20% das pessoas ficam imóveis em 70% do espaço Pela ... - Assobrav

QUEM tevê?
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Desceu o pau em Maomé?
Agora guenta!
É o preço da liberdade de
expressão. Diante das manifestações de
muçulmanos em nove países contra um filme feito
nos EUA escrachando com o profeta Maomé, a secretária
de Estado estadunidense, Hillary Clinton, disse
que “a Casa Branca não pode interferir na liberdade
de expressão do país”. Ora, a liberdade de expressão
é ilimitada? Não pode ter controle? Então por que reclamar
dos muçulmanos que estão expressando o seu
descontentamento com o vídeo que foi distribuído na
internet? O mais sensato seria fazer como o diretor
do jornal El Diário, de Ciudad Juarez, no México, que
publicou editorial dirigindo-se aos traficantes perguntando
a eles o que pode ou não ser publicado sobre
o conflito entre eles e o governo.
A decisão de usar o editorial do jornal para falar com
os traficantes foi tomada depois do assassinato de
dois jornalistas. O editorial descreve os chefes do tráfico
como “autoridades de fato” em Ciudad Juarez. O
diretor Osvaldo Rodriguez disse que o veículo “busca
a verdade”, mas pode considerar o fim da cobertura
da guerra contra o tráfico para proteger os seus
repórteres.
S H O W R O O M
Joel Leite é jornalista e diretor da
Agência AutoInforme
por Joel leiTe
A rainha pode
A família real inglesa censurou os jornais
britânicos para que não publicassem as fotos
do príncipe herdeiro Harry pelado, num strip
bilhar em Las Vegas, com uma garota também
nua. Se o episódio ocorresse por aqui seria
truculência, cerceamento à liberdade de
expressão, mas lá na Inglaterra, a pedido da
rainha, pode! Cá entre nós, censurar as fotos
do príncipe nu eu concordo, mas impedir a
publicação do topless da princesa eu acho uma
bobagem.
A não entrevista da não revista
foi uma verdadeira aula de não
jornalismo.
O que parecia impossível aconteceu: a
Veja se superou e deu mais uma aula de
como não fazer jornalismo.
A não revista publicou uma não entrevista
de Marcos Valério, onde o réu do
Mensalão denuncia que o ex- presidente
Lula é o chefe da quadrilha e que o
volume de dinheiro envolvido é de R$ 350
milhões e não R$ 50 milhões.
Ao repercutir a “entrevista”, os jornalões
descobriram, através do advogado do
publicitário, que faz cinco anos que
Valério não dá entrevista a nenhum órgão
de imprensa, que não recebeu telefonema
de nenhum repórter da Veja ou de
nenhum outro. Enfim, nada aconteceu
fora da redação da revista de Policarpo
Júnior, o repórter que tem ligações com
Carlinhos Cachoeira.