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20% das pessoas ficam imóveis em 70% do espaço Pela ... - Assobrav

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forte, raja<strong>das</strong> de vento, formação<br />

de granizo, é grande, pelo fato de<br />

o oceano estar mais quente. Outro<br />

papel importante é des<strong>em</strong>penha<strong>do</strong><br />

pela brisa marítima, que qu<strong>em</strong> está<br />

próximo ao litoral, como nós aqui<br />

<strong>em</strong> São Paulo, perceb<strong>em</strong>os b<strong>em</strong>.<br />

A partir de determina<strong>do</strong> horário da<br />

tarde, sopra vento mais úmi<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

oceano, poden<strong>do</strong> trazer à capital<br />

acontecimentos como uma tarde<br />

mais nublada, mais umidade, pode,<br />

inclusive, potencializar chuvas<br />

fortes. Um <strong>do</strong>s motivos que chove<br />

forte na região <strong>do</strong> ABC é essa, a<br />

brisa marítima que sobe a Serra e<br />

atinge aquela região.<br />

Que país vizinho teria condições<br />

similares às nossas? Colômbia,<br />

Peru, por estar<strong>em</strong> próximos à Floresta?<br />

O Peru acaba sen<strong>do</strong> o mais pareci<strong>do</strong>,<br />

ten<strong>do</strong> a contribuição ora da<br />

floresta, ora <strong>do</strong> oceano, ten<strong>do</strong> parte<br />

<strong>do</strong> território na Floresta Amazônica<br />

e parte no Pacífico, que ajuda no regime<br />

de chuvas.<br />

Agora, os argentinos com a Patagônia<br />

é que derrubam a gente<br />

com as frentes frias, não é?<br />

De certa maneira, sim (risos). A<br />

formação da frente fria s<strong>em</strong>pre<br />

acontece <strong>das</strong> altas latitudes para<br />

as baixas latitudes. Record<strong>em</strong>os:<br />

o Equa<strong>do</strong>r está na latitude zero,<br />

tu<strong>do</strong> o que está para cima ou para<br />

baixo é uma latitude maior, assim,<br />

se você vai descen<strong>do</strong> pelo Brasil, a<br />

latitude vai aumentan<strong>do</strong>. No nosso<br />

caso, s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong>os uma frente<br />

fria vin<strong>do</strong> <strong>do</strong> sul. A gente brinca e<br />

diz que a frente fria v<strong>em</strong> da Argentina,<br />

na verdade, as frentes frias se<br />

formam próximo à Antártica, ou no<br />

Pacífico, que acabam cruzan<strong>do</strong> os<br />

Andes e até pod<strong>em</strong> se formar sobre<br />

a Argentina e depois chegar até<br />

nós. Isto porque a atmosfera está<br />

s<strong>em</strong>pre buscan<strong>do</strong> um equilíbrio e,<br />

partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> conceito de que o planeta<br />

Terra está giran<strong>do</strong> <strong>em</strong> torno<br />

ao sol, buscan<strong>do</strong> esse equilíbrio, o<br />

mesmo acontece com as perturbações<br />

climáticas, ou seja, o ar mais<br />

quente quer esquentar o ar mais<br />

frio, o ar mais frio vai para o ar mais<br />

quente, e assim, sucessivamente,<br />

s<strong>em</strong>pre buscan<strong>do</strong> o equilíbrio.<br />

Mudan<strong>do</strong> de h<strong>em</strong>isfério, os Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s têm muitos probl<strong>em</strong>as<br />

com o clima. Eles, sim, enfrentam<br />

eventos sérios, mas precisamos reconhecer<br />

que são muito bons nas<br />

previsões. Acertam na t<strong>em</strong>peratura<br />

– que varia bastante durante<br />

o dia – e no t<strong>em</strong>po. Eles são mais<br />

b<strong>em</strong> prepara<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que nós tecnicamente?<br />

Têm melhores instrumentos?<br />

Primeiro, é uma questão cultural.<br />

Eles têm anos acompanhan<strong>do</strong> o<br />

t<strong>em</strong>po. Os norte-americanos conviv<strong>em</strong><br />

muito mais com as condições<br />

meteorológicas <strong>do</strong> que nós, e eu<br />

acredito que seja justamente por<br />

causa da história deles, <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as<br />

com furacões e torna<strong>do</strong>s<br />

que têm, então, desde s<strong>em</strong>pre se<br />

habituaram a ouvir a meteorologia<br />

e a pesquisar muito essa ciência.<br />

Aqui no Brasil, lógico, como t<strong>em</strong>os<br />

um clima agradável, as <strong>pessoas</strong>, por<br />

cultura ainda – mas isso está mudan<strong>do</strong><br />

– não têm o hábito de acompanhar<br />

as condições <strong>do</strong> t<strong>em</strong>po no dia a<br />

dia. Elas só se preocupam com isso<br />

quan<strong>do</strong> têm que ir à praia. Lá não,<br />

como têm invernos severos, a busca<br />

deles por equipamentos, tecnologia<br />

e melhores modelos de previsão<br />

é constante. Para eles é questão de<br />

sobrevivência ter previsões corretas.<br />

Eles têm realmente que se antecipar<br />

aos movimentos <strong>do</strong>s torna<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s<br />

furacões, saber para onde estão se<br />

deslocan<strong>do</strong> e qual a sua intensidade,<br />

mas ainda assim to<strong>do</strong>s os anos morr<strong>em</strong><br />

centenas de <strong>pessoas</strong> <strong>em</strong> consequência<br />

desses eventos.<br />

Nós, por outro la<strong>do</strong>...<br />

Nossa diferença com eles está na<br />

base da meteorologia, que é ter uma<br />

boa rede de estações meteorológicas.<br />

Comparan<strong>do</strong> o Brasil com os Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s, a diferença é enorme. A densidade<br />

de estações meteorológicas<br />

por quilômetro quadra<strong>do</strong> que eles<br />

têm e que nós t<strong>em</strong>os é gigantesca.<br />

Lá exist<strong>em</strong> estações espalha<strong>das</strong> por<br />

to<strong>do</strong> o país, toda a extensão territorial<br />

deles está coberta por estações meteorológicas,<br />

já aqui t<strong>em</strong>os grandes<br />

buracos, t<strong>em</strong>os uma densidade<br />

pequena, pecamos nessa questão. E<br />

por que é tão importante essa rede de<br />

estações? Porque é ali que se acompanha<br />

as condições climáticas <strong>em</strong><br />

t<strong>em</strong>po real. Essa informação – que<br />

nos chamamos de “inicial” – é que<br />

entra nos modelos meteorológicos e<br />

nos dá a previsão, então, se você parte<br />

de uma “condição inicial” que retrata<br />

muito b<strong>em</strong> o que está acontecen<strong>do</strong>,<br />

naturalmente consegue fazer com<br />

que o modelo, na hora de jogar as<br />

previsões para a frente, tenha uma<br />

assertividade maior. Ao contrário, se<br />

você parte de uma “condição inicial”<br />

S H O W R O O M11

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