20% das pessoas ficam imóveis em 70% do espaço Pela ... - Assobrav

ChAIRMAn
Edson
Oura
Aos 40 anos, é o
novo diretor do
Departamento de
Assuntos Econômicos
da Assobrav, coração
da entidade.
por S.B.
Ex- executivo da GM do
Brasil, o “jovem financista
prodígio”, não relutou
- ou não resistiu ao grande poder
de persuasão de Sergio Reze, presidente
da Entidade que foi convidá-lo
pessoalmente para assumir o posto
“deixado por outro grande negociador,
conhecido no meio como ´duro
na queda`, Evaldo Ouriques, hoje um
dos consultores da Casa e focado
boa parte do tempo na sua atividade
hoteleira em Salesópolis no interior
de São Paulo.
Oura dedicou sua vida profissional
à GM. Deixou a prestigiada Faculdade
de Administração de Empresas
na Fundação Getúlio Vargas para
ingressar, como estagiário, diretamente
no departamento de Finanças
da poderosa companhia norteamericana.
E lá permaneceu por 19
anos.
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“- Incrível” – surpreende-se a
repórter de Showroom, perguntando
logo o que todos querem
saber: “E o que fez o jovem executivo
com um futuro super promissor
em uma das mais importantes
companhias do mundo mudar radicalmente
o destino praticamente
traçado de sua vida”?
“Algumas razões, diz Edson, envergando
os traços e a concentração
orientais, mas logo abrindo
o sorriso que caminha fácil, fácil
para a gargalhada bem brasileira.
“O primeiro motivo que me
trouxe para a maior e mais bem
estruturada associação de classe
do setor automobilístico (a Assobrav)
foi a necessidade de viver
em primeira pessoa a experiência
´venda ao consumidor`. Na indústria
a gente aprende muito bem o
quanto custa produzir, como se faz
para produzir, para desenvolver
e lançar um produto no mercado,
mas o gol mesmo a gente marca
quando coloca esse produto nas
mãos do consumidor, isto é, quando
efetivamente vendemos o produto.
É a tal história, de nada adianta ter
um produto maravilhoso, se ele não
agrada ao público; se ele não vende.
Então, acho que estar aqui e conviver
com os melhores vendedores
do Brasil é um aprendizado equivalente
a três MBAs em curto espaço
de tempo”.
Tempo que esperamos não seja
breve como o que o inquieto Edson
traçou entre um posto e outro dentro
da GM – não mais do que 1 ano e
8 meses em cada função, passando
por todas as áreas de Finanças –
porque embora seja exímio em cálculos
matemáticos, gosta mesmo
é da análise, de comparar dados,
estudos, de avaliar os números
em relação às circunstâncias, aos
cenários e de fazer o link com a realidade,
com a situação do mercado,
da concorrência. É, em síntese, um
analista, um articulador para a estratégia
de mercado.
A outra razão que diz ter sido decisiva
para sua vinda para a Assobrav
– por mais surpreendente
que possa parecer para um jovem
financista talentoso e disputado
como ele – foi o aspecto político da
associação. “O homem é um ser
político por definição, mas uma pessoa
de finanças normalmente não
é alguém muito forte nesse sentido
(risos), então, eu acho que conviver
nesse meio – em parte político, em
parte técnico – será, sem dúvida
alguma, um grande aprendizado”,
diz, lamentando o curso de Direito
no Largo São Francisco que deixou
pelo meio e hoje ensaia retomar,
para justamente aperfeiçoar esse
lado político, que somado à sua formação
humanista e grande determinação
pode ser mesmo decisivo
para colocá-lo muito em breve no rol
dos executivos cotados para ocupar
a presidência das mais importantes
instituições e organizações do País.