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Caminhos do - VisitAlgarve

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+/- 1 km<br />

7<br />

ROTA DO CALDEIRÃO CENTRO<br />

rota <strong>do</strong> caldeirão centro<br />

A Rota <strong>do</strong> Caldeirão leva-nos pelo ondear da serra, entre tomilhos, rosmaninhos e alfarrobeiras,<br />

ouvin<strong>do</strong> as ribeiras correr, descobrin<strong>do</strong> os saberes <strong>do</strong>s artesãos. Seremos gulosos na prova <strong>do</strong>s<br />

enchi<strong>do</strong>s tradicionais, espreitaremos a Ria Formosa, e<br />

as praias para lá das ilhas. Mas tu<strong>do</strong> começa em Loulé.<br />

As Muralhas <strong>do</strong> Castelo, de origem árabe mas<br />

reconstruídas no séc. XIII e que ainda hoje mostram<br />

suas três torres de alvenaria, são a primeira paragem. No<br />

pátio há um poço e o arco da antiga porta de ligação à<br />

povoação. Também podemos visitar a Igreja Matriz, de<br />

estilo Gótico (séc. XIII) e cuja torre sineira foi adaptada de<br />

um minarete muçulmano.<br />

No centro da cidade, o Convento <strong>do</strong> Espírito Santo<br />

funciona como Galeria de Arte Municipal. Nas lojas<br />

que rodeiam as muralhas ainda se descobrem artesãos<br />

trabalhan<strong>do</strong> peças de cobre ou barro ou venden<strong>do</strong><br />

obras feitas nas aldeias próximas. Os chapéus e as<br />

alcofas são feitos de empreita, uma arte feminina e uma<br />

técnica secular. Trabalha-se a palma como se estivesse<br />

a entrançar o cabelo e para um chapéu são precisos 5<br />

Loulé<br />

Loulé, Castelo<br />

a 6 metros de trança fina. Inicialmente, os cestos de empreita de palma serviam para embalar o figo, a<br />

amên<strong>do</strong>a e a alfarroba.<br />

Bem curiosa é a descida à mina de sal gema situada mesmo no centro de Loulé. As galerias atingem<br />

230 e 350 metros de profundidade, numa área de 1200 hectares. O sal extraí<strong>do</strong> foi deixa<strong>do</strong> pelo mar<br />

que aqui esteve há mais ou menos 300 milhões de anos. O ar das minas é terapêutico para <strong>do</strong>enças<br />

respiratórias.<br />

Na saída para Boliqueime, seguin<strong>do</strong> a EN 270, vislumbra-se<br />

o santuário da Mãe Soberana, alcan<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> num outeiro<br />

que é também um excelente mira<strong>do</strong>uro. As gentes locais<br />

honram a sua padroeira com uma das maiores procissões a<br />

sul <strong>do</strong> país, que já se realiza há mais de 400 anos, na altura<br />

da Páscoa. Os homens levam o pesa<strong>do</strong> an<strong>do</strong>r pela íngreme<br />

ladeira acima, enquanto a multidão, entusiasmada, saúda<br />

lançan<strong>do</strong> gritos vibrantes e acenan<strong>do</strong> lenços brancos.<br />

Situada na terra a que se chama Barrocal, uma zona que<br />

fica entre o litoral e a serra e se estende desde a costa<br />

vicentina a Oeste até ao Rio Guadiana a Leste, Loulé está no<br />

centro <strong>do</strong> Algarve, uma terra de grande dinâmica comercial,<br />

organizada em torno <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, de traça mourisca.<br />

Muito famoso, aliás o mais famoso <strong>do</strong> Algarve, é o seu<br />

Carnaval com um alegre corso.<br />

Breve chegaremos à Tôr uma aldeiazinha de ruas estreitas,<br />

com a sua antiga ponte romana.<br />

Calcorrean<strong>do</strong> a ER 524, à direita fica o parque natural da<br />

Fonte da Benémola, rodeada de freixos e salgueiros, choupos e aloendros que se misturam com o<br />

alecrim o tomilho e o rosmaninho. Este é um Sítio<br />

Classifica<strong>do</strong> pela riqueza ambiental que ostenta.<br />

Tôr<br />

Toman<strong>do</strong> a saída para Salir, não resistiremos a um<br />

pequeno desvio para a Nave <strong>do</strong> Barão. Vastos<br />

campos de amen<strong>do</strong>eiras ocupam o vale, ladea<strong>do</strong><br />

pelas encostas da colina semeadas em socalcos.<br />

Breve chegaremos a Salir aldeia posicionada na<br />

beira serra e cuja origem se perde nos tempos.<br />

O seu castelo guarda vestígios <strong>do</strong>s Celtas mas o<br />

castro é de origem árabe (séc. XII.) e são visíveis<br />

os torreões e parte da muralha a que os locais<br />

chamam “O Muro da Sabe<strong>do</strong>ria”<br />

A gastronomia local é rica e original, e vale a<br />

pena provar o xarém com torresmos, ou a sopa<br />

montanheira. Os queijos de cabra e ovelha, ou<br />

os enchi<strong>do</strong>s caseiros compõem uma entrada<br />

perfeita enquanto a aguardente de medronho casa<br />

lindamente com os <strong>do</strong>ces onde entra o mel, o figo<br />

Loulé, Convento Espirito Santo<br />

7<br />

ROTA DO CALDEIRÃO CENTRO

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