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Caminhos do - VisitAlgarve

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ROTA DO GUADIANA SOTAVENTO<br />

Pereirão. Diz a história que o<br />

nome da aldeia provém de um<br />

habitante de nome Martim e que<br />

era muito longo. Só não se sabe<br />

se era longo de altura, ou longo<br />

de vida. A sueste, no Cerro <strong>do</strong><br />

Castelo (2km) existe as ruínas de<br />

um castelo romano.<br />

Um grupo de artesãs montou<br />

a oficina de bonecas de juta<br />

chamada “A Flor de Agulha”.<br />

As miniaturas retratam figuras<br />

típicas da região, baptizadas<br />

com os nomes <strong>do</strong>s “modelos”<br />

originais. Lenha<strong>do</strong>res, pastores e ceifeiras ganham um nome e uma história. Também não se pode<br />

perder uma espreitadela à Olaria e Cerâmica de Martinlongo. A Igreja Matriz tem a sua origem numa<br />

antiga mesquita de que conserva o minarete, adapta<strong>do</strong> a torre sineira.<br />

Em termos de gastronomia destacam-se o mel, o pão, os enchi<strong>do</strong>s e os <strong>do</strong>ces regionais e queijo de<br />

cabra. Um ensopa<strong>do</strong> de borrego ou um cozi<strong>do</strong> de grão são alternativas saborosas.<br />

Pela EM 506 unicamente 12km nos separam de Vaqueiros, onde nos aguarda um tesouro escondi<strong>do</strong><br />

no Algarve cuja busca deve efectuar-se na Cova <strong>do</strong>s Mouros, um parque mineiro que conta a<br />

história <strong>do</strong> ferro e da extracção <strong>do</strong>s metais na região. Minas antigas, artefactos, habitações primitivas,<br />

abrangem “ao vivo” cerca de 1800 anos de história.<br />

Na Igreja Matriz, a cegonha decidiu construir o seu ninho junto ao campanário.<br />

Através de um troço da EM 506 particularmente bonito, passaremos por Fernandilho, aldeia onde um<br />

artesão reuniu uma incrível colecção de miniaturas de animais que ele próprio fez com velhos ramos e<br />

raízes.<br />

No Fortim, a casa de pasto tem uma decoração original e segue-se o Monte da Estrada. Aqui cortamos<br />

em direcção ao Sul deixan<strong>do</strong> a EM506 1km depois da povoação. Desde Vaqueiros andam-se 24km, e<br />

mais uns poucos conduzem-nos à Anta das Pedras Altas.<br />

Cova <strong>do</strong>s Mouros<br />

Martilongo - Artesanato<br />

Nandu<br />

As localidades, aqui conhecidas por montes, abrigam apenas algumas dezenas de habitantes e<br />

sucedem-se a poucos quilómetros uns <strong>do</strong>s outros, silhuetas da cultura serrana, com as cores e os<br />

motivos tradicionais alegran<strong>do</strong> as casas.<br />

Facilmente chegamos à Cortelha gozan<strong>do</strong> entretanto o magnífico panorama da Ribeira <strong>do</strong> Beliche<br />

serpentean<strong>do</strong> no vale. Pela EM 509 passaremos por Corte <strong>do</strong> Gago seguin<strong>do</strong>-se as Alcarias<br />

Grandes - uma designação recorrente neste percurso - que ladeiam a albufeira, a que se acede por um<br />

estradão vin<strong>do</strong> da última Alcaria de regresso à EM 509 passa-se por Marroquil (6km). Moinhos e noras<br />

murmuram os seus cânticos suaves, <strong>do</strong> forno a lenha sai um penacho de fumo. Cantam calhandrinhas,<br />

as perdizes levantam voo assustadas.<br />

Viramos para sul em direcção a Santa Rita, passan<strong>do</strong> pela pivtoresca Corte de António Martis por<br />

umas das mais belas estradas algarvias.<br />

Durante 30 quilómetros, espraia-se a vista pelas praias num la<strong>do</strong> da via, enquanto <strong>do</strong> outro, surge<br />

a serra rural. O Parque da Rocha <strong>do</strong>s Corvos, onde é agradável parar e tornar a perscrutar a<br />

paisagem, está apenas a 1 km de Santa<br />

Rita, lugar de transição entre o litoral e<br />

a serra onde ainda se encontram restos<br />

de uma represa romana que atravessou<br />

o vale de la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> permitin<strong>do</strong> o<br />

aproveitamento das águas <strong>do</strong> ribeiro<br />

para irrigação. As casas, encimadas por<br />

chaminés típicas, com as suas portas<br />

abertas, falam de hospitalidade e<br />

simpatia.<br />

Seguem-se facilmente as indicações até<br />

Vila Nova de Cacela, o la<strong>do</strong> rural da<br />

freguesia, que se estende até ao mar e à<br />

aldeia de Cacela Velha. Finaliza-se esta<br />

rota pelos perfumes <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, onde<br />

as tradições ainda são o cunho <strong>do</strong> dia a<br />

dia, marcadas pelas águas <strong>do</strong>ces <strong>do</strong>s rios<br />

e ribeiras, das fontes e açudes, usan<strong>do</strong><br />

a modernidade da Via <strong>do</strong> Infante para<br />

se chegar ao ponto de partida: Castro<br />

Marim. Lembrar-nos-emos entretanto<br />

<strong>do</strong> escritor transmontano Miguel Torga,<br />

numa citação perfeita para finalizar o<br />

percurso: ”O Algarve, para mim, é sempre<br />

um dia de férias na Pátria... apetece-me<br />

tu<strong>do</strong>, menos ser responsável, céptico!...”<br />

Apetece, isso sim, usufruir de to<strong>do</strong>s os<br />

prazeres que os diferentes algarves nos<br />

proporcionam, acrescentaríamos nós.<br />

Barragem <strong>do</strong> Beliche<br />

Estevas<br />

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ROTA DO GUADIANA SOTAVENTO

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