Caminhos do - VisitAlgarve
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ROTA DO GUADIANA SOTAVENTO<br />
António e a casa de campo <strong>do</strong>s condes de<br />
Alcoutim<br />
Alcoutim. A Igreja Matriz é uma das primeiras<br />
construções renascentistas no Algarve,<br />
erguida entre 1538 e 1554, no local de uma<br />
igreja medieval.<br />
Os jardins <strong>do</strong> Castelo, primorosamente<br />
trata<strong>do</strong>s são um mira<strong>do</strong>uro privilegia<strong>do</strong>.<br />
Construí<strong>do</strong> com o xisto da região, ainda lá<br />
estão as meias, as seteiras e grande parte da<br />
muralha. A porta principal está resguardada<br />
por um belo portão de ferro forja<strong>do</strong>.<br />
As suas fortes paredes testemunharam vários<br />
séculos de história e na Galeria <strong>do</strong> Castelo,<br />
que aceita a marcação de visitas guiadas,<br />
estão patentes, na exposição “Do Passa<strong>do</strong> ao<br />
Futuro” vestígios arqueológicos desde 5000<br />
a.C. até aos projectos museológicos de hoje.<br />
Um manancial de lendas entranha o<br />
castelo. Contam como bravos cavaleiros e<br />
lindas princesas mouras, pelos seus amores<br />
frustra<strong>do</strong>s, estão encanta<strong>do</strong>s.<br />
Vista <strong>do</strong> Castelo de Alcoutim - San Lucar del Guadiana<br />
Há outros segre<strong>do</strong>s por entre as penedias<br />
da margem <strong>do</strong> Guadiana, liga<strong>do</strong>s ao<br />
contraban<strong>do</strong>, que acabaram por forjar laços<br />
estreitos com os andaluzes da margem<br />
esquerda.<br />
É tempo de nos embrenharmos um pouco<br />
mais pelo Nordeste algarvio, pelo que<br />
tomaremos o desvio para Corte Tabelião<br />
(EN122-1) à saída da vila, que nos conduz<br />
até à envolvente da barragem de Alcoutim.<br />
São parcas as palavras para descrever o<br />
deslumbre paisagístico.<br />
Na bifurcação com a EN 122 vira-se para Sul,<br />
até Balurcos onde uma momentânea paragem nos permitirá conviver com artesãos que nos poiais<br />
junto à soleira trabalham o vime e a cana.<br />
Inflecte-se em seguida a marcha para a EN 124 e 9km adiante surge o Pereiro. O seu pequeno Museu<br />
tem como temática “A Construção da Memória”.<br />
A esteva ressuma a sua resina forte e cobre o planalto de rocha, mostran<strong>do</strong> um Algarve quase<br />
alentejano. As casas imaculadamente brancas têm por vezes fornos no exterior. É fácil encontrar o<br />
albardeiro, que vai fazen<strong>do</strong> coloridas miniaturas nos intervalos das verdadeiras albardas e molins<br />
usadas ao pescoço <strong>do</strong>s animais de carga para que a suportem. Uns e outros são decora<strong>do</strong>s a preceito.<br />
Impõe-se aqui um pequeno desvio para se visitarem as Alcarias. Para se chegar a Alcaria<br />
Queimada, passa-se<br />
Alcoutim<br />
por Alcaria Cova<br />
de Cima um pouco<br />
adiante está a Alcaria<br />
de Baixo e ainda a<br />
Alcaria, simplesmente.<br />
Montes antigos,<br />
que conservaram a<br />
toponímia árabe e se<br />
estendem ao longo da<br />
Ribeira da Foupana.<br />
Uma paisagem diferente,<br />
em que o toque agreste<br />
é suaviza<strong>do</strong> pela água.<br />
Pereiro<br />
De regresso ao Pereiro,<br />
por entre terras de xisto<br />
percorremos os 10 km até Clarines, imóvel no tempo, preservan<strong>do</strong> toda a sua identidade. A Ermida<br />
da Oliveira, medieva construção, esconde-se por entre as ruas estreitas.<br />
Diz a lenda que quem puser a cabeça no buraco <strong>do</strong> tronco da oliveira que está junto à igreja se cura<br />
das cefaleias.<br />
É altura de seguir para Giões onde as ruas acompanham <strong>do</strong>cemente as curvas de nível da serra<br />
profunda. O seu templo, quinhentista, está no ponto mais alto da terra. São famosos os sapatos feitos<br />
por medida <strong>do</strong> sapateiro de Giões. Para chegar à Ribeira <strong>do</strong> Vascão passa-se pelo Cerro das Relíquias,<br />
onde há vestígios arqueológicos. Pelo caminho, muitos serão os encontros imediatos com pássaros, e<br />
chegan<strong>do</strong> à água, patos-reais. Há uma azenha próximo da ponte.<br />
De novo na EN 124, chegamos a Martinlongo, a terra mais populosa <strong>do</strong> planalto da Cumeada <strong>do</strong><br />
Rio Guadiana<br />
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