20% das pessoas ficam imóveis em 70% do espaço Pela ... - Assobrav

CApA
mudar de uma cidade
congestionada, poluída e
que perde dinheiro, para
uma cidade que combina
uma rede de pneus
(corredores de ônibus) e
uma rede de trilhos.”
A indústria
automobilística
faz a sua parte.
Os caminhões novos
que rodam no Brasil,
seguem a legislação de
emissões de poluentes
EURO 5, eles são
iguais aos europeus.
Em pouco anos, todos
terão ABS e outros itens
de segurança. Seguir
o padrão europeu e
norte-americano em
caminhões e ônibus é
fácil, mas a infraestrutura
é muito diferente,
demonstrou Roberto
Cortes com números: a
área territorial do Brasil
equivale a 24 Alemanhas;
o PIB per capita é quatro
vezes menor. Há no
Brasil 1 milhão, 730 mil
km de estradas, sendo
que apenas 220 mil
km são pavimentados,
13% da malha total. Na
Índia, 51% das estradas
são pavimentadas.
Apesar de o trânsito ser
caótico e os motoristas
terríveis, a Índia vem
cumprindo o seu
papel em investimento
tecnológico e “nos
S H O W R O O M 24
Shrikant Marathe, Stefan Pischinger e Mauro Moraes de Sousa, especialistas
que participaram do Congresso 2012 SAE Brasil.
últimos seis anos muita
coisa foi conquistada”,
garantiu o presidente
da SAE Índia e diretor
da ARAI (Associação de
Pesquisa Automobilística
daquele país), Shrikant
Marathe, durante o
painel internacional do
Congresso 2012 SAE
Brasil, realizado em
São Paulo, no início de
outubro.
O exemplo indiano
Na verdade, desde 2001,
Nova Délhi começou a
converter os motores
de todos os ônibus que
fazem o transporte
público para gás natural
e hoje tem a maior
frota do mundo de
ônibus e outros veículos
comerciais rodando com
gás natural. O melhor é
que nem precisou investir
muito, apenas adaptou
os motores. Essa atitude
também colaborou para o
Plano de Ação do Clima,
lançado anos mais tarde
(2008), que priorizou o
investimento em energia
solar e em outras fontes
renováveis.
O governo, que tem
demonstrado grande
interesse nesse plano,
investindo inclusive em
moradias sustentáveis, na
conservação da água e do
ecossistema do Himalaia,
no aumento da cobertura
florestal e maior proteção
à biodiversidade, à
agricultura sustentável
e à criação de uma
plataforma de
conhecimento estratégico
sobre as mudanças
climáticas, também
prevendo um plano de
redução de emissões de
dióxido de carbono, com
regras que envolvem a
criação de impostos e
legislação para que as
empresas efetivamente
desenvolvam tecnologia e
programas de redução de
emissões de gases. “Há
ainda muito o que fazer
e o mercado é grande,
desde que respeitadas
as particularidades da
Índia”, salientou Marathe,
indicando tecnologias
a gás e a hidrogênio
como as alternativas
para aquele país, que
diferentemente da
China, até por questões
religiosas, é sensível à
conservação do planeta.
Já no Brasil
tropical, das
rodovias brasileiras
pavimentadas,
entre 60% e 70% não
tem boas condições de
uso, nas regiões sul e
sudeste as estradas
são melhores. Na região
centro-oeste - que têm
grande importância
econômica por causa do
transporte de grãos - as
estradas são precárias e
a situação só piora; nas
regiões norte-nordeste são
impraticáveis. Esse cenário
faz do Brasil centro de
expertise em suspensão de
veículos! Quase a totalidade
das montadoras tem no
Brasil seu centro mundial
de desenvolvimento de
suspensões. E mais: a
MAN trouxe para o Brasil
um modelo de caminhão
europeu e teve que fazer
204 modificações para que
ele pudesse circular no
Brasil. “Todo esse esforço
de engenharia automotiva
deveria ser aplicado na
infraestrutura”, afirma
Roberto Cortes.
A saída é tecnológica
Pesquisadores,
engenheiros,
fabricantes de
autopeças, sistemistas
e montadoras. Todo
este universo está em
busca de soluções técnicas
para reduzir custos, seja
por meio de plataformas
globais ou estratégias
de modularização. A
economia de combustível,
através da tecnologia da
redução de CO 2 com a