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Ed 99

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nº <strong>99</strong> - Abril/ Maio - 2021 - ano 18<br />

www.empresasdovale.com.br<br />

facebook.com/empresas.dovale<br />

&<br />

<br />

ILHÉUS<br />

Sua história e suas belezas


02


Í<br />

ndice<br />

Outras matérias:<br />

Bruno Omori- pág 28<br />

Vinicius Lummertz- pág 29<br />

Alexandre Sampaio - pág 30<br />

32<br />

Florença<br />

04<br />

Ilhéus- BA<br />

27<br />

Sempre analise<br />

bem o problema<br />

Expediente<br />

Diretor responsável:<br />

José Carlos Reis de Souza<br />

Departamento Jurídico:<br />

Dr. Luis Antonio Ravani<br />

Jornalista Responsável:<br />

Camões Filho - MTB 18411<br />

<strong>Ed</strong>itoração:<br />

Letícia Casoni Peres<br />

Diretora de Fotografia:<br />

Lourdes A. Antunes de Oliveira<br />

Jornalista :<br />

Simone Galib (colaboladora)<br />

Tiragem: 5.000 exemplares<br />

Distribuição gratuita e dirigida<br />

Publicação Bimestral<br />

Contato<br />

Revista Empresas do Vale<br />

CNPJ: 12.530.626/0001-<strong>99</strong><br />

Rua do Correa, 255<br />

Bairro: Jardim Santa Cruz<br />

Cep: 12080-290<br />

Taubaté -SP<br />

www.empresasdovale.com.br<br />

www.facebook.com/empresas.dovale<br />

e-mail: tvempresasdovale@gmail.com<br />

Dpto. Comercial<br />

(12) <strong>99</strong>787-6329<br />

<strong>Ed</strong>itorial<br />

José Carlos Reis de Souza<br />

Diretor Responsável<br />

Como todos sabem, após um ano<br />

da pandemia que vem assolando a<br />

humanidade e levando à morte<br />

milhares de pessoas, a tecnologia<br />

vem incansavelmente trabalhando<br />

para aperfeiçoar novas vacinas<br />

no intuito de poder imunizar em<br />

massa a população global, mesmo<br />

que o caminho seja longo. E, a<br />

indústria turística tentando assumir<br />

as perdas e focando na recuperação<br />

do setor, que seguramente deverá<br />

acontecer em ritmo distinto em<br />

cada país e região. Porém! Nosso<br />

compromisso junto aos nossos<br />

leitores têm se mantido de forma<br />

que possamos mostrar destinos<br />

turísticos, que poderão ser visitados<br />

após a pandemia. Nesta edição<br />

mostramos as cidades de Ilhéus<br />

(BA) e Florença (Itália). Além dos<br />

comentários: Vinicius Lummertz<br />

(Secretário de Turismo do Estado<br />

de São Paulo, Alexandre Sampaio<br />

(Presidente da Federação Brasileira<br />

de Hospedagem e Alimentação<br />

(FBHA), e Bruno Omori (Presidente<br />

do IDT-CEMA).<br />

Parceria:<br />

Apoio:<br />

As fotos de divulgação foram cedidas pelas<br />

empresas e/ou pessoas mencionadas nos textos.<br />

Não é permitida a reprodução sem autorização<br />

expressa dos autores, por escrito. Os textos,<br />

informações e anúncios publicitários são de inteira<br />

e exclusiva responsabilidade dos autores e empresas<br />

anunciantes.<br />

03


04


ILHÉUS<br />

(BA)<br />

Por: José Carlos Reis de Souza<br />

“Hoje vamos desembarcar em<br />

Ilhéus, um dos destinos turísticos mais<br />

procurados da Bahia, que ganhou fama<br />

internacional na obra do escritor Jorge<br />

Amado, em livros como: “Gabriela, Cravo<br />

e Canela; São Jorge dos Ilhéus e Terras do<br />

sem-fim”. Ilhéus tem uma beleza peculiar<br />

com praias paradisíacas, famosas<br />

fazendas de cacau e um centro histórico<br />

que conta muito sobre o município. A<br />

Mata Atlântica emoldura a cidade com<br />

sua rica biodiversidade, cuidadosamente<br />

preservada. Embora tenha vocação<br />

turística e ótima estrutura, Ilhéus<br />

mantém seu charme prosaico dos áureos<br />

tempos do cacau.”<br />

A cidade mais importante do Sul da Bahia teve<br />

seus anos dourados com a produção e exportação<br />

do cacau. Assolada pela praga, conhecida como<br />

“vassoura de bruxa” a partir dos anos de 1980,<br />

quando a capital do cacau teve sua produção<br />

reduzida drasticamente, e sentiu a necessidade da<br />

diversificação. Hoje, o turismo é uma importante<br />

fonte de renda para a cidade, impulsionada pela<br />

vida, obras e temas do escritor Jorge Amado, que<br />

atrai muitos visitantes. Mas é no Centro Histórico<br />

que ficam os pontos mais atrativos de Ilhéus, e<br />

dá para fazer tudo a pé. Se você tiver um veículo<br />

ou contratar um passeio, poderá visitar mirantes,<br />

fazendas de cacau, a Praia dos Milionários, entre<br />

outros atrativos.


Estátua de Jorge Amado, em frente à Casa de Cultura - Ilhéus (BA).<br />

CASA DE CULTURA JORGE AMADO<br />

A Casa de Cultura Jorge Amado instituída em 27/06/1<strong>99</strong>7, durante a segunda gestão do prefeito Jabes<br />

Ribeiro, está localizada no centro de Ilhéus com vista para a Catedral, onde o escritor passou parte da infância e<br />

adolescência. Trata-se de um verdadeiro palacete construído no ano de 1928, estilo neoclássico francês, portas<br />

trabalhadas em ferro fundido, bandeiras de vidro colorido estilo colonial e mármore de Carrara. O palacete ocupa<br />

uma área de 600 m², com cinco metros de pé direito, piso de jacarandá e azulejos ingleses na varanda. O palacete<br />

passou por restauração com apoio da Petrobras, e hoje mantêm em exposição roupas, fotos, histórico dos pais e<br />

da infância de Jorge Amado, além de vídeos sobre o escritor. O espaço oferece aos visitantes a possibilidade de<br />

conhecer as experiências vivenciadas pelo escritor desde a sua infância até a vida adulta. O local fica aberto para<br />

visitação de segunda à sexta, das 9:00 às 12:00h e das 14:00 às 18:00h, e aos sábado das 9:00 às 13:00h. Durante a<br />

visita, inteiramente gratuita, os turistas e observadores são guiados e ouvem a descrição da importância histórica<br />

de cada objeto exposto na Casa.<br />

Visão interna da Casa de Cultura Jorge Amado, Ilhéus (BA). Foto Márcio<br />

Filho.<br />

Visão interna da Casa de Cultura Jorge Amado - Ilhéus (BA).<br />

06


BATACLAN<br />

Bataclan, o famoso Cabaré<br />

das obras do escritor Jorge<br />

Amado, inaugurado em 1923,<br />

lar das raparigas de Maria<br />

Machadão, frequentado e<br />

mantido principalmente pelos<br />

poderosos coronéis da época<br />

áurea do cacau da região.<br />

Seu nome foi uma homenagem<br />

a uma sala de espetáculos de Paris,<br />

o famoso “Bataclan”. Sua edificação<br />

foi erguida próxima ao antigo porto<br />

e da antiga feira da cidade, local<br />

em que atracavam saveiros que<br />

chegavam de toda a região. Durante Fachada do Bataclan<br />

o período de 1926 a 1938, passagem<br />

obrigatória dos coronéis do cacau, jagunços, marinheiros, boêmios e intelectuais atraídos pelas belas mulheres na maioria,<br />

polacas e pelas atrações de grupos internacionais que se apresentavam na casa noturna, além de funcionar como centro<br />

de lazer, negócios, jogos e decisões políticas. Havia apresentações de dois shows por noite, que eram companhias de<br />

dança do Sul do país e até do exterior. As dançarinas e “damas de companhia” que ali frequentavam, estavam sempre<br />

muito bem vestidas e penteadas para melhor atender as exigências, o bom gosto e alto nível dos frequentadores da casa.<br />

Contudo, eram as atividades relacionadas ao cassino que mantinham o funcionamento do estabelecimento. O Bataclan<br />

entrou em decadência na década de 1950, e fechado devido à proibição do jogo no Brasil não conseguindo manter o<br />

nível de alto luxo da casa apenas com as outras atividades. Depois, o edifício foi abandonado chegando ao estado de<br />

ruínas, mas mesmo em péssimas condições, continuou sendo visitado pelos turistas, que queriam fotografar o local, pelo<br />

fato deste ser tão citado pelas obras de Jorge Amado. Em 1987, com recursos da Petrobras e amparado pela Lei Rouanet, o<br />

edifício foi revitalizado e mantido a fachada original da época. As obras começaram no início de 2000 e foram finalizadas<br />

em 2004. Hoje em dia funciona como restaurante.<br />

Endereço: Av. Dois de Julho, 77 - Centro / Ilhéus (BA) / Contato: (73) 3084-3363<br />

Quarto com móveis da época


Capela Nossa Senhora de Lourdes - Ilhéus (BA). Foto Henrique Silvestre.<br />

CAPELA NOSSA SENHORA DE LOURDES<br />

“A gruta constituiu-se por muitos anos como um importante núcleo de encontro e<br />

romaria para fiéis e devotos, que buscavam no local um lugar onde restaurar a sua fé,<br />

agradecer às graças alcançadas e realizar novos pedidos. Como a gruta ficava situada<br />

em um local vulnerável, logo começaram às depredações.”<br />

08<br />

Aproveitando-se de uma pedreira criada a partir da extração de material que serviria às futuras reformas<br />

urbanas do intendente (cargo equivalente a prefeito) Mário Pessoa da Costa e Silva, nasceu no seio de devotas<br />

senhoras do município a ideia de construir naquele lugar uma gruta em homenagem a Nossa Senhora<br />

de Lourdes. A obra foi financiada pela intendência, tendo a gruta sido erguida em frente ao Obelisco em<br />

homenagem aos heróis do “Dois de Julho”, existente até hoje. Para aquisição das imagens formou-se uma<br />

comissão encarregada em prospectar fundos necessários, e fizeram circular listas pela cidade para a capitação<br />

do valor necessário junto a outros fiéis. No dia 11/09/1927 marcou a entrega à população de Ilhéus do novo<br />

altar da fé católica e da religiosidade do município, onde compareceram autoridades políticas, conselheiros<br />

municipais, famílias e seguidores fervorosos. A gruta constituiu-se por muitos anos como um importante<br />

núcleo de encontro e romaria para fiéis e devotos, que buscavam no local um lugar onde restaurar a sua fé,<br />

agradecer às graças alcançadas e realizar novos pedidos. Como a gruta ficava situada em um local vulnerável,<br />

logo começaram às depredações. As imagens de Lourdes e Bernadete acumularam danos irreversíveis. Em<br />

razão disso surgiu a ideia de se elevar a gruta ao alto do morro, trabalho que dependeu da dedicação e<br />

esforço dos seus fiéis, que culminou na edificação da “Capela Nossa Senhora de Lourdes”, no mesmo lugar<br />

onde fora edificado o primeiro templo da fé cristã na antiga capitania. Após a conclusão das obras, no dia<br />

11/02/1949 foi escolhido para a solenidade de inauguração. A Capela Nossa Senhora de Lourdes representa a<br />

resistência de uma das manifestações mais significativas para o povo ilheense, uma crença que perdura mais<br />

de um século e meio.


CATEDRAL DE SÃO<br />

SEBASTIÃO<br />

A imponente Catedral de São<br />

Sebastião em Ilhéus (BA), com sua<br />

fachada em detalhes minuciosos do<br />

estilo neoclássico, abóbada principal<br />

com 48 metros de altura, vitrais artísticos<br />

e magníficas colunas, é considerada<br />

o símbolo da cidade e um dos pontos<br />

turísticos mais visitados.<br />

No ano de 1927, no final do<br />

primeiro governo de Mário Pessoa, foi<br />

determinada a demolição da capela<br />

de São Sebastião, para que fosse<br />

construída uma catedral em seu lugar.<br />

Então! Foi apresentado o projeto da<br />

nova catedral pelo arquiteto Salomão<br />

da Silveira. Dom Frei <strong>Ed</strong>uardo José<br />

Herberold, bispo recém-chegado,<br />

benzeu o terreno em 1931, onde a<br />

Catedral deveria ser construída e a obra<br />

foi iniciada, para ser paralisada logo em<br />

seguida. Este imponente templo da<br />

igreja católica representou o sonho da<br />

comunidade ilheense por mais de trinta<br />

anos. Ela representa o sonho do bispo<br />

que iniciou as obras, Dom Frei <strong>Ed</strong>uardo<br />

José Herberhold, que foi sepultado na<br />

própria igreja e é até hoje motivo de<br />

idolatria, sendo considerado santo por<br />

muitos fiéis. A catedral foi inaugurada<br />

em 1967, levou mais de trinta anos para<br />

ser construída. Em sua visita a Ilhéus não<br />

deixe de visitar esta que é uma das mais<br />

belas construções do estilo neoclássico<br />

da região, que além de fazer parte do<br />

patrimônio sacro da cidade também é<br />

considerado um belo Cartão Postal.<br />

Catedral de São Sebastião - Ilhéus (BA), foto Marcio Filho.<br />

Vista aérea de Catedral de São Sebastião - Ilhéus (BA).<br />

Visão interna da Catedral de São Sebastião - Ilhéus (BA), foto Marcio Filho.


Palácio Paranaguá - Ilhéus (BA).<br />

PALÁCIO PARANAGUÁ<br />

Prédio tombado pelo Instituto de Proteção ao Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) Em 20 de janeiro de<br />

1898 foi lançado à pedra fundamental do edifício, pelo Ten. Cel. Domingos Adami de Sá, no local onde existiu a antiga<br />

casa dos jesuítas, cujas ruínas foram inteiramente demolidas.<br />

Em 22 de dezembro de 1907 foi inaugurado o Paço, pelo mesmo intendente, segundo placa comemorativa<br />

existente na fachada. Os trabalhos de decoração e pintura foram feitos pelo artista italiano Oreste Sarcelli, e a<br />

iluminação, a acetileno, pelos irmãos Vita. O prédio tem uma área construída de 1060 m² está localizado na Praça J.<br />

J. Seabra e ocupa a parte mais elevada da mesma, no centro histórico e comercial da cidade; possui quatro fachadas.<br />

Descrição do IPAC (1988, p. 225): “<strong>Ed</strong>ifício de relevante interesse arquitetônico, construído para sede Municipal. Possui<br />

planta retangular, desenvolvida em dois pavimentos, em torno de um grande vestíbulo central, onde está localizada<br />

a escadaria, tipo imperial”. O prédio sofreu várias reformas ao longo dos seus quase cem anos de existência. Entre<br />

os anos de 1912 e 1916, o edifício passou por uma grande obra de reforma, no governo do intendente Cel. Antonio<br />

Pessoa, como colocação de aparelhos sanitários e ampliação e reparo do mobiliário. Em 1919, apesar do pouco tempo<br />

de construído, ameaçava ruir, razão pela qual as repartições municipais foram transferidas para o Grupo Escolar. Em<br />

dois de julho de 1923, o prédio foi reformado e reaberto ao público pelo Intendente Cel. Eustáquio de Souza Bastos.<br />

Foram substituídos os assoalhos por lajes de concreto e a cobertura primitiva por três telhados paralelos. O prédio<br />

do Paço Municipal foi construído no período de 1898 a 1907, em pleno florescimento da economia cacaueira. Foi um<br />

dos edifícios públicos do Estado mais luxuosos e melhor decorados e mobiliados à época. No pavimento superior<br />

funcionavam: sala do Conselho, gabinete do intendente, secretaria, seção de engenharia, salão nobre com pintura<br />

mural e salas de audiência. No térreo, funcionavam: as salas dos juízes do cível e do crime, posto médico, quartel e<br />

cadeia, segundo Borges de Barros (1981). Ainda segundo o mesmo autor, sua arquitetura parece ter se inspirado no<br />

Paço dos Governadores, em Salvador, antes de sua última reconstrução, em 1912, e de igual inspiração neoclássica. O<br />

nome do prédio, Palácio Paranaguá, é uma homenagem ao presidente da Província da Bahia que, no dia 28 de junho<br />

de 1881, através da Lei Provincial nº 2.187, elevou a Vila de São Jorge dos Ilhéus à categoria de cidade, permanecendo<br />

com o mesmo nome.<br />

10<br />

Visão interna do Palácio Paranaguá, durante<br />

exposição da fundação de Ilhéus (BA).<br />

Visão interna do Palácio Paranaguá, durante<br />

exposição da fundação de Ilhéus (BA).<br />

Visão interna do Palácio Paranaguá, durante<br />

exposição da fundação de Ilhéus (BA).


Interior da Igreja da Piedade - Ilhéus (BA).<br />

Visão interna da Igreja da Piedade, Ilhéus (BA).<br />

MUSEU, IGREJA E CONVENTO DA PIEDADE<br />

Quem olha para Ilhéus e vislumbra o alto horizonte, logo nota a beleza que é o Instituto Nossa Senhora da<br />

Piedade, com suas belíssimas pontas agulhadas em direção ao Céu, que indicam busca e proximidade com<br />

Deus. O Instituto Nossa Senhora da Piedade, localizado na Rua Madre Thais, 197, Alto da Piedade, símbolo<br />

cultural de Ilhéus, é uma verdadeira obra prima semelhante a um castelo. A arquitetura exibe na frente<br />

principal, o neogótico como estilo predominante, característico do início do século XX, embora conjugue o<br />

estilo eclético em outras edificações. Compõe o conjunto arquitetônico: Convento, Capela, Museu, área verde<br />

preservada, escola particular, escola pública em convênio com o Estado da Bahia, ginásio poliesportivo e piscina<br />

semiolímpica, dirigida pelas Irmãs Ursulinas, radicadas em Ilhéus desde 1916. Sua missão consiste em contribuir<br />

para a valorização da história da Região Sul da Bahia, promover a consolidação da memória social, ser instrumento<br />

de acesso a bens culturais para a comunidade local, funcionando também como polo de visitação turística pela<br />

sua arquitetura neogótica ímpar na região. Mobiliário, arte sacra, documentos, paramentos litúrgicos e imagens<br />

representativas da primeira metade do século XX compõem seu acervo que fica exposto para visitantes todos<br />

os dias, das 8 às 17h.<br />

HISTÓRIA<br />

Foi no mês de novembro de 1915, quando se iniciou a história do Instituto Nossa Senhora da Piedade. “A fonte<br />

não tem necessidade de água e onde não há fonte, é preciso criá-la!”, assim mentalizava Henriette Paillart, sobre a<br />

fundação da Casa Ursulina Nossa Senhora da Piedade, para Ilhéus. A construção foi iniciada em 1916 e orientada<br />

com o projeto de um arquiteto francês. A execução da obra ficou por conta do escultor e construtor Salomão<br />

da Silveira, de Maragogipe (município do Estado da Bahia), convidado em junho de 1927 a continuar e adaptar<br />

o projeto da Capela de Nossa Senhora da Piedade, tendo Anésio Silva como mestre de obras. Em 02/02/1928,<br />

o Bispo Dom Manoel de Paiva benzeu a primeira pedra da Capela, com obra entregue em 31/08/1929, data da<br />

consagração. A Capela concentra como símbolo principal a imagem de Nossa Senhora da Piedade, aos pés da<br />

Cruz, sentada em uma pedra, no centro do altar. Em razão de sua profissão religiosa, Henriette Paillart passou<br />

a se chamar Maria Thaís do Sagrado Coração Paillart, a mulher e madre Provincial da Ordem das Ursulinas no<br />

Brasil, que protagonizou e fundou o Convento de Nossa Senhora da Piedade, juntamente com freiras ursulinas,<br />

em 07/02/1916, fazendo marco alto na história de Ilhéus com a educação, ensino religioso, amor excelso e o ideal<br />

maior de servir.<br />

Vista aérea do Museu da Piedade, Ilhéus (BA), foto Marcio Filho.


Estátua de Jorge Amado, em frente ao Bar Vesúvio - Ilhéus (BA). Foto Márcio Filho.<br />

12<br />

BAR VESÚVIO<br />

“Foi pintada a figura de Jorge Amado numa das janelas, onde os turistas<br />

costumam tirar fotos, e uma estátua dele sentado em uma das mesas, o que<br />

se constitui em grande atração para os turistas e para as crianças, que ficam<br />

felizes em serem fotografados ao lado do famoso escritor grapiúna.”<br />

O Bar Vesúvio Inaugurado em 1910 era um local de encontro para as pessoas da cidade de São Jorge dos Ilhéus.<br />

Os primeiros proprietários foram os italianos Nicolau Caprichio e Vicenti Queverini, que deram o nome do bar, em<br />

homenagem ao Vulcão Vesúvio. Sua importância maior está na relevância que o grande escritor Jorge Amado lhe<br />

conferiu, ao criar inúmeras cenas, no livro “Gabriela, Cravo e Canela”. O estabelecimento foi vendido, pelos italianos,<br />

a um português de nome Figueiredo, casado com uma linda mulata chamada Felipa, muito admirada pelos<br />

rapazes da época. Segundo comentários, seria provável que a “Gabriela” de Jorge Amado tenha sido inspirada<br />

nesta moça de “fartas ancas” e “cor de canela”. O Bar<br />

Vesúvio teve diversos proprietários. Na década de 1<strong>99</strong>0<br />

o estabelecimento foi comprado por um grupo suíço<br />

que possui muitos imóveis na cidade. No final daquela<br />

década ficou fechado por um período considerável,<br />

causando insatisfação nos clientes. Posteriormente<br />

foi arrendado ao empresário Guido Paternostro, que<br />

o explora de forma mais profissional, mantendo um<br />

pequeno memorial, apresentando música ao vivo<br />

diariamente e recebendo turistas que passam pela<br />

cidade. Está sendo explorado como bar temático e<br />

constitui-se em belo exemplar do patrimônio cultural<br />

da cidade. Foi pintada a figura de Jorge Amado numa<br />

das janelas, onde os turistas costumam tirar fotos, e<br />

uma estátua dele sentado em uma das mesas, o que<br />

se constitui em grande atração para os turistas e para<br />

as crianças, que ficam felizes em serem fotografados<br />

Estátua de Jorge Amado sentado em uma das mesas, em frente ao Bar ao lado do famoso escritor grapiúna.<br />

Vesúvio - Ilhéus (BA)


“É muito difícil precisar o momento em que o sincretismo se estabeleceu no país,<br />

ou mesmo na Bahia. Mas! É certo que os santos católicos e os deuses africanos se<br />

aproximaram cada vez mais devido as características físicas ou comportamentais. No<br />

entanto, as razões para tal mistura de símbolos parecem ter sido diversas e benéficas<br />

aos brancos católicos, negros e indígenas. A cultura religiosa também se caracterizada<br />

por uma variedade de religiões, seitas, igrejas, templos, terreiros e crenças separadas<br />

ou totalmente misturadas. Ainda escravos, os negros baianos eram proibidos de<br />

cultuar seus deuses, no entanto, podiam realizar manifestações culturais como o canto<br />

e a dança africana.<br />

Igreja Nossa Senhora da Escada .<br />

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA ESCADA<br />

A Igreja de Nossa Senhora da Escada construída em 1700, com pedras e tijolos chatos, telhado em duas<br />

águas, ornamentada por detalhes em cantaria nos portais, vergas, beirais e adorno em alto relevo do Sol.<br />

Este possuía coro, pia batismal de pedra, púlpito, altar-mor com cercado dourado, dois altares colaterais,<br />

teto pintado com dignificações e diversos outros paramentos que contabilizam cerca de 50 objetos, entre<br />

vestimentas luxuosas de seda e franjas de ouro, véus e cortinas também de seda da Índia e de Damasco.<br />

Seu interior é formado por nave e capela-mor, muito comum em outras construções jesuíticas da região, e<br />

ali se encontram as imagens de Nossa Senhora das Escadas, Crucificado, São João e São Sebastião. À frente<br />

da Igreja está o Cruzeiro. O frontispício resguarda feição singela e não apresenta campanário. Na lateral<br />

esquerda da edificação foi construído um anexo, composto por dois pavimentos, com cobertura em<br />

telhado cerâmico de duas águas, que serve de Casa Paroquial, abrindo-se para o adro, sem comunicação<br />

com a Igreja. Também foi sede de um colégio de catequese para indígenas. A edificação é tombada pelo<br />

Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico do Estado da Bahia, conforme resolução de Tombamento Nº<br />

12.531/10, de 22 de dezembro de 2010.<br />

Localização: Praça Cláudio Magalhães, s/n - Distrito de Olivença - Ilhéus (BA)


Puxada do Mastro - Ilhéus (BA).<br />

PUXADA DO MASTRO<br />

A puxada do mastro é um patrimônio cultural da permanência indígena em Olivença, localizado a 15 km<br />

de Ilhéus (BA). A festa de São Sebastião realizada todos os anos no segundo domingo de janeiro, local em<br />

que ocorre à famosa “puxada do mastro”, e que têm alguns rituais que vão desde a escolha da árvore que<br />

será cortada na mata e levada pela praia por centenas de pessoas que fazem parte do grupo mais antigo dos<br />

machadeiros, como são chamados aqueles que derrubam árvores, que se revezam durante a puxada, seguida<br />

com canções do grupo de zabumbeiros até a Praça Cláudio Magalhães, em frente à Igreja Nossa Senhora da<br />

Escada, aonde o mastro é erguido com a bandeira do Santo, e se encerra com a queima do mastro nas festas<br />

juninas. O “arrasto” ou “puxada”, é um ritual da tribo Tupinambá datada dos séculos XVII, onde as influências<br />

dos jesuítas foram transformando o ritual indígena em um ritual consagrado a São Sebastião. O ritual é uma<br />

espécie de oferenda, se acreditava caso o mastro não fosse substituído anualmente, a fome, a peste e a guerra<br />

recaíram sobre Olivença. Após o cortejo do mastro, novas mudas são plantadas em seu lugar, evidenciando a<br />

conscientização do patrimônio ambiental.<br />

“A cidade de Ilhéus (BA) localizada a 460 km da capital Salvador, tem o mais<br />

extenso litoral, e considerado o terceiro maior destino turístico do Estado por<br />

conta da proximidade de quem mora na região central do Brasil e quer desfrutar<br />

de uma viagem à praia de carro. E grande parte gosta de visitar as praias. Em<br />

Ilhéus, as praias não se sucedem de forma continua, pois são interrompidas<br />

por formações rochosas e cursos d’água. Apesar da cidade ter um aeroporto, as<br />

passagens nem sempre tem os melhores preços. E para facilitar vamos mostrar<br />

um pouco das características de algumas praias do litoral Sul.”<br />

14


PRAIA DO SUL<br />

A Praia do Sul fica bem perto do centro da cidade, uma<br />

das mais lindas com um belo visual do coqueiral, onde o mar<br />

costuma ficar agitado. Ali, o visitante vai encontrar barracas<br />

com comidas típicas da região e tratamento VIP. O local é<br />

muito procurado por surfistas. Apesar da correnteza e as<br />

pedras não incentive quem deseja tomar um banho de mar, os<br />

bares e a beleza natural dos coqueirais, areia dourada e recifes,<br />

tornam esta praia irresistível para quem deseja contemplar a<br />

paisagem e relaxar.<br />

PRAIA BATUBA<br />

Localizada a 18 km do centro de Ilhéus e considerada<br />

uma das mais bonitas da região. É uma praia rústica, cercada<br />

pela vegetação, com muitos coqueiros e alguns pontos com<br />

pedras. Exibe um bonito jardim, muitas cabanas de praia e<br />

ponto de encontro de surfistas, que não dispensam as boas<br />

ondas que chegam a 2,5 metros de altura.<br />

PRAIA DOS<br />

MILIONÁRIOS<br />

O que um dia foi território dos barões do cacau, onde<br />

construíram suas casas de veraneio, por isso o nome, hoje<br />

é uma das praias mais famosas de Ilhéus, localizada a 7 km<br />

do centro. Com uma extensa faixa de areia dourada e fina<br />

cercada por coqueiros, ideal para caminhadas e a prática de<br />

esportes. Além de vários quiosques, barracas, restaurantes e<br />

chuveiros, onde o visitante pode degustar uma maravilhosa<br />

moqueca com banana da terra.<br />

PRAIA BACK DOOR<br />

Está situada na região chamada de Costa do Cacau, em<br />

Olivença, cidade vizinha de Ilhéus, e tem aspecto selvagem<br />

e ondas que os praticantes de surf adoram, é ali a sede de<br />

importantes campeonatos baianos. O ideal para curtir, é na<br />

maré baixa, quando fica repleta de piscinas naturais de água<br />

morna.


PRAIA CAI N’ÁGUA<br />

É mais frequentada pelos moradores de Olivença,<br />

as águas são calmas em alguns trechos que atraem<br />

famílias com crianças. Conta com estrutura de<br />

barracas e fica a 20 km do centro de Ilhéus.<br />

PRAIA CANABRAVA<br />

Situada a 24 km do centro de Ilhéus, o visitante vai<br />

encontrar uma praia de areias escuras, com muitos<br />

coqueiros e larga extensão, podendo fazer caminhada<br />

e praticar esporte na areia. Porém! Perto da beira da<br />

praia existem muitas pedras, sendo necessário tomar<br />

cuidado para não ser arremessado em cima delas<br />

pela correnteza. O local é especial para quem deseja<br />

desfrutar da linda paisagem. Ali se encontra um dos<br />

mais excelentes resorts do país, além de pousadas e<br />

casas de veraneio, tornando a praia quase particular.<br />

PRAIA DOS MILAGRES<br />

A praia é de areia escura, e tem uma vegetação<br />

robusta, muitas árvores e coqueiros. É muito<br />

frequentada por surfistas, pois, suas águas são<br />

agitadas, de coloração cinza esverdeada, e bate<br />

violentamente contra as pedras que se encontram<br />

próxima a orla. Para os banhistas, é imprescindível<br />

ter muito cuidado para que a correnteza não os<br />

arremesse para as pedras. No local o turista vai<br />

encontrar um estacionamento de terra, bares,<br />

quiosques, restaurantes e pousadas para oferecer o<br />

melhor da região.<br />

16


A CULINÁRIA BAIANA<br />

Difícil resumir mais de 500 anos de história da culinária baiana, a combinação de<br />

ingredientes típicos das culturas: indígena, portuguesa e africana, deu origem à exótica<br />

e arretada culinária presente na maioria dos restaurantes de Ilhéus (BA). A carne de sol,<br />

o acarajé, a farofa de jabá, o caranguejo e os pitus suculento, são delícias que também<br />

podem ser saboreadas por lá. De sobremesa, cocadas, tortas e bolos, além do tradicional<br />

suco de cacau e sorvetes feitos com outras frutas da região, como: coco, maracujá, jaca,<br />

açaí, umbu e jenipapo. O Centro da cidade, o bairro do Pontal e o distrito de Olivença<br />

concentram bons estabelecimentos especializados em moquecas, bobós, pescados,<br />

entre outros pratos típicos. Mas tem também cozinhas com sotaque italiano, francês,<br />

português e árabe. A carne de sol, o acarajé da baiana, a farofa de jabá, o caranguejo e<br />

os pitus suculentos são delícias que também podem ser saboreadas por lá.<br />

ACARAJÉ<br />

Uma das comidas típicas mais famosas da<br />

Bahia, sem duvida é o “acarajé”. O prato é feito<br />

com massa de feijão-fradinho temperado e<br />

frito junto com azeite de dendê e óleo. Após<br />

esse processo, o acarajé é cortado e recheado<br />

com camarão seco, cururu, salada, vatapá<br />

e muita pimenta, caso seja sua preferência.<br />

Esse alimento é rotineiramente servido por<br />

mulheres que vestem roupas típicas da<br />

Bahia, e seu significado remete a uma palavra<br />

africana, que quer dizer “bola de fogo”.<br />

MOQUECA<br />

A Moqueca é um prato preparado em<br />

uma panela de barro que é bastante comum<br />

nos almoços em família ou com os amigos.<br />

Seu preparo pode variar de acordo com a<br />

preferência e pode incluir peixe, camarão,<br />

frutos do mar, pimentas de várias cores, aratu,<br />

azeite de dendê, leite de coco, entre outros.<br />

Mas, de modo geral, todas as moquecas<br />

são preparadas, primeiro com camadas de<br />

vegetais, o peixe e temperos (tudo com a<br />

cobertura do azeite de dendê e óleo de coco).<br />

O resultado é um prato único e saboroso.


BOBÓ DE CAMARÃO<br />

O prato conhecido como “Bobó de Camarão”<br />

foi originado da África, porém, ganhou algumas<br />

adaptações com os temperos baianos. Essa<br />

receita é feita basicamente de camarões<br />

refogados com mandioca, ou aipim e macaxeira,<br />

dependendo de como se referem na sua região, e<br />

acrescido de alho, pimentão, cheiro-verde, limão,<br />

cebola, azeite de oliva, pimenta biquinho e azeite<br />

de dendê. Depois de pronto, o prato tem uma<br />

consistência cremosa que lembra a moqueca,<br />

porém, mais densa.<br />

VATAPÁ<br />

O vatapá é uma espécie de purê de camarões,<br />

fortificado com pão francês, óleo de coco,<br />

amendoim, castanha de caju, azeite de dendê, e<br />

gengibre. Para fazer essa receita tradicionalíssima<br />

da Bahia, tudo é batido no liquidificador e cozido<br />

por bastante tempo até atingir o ponto certo. É<br />

mais uma das comidas baianas que chegaram ao<br />

Brasil por intermédio dos africanos com o nome<br />

de “ehba-tápa”.<br />

ARROZ DE HAUÇÁ<br />

Outra influência da culinária africana<br />

introduzida pelos escravos, que se tornou uma<br />

das mais famosas comidas típicas da Bahia, o<br />

“Arroz de Hauçá”, prato muito requisitado por<br />

lá, principalmente depois que a filha de Jorge<br />

Amado declarou que era o prato preferido do<br />

escritor. A comida é composta por: arroz branco<br />

cozido e quase sem sal, com leite de coco, azeite<br />

de dendê, camarão defumado ralado, carne seca<br />

(também chamada de charque ou jabá) frita na<br />

cebola e alho. O interessante desse prato é a<br />

referência religiosa, no candomblé é uma comida<br />

ritual trazida da África pelo povo hauçá, oferecido<br />

a Oxalá e Iemanjá, podendo ser oferecido a todos<br />

os orixás, no formato de bolas ou numa tigela.<br />

TAPIOCA<br />

A “tapioca”, também conhecida como “beiju”,<br />

é uma iguaria brasileira, de origem tupi-guarani,<br />

originária do Nordeste. Feita com a fécula da<br />

mandioca, também conhecida como: goma da<br />

tapioca, tapioca, goma seca, polvilho ou polvilho<br />

doce. Aquecida numa chapa ou frigideira, forma<br />

uma meia-lua (ou disco). O recheio varia, o mais<br />

tradicional é feito com coco e queijo coalho. Mas!<br />

Você pode optar por sabores desde os doces aos<br />

salgados, como o leite de coco, leite condensado,<br />

queijo, presunto ou fruta.<br />

18


ABARÁ<br />

O “abará” é um bolinho de feijão-fradinho<br />

moído, e nessa massa é acrescentado sal, camarão<br />

seco, cebola ralada e o famoso azeite de dendê.<br />

Em seguida é enrolado na folha de bananeira e<br />

cozido no vapor em banho-maria, adquirindo<br />

um sabor e textura única. É uma versão do<br />

“acarajé” que é frito no azeite de dendê, e típico<br />

da culinária local, A pimenta é usada ao final da<br />

receita, caso o cliente desejar. O prato faz parte<br />

da comida ritual do candomblé. Alimentos como<br />

esses, que servem aos orixás, depois de prontos<br />

devem ser oferecidos acompanhados por rezas e<br />

cantigas durante a festa.<br />

ARROZ DE POLVO<br />

Aqui vai uma curiosidade: o “arroz de polvo<br />

é muito comum e servida no litoral baiano,<br />

principalmente nos botecos. A receita leva<br />

temperos como: cebola, alho, louro, pimentado-reino<br />

ou vermelha, azeite de oliva, salsinha<br />

picada, vinho branco, entre outros. Os<br />

ingredientes devem ser picados, cobertos com<br />

água e colocados em uma panela de pressão.<br />

Após o cozimento e a saida da pressão da panela,<br />

o próximo passo é cortar o polvo em pedaços.<br />

Enquanto isso, o azeite e o alho devem ser<br />

refogados para depois misturar ao polvo.<br />

DOCES DA CULINÁRIA BAIANA<br />

Influenciados pela cultura indígena, africana e européia, os doces típicos da Bahia<br />

revelam muito da história do Estado e são de dar água na boca. Por isso, vale à pena<br />

conhecer e degustar cada um dos doces típicos da Bahia.<br />

MUNGUNZÁ<br />

Em alguma festa junina você já tenha<br />

degustado o “mungunzá”, mas com outro nome<br />

“canjica”. É um cozido de grãos de milho ao leite,<br />

conhecido na Bahia e em outros Estados do<br />

nordeste como “mungunzá”.


COCADA<br />

A cocada é um dos doces mais conhecidos da<br />

Bahia, além da tradicional forma de sustento de<br />

muitas pessoas em praias e ruas. Sua receita leva:<br />

açúcar, leite condensado, e coco ralado.<br />

PUDIM DE TAPIOCA<br />

A receita é à base de farinha de tapioca flocada,<br />

leite de coco, coco ralado, leite condensado e<br />

leite comum. Aparentemente simples, o pudim<br />

de tapioca tem sabor acentuado e irresistível. É<br />

fácil de fazer e não têm tantas calorias quanto os<br />

pudins convencionais.<br />

DOCE DE MAMÃO VERDE<br />

O doce de mamão é uma sobremesa simples<br />

e tradicional nas famílias baianas. Tem formato<br />

espiral e contém inúmeras vitaminas e minerais,<br />

que são benéficos para a saúde.<br />

20<br />

COMPLEXO<br />

BALNEÁRIO<br />

TOROROMBA<br />

O balneário está localizado no distrito de<br />

Olivença a 18 km do centro de Ilhéus (BA), é um<br />

dos principais atrativos turísticos do município<br />

para passeio em família. Os usuários dispõem de<br />

três piscinas abastecidas com água corrente do Rio<br />

Tororomba, famosa por possuir concentração de<br />

ferro, magnésio e iodo, que fazem bem à saúde.<br />

A estrutura tem ainda à disposição dos banhistas<br />

o “Véu da Noiva”, uma cortina d’água refrescante,<br />

além de restaurante, box de artesanatos, baianas<br />

de acarajé e outras barracas de alimentos.<br />

Piscina do Complexo Balneário Tororomba.


O CACAU<br />

Ilhéus (BA) um dos grandes produtores de cacau que vivenciou o latifúndio da terra nas mãos dos<br />

famosos coronéis do cacau, que desenvolveram uma agricultura que chegou a ser a mais importante<br />

do Brasil por um bom tempo. Esse desenvolvimento regional foi mantido com a contribuição do<br />

Estado brasileiro por um período de 1930 a 1980. Porém! Com surgimento de uma doença chamada<br />

vassoura-de-bruxa, que teria sido disseminada em 22/05/1989, quando foi descoberto o primeiro<br />

foco da infecção em uma plantação de cacau na região Sul da Bahia, provinda da bacia amazônica,<br />

que viria contaminar todas as plantações de cacau, e deixaria uma enorme crise financeira na região.<br />

Em menos de três anos, a praga apodreceu os frutos, sepultando de vez as esperanças de produtores<br />

descapitalizados, que ainda contavam com a bolsa de valores de Nova York, responsável pela cotação<br />

das commodities para salvar a própria pele. A destruição das lavouras fez surgir uma série de<br />

explicações, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vitima de uma sabotagem agrícola por parte<br />

de países produtores de cacau da África, Costa do Marfim e Gana. Por causa da praga a produção<br />

brasileira caiu mais de 50%, associada à baixa rentabilidade, dividas e desemprego de milhares de<br />

trabalhadores. Marcada no imaginário popular por lendas que retratam o passado de extravagâncias<br />

dos ricos e famigerados “coronéis, essa área que abrange quase 90 municípios no Sul do Estado, e que<br />

abriga aproximadamente 85% de todo o cacau nacional, continua lutando para combater a vassourade-bruxa<br />

e recuperar o prestígio de tempos atrás. Apesar da queda da produção, o Sul da Bahia ainda<br />

responde por 70% da produção nacional, ante 90% na década de 1980 e vem equilibrando a produção<br />

e o consumo interno que gira em torno de 250 mil toneladas ao ano, sobretudo para produção de<br />

chocolate.<br />

Colheita de cacau.


Entrada da Fazenda Yrerê - Ilhéus (BA).<br />

FAZENDA YRERÊ<br />

A Fazenda Yrerê tem uma antiga história com a plantação de cacau. Visitar a fazenda é voltar no tempo em<br />

que o luxo e a riqueza dos coronéis imperavam com a produção cacaueira, eternizados nas obras de Jorge<br />

Amado. Por isso é uma das fazendas da região mais procurada para visitação. O Turista ao chegar à fazenda<br />

é recebido pelo casal (proprietários) de anfitriões que acolhe os visitantes. Em seguida começa o “Turismo<br />

Rural”, um passeio pela trilha da caipora até a roça de cacau, onde é possível observar na área da plantação<br />

pés de cacau em diversos estágios de desenvolvimento. No local o guia conta a história da fazenda, do<br />

cultivo do cacau e da doença vassoura-de-bruxa que devastou plantações, além de ter a oportunidade de<br />

provar o fruto in natura. A próxima etapa é conhecer as barcaças (galpão com telhado móvel), onde os grãos<br />

são expostos ao calor do sol para secarem. Na sequência os visitantes dirigem-se até a sede da fazenda que<br />

já é uma atração, com jardim decorado e belos balanços. Ali, os anfitriões oferecem suco gelado de cacau e<br />

apresentam alguns produtos derivados do mesmo. Também tem uma pequena lojinha que vende alguns<br />

produtos. As visitas precisam ser agendadas diretamente com os proprietários, e o tempo de visitação é de<br />

aproximadamente duas horas. É um ótimo atrativo para quem estiver visitando o litoral Sul da Bahia.<br />

Endereço: Rodovia Ilhéus / Itabuna, km 11 - Ilhéus (BA)<br />

Funcionamento: segunda a sábado das 9:00 às 16:00 hs<br />

Contato: (073) 3656-5054 / (073) <strong>99</strong><strong>99</strong>7-7175<br />

“Visitar a fazenda é voltar no tempo em que o luxo e a riqueza dos coronéis<br />

imperavam com a produção cacaueira, eternizados nas obras de Jorge Amado.<br />

Por isso é uma das fazendas da região mais procurada para visitação.”<br />

22


Espaço para degustação de produtos variados do cacau .


FAZENDA ALMADA<br />

A Fazenda Almada, desde<br />

1855 vem sendo administrada<br />

sempre pela mesma família,<br />

atualmente por Juliana e Markus<br />

Mauthe de Cerqueira Lima. Com<br />

400 hectares, situa-se na área da<br />

Mata Atlântica, a segunda maior<br />

região de floresta tropical do<br />

Brasil ao lado da Amazônia, onde<br />

a floresta foi preservada em<br />

grande parte devido à cultura<br />

natural de cultivo do cacau. O<br />

casarão com mais de 165 anos<br />

foi totalmente equipado com<br />

móveis e objetos preservados<br />

para receber hóspedes. A<br />

fazenda tem passeio na trilha,<br />

passeio de barco até a Lagoa<br />

Encantada, passeio a cavalo,<br />

visitar a capela construída<br />

em 1949, pela mãe do senhor<br />

Pedro Augusto Cerqueira Lima,<br />

e conhecer a nascente de água<br />

na fazenda, além da comida<br />

típica da região. Outro detalhe<br />

oferece uma área de projeto<br />

para a observação científica do<br />

Mico Leão da Cara Dourada,<br />

que se tornou extremamente<br />

raro, e uma variedade de flora e<br />

fauna. A fazenda continua com<br />

a produção de cacau de alta<br />

qualidade orgânica e plantio de<br />

árvores.<br />

Endereço: Rodovia Ilhéus -<br />

Urucuca, km 20 / Contato: info@<br />

fazenda-almada.com<br />

Sede da Fazenda Almada.<br />

Visão aérea da Fazenda Almada.<br />

“O casarão com mais de<br />

165 anos foi totalmente<br />

equipado com móveis e<br />

objetos preservados para<br />

receber hóspedes. A fazenda<br />

tem passeio na trilha,<br />

passeio de barco até a Lagoa<br />

Encantada, passeio a cavalo,<br />

visitar a capela construída<br />

em 1949, pela mãe do senhor<br />

Pedro Augusto Cerqueira<br />

Lima, e conhecer a nascente<br />

de água na fazenda, além da<br />

comida típica da região.”<br />

24<br />

Visão interna do casarão da Fazenda Almada.


Vista aérea da Fazenda Provisão.<br />

Casa sede da Fazenda Provisão.<br />

FAZENDA PROVISÃO<br />

A Fazenda Provisão localizada no km 27 da rodovia que liga Ilhéus ao município de Uruçuca, é um dos<br />

bons exemplos para mostrar o lado rural de Ilhéus. Uma propriedade bem conservada e repleta de detalhes<br />

que remete o visitante a uma viagem de volta ao passado. Com uma arquitetura fiel às lembranças dos<br />

áureos tempos de cultivo do cacau, possui um conjunto arquitetônico que inclui uma capela construída no<br />

século XX contendo objetos de arte sacra datados do tempo do Coronel Domingos Adami de Sá, casa sede<br />

e seu anexo, construído em estilo colonial nos meados de 1970, com o seu interior decorado com móveis<br />

e utensílios da época e as instalações relacionadas ao processo de beneficiamento do cacau. A Fazenda<br />

Provisão oferece aos seus visitantes diversos tipos de passeios acompanhados por guias nativos, que contam<br />

de forma simples a história de cada local visitado, como: uma roça produtiva de cacau e suas várias etapas<br />

da colha e quebra dos frutos, passando à praça de beneficiamento do cacau composta de casa de coxo para<br />

fermentação das amêndoas, estufa e barcaças para secagem das mesmas. Visita à Mata Atlântica, através de<br />

trilhas, tendo contato direto com a flora e a fauna. Além de conhecer o conjunto arquitetônico da fazenda:<br />

capela, casa sede e anexo. A fazenda oferece hospedagem e uma culinária simples e saborosa.<br />

contato@fazendaprovisao.com.br / celular: (71) <strong>99</strong>152-7024 / (71) <strong>99</strong>205-4710 / (71) <strong>99</strong>624-4646.<br />

“A Fazenda Provisão oferece aos seus visitantes diversos tipos de passeios acompanhados<br />

por guias nativos, que contam de forma simples a história de cada local visitado, como: uma<br />

roça produtiva de cacau e suas várias etapas da colha e quebra dos frutos, passando à praça<br />

de beneficiamento do cacau composta de casa de coxo para fermentação das amêndoas,<br />

estufa e barcaças para secagem das mesmas.”<br />

Capela da Fazenda Provisão.<br />

Entrada da Fazenda Provisão.


Virgílio Amorim (proprietário), mostrando os efeitos da praga vassoura-de-bruxa.<br />

FAZENDA PRIMAVERA<br />

A 22 km às margens da Rodovia Ilhéus-Itabuna está localizada a Fazenda Primavera, que<br />

permanece na sétima geração com o mesmo tipo de cultura. No começo do século XX a<br />

Fazenda Primavera já era uma das maiores produtoras da Bahia. O avô de Virgílio Amorim<br />

(atual gestor) trouxe o primeiro telefone da região e ajudou a construir a estrada entre Ilhéus<br />

e Itabuna, era um dos peculiares coronéis do cacau que viraram personagem de livro e<br />

novela. A fazenda oferece o “Turismo Rural” guiado por Virgilio Amorim, aonde o turista tem<br />

a oportunidade de conhecer a história da região, a plantação cacaueira, degustar compotas,<br />

doces, chocolates caseiros e comida típica da região. Além de conhecer o pequeno museu da<br />

sede, que tem a credencial do órgão que regulamenta os museus do Brasil e consta no Guia<br />

de Museus Brasileiros, onde se encontram: documentos do império concedidos por D. João<br />

VI, móveis antigos e objetos que contam a história da família, misturada com a saga do cacau.<br />

Além do cacau, a fazenda tem plantação de seringueira, pupunha, açaí e plantas ornamentais.<br />

Endereço: Rod. Jorge Amado - Conquista / Ilhéus - (BA) / Telefone: (73) 98818-3207<br />

26<br />

Turismo rural pela Fazenda Primavera.


SEMPRE ANALISE BEM O<br />

PROBLEMA<br />

Por: STEPHEN KANITZ<br />

Consultor de empresas e<br />

conferencista<br />

Uma das tragédias do ensino brasileiro é que ele<br />

é totalmente voltado para a análise de “soluções”. E<br />

não voltado para a análise criteriosa do problema. O<br />

problema é sempre dado, 2+2=? A solução também.<br />

Basta ler a solução de Adam Smith, Maynard Keynes,<br />

Von Mises ou Karl Marx. Acontece que as soluções deles<br />

não nos servem mais, as variáveis hoje são outras, e<br />

em muito maior número. Essa lição foi incutida quase<br />

diariamente a nós alunos na Business School de Harvard.<br />

“Qual é o problema” era a primeira questão a descobrir<br />

num estudo de caso. E o primeiro problema que você<br />

encontrou é realmente o verdadeiro problema? Ou só<br />

um sintoma, uma greve por exemplo. Ou a conseqüencia<br />

de outro problema mais profundo? A regra de bolso que<br />

nos ensinavam era “use 80% do seu tempo descobrindo<br />

o verdadeiro “pela USP, isso soava heresia. Acostumados<br />

que éramos a gastar 5% entendendo o problema<br />

previamente anunciado pelo professor, e devotando<br />

95% para a solução. Dezenas das vezes na minha vida<br />

a solução era óbvia uma vez encontrada o verdadeiro<br />

problema, que Adam Smith, que Marx, que nada! A<br />

Reforma da Previdência e a futura Reforma Tributária<br />

seguem nessa mesma linha da USP. Dois professores<br />

de economia já apresentaram suas “soluções” num<br />

anteprojeto, e todos estão discutindo-as e endeusando<br />

esses amadores sem analisar os problemas. Resumindo o<br />

que aprendi em Harvard, vamos lá.<br />

1. Devote mais do que 50% do seu tempo<br />

determinando o real problema por trás daquilo que você<br />

acha ser o seu “problema”.<br />

2. Na maioria das vezes, a solução aparece de<br />

imediato, de fácil implantação. Difícil é implantar uma<br />

solução errada, porque ela nada resolve.<br />

3. Faça uma lista de todas as variáveis que fazem parte<br />

do problema. Como idade mínima, expectativa de vida<br />

ao se aposentar, taxa de juros reais nos próximos 30 anos,<br />

como se manter empregado após os 55 anos de idade,<br />

no caso da Reforma da Previdência.<br />

4. Faça uma lista de todos os personagens do<br />

problema, como os aposentados, os próximos a se<br />

aposentarem, os jovens que não estão nem aí com esse<br />

problema, os fiscais do INSS, os Ministros da Economia<br />

que se apropriam do que não deviam os Deputados<br />

que votarão contra os seus interesses, etc. Temo que<br />

essa Reforma Tributária sejas um fiasco e um enorme<br />

retrocesso se for aprovada, porque nada disso está<br />

sendo feito. O Rodrigo Maia sequer convocou uma CPI<br />

da Reforma para ouvir os “personagens” desse problema,<br />

contadores, fiscais, lojistas, tributaristas, societários,<br />

entregadores e empresas de lucro presumido. São<br />

mais de 1120 personagens, todos serão contra algum<br />

item, por isso jamais se deveria fazer uma “Reforma<br />

Abrangente” como propõe o Instituto Brasil 200, Appy e<br />

Cintra. Eu participei da Crise da Divida Externa Brasileira<br />

e vi mais de 70 economistas proporem soluções sem<br />

entenderem o problema. A maioria nem sabia que o<br />

juro real da Divida era negativo na época, e que isso<br />

nos beneficiava. Era o juro nominal, que não é juro,<br />

que achavam ser o verdadeiro problema. Pior, a maioria<br />

achava que os bancos eram o personagem principal, que<br />

chamavam de credores. Esqueceram que os verdadeiros<br />

credores eram os depositantes, os Fundos de Pensão e<br />

os bancos eram meros intermediários. Fui eu que montei<br />

uma equipe para conversar com Fundos de Pensão<br />

Americanos, oferecendo o que se tornou o TIPS, um<br />

juro real. Tudo foi água abaixo porque 120 economistas<br />

de “Esquerda brasileira” assinaram a proposta de uma<br />

Moratória da Dívida. Que foi aceita pelo Ministro João<br />

Sayad, economista da USP, e nos causou duas décadas<br />

perdidas. Estudem ARN antes de opinarem sobre<br />

Reforma Tributária. Listem as inúmeras variáveis que<br />

ninguém está pensando, como aumentar os prazos de<br />

pagamento dos impostos, quantos dias as empresas<br />

dão crédito, quanto de capital de giro nossos impostos<br />

consomem.<br />

Matsuda Corretora de Seguros Ltda<br />

Rua <strong>Ed</strong>uardo José Pereira, 345<br />

Jardim Eulália - Taubaté/SP<br />

12.010 - 590<br />

Fone/fax: (12) 3625 - 5500


O EQUILÍBRIO ENTRE O<br />

CORPO E A MENTE<br />

Existem diversos estudos<br />

científicos que demonstram que<br />

pessoas que praticam atividades<br />

esportivas aliadas com uma<br />

boa alimentação têm uma<br />

expectativa de viver mais, com<br />

menos riscos de contrair doenças<br />

degenerativas.<br />

O Equilíbrio entre o corpo, a mente e conquistas<br />

materiais, podem ser considerados como a chave<br />

mestra para uma vida de sucesso, neste aspecto,<br />

fazemos uma analogia com o ESPORTE que<br />

proporciona três pilares estratégicos, sendo os<br />

mesmos a Saúde, a formação de bons Cidadãos e<br />

a geração de Divisas. Iniciamos a abordagem pela<br />

Saúde, pois praticar Esporte aumenta a capacidade<br />

pulmonar, fortalece o sistema imunológico, diminui<br />

ou no mínimo atenua sintomas em doenças<br />

crônicas, estimula a produção de hormônios<br />

que proporcionam prazer, alivio e diminuição do<br />

estresse do dia a dia, além de manter a mente<br />

equilibrada aumentando a autoestima. Existem<br />

diversos estudos científicos que demonstram que<br />

pessoas que praticam atividades esportivas aliadas<br />

com uma boa alimentação têm uma expectativa de<br />

viver mais, com menos riscos de contrair doenças<br />

degenerativas. Consideramos que Esporte tem<br />

a capacidade de formar bons Cidadãos, pois, o<br />

mesmo imita a Vida, como exemplo, tanto no<br />

esporte individual como coletivo, até é possível<br />

vencer um jogo pela sorte ou com a habilidade<br />

natural de um atleta, mas para conquistar uma<br />

competição e se manter em alto nível é necessário<br />

treinamento, concentração, estratégia e garra<br />

para vencer, mesmo assim derrotas virão, existem<br />

momentos cíclicos de alta e baixa da mesma<br />

forma que a vida nos ensina. Portanto o Esporte,<br />

especialmente de base tem todas as características<br />

para preparar bons cidadãos para a sociedade,<br />

ensinando as crianças, a saber, ganhar e perder,<br />

ter resiliência para saber se reerguer, treinar se<br />

preparando melhor para superar as adversidades,<br />

for disciplinadas, aumentar a coordenação motora<br />

e saber trabalhar em equipe. Concluindo os três<br />

pilares, o Esporte é um formidável gerador de<br />

Bruno Omori e Ronald Lopes organizadores do projeto “Juntos pelo<br />

Esporte”<br />

Divisas para a economia global, engloba todos<br />

os segmentos de produtos e serviços, além de<br />

transitar em todas as classes sociais, e exemplos<br />

não faltam, os megaeventos como a Copa do<br />

Mundo ou Olimpíadas tem as maiores audiências<br />

planetária tanto nas mídias tradicionais como<br />

televisão, rádio internet e impressos como nas<br />

mídias sociais, marcas de vários segmentos<br />

investem bilhões em lançamento de produtos<br />

ou serviços, são criados ícones e heróis que criam<br />

novas tendências, milhões de pessoas fortalecem<br />

o turismo, comercio e mais de 52 segmentos são<br />

impactados diretamente, com bilhões de dólares<br />

injetados na economia global, seja na venda<br />

de televisões, de materiais esportivos, apostas<br />

esportivas, de alimentos e bebidas ou até com<br />

um simples chaveiro de lembrança. Todavia<br />

mesmo um evento seccional esportivo agrega<br />

proporcionalmente as mesmas possibilidades em<br />

relação à imagem do destino, geração de trabalho,<br />

aquecimento da economia local, integração da<br />

população, entre outros diferenciais estratégicos.<br />

O desafio é transformar arenas esportivas em<br />

organismos vivos da cidade, com todos os tipos de<br />

eventos, frequência diária de moradores e turistas<br />

como um ponto de entretenimento e turístico<br />

como são as arenas do Tóquio Domo no Japão, o<br />

Barcelona na Espanha ou a Orlando Arena nos EUA.<br />

O projeto “Junto pelo Esporte” com participação<br />

do IDT-CEMA que será lançado em breve, e tem<br />

o propósito de criar sinergias estratégicas entre<br />

o governo, entidades esportivas, empresas e<br />

o turismo para trabalhar os pilares do esporte<br />

com sustentabilidade para o fortalecimento da<br />

sociedade Brasileira.<br />

28


SÃO PAULO LIDERA<br />

REPASSES DO FUNGETUR<br />

“Estado, sozinho, liberou<br />

metade dos recursos federais<br />

emergenciais para as empresas<br />

de turismo.”<br />

com os repasses do Fungetur foi possível preservar<br />

17 mil empregos do Estado.<br />

Vinicius Lummertz - Secretário de Turismo do Estado de São Paulo.<br />

O Programa de Crédito Turístico do Estado<br />

de São Paulo, lançado em setembro de 2019<br />

pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur)<br />

e o Banco Desenvolve SP, repassou 49,3% dos<br />

recursos emergenciais liberados pelo Ministério<br />

do Turismo por meio do Fundo Geral do Turismo<br />

(Fungetur). Foram R$ 320,6 milhões para 1449<br />

empresas em todo o Brasil. O valor foi de R$ 649,7<br />

milhões, amparados pela Lei 14.051/2020, entre<br />

os meses de junho/2020 e janeiro/2021. Se forem<br />

considerados os R$ 19,5 milhões do saldo de 2019<br />

que foi utilizado no ano passado o total do Estado<br />

de São Paulo chega a R$ 340,2 milhões.<br />

Dos segmentos que fazem parte do setor de<br />

turismo, os maiores beneficiários foram os bares<br />

e restaurantes, com 295 empresas atendidas,<br />

seguidos por eventos, feiras, congressos e<br />

serviços de organização, com 165, e comércio<br />

varejista característico de turismo, 159. Em média<br />

cada empresa foi atendida com R$ 235 mil.<br />

“Sabemos que os valores não foram suficientes<br />

e que muitas empresas, infelizmente, não tiveram<br />

condições mínimas de serem atendidas, mas a<br />

agilidade do Governo do Estado de São Paulo,<br />

que entende e valoriza o setor, foi fundamental,<br />

Além da mobilização por meio de encontros<br />

virtuais ao longo de todo o ano passado, Setur<br />

e Desenvolve SP criaram um grupo de trabalho<br />

permanente de crédito para o setor, que incluiu os<br />

principais bancos públicos, além das associações e<br />

entidades do segmento. Como resultado, houve a<br />

flexibilização de alguns critérios na concessão do<br />

crédito, como a utilização do Balanço 2019 para<br />

efeito de definição de limite de empréstimo, a<br />

utilização do Fundo Garantidor de Investimentos<br />

(FGI), do BNDES, como garantia das operações de<br />

crédito e o prazo de carência que foi ampliado de<br />

6 para 12 meses.<br />

Os R$ 340,6 milhões contratados representam<br />

78% do total empenhado. Até a primeira quinzena<br />

de março, o saldo disponível, quase R$ 70<br />

milhões, já estava comprometido com cerca de<br />

120 pedidos, que ainda seriam liberados. Assim<br />

que o Governo Federal reabrir a linha Fungetur<br />

o Programa de Crédito Turístico poderá voltar a<br />

atender as demandas.<br />

Nova linha – Visando prosseguir com o apoio,<br />

o Governo de São Paulo autorizou a liberação de<br />

mais R$ 100 milhões em novas linhas de crédito<br />

do Desenvolve SP e do Banco do Povo. Juntas, as<br />

duas instituições financeiras estaduais ofereceram<br />

R$ 2 bilhões durante a crise do coronavírus para<br />

suporte a empreendedores.<br />

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DESEMPREGO: O LEGADO<br />

DEIXADO PELA PANDEMIA<br />

“A nossa esperança gira em torno<br />

da vacinação que, até então, não<br />

deslanchou. Temos consciência que,<br />

apenas dessa forma, trilharemos<br />

em rumo de uma recuperação.”<br />

O dia de amanhã se tornou incerto. Enquanto<br />

a Covid-19 circular pelo nosso país, viveremos<br />

nessa constante montanha-russa, onde os altos e<br />

baixos se tornam intensos a cada curva realizada.<br />

Em razão da quantidade de casos registrados da<br />

infecção viral, junto com uma alta taxa de óbitos,<br />

algumas capitais aderiram ao toque de recolher<br />

para minimizar a circulação de pessoas. Entretanto,<br />

outras cidades, como Brasília, optaram pelo<br />

lockdown geral, onde apenas serviços essenciais<br />

podem manter as suas atividades. Já faz um ano<br />

que o coronavírus está presente em nossas vidas.<br />

Desde a sua chegada até o presente momento,<br />

poucas coisas mudaram. O mês de março de<br />

2021 se iniciou da mesma forma que em 2020:<br />

com restrições e planos mal estruturados para<br />

conter a doença. A nossa esperança gira em torno<br />

da vacinação que, até então, não deslanchou.<br />

Temos consciência que, apenas dessa forma,<br />

trilharemos em rumo de uma recuperação. O<br />

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)<br />

informou que o desemprego em nosso país teve<br />

a terceira queda seguida, contudo, os dados ainda<br />

não são animadores, visto que 13,9 milhões de<br />

brasileiros não estão trabalhando atualmente. A<br />

situação se torna ainda mais delicada quando<br />

há uma comparação com outras épocas em que<br />

a pesquisa foi realizada. Ano passado, tivemos<br />

uma taxa média de desemprego de 13,5%,<br />

sendo a maior série iniciada em 2012. Em 2019,<br />

esse valor atingia 11,9%. Dentro do nosso trade, a<br />

situação é igualmente preocupante. Ao longo dos<br />

últimos meses, nós, do segmento, informamos<br />

constantemente sobre a perda geral do trabalho<br />

dentro do setor que, por sua vez, é um dos que<br />

mais emprega e gera renda no Brasil. É inegável que<br />

começamos este ano com prejuízos em excesso,<br />

Alexandre Sampaio - Presidente da Federação Brasileira de<br />

Hospedagem e Alimentação (FBHA).<br />

contabilizando ainda mais perdas com datas<br />

importantes que não puderam ser aproveitadas.<br />

O Carnaval é o exemplo mais recente desse<br />

problema. Em muitos pontos turísticos, sabemos<br />

que a economia é movimentada exclusivamente<br />

por essa época do ano. Contudo, a crise sanitária<br />

não deu espaço para lucros. Nossos esforços estão<br />

concentrados em não permitir que a economia<br />

não afunde ainda mais. Buscamos soluções que<br />

não afetem a saúde pública, mas que, ao mesmo<br />

tempo, possam auxiliar o empresariado voltar a<br />

respirar. Não podemos direcionar o olhar apenas<br />

para uma saída. É preciso encontrar equilíbrio para<br />

evitar o fechamento de mais empresas no nosso<br />

país. Apenas dessa maneira será possível caminhar<br />

rumo à retomada.<br />

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Visão da cidade de Florença (Itália).<br />

FLORENÇA<br />

É PURA<br />

INSPIRAÇÃO!<br />

32<br />

Por: Simone Galib - Jornalista e editoraexecutiva<br />

www.simonegalib.com.br /<br />

www.simonegalib.com.br<br />

“Berço da renascença e terra<br />

natal de Leonardo da Vinci, a capital<br />

da Toscana tem algumas das obras<br />

de arte mais famosas do mundo,<br />

igrejas de patrimônio histórico e<br />

arquitetura fantástica. Charmosa,<br />

a cidade é um museu a céu aberto!”<br />

Por enquanto, continuamos na sala de<br />

espera do aeroporto imaginário, torcendo<br />

para que a pandemia nos dê uma trégua e o<br />

embarque seja autorizado. E qual lugar você<br />

gostaria de ver ou rever? A primeira cidade<br />

que me vem à lembrança é Florença, no norte<br />

da Itália, onde estive em outubro de 2019, dois<br />

meses antes de o país se tornar o epicentro<br />

do coronavírus na Europa e o mundo virar do<br />

avesso.<br />

Muito já foi escrito sobre a capital da Toscana.<br />

Mas, quando você a visita pela primeira vez não<br />

tem como não se encantar, expressando aquela<br />

frase que os italianos usam muito: ma che bella<br />

città! Sim, a cidade é linda e tem uma aura<br />

especial, e a sensação é de reviver por alguns<br />

dias uma das fases mais iluminadas e criativas<br />

da nossa civilização: a Renascença. Até hoje<br />

algumas das principais obras de arte do mundo<br />

estão ali para compartilhar conosco suas<br />

histórias e as dos ilustres filhos da terra, mestres<br />

renascentistas, que nos deixaram ao longo<br />

dos séculos um legado precioso e atemporal.<br />

Esqueça a ideia de visitar Florença com pressa,<br />

encaixando-a no meio de seu roteiro pela Itália<br />

como um bate e volta. É um lugar que precisa<br />

ser vivenciado intensamente, e observar o belo<br />

exige tempo, são tantos detalhes. Mesmo que<br />

você não entre em nenhum palácio ou igreja,<br />

vai se sentir em um museu a céu aberto, onde<br />

arte e arquitetura estão nas praças, nas igrejas,<br />

nos palácios e nas vielas do centro histórico. A<br />

cidade é uma das mais bem preservadas do


país. Frequentada por turistas do mundo inteiro, a<br />

antiga capital da Itália tem uma boa rede hoteleira,<br />

ótimos restaurantes, gastronomia deliciosa, incluindo<br />

os bons vinhos da região, vitrines com as melhores<br />

grifes italianas e mundiais, um comércio de rua ativo<br />

e muito personalizado, que estampa a elegância dos<br />

italianos em roupas, sapatos, papelaria e objetos de<br />

design. Sem falar naqueles deliciosos cafés com<br />

mesinhas na calçada e nas sorveterias com seus<br />

variados sabores de gelato, que fervilham dia e<br />

noite no centro histórico. Longe do centro é possível<br />

mergulhar nas mais belas paisagens da Toscana, com<br />

seus vinhedos, campos floridos e bosques. Basta<br />

percorrer os arredores ou pegar qualquer estrada<br />

para visitar cidades próximas, que o cenário de filme<br />

aparece. A região é belíssima!<br />

Duomo di Milano - Catedral.<br />

Ponte Vecchio (século I d.C.)<br />

A ORIGEM<br />

Florença, Firenze, Florence, Florencia são os<br />

nomes traduzidos em diversas línguas desta cidade<br />

fundada no século I a.C., durante o Império Romano.<br />

Era chamada de Floretia (em latim significa florida)<br />

e servia como uma espécie de colônia para o<br />

imperador Júlio César. Os romanos costumavam<br />

batizar locais com nomes que trariam sorte, força e<br />

prosperidade. Assim, os campos floridos de Iris (flor<br />

chamada de giagiollo), ao redor do rio Arno, teriam<br />

inspirado seus fundadores. Séculos depois, esta flor<br />

deu origem ao brasão da cidade. A primeira ponte<br />

construída foi a Ponte Vecchio (século I d.C.), até hoje<br />

um dos principais símbolos de Florença. Ao longo<br />

dos anos, a cidade foi devastada pelas invasões<br />

bárbaras e, durante o período bizantino (por volta do<br />

ano 405) houve muita disputa pela sua localização<br />

privilegiada. Mas, no século XIII já era considerada<br />

a mais importante da Toscana. E assim teve início a<br />

construção de vários monumentos importantes,<br />

como a Duomo di Milano (catedral). Tudo começou<br />

a mudar mesmo, para melhor, com a chegada da<br />

poderosa família Medici (dinastia política italiana).<br />

Era também o início da época do Renascimento em<br />

que a cultura, a ciência, a literatura e as atividades<br />

humanas ganharam muita visibilidade. O resultado foi<br />

a criação de obras valiosas, e a partir daí a arte italiana<br />

nunca mais foi a mesma: alcançou fama mundial e<br />

até hoje é reverenciada. Michelangelo, Leonardo da<br />

Vinci e Filippo Brunelleschi, são alguns dos nomes<br />

que compõem essa incrível galeria de mestres, que<br />

andaram pelas mesmas ruas que você agora está<br />

percorrendo. Essa é uma das mais fortes impressões<br />

em Florença.<br />

EXPLORANDO A CIDADE<br />

Nada de andar de carro. Além de ruas estreitas<br />

(vielas), com muita gente circulando, as vagas para<br />

estacionar são muito disputadas, os paquímetros têm<br />

tempo determinado e, se ultrapassá-lo, estará sujeito<br />

a multas. Muitos preferem se hospedar no centro<br />

histórico porque podem percorrer a pé boa parte<br />

das principais atrações. De fato, é bem mais prático,<br />

porém muito barulhento com bares, restaurantes, a<br />

estação central de trem e o vaivém de turistas nas<br />

ruas o tempo todo. Quem quiser um pouco mais de<br />

sossego, pode optar por um dos bairros florentinos.<br />

Além de ficar longe do burburinho, é possível<br />

conhecer a vida simples dos toscanos, que fazem a<br />

siesta na hora do almoço e levam suas crianças para<br />

brincar nas praças no final da tarde, quando saem<br />

da escola. Senhoras e senhores também ocupam<br />

os bancos dessas praças enquanto aguardam o<br />

horário da missa. Além disso, as principais linhas de<br />

ônibus levam ao centro, o serviço de táxi é bom e a<br />

hospedagem sai mais em conta.<br />

34


“Por onde começar para conhecer essa imensidão de atrações? Andando a pé. Mas, aqui uma<br />

dica importante: não leve muito dinheiro em espécie, deixe um cartão de crédito de reserva no hotel<br />

e evite grandes mochilas ou bolsas, porque os furtos de carteiras têm crescido muito na cidade.<br />

Eles acontecem nos ônibus, nas lojas, nos restaurantes e, principalmente nas ruas, sempre lotadas<br />

de turistas, seus alvos em potencial. Os ladrões são muito rápidos e difíceis de serem identificados,<br />

porque andam bem vestidos e se misturam aos visitantes. Se for alugar um carro, não deixe malas<br />

ou objetos de valor no interior do veículo porque eles costumam quebrar os vidros e levar tudo.”<br />

PALÁCIOS E MUSEUS<br />

O ponto de partida pode ser a “Piazza Della<br />

Signoria” (Praça da Senhoria), coração e centro<br />

financeiro da cidade. É ali que está o imponente<br />

Palácio Vecchio, sede da prefeitura de Florença<br />

desde 1322. O marco da praça é a Torre de<br />

Arnolfo, de 94 metros de altura. Na fachada,<br />

estão os brasões que representam símbolos da<br />

República Florentina e seus aliados. As esculturas<br />

no seu entorno também impressionam. As mais<br />

famosas são: David, uma réplica do original da<br />

obra prima de Michelangelo, e Netuno, uma obra<br />

do escultor e arquiteto Bartolomeo Ammannati.<br />

Considerado um dos marcos da cidade, começou<br />

a ser construído em 12<strong>99</strong>, sendo concluído 15 anos<br />

depois. Durante o governo dos Medici, tornou-se<br />

residência dos Grão-duques da Toscana. Hoje, em<br />

seu interior funciona um museu com algumas das<br />

principais obras da Renascença italiana. A praça<br />

vive lotada e tem um comércio muito bacana.<br />

Delicie-se na grande vitrine da loja Prada! Outro<br />

museu que merece ser visitado é a Galeria Uffizi,<br />

com um rico acervo de arte. Lá, você pode apreciar<br />

O quadro “Nascimento de Vênus”, do pintor Sandro<br />

Botticelli (criado entre 1482 e 1485), e “A Sagrada<br />

Família”, de Michelangelo (criada entre os anos<br />

de 1503 e 1504), encomendada pelo seu amigo<br />

Agnolo Doni.<br />

A sala Michelangelo na Galeria Uffizi.<br />

Nascimento de Vênus, do pintor Sandro Botticelli (criado entre 1482 e<br />

1485),.<br />

Sagrada Família, de Michelangelo (criada entre os anos de 1503 e<br />

1504)<br />

Netuno (Piazza Della Signoria).


Hard Rock Cafe Firenze.<br />

Arco da Abundância, Piazza della Repubblica.<br />

O CHARME DAS PRAÇAS<br />

É de praça em praça que a gente vai mergulhando<br />

na essência da cidade. Assim, não pode faltar uma<br />

visita à “Piazza della Reppublica”, outro marco do<br />

centro, e que foi revitalizada com a criação de avenidas<br />

e bulevares. Seu principal símbolo, logo na entrada, é<br />

o “Arco da Abundância”, construído para separar as<br />

duas ruas do Império Romano. É super movimentada<br />

e frequentada por turistas, porque ali ainda<br />

funcionam alguns dos cafés mais antigos de Florença,<br />

como o “Caffè Gilli” (de 1733) e o “Paszkowski” (desde<br />

1846). A praça também é o endereço do hotel cinco<br />

estrelas “Savoy”, um dos mais sofisticados de lá, e do<br />

novo “Hard Rock Cafe Firenze”. O carroussel no centro<br />

dela faz a alegria da criançada. Para os que adoram<br />

compras, nas ruas ao redor estão as melhores lojas<br />

de grifes italianas e internacionais, além do comércio<br />

típico fiorentino.<br />

Caffè Gilli, desde 1733.<br />

36<br />

A Piazza della Repubblica com seu carrossel de aparência antiga é uma das praças mais famosas e animadas de Florença.


Catedral de Santa Maria del Fiore.<br />

PORTA DO PARAÍSO<br />

Florença tem mais de dez igrejas, porém a mais<br />

famosa delas é o Duomo, ou Catedral di Santa Maria<br />

del Fiore, que com sua cúpula se destaca na paisagem<br />

da Toscana há VI séculos. Um dos principais símbolos<br />

da cidade, a quarta maior catedral do mundo<br />

levou II séculos para ser construída e é Patrimônio<br />

Mundial da UNESCO. Comemorou 600 anos em<br />

2020. O design da cúpula foi feito por um famoso<br />

arquiteto florentino, Filippo Brunelleschi, de 41 anos,<br />

considerado o pai da arquitetura renascentista. Ela<br />

é a maior do mundo construída de tijolos, com um<br />

diâmetro externo de 54,8 metros. Por isso, essa igreja<br />

secular deve ser vista por dentro e por fora. A incrível<br />

fachada tem revestimento de mármore branco, rosa<br />

e verde e em seu interior estão valiosas obras da arte<br />

renascentista. A porta do Batistério é tão fantástica,<br />

que era chamada por Leonardo da Vinci como “porta<br />

do paraíso”. O Campanário, construído por Giotto, é<br />

aquela famosa torre gótica que aparece nas principais<br />

fotos de Florença. Tem 84 metros de altura e uma<br />

escadaria que leva ao mirante. Quem consegue<br />

subir os 414 degraus, desfruta de uma incrível vista<br />

panorâmica. Além de sua importância arquitetônica<br />

e histórica, o Duomo guarda 276 sepulturas de<br />

grandes artistas, como o poeta Dante Alighieri (autor<br />

de “Divina Comédia”), Michelangelo, Rossini e Galileu,<br />

entre outros. Por isso, a Piazza del Duomo (em frente<br />

à catedral) é um dos lugares mais movimentados da<br />

cidade, com dezenas de bares, cafeterias, restaurantes<br />

e lojas de souvenirs.<br />

PALAZZO VECCHIO<br />

Ao longo dos anos o Palazzo Vecchio teve<br />

Palácio Vecchio.


diferentes funções, dependendo do período histórico<br />

e político. Atualmente no palácio está a sede da<br />

Prefeitura de Firenze e o restante das instalações<br />

é usado como um museu. A magnificência do<br />

palácio, tipicamente medieval, deve-se em grande<br />

parte ao design do arquiteto Arnolfo di Cambio. As<br />

fundações estão assentadas sobre um antigo teatro<br />

romano. A construção foi erguida em 12<strong>99</strong> sobre as<br />

ruínas de um palácio, que havia pertencido à família<br />

Gibelino Uberti, expulsa da cidade antes anos devido<br />

a questões políticas, situação referida por Dante<br />

Alighieri na sua Divina Comédia.<br />

CRUZANDO A PONTE<br />

A Ponte Vecchio, que cruza o rio Arno em seu<br />

lado mais estreito, não é a mais bonita, mas virou um<br />

grande símbolo por ter sido a primeira construída em<br />

Florença. Apesar das mais modernas, ela mantém o<br />

seu charme com as casinhas de fachadas amarelas<br />

no seu entorno. Vale muito à pena andar até lá, onde<br />

também há muitos artistas de rua, construções e<br />

dezenas de joalherias, uma colada à outra, cujas<br />

vitrines estampam a elegante joalheria italiana em<br />

ouro, prata e muitas pedras preciosas. Para conhecer<br />

a parte mais nova de Florença, o bairro Oltrarno, é<br />

só cruzar a ponte. Atravesse porque, do outro lado,<br />

no alto de uma colina, está à vista mais incrível<br />

da cidade, a Piazza Michelangelo com seu terraço<br />

panorâmico e uma enorme réplica da estátua de<br />

Davi bem ao centro. O acesso a este local mágico da<br />

cidade é feito pela Viale dei Colli, uma rua arborizada,<br />

de 8 km. Dá para ir de carro (no local, há um bom<br />

estacionamento), de ônibus ou até mesmo a pé. É o<br />

melhor lugar para curtir o pôr do Sol, com a cúpula<br />

do Duomo e o rio Arno a seus pés. O cenário lembra<br />

um daqueles quadros pintados por algum mestre<br />

renascentista, que dificilmente você vai apagar da<br />

lembrança e sentirá vontade de revê-lo sempre que<br />

puder. Florença, definitivamente, não é o lugar para<br />

visitar apenas uma vez. Buonviaggio!<br />

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