potência, ou 1.153 cv (cavalos)<br />
de potência, o que representa a maior capacidade de<br />
frenagem do mercado. Portanto, o caminhão ficará extremamente<br />
seguro”, explica Gallao. Completam o pacote de<br />
segurança airbag frontal e o lateral de cortina, pioneiro e<br />
exclusivo no mercado, para proteger o condutor em caso<br />
de tombamento, e bafômetro (o veículo só dará partida<br />
após o teste do motorista). “O Scania Super tem uma<br />
plataforma verdadeiramente nova e ainda mais moderna,<br />
O Scania Super tem uma<br />
plataforma verdadeiramente<br />
nova e ainda mais moderna,<br />
além de um exclusivo e<br />
novíssimo trem de força<br />
Marcelo Gallao, diretor<br />
de Desenvolvimento de<br />
Negócios da Scania Operações<br />
Comerciais Brasil<br />
além de um exclusivo e novíssimo trem de força. Não se<br />
tem registro no mercado, na faixa de potência de 420 cv a<br />
560 cv, de uma solução de transporte que vem entregando<br />
tanta eficiência energética e um menor custo total de operação<br />
como o Scania Super”, ressalta o diretor.<br />
No setor florestal, já estão projetados mais de R$ 60<br />
bilhões em investimentos até 2028, dentre eles, em grandes<br />
projetos de novas plantas de produção de celulose.<br />
Por isso, a Scania tem uma forte expectativa de aumento<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
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na participação de mercado nos próximos anos; hoje o<br />
market share da marca está em 20%.<br />
Dentro do segmento o topo do ranking Scania será do<br />
560 G 6x4 XT Super e o 460 G 6x4 XT Super vai puxar a comercialização<br />
para as aplicações de construção.<br />
O modelo G 560 6X4 XT, de 560 cavalos, substituiu o<br />
540 cv da geração Euro 5. Tem motor 13L (litros) equipado<br />
com sistema de injeção XPI e caixa de câmbio G33CH. Trata-se<br />
do caminhão de maior capacidade de arranque em<br />
aclives e menor rotação em velocidade de cruzeiro. A CMT<br />
chega a 150 toneladas. Na cana, ele já atende o PBTC (peso<br />
bruto total combinado) para as novas operações de 91<br />
toneladas, nos circuitos rodoviário e fora de estrada. Outro<br />
diferencial neste segmento é propiciar a maior eficiência<br />
energética na carga líquida transportada por consumo da<br />
categoria.<br />
SOLUÇÕES SCANIA PRO PARA SEGMENTOS<br />
OFF-ROAD<br />
O Scania PRO tem por objetivo ofertar um serviço<br />
ainda mais proativo, profissional e personalizado para a<br />
frota do cliente rodar mais, e, consequentemente, atingir<br />
a máxima disponibilidade na operação diária. Os Serviços<br />
Scania PRO estão divididos em três categorias e oferecem<br />
atendimento prioritário nas oficinas da rede Scania, processos<br />
mais ágeis e simples, possibilidade de personalização<br />
de acordo com a necessidade do cliente e a novidade<br />
de um apoio 24h (horas) via linha direta gratuita 0800, que<br />
atenderá aos clientes para as eventuais dúvidas, passará<br />
dados sobre os produtos de serviços contratados, vigência<br />
das soluções e etc. A nova modalidade Scania PRO Control<br />
oferece manutenção otimizada para a redução de custos,<br />
utilizando a exclusiva inteligência dos planos flexíveis, que<br />
proporcionam intervalos entre paradas para manutenção<br />
adequados a cada operação, e, consequentemente, maior<br />
tempo de rodagem dos caminhões. Na solução também<br />
está incluído o pacote de conectividade Avaliação do Motorista,<br />
que, por meio de relatórios no portal My Scania<br />
ou pelo Aplicativo Scania Driver, demonstra a pontuação<br />
individualizada e entrega recomendações personalizadas a<br />
cada condutor para a redução do consumo de combustível,<br />
de forma simplificada. As manutenções deverão ser realizadas<br />
em qualquer Casa Scania, pelo agendamento, que é<br />
realizado pela rede em todo o Brasil.<br />
Os Serviços Scania PRO Personal tem foco na gestão<br />
da disponibilidade, com proteção de itens preventivos e<br />
chance de personalização de acordo com as demandas do<br />
cliente. Também estão inclusos o Control Tower e pacote<br />
de conectividade Avaliação do Motorista. O Control Tower<br />
faz uma gestão ativa da eficiência do fluxo das oficinas e<br />
dos processos de manutenção da rede de Casas Scania. Já<br />
o Scania PRO Premium vai oferecer a cobertura mais completa<br />
das soluções de serviços da marca no Brasil. Estão<br />
incluídos os itens preventivos e corretivos, possibilidade<br />
de personalização complementar. Além da Control Tower,<br />
pacote de conectividade Desempenho e Data Access, que<br />
permite ao transportador integrar os dados de conectividade<br />
de sua frota diretamente em seus sistemas internos<br />
por meio de ferramentas que viabilizam a geração de relatórios<br />
customizados da empresa.<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO<br />
Terreno<br />
FÉRTIL<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
Fotos: divulgação<br />
Banco reúne 28 mil amostras com<br />
dados biológicos dos solos brasileiros<br />
SISTEMA DE<br />
AUTOMATIZAÇÃO<br />
DE AFIADORES SHARK<br />
• Afiação mais simples e ágil;<br />
• Afia correntes de ¼” a ¾”;<br />
• Menor fadiga do braço e redução de problemas ergonômicos;<br />
• Maior padronização na afiação;<br />
• Melhor acabamento na corrente;<br />
• Maior vida útil da corrente e do rebolo;<br />
• Afiação consistente;<br />
• Fácil de operar e ajustar;<br />
• Economia de tempo e dinheiro;<br />
• Fabricado nos EUA.<br />
Fevereiro 2024<br />
67
SOLO<br />
L<br />
ançada em 2020, a tecnologia de BioAS<br />
(Bioanálise de Solo) reúne hoje o maior<br />
banco de dados de atividade enzimática de<br />
solos do mundo, com informações de 28<br />
mil amostras das cinco regiões brasileiras.<br />
São todas MRV (mensuráveis, rastreáveis e verificáveis)<br />
e coletadas em 960 municípios de todos os Estados<br />
brasileiros e do Distrito Federal. Desenvolvida pela EM-<br />
BRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)<br />
Cerrados, no Distrito Federal e EMBRAPA Agrobiologia,<br />
no Rio de Janeiro (RJ), a BioAS inovou ao agregar o<br />
componente biológico à análise de solo, antes limitada<br />
aos atributos químicos e físicos, e colocou o Brasil na<br />
vanguarda desse tipo de trabalho.<br />
A análise envolve medições de enzimas relacionadas<br />
aos ciclos de enxofre e carbono, que são capazes de<br />
indicar a saúde do solo. A técnica combina propriedades<br />
químicas e biológicas do solo, avaliando a matéria<br />
orgânica presente nele, o que gera um resultado mais<br />
completo que as análises convencionais (veja detalhes<br />
no quadro no fim da matéria).<br />
Com base no universo amostral já coletado, é possível<br />
constatar que mais da metade dos solos é consi-<br />
Por ser um banco de dados<br />
totalmente rastreável, a partir<br />
desses resultados, várias estratégias<br />
eficazes podem ser aplicadas para<br />
garantir lavouras produtivas em<br />
solos saudáveis, abrindo enormes<br />
oportunidades para políticas públicas<br />
de conservação e saúde do solo em<br />
nível municipal, estadual e nacional<br />
Ieda Mendes, líder do projeto<br />
Bioindicadores e pesquisadora<br />
da EMBRAPA<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
derada saudável (53,7%); 14,7% estão em recuperação;<br />
23,5%, adoecendo; 2,5%, doentes e 5,6%, com resultados<br />
indefinidos. “O fato de que 68,4% das amostras já<br />
cadastradas no banco de dados representam ambientes<br />
de solos saudáveis ou em recuperação é altamente positivo,<br />
mas também mostra que há grande espaço para<br />
melhoria”, afirma a pesquisadora da EMBRAPA Ieda<br />
Mendes, líder do projeto Bioindicadores. Ieda destaca<br />
que esse trabalho em rede tem permitido monitorar de<br />
forma inédita os solos do país.<br />
REDE EM EXPANSÃO<br />
A BioAS tem ganhado escala no Brasil. A rede de<br />
laboratórios habilitados pela EMBRAPA a oferecer a<br />
tecnologia foi ampliada e passou de 7 para 33 em todo<br />
o país. Outros 30 laboratórios iniciarão testes de proficiência<br />
em 2024. A Rede EMBRAPA BioAS, formada<br />
pela empresa pública de pesquisa e pelos laboratórios<br />
comerciais, permite que a tecnologia esteja de fato disponível<br />
para todos os agricultores do Brasil.<br />
TOP OF MIND EM<br />
PLANEJAMENTO<br />
FLORESTAL<br />
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Fevereiro 2024<br />
69
SOLO<br />
Ieda Mendes explica que a BioAS é uma ferramenta<br />
que permite ao agricultor alcançar avanços significativos<br />
na saúde dos solos das lavouras, uma vez que<br />
facilita a identificação das melhores práticas de manejo<br />
e, também, daquelas que podem vir a degradar o solo<br />
e comprometer a produtividade futuramente. Hoje, o<br />
Brasil é o único país do mundo que possui parâmetros<br />
biológicos, calibrados em função do rendimento de<br />
grãos e da matéria orgânica, nas análises de solo. “Por<br />
ser um banco de dados totalmente rastreável, a partir<br />
desses resultados, várias estratégias eficazes podem ser<br />
aplicadas para garantir lavouras produtivas em solos<br />
saudáveis, abrindo enormes oportunidades para políticas<br />
públicas de conservação e saúde do solo em nível<br />
municipal, estadual e nacional”, explica a pesquisadora.<br />
Semelhante à estratégia utilizada<br />
para interpretar os valores de<br />
atividade enzimática, todos<br />
os IQS e os escores das três<br />
funções são calibrados em<br />
relação ao rendimento de grãos<br />
e à matéria orgânica do solo<br />
Ieda Mendes, líder do projeto<br />
Bioindicadores e pesquisadora<br />
da EMBRAPA<br />
COMO FUNCIONA O BIOAS<br />
Para se integrar à Rede EMBRAPA BioAS, os laboratórios<br />
passam por rigorosos treinamentos teóricos e<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
práticos. A confiabilidade nos resultados gerados em<br />
todo o país é garantida pela padronização dos métodos<br />
analíticos e protocolos de amostragem de solo. Além<br />
disso, os laboratórios da rede se submetem a testes<br />
interlaboratoriais que asseguram padrões de excelência<br />
das análises.<br />
Após a habilitação, esses laboratórios se conectam<br />
aos servidores da EMBRAPA por meio da plataforma<br />
web denominada MIQS (Módulo de Interpretação da<br />
Qualidade do Solo) da Tecnologia BioAS MIQS. Além de<br />
interpretar os valores de atividade enzimática e matéria<br />
orgânica do solo, indicando se eles estão baixos, moderados<br />
ou elevados, a plataforma MIQS também calcula<br />
os IQS (Índices de Qualidade de Solo). Os IQS são calculados<br />
com base nas propriedades químicas e biológicas<br />
em conjunto - IQSFERTIBIO - e separadamente - IQSBIO-<br />
LÓGICO e IQSQUÍMICO.<br />
Além dos IQS, na bioanálise são avaliadas ainda três<br />
funções relacionadas à capacidade do solo de promover<br />
a nutrição das plantas: a capacidade do solo ciclar<br />
nutrientes; a capacidade do solo armazenar nutrientes;<br />
e a capacidade do solo suprir nutrientes. Como os IQS,<br />
os escores das funções também variam de 0 a 1, sendo<br />
que, quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho<br />
da função. “Semelhante à estratégia utilizada para<br />
interpretar os valores de atividade enzimática, todos<br />
os IQS e os escores das três funções são calibrados em<br />
relação ao rendimento de grãos e à matéria orgânica do<br />
solo”, esclarece Ieda.<br />
DETALHAMENTO<br />
A tecnologia EMBRAPA BioAS é pioneira no mundo<br />
e tem por objetivo avaliar a saúde dos solos por meio<br />
da análise da atividade das enzimas arilsulfatase e<br />
β-glicosidase, relacionadas aos ciclos do enxofre e do<br />
carbono, respectivamente. “Com as determinações<br />
dessas enzimas é possível a detecção de problemas<br />
assintomáticos de saúde do solo, antes que eles impactem<br />
o rendimento das lavouras, de forma análoga a um<br />
exame de sangue, que pode indicar que um indivíduo<br />
está doente, ainda que este não apresente sintomas”,<br />
aponta a pesquisadora.<br />
Disco de corte para Feller<br />
Usinagem<br />
• Disco de Corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra,<br />
fabricado em aço de alta<br />
qualidade;<br />
• Discos com encaixe para<br />
utilização de até 20<br />
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Fevereiro 2024<br />
71
SOLO<br />
Segundo a cientista, todo solo saudável é produtivo,<br />
mas nem todo solo produtivo é saudável. “Isso<br />
ocorre porque o conceito de saúde do solo ultrapassa a<br />
questão da produção de grãos, carne, energia e fibras.<br />
Além de produtivo, um solo saudável é um solo biologicamente<br />
ativo, capaz de infiltrar e armazenar água,<br />
sequestrar carbono, ciclar nutrientes e promover a<br />
degradação de pesticidas, dentre vários outros serviços<br />
ambientais. Todos esses aspectos reforçam a importância<br />
da avaliação de atributos relacionados à saúde do<br />
solo entre agricultores e tomadores de decisão no meio<br />
rural”, observa.<br />
De acordo com a pesquisadora, embora seja possível<br />
ter lavouras produtivas em solos doentes ou em<br />
processo de adoecimento, essa condição só pode ser<br />
alcançada com a utilização intensiva de adubos e pesticidas,<br />
o que é insustentável no longo prazo. “A perda de<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
Valores baixos desses<br />
bioindicadores servem de alerta para<br />
o agricultor reavaliar o sistema de<br />
produção e adotar boas práticas de<br />
manejo. Por outro lado, quantidades<br />
elevadas indicam sistemas de<br />
produção ou práticas de manejo do<br />
solo adequadas e sustentáveis<br />
Fábio Bueno, pesquisador<br />
da EMBRAPA<br />
saúde do solo é ocasionada pelo uso de práticas de manejo<br />
não-conservacionistas como a monocultura, o uso<br />
excessivo de maquinários agrícolas pesados e ausência<br />
de cobertura vegetal. Por outro lado, solos saudáveis<br />
são formados por meio da adoção de boas práticas de<br />
manejo em longo prazo, o que os torna produtivos e<br />
resilientes, capazes de manter uma boa produtividade<br />
em situações adversas, como a falta de chuva durante<br />
o período de desenvolvimento das lavouras”, complementa<br />
Ieda.<br />
Fábio Bueno, pesquisador da EMBRAPA explica que<br />
uma das principais vantagens do uso das enzimas reside<br />
no fato de que elas são mais sensíveis que indicadores<br />
químicos e físicos, funcionando como eco sensores<br />
que antecipam alterações na saúde do solo, em função<br />
de seu uso e manejo. “Valores baixos desses bioindicadores<br />
servem de alerta para o agricultor reavaliar o<br />
sistema de produção e adotar boas práticas de manejo.<br />
Por outro lado, quantidades elevadas indicam sistemas<br />
de produção ou práticas de manejo do solo adequadas<br />
e sustentáveis”, ressalta Fábio.<br />
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Fevereiro 2024<br />
73
PESQUISA<br />
COMPARAÇÃO DE MODELOS<br />
HIPSOMÉTRICOS E DESCRIÇÃO DE UM<br />
POVOAMENTO DE PINUS TAEDA L.<br />
Fotos: divulgação<br />
VICTÓRIA OLIVEIRA CABRAL HASSAN<br />
UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA)<br />
BIANCA LAMOUNIER DA SILVA LIMA<br />
UDESC (UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA)<br />
MARCIANO MARTINS ARTISMO<br />
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ELIANA CRISTINI MACHADO<br />
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GUSTAVO NUNES TELES<br />
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MARCOS FELIPE NICOLETT<br />
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74 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
RESUMO<br />
presente artigo objetivou ajustar um<br />
modelo que permita estimar a altura, a<br />
partir de mensurações do diâmetro, para<br />
um plantio comercial de Pinus taeda,<br />
em Lages (SC). A amostra contou com<br />
22 parcelas aleatórias circulares de 400 m² cada, sendo<br />
que os indivíduos de Pinus taeda tiveram seus diâmetros<br />
e alturas mensurados. Foram ajustados seis modelos<br />
hipsométricos e, para selecioná-los, foi observado, para<br />
cada modelo, o R-Quadrado ajustado (R² ajustado), erro<br />
padrão da estimativa (Syx), erro padrão da estimativa em<br />
porcentagem (Syx %) e análise gráfica da dispersão residual<br />
(erro relativo). Ainda, foi realizado o teste qui-quadrado<br />
para a validação do modelo que melhor estimou<br />
a altura. Foram obtidos valores de estatística descritiva<br />
para o diâmetro, altura, altura dominante, área transversal<br />
e área basal, assim como a distribuição de frequência<br />
do diâmetro. O modelo de Stoffels foi o de melhor ajuste<br />
e obteve validação. A estatística descritiva indicou árvores<br />
de elevado porte, com homogeneidade dos dados<br />
de altura, diâmetro e altura dominante. A distribuição<br />
de frequência do diâmetro foi próxima a normal, padrão<br />
esperado para uma floresta equiânea.<br />
Fevereiro 2024<br />
75
PESQUISA<br />
INTRODUÇÃO<br />
As espécies Pinus elliottiie e Pinus taeda se destacam<br />
no sul e sudeste do Brasil pela facilidade de manejo<br />
cultural, rápido crescimento e reprodução intensiva (Shimizu,<br />
2008). Em 2019, a área total de árvores plantadas<br />
foi de 9 milhões de ha (hectares), sendo que, 18% dessa<br />
área representa o cultivo de pinus, com 1,64 milhões de<br />
ha (IBA, 2020).<br />
Para saber a produtividade da floresta, é necessário<br />
obter os valores de diâmetro e de altura do povoamento,<br />
pois, segundo Schmidt (1977), estas variáveis definem o<br />
volume da madeira em pé e são requisitos principais no<br />
planejamento de produção física.<br />
A relação altura e diâmetro de uma árvore é, comumente,<br />
simbolizada por “h/d” e é denominada como<br />
relação hipsométrica (Finger, 1992). Para se estabelecer<br />
essa relação, técnicas de modelagem, com sua respectiva<br />
validação, têm sido utilizadas. Segundo Sanquetta et al.<br />
(2009), os modelos hipsométricos são equações ajustadas<br />
que expressam a relação altura-diâmetro da árvore.<br />
Considerando o exposto, o presente artigo objetivou<br />
ajustar um modelo que permita estimar a altura, a partir<br />
de mensurações do diâmetro, para um plantio comercial<br />
de Pinus taeda, em Lages (SC). Além disso, determinar<br />
as estatísticas descritivas e o histograma de frequência<br />
para a determinação da distribuição diamétrica deste<br />
povoamento.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
O plantio de Pinus taeda, que consta de 20 ha cultivados,<br />
foi implantado em 1997, em Lages. O povoamento<br />
foi amostrado em 2021, possuindo a idade de 24 anos.<br />
Para a amostragem, foram alocadas, de forma aleatória,<br />
22 parcelas circulares, com cada uma com raio de 11,3m<br />
(metros) e área de 400 m2. Assim, ao todo, foram amostrados<br />
0,88 ha. Todos os indivíduos de Pinus taeda dentro<br />
das parcelas tiveram seus diâmetros medidos através<br />
da suta. Para a altura, utilizando o hipsômetro TruPulse,<br />
foi aferida 20% das primeiras árvores de cada parcela,<br />
além das dominantes. A altura dominante de Assmann<br />
corresponde à altura média das 100 árvores mais grossas<br />
por ha (Finger, 1992). Foram selecionados seis modelos<br />
hipsométricos, de modo a escolher o que melhor estima<br />
a altura das árvores do plantio de Pinus taeda.<br />
Para ajustar cada modelo de regressão, utilizou-se os<br />
dados de 20 parcelas e aplicou-se os parâmetros de indicativo<br />
de ajuste: R² ajustado, Syx, Syx % e análise gráfica<br />
da dispersão residual. Para as equações que apresentam<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
transformação da variável dependente, o Syx e Syx%<br />
foram recalculados e, para as equações com variável dependente<br />
logaritmizada, foi aplicado o fator de correção<br />
de Meyer que corrige a discrepância logarítmica (Silva et<br />
al., 2011).<br />
Em seguida, foi realizado o teste qui-quadrado para<br />
a validação do modelo que melhor estimou a altura.<br />
Para isso, foram utilizados 10% dos dados, utilizando o<br />
qui-quadrado tabelado ao nível de 5% de probabilidade.<br />
No caso do qui-quadrado calculado ser superior ao tabelado,<br />
deve-se rejeitar a hipótese nula e, no caso do qui-<br />
-quadrado tabelado ser maior que o calculado, aceita-se<br />
a hipótese nula e considera-se que o modelo está bem<br />
ajustado. A hipótese da nulidade considerada foi que o<br />
modelo escolhido representa a relação hipsométrica dos<br />
dados e a hipótese alternativa que o modelo escolhido<br />
não representa a relação hipsométrica dos dados.<br />
A hipótese da nulidade<br />
considerada foi que o modelo<br />
escolhido representa a<br />
relação hipsométrica dos<br />
dados e a hipótese alternativa<br />
que o modelo escolhido<br />
não representa a relação<br />
hipsométrica dos dados<br />
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de Formigas Cortadeiras<br />
Data: 22<br />
Local: Curitiba (PR)<br />
Informações: https://www.ipef.br/<br />
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Dubai Wood Show<br />
Data: 5 a 7<br />
Local: Dubai - EAU (Emirados Árabes Unidos)<br />
Informações: https://www.woodshowglobal.<br />
com/dubai<br />
Forst Live<br />
Data: 12 a 14<br />
Local: Offenburg (Alemanha)<br />
Informações: https://www.forst-live.de/en<br />
FEVEREIRO<br />
2024<br />
MARÇO<br />
2024<br />
ABRIL<br />
2024<br />
SET<br />
2024<br />
LIGNUM<br />
A Lignum Latin America é uma feira focada na transformação,<br />
beneficiamento, preservação, energia, biomassa,<br />
uso da madeira e manejo florestal. A cada edição<br />
apresenta soluções, lançamentos e tendências para o<br />
setor industrial madeireiro e florestal de forma estática e<br />
dinâmica. Na quarta edição, realizada em 2022, a Lignum<br />
Latin America reuniu 120 expositores e 8.298 visitantes<br />
altamente qualificados, gerando vendas e prospecções. A<br />
Lignum Latin America é o principal evento da SIM – Semana<br />
Internacional da Madeira. Além da exposição, a feira<br />
também oferece uma série de palestras e workshops com<br />
especialistas renomados, que podem ajudar a sua empresa<br />
a se manter atualizada sobre as últimas tendências e<br />
desafios do setor.<br />
OUT<br />
2024<br />
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O VI CBCTEM (Congresso Brasileiro de Ciência e<br />
Tecnologia da Madeira) visa a divulgação e o estímulo da<br />
produção científica, a congregação e a aproximação entre<br />
pessoas e instituições, e a reflexões sobre os destinos<br />
da Ciência e Tecnologia da Madeira Brasileira. O evento<br />
foi concebido para acadêmicos de graduação, de pósgraduação,<br />
professores, pesquisadores, profissionais e<br />
demais interessados que estudam, investigam e atuam na<br />
área da Ciência e Tecnologia da Madeira.<br />
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Data: 17 a 19<br />
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riscos, e transparência,<br />
aumentam a confiança<br />
do cliente final<br />
E<br />
mpresas de diferentes setores e verticais tem impulsionado suas estratégias<br />
na direção da terceirização, ou outsourcing, inclusive na modalidade<br />
full, que abrange inúmeros serviços e áreas de negócios. Fatores<br />
como a preservação de valor a longo prazo, que envolve pontos importantes<br />
como velocidade e agilidade comercial, obtenção e retenção de profissionais<br />
com conhecimentos especializados, melhoria de processos, otimização de custos<br />
e escalada da inovação, ganham relevância no cenário da terceirização, com foco<br />
aprimorado nas suas práticas de governança e ESG (Ambiental, Social e Governança,<br />
em inglês).<br />
A terceirização, segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria), é<br />
utilizada por 80% das empresas brasileiras em algum setor ou atividade, destinando<br />
uma média de 18,6% de seus orçamentos para este fim. O avanço pode ser visto<br />
também nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de<br />
12,7 milhões de profissionais, em 2021, eram terceirizados, ou seja, 26% da população<br />
trabalhadora. São números que reforçam a oferta de empresas especializadas<br />
na modalidade de terceirização.<br />
No entanto, o trabalho de terceiros, no cenário empresarial contemporâneo,<br />
encontra-se diante de desafios ligados aos princípios ESG, à gestão de riscos e<br />
à conformidade. Conforme indicado por uma pesquisa conduzida pela Deloitte,<br />
90% das empresas participantes reportaram algum tipo de prejuízo decorrente de<br />
incidentes envolvendo parceiros terceirizados. O estudo revela que 26% desses<br />
desafios estão associados à reputação, 23% às questões financeiras, 23% aos aspectos<br />
regulatórios, 21% à gestão de informações confidenciais e 10% aos vínculos<br />
comerciais.<br />
Esse panorama destaca a importância de uma governança efetiva sobre recursos<br />
terceirizados, considerando não apenas os benefícios operacionais, mas<br />
também os potenciais impactos em termos de imagem, finanças, conformidade e<br />
gestão de riscos para as organizações.<br />
Ferramentas inadequadas, gerenciamento e monitoração ineficientes, qualidade<br />
de processos e estruturas de escalada deficientes, acentuam a crescente<br />
demanda por terceirização. As empresas devem ter em mente que a complexidade<br />
do gerenciamento de terceiros inclui a variedade de prestadores, quantidade de<br />
parceiros, requisitos ESG, KPIs, qualidade de dados e fatores geográficos, itens que<br />
quando terceirizados permitem aos gestores mais foco no negócio.<br />
Para enfrentar os desafios do mercado as empresas buscam não apenas uma<br />
governança eficaz, mas também inovação e eficiência em um ambiente de terceirização<br />
dinâmico. Portanto, ao integrar flexibilidade, escalabilidade e tecnologias<br />
de ponta, na governança de terceiros em uma era de transparência, elas podem<br />
enfrentar os desafios com confiança e se destacar em seus setores.<br />
Para traçar um plano de governança eficiente na gestão de terceiros, soluções<br />
que atendam os desafios reputacionais, financeiros, regulatórios, de informação sigilosa<br />
e de negócios, mas também impulsionando a inovação por meio de automação<br />
e inteligência artificial, se tornam diferenciais importantes no mercado. Em um<br />
mundo onde a rapidez das decisões e a adaptabilidade são cruciais, as empresas<br />
que buscam liderar na era da transparência e da terceirização dinâmica precisam<br />
apostar em tecnologias ágeis que possam acompanhar este ritmo.<br />
Cabe as empresas contemplar a governança na gestão de terceiros, considerando<br />
soluções que suporte os profissionais e serviços terceirizados em todas as etapas<br />
da cadeia, como por exemplo: homologação, capacidade de traçar o perfil de risco<br />
dos terceiros com a implantação de programas, políticas, controles e desempenho.<br />
Já em relação ao monitoramento, ferramentas que identifiquem pontos de melhorias,<br />
além de performance ESG, colaboram para uma maior transparência em relação<br />
aos aspectos financeiros e mitigação de riscos e impactos socioambientais.<br />
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