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nº <strong>104</strong> - <strong>Fevereiro</strong>/ <strong>Março</strong> - 2022 - ano 19<br />
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&<br />
19<br />
<br />
Taubaté - SP<br />
De Lobato a Mazzaropi
02
Í<br />
ndice<br />
Outras matérias:<br />
Matsuda- pág 34<br />
Projeto Selva Viva pág 38<br />
03<br />
Taubaté - SP<br />
36<br />
1°Encontro Anual<br />
ABIH - SP<br />
Projeto Reflora<br />
35 Vida<br />
Expediente<br />
Diretor responsável:<br />
José Carlos Reis de Souza<br />
Departamento Jurídico:<br />
Dr. Luis Antonio Ravani<br />
Jornalista Responsável:<br />
Camões Filho - MTB 18411<br />
Editoração:<br />
Letícia Casoni Peres<br />
Diretora de Fotografia:<br />
Lourdes A. Antunes de Oliveira<br />
Jornalista :<br />
Simone Galib (colabola<strong>do</strong>ra)<br />
Tiragem: 5.000 exemplares<br />
Distribuição gratuita e dirigida<br />
Publicação Bimestral<br />
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Dpto. Comercial<br />
(12) 99787-6329<br />
Editorial<br />
José Carlos Reis de Souza<br />
Diretor Responsável<br />
Caro leitor! Nesta edição, a equipe da<br />
Revista <strong>Empresas</strong> <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> - Negócios &<br />
Turismo, após um trabalho de pesquisa<br />
sobre pontos turísticos da cidade de<br />
Taubaté, produziram um grande material<br />
jornalístico de grande importância<br />
sobre o patrimônio histórico da cidade.<br />
Considerada a capital nacional da<br />
literatura infantil, que foi concedi<strong>do</strong><br />
pelo Congresso Nacional devi<strong>do</strong> ao fato<br />
<strong>do</strong> famoso escritor e editor brasileiro<br />
Monteiro Lobato (1882/1948) ter<br />
nasci<strong>do</strong> em Taubaté, um <strong>do</strong>s primeiros<br />
autores de literatura infantil <strong>do</strong> Brasil<br />
e de toda América Latina. Nesta<br />
cidade também nasceram grandes<br />
personalidades, como: maestro Fêgo<br />
Camargo (1888/1971); apresenta<strong>do</strong>r<br />
Cid Moreira (1927); apresenta<strong>do</strong>ra<br />
Hebe Camargo (1929/2012) e a cantora<br />
Celly Campello (1942/2003). Além de<br />
outras personalidades que escolheram<br />
Taubaté a terra <strong>do</strong> coração, como:<br />
Amácio Mazzaropi (1912/1981) e Renato<br />
Teixeira (1945). O turismo na cidade é um<br />
atrativo para aqueles que gostam de<br />
conhecer patrimônios históricos, como:<br />
igrejas, casarões, museus, zoológico,<br />
artesanatos, entre outros.<br />
Parceria:<br />
Apoio:<br />
As fotos de divulgação foram cedidas pelas<br />
empresas e/ou pessoas mencionadas nos textos.<br />
Não é permitida a reprodução sem autorização<br />
expressa <strong>do</strong>s autores, por escrito. Os textos,<br />
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e exclusiva responsabilidade <strong>do</strong>s autores e empresas<br />
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03
TAUBATÉ -SP<br />
Por: José Carlos Reis de Souza<br />
Taubaté está distante da capital paulista, 131 km via Presidente Dutra e 142 km via<br />
Ayrton Senna/Trabalha<strong>do</strong>res. É considerada a capital nacional da literatura infantil,<br />
que foi concedi<strong>do</strong> pelo Congresso Nacional devi<strong>do</strong> ao fato <strong>do</strong> famoso escritor e editor<br />
brasileiro Monteiro Lobato (1882/1948) ter nasci<strong>do</strong> em Taubaté, um <strong>do</strong>s primeiros autores<br />
de literatura infantil <strong>do</strong> Brasil e de toda América Latina. Nesta cidade também nasceram<br />
grandes personalidades, como: maestro Fêgo Camargo (1888/1971); apresenta<strong>do</strong>r Cid<br />
Moreira (1927); apresenta<strong>do</strong>ra Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani (1929/2012)<br />
e a cantora Celly Campello (1942/2003). Além de outras personalidades que escolheram<br />
Taubaté a terra <strong>do</strong> coração, como: o comediante, ator e produtor Amácio Mazzaropi<br />
(1912/1981) e o cantor e compositor Renato Teixeira (1945).<br />
A história <strong>do</strong> município de Taubaté confundese<br />
com a própria história <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba,<br />
região em que está inseri<strong>do</strong>. Visto que, com seu<br />
nascimento por volta de 1640, deu-se início ao<br />
perío<strong>do</strong> de povoamento das terras ao norte da<br />
Vila de São Paulo de Piratininga. Naquela ocasião,<br />
o sertanista Jacques Félix e seus <strong>do</strong>is filhos,<br />
Domingos Félix e Belchior Félix, foram agracia<strong>do</strong>s<br />
com a concessão de terras oferecidas por Dona<br />
Mariana de Souza Guerra, Condessa de Vimieiro e<br />
herdeira de Martim Afonso de Sousa, local, onde<br />
seria constituí<strong>do</strong> o primeiro núcleo urbano às<br />
margens <strong>do</strong> rio Paraíba, que já era habitada por<br />
povos indígenas. O convite de Jacques Félix, a<br />
partir <strong>do</strong> ano menciona<strong>do</strong>, famílias que residiam<br />
no Planalto de Piratininga transferiram-se para as<br />
terras de Taubaté, que se tornou ponto de partida<br />
para o povoamento de outras cidades <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> e<br />
núcleo irradia<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s bandeirantes, que partiam<br />
<strong>do</strong> local para desbravar a região das Minas Gerais.<br />
Em 05/12/1645, foi fundada, oficialmente, a Vila de<br />
São Francisco das Chagas de Taubaté. Como era<br />
exigência <strong>do</strong> governo colonial, para ser eleva<strong>do</strong><br />
à categoria de vila o povoa<strong>do</strong> deveria possuir,<br />
necessariamente, uma igreja matriz, uma câmara<br />
e uma cadeia pública. Pouco tempo depois desse<br />
ocorri<strong>do</strong>, em 1674, foi inaugura<strong>do</strong> na localidade,<br />
o Convento de Santa Clara, manti<strong>do</strong> pela Ordem<br />
<strong>do</strong>s Frades Franciscanos. Desde então, o templo<br />
religioso passou a participar ativamente <strong>do</strong><br />
progresso local, exercen<strong>do</strong> forte influência no<br />
cotidiano da sociedade taubateana em seus mais<br />
varia<strong>do</strong>s aspectos, como educação e bem-estar<br />
social.<br />
O turismo na cidade de Taubaté é um atrativo para aqueles que gostam de conhecer<br />
patrimônios históricos, como: Catedral de São Francisco das Chagas, Santuário de<br />
Santa Teresinha, Convento Santa Clara, Capela de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar, Igreja de<br />
Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário, Igreja Católica Greco-Melquita de Sant’Ana, Museu de<br />
Arte Sacra Dom Epaminondas, Teatro Metropole, Casarão Oliveira Costa, Solar da<br />
Viscondessa de Tremembé, Departamento de Ciências Sociais e Letras da UNITAU,<br />
Grupo Escolar Lopes Chaves Vila Santo Aleixo e Museu de História Natural de<br />
Paleontologia.<br />
04
Visão interna <strong>do</strong> Santuário de Santa Teresinha.
CATEDRAL SÃO<br />
FRANCISCO DAS<br />
CHAGAS<br />
No século XVII, em torno <strong>do</strong> ano de 1630, Jacques<br />
Félix começa a desbravar os sertões chegan<strong>do</strong> ao <strong>Vale</strong><br />
<strong>do</strong> Paraíba. Em 1640 ele inicia <strong>do</strong>is povoa<strong>do</strong>s que é os<br />
mais antigos <strong>do</strong> vale, Taubaté conhecida como Vila São<br />
Francisco das Chagas, e na cidade de Guaratinguetá,<br />
dedicada a Santo Antonio. A primeira exigência de<br />
Jacques Félix é a construção de uma pequena capela<br />
dedicada a São Francisco das Chagas. Com o passar<br />
<strong>do</strong> tempo a capela não dava mais conta <strong>do</strong> número de<br />
pessoas, sen<strong>do</strong> ampliada e construída a atual igreja. E, a<br />
antiga capela foi preservada e transformada na Capela <strong>do</strong>s<br />
Passos. Em 1645 a cidade é elevada a condição de vila, com<br />
isso, aquela pequena capela torna-se a matriz de Taubaté.<br />
No dia 07/06/1908, a então velha Matriz de São Francisco<br />
das Chagas de Taubaté fora elevada à dignidade de Igreja<br />
Catedral pelo Santo Padre o Papa Pio X, hoje São Pio X,<br />
confian<strong>do</strong> à Cátedra desta Igreja ao seu primeiro bispo,<br />
Dom Epaminondas. A última grande reforma ocorreu em<br />
1940, concluída em 1950, fazen<strong>do</strong> com que a arquitetura<br />
interna da catedral perdesse muito da sua originalidade,<br />
permanecen<strong>do</strong> apenas as paredes, a talha <strong>do</strong> altar-mor e<br />
as imagens espalhadas na nave da igreja. O órgão existente<br />
é o único em atividade na região, toca<strong>do</strong> sempre aos finais<br />
de semana. Também é preservada a catedra <strong>do</strong> bispo, algo<br />
raro de se encontrar nas igrejas, após o Concilio Vaticano II.<br />
Outro detalhe importante é a cripta onde estão os restos<br />
mortais de padres e bispos. O povo participa de forma<br />
muito intensa das sete missas nos finais de semana, nas<br />
duas diárias e na busca da reconciliação com Deus.<br />
Catedral São Francisco das Chagas.<br />
Órgão da Catedral São Francisco das Chagas.<br />
CONVENTO SANTA CLARA<br />
06<br />
Fachada <strong>do</strong> Convento Santa Clara.<br />
Funda<strong>do</strong> em 1674 na cidade de Taubaté (SP), é uma fundação <strong>do</strong>s<br />
frades franciscanos que chegaram há mais de 345 anos com objetivo<br />
de implantar o carisma e a ordem junto à cidade e esse povo O<br />
Convento Santo Clara foi construí<strong>do</strong> a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res da Vila<br />
de Taubaté. Veio <strong>do</strong> Rio de Janeiro três frades morar em Taubaté,<br />
eles escolheram um terreno que ficava em uma colina e longe da<br />
Vila. O primeiro guardião foi frei Jerônimo de São Braz.<br />
HISTÓRIA<br />
Consta nos arquivos históricos de Taubaté, que<br />
em 1676 a Igreja <strong>do</strong> Convento Santa Clara já estava<br />
construída, visto que João Delga<strong>do</strong> Escobar pede<br />
para ser enterra<strong>do</strong> no Convento Santo Clara,<br />
um costume medieval que veio para o Brasil e<br />
perdurou durante o perío<strong>do</strong> colonial, o de ser<br />
enterra<strong>do</strong> na igreja. Também existem estu<strong>do</strong>s,<br />
que Jacques Felix era conheci<strong>do</strong> <strong>do</strong>s franciscanos<br />
<strong>do</strong> Rio de Janeiro, por isso, quan<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res<br />
da vila pediram que viessem franciscanos, foi<br />
fala<strong>do</strong> com os franciscanos da província da<br />
Imaculada da Conceição <strong>do</strong> Rio de Janeiro,<br />
para que viessem morar na Vila de Taubaté. Os<br />
frades permaneceram por mais de 80 anos com<br />
diversos trabalhos, sobretu<strong>do</strong>, no atendimento<br />
a celebração da eucaristia e no atendimento<br />
das confissões. Depois! Como não tinham<br />
permissão para fundar o seu novicia<strong>do</strong>, que é<br />
uma casa especifica para aqueles que almejam<br />
a vida consagrada religiosa, eles permitiram<br />
deixar o convento e a cidade, e regressar para<br />
outros esta<strong>do</strong>s. O convento ficou sem a presença<br />
religiosa por mais de 100 anos.
Igreja <strong>do</strong> Rosário.<br />
IGREJA DO ROSÁRIO<br />
A Igreja Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário uma das principais relíquias arquitetônicas de Taubaté, construída em taipa<br />
de pilão no início <strong>do</strong> século XVIII entre os anos de 1700 a 1705, quan<strong>do</strong> a Irmandade de Nossa Senhora <strong>do</strong>s Homens<br />
Pretos ergueu ali uma capela em homenagem a Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário. Tanto a primeira capela de 1700, como<br />
sua reconstrução a partir de 1861, feitas em taipa de pilão, com paredes que variavam de 1,10m a 1,43m. Possui<br />
forro e pisos de madeira, e telha de cerâmica. Passou a ser Paróquia de Nossa Senhora <strong>do</strong> Rosário em 07/01/1925,<br />
por determinação <strong>do</strong> bispo de Taubaté, Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva. Ao longo de seus 300 anos de<br />
existência, passou por várias reformas não alteran<strong>do</strong> o padrão arquitetônico colonial barroco paulista, marca<strong>do</strong><br />
por linhas sóbrias e harmoniosas das construções sacras. A igreja é tombada por Decreto Municipal, nº. 8.209, de<br />
14/12/1996, por sua relevância histórica local e regional. Desde setembro de 2010, está interditada pela Defesa<br />
Civil de Taubaté, devi<strong>do</strong> à insegurança da edificação, medida essa apoiada junto a Diocese de Taubaté porque<br />
suas paredes estavam em risco de ruir. Desde então a Diocese, busca meios de viabilizar o Restauro da Igreja <strong>do</strong><br />
Rosário. Em 2.011 protocolou junto a Secretaria de Cultura no Programa de Ação Cultural – Lei Nº 12.268/06 (PROAC)<br />
o projeto de Restauração da Igreja <strong>do</strong> Rosário, a fim de conseguir subsidio pela Lei de Incentivo Fiscal/ICMS. Em<br />
fevereiro de 2012 foi publica<strong>do</strong> no Diário Oficial sua aprovação. Desde então se busca junto à iniciativa privada<br />
meios que viabilize a realização <strong>do</strong>s projetos que culminarão no restauro da Igreja.<br />
Endereço: Praça Barão <strong>do</strong> Rio Branco - Centro<br />
Visão da Igreja <strong>do</strong> Rosário.
Santuário de Santa Teresinha.<br />
SANTUÁRIO DE SANTA TERESINHA<br />
Famoso pela beleza, o santuário é o primeiro ergui<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> em homenagem à<br />
Santa Teresinha. O bispo de Taubaté Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva divulgou<br />
em Taubaté e região a vida e <strong>do</strong>utrina de Irmã Teresa <strong>do</strong> menino Jesus, inician<strong>do</strong> junto<br />
à população um movimento para erguer uma capela em honra a Santa Teresinha, no<br />
antigo Largo da Cadeia. Após um grande arremate nas <strong>do</strong>ações, a ideia de construir<br />
uma simples capela se transformou na construção de um majestoso santuário. As obras<br />
começaram em 07/06/1923, sen<strong>do</strong> projetada e inspirada na igreja de Saint Pierre de<br />
Lisieux. A inauguração oficial ocorreu em 24/09/1929, embora desde 1924 cerimônias<br />
fossem realizadas. O belo templo apresenta a imponência das linhas arquitetônicas de<br />
estilo neogótico, localiza<strong>do</strong> numa área verde urbanizada e tranquila de Taubaté.<br />
HISTÓRIA<br />
O mentor da igreja foi um padre natural de<br />
Pamplona, capital da província de Navarra na<br />
Espanha. O primeiro Bispo de Taubaté Dom<br />
Epaminondas Nunes de Ávila e Silva se tornou<br />
amigo desse padre e escolheu-o para secretário. O<br />
padre espanhol leu um livro sobre a autobiografia<br />
de Teresinha numa edição espanhola, e junto com<br />
o Bispo Dom Epaminondas, que também leu esse<br />
livro, criou uma devoção à Santa Teresinha. No<br />
ano de 1920 eles tiveram a ideia de homenagear<br />
a Irmã Teresinha <strong>do</strong> Menino Jesus, uma simples<br />
carmelita que tinha morri<strong>do</strong> na cidade de Lisieux<br />
na França, construin<strong>do</strong> na cidade de Taubaté um<br />
08
asilo de pobres. Ocorreu que Teresinha começou<br />
a fazer muitos milagres em Taubaté, e padre<br />
Florêncio teve uma nova ideia, construir nesse<br />
asilo de pobres uma capela para homenagear<br />
Irmã Teresinha. Então! Em 1921 foi realizada uma<br />
campanha mobilizan<strong>do</strong> a população de Taubaté<br />
e cidades vizinhas para ajudar na construção da<br />
capela. Mas a arrecadação em dinheiro foi muito<br />
grande que eles mudaram de ideia, em vez de<br />
uma capela, era mais interessante uma igreja.<br />
Um fato interessante ocorreu na época, parte<br />
<strong>do</strong> dinheiro arrecada<strong>do</strong> foi encaminha<strong>do</strong> aos<br />
cuida<strong>do</strong>s de Dom Sebastião Lemes para ajudar a<br />
financiar a construção <strong>do</strong> Cristo Redentor <strong>do</strong> Rio<br />
de Janeiro. A construção <strong>do</strong> santuário em estilo<br />
gótico surgiu <strong>do</strong> jovem desenhista Arthur de 21<br />
anos, contrata<strong>do</strong> para conduzir esse projeto. Ele<br />
se baseou nas igrejas góticas que Santa Teresinha<br />
frequentou na França, inclusive a torre que deveria<br />
ter 60 metros de altura, fato esse, que não ocorreu<br />
devi<strong>do</strong> à morte <strong>do</strong> construtor Camilo Gomes<br />
Quintanilha, em 1941. Na construção participaram<br />
120 pessoas, e dentre eles Altino Marcondes,<br />
mais conheci<strong>do</strong> como Tatu, ele foi joga<strong>do</strong>r <strong>do</strong><br />
Taubaté, Corinthians, Vasco e seleção brasileira. Foi<br />
o único joga<strong>do</strong>r de Taubaté que serviu a seleção<br />
brasileira de futebol. Trabalhava durante a semana<br />
na construção e nos finais de semana jogava<br />
futebol. O sino foi presentea<strong>do</strong> por um médico,<br />
o qual fez algumas exigências: que seu nome<br />
permanecesse anônimo, e que tivesse grava<strong>do</strong> no<br />
sino a frase “Aurora a flor <strong>do</strong> caramelo”. O santuário<br />
recebeu piso de madeira encaixa<strong>do</strong>, de peroba,<br />
ypê e canela. As portas principais foram feitas por<br />
detentos, a estrutura <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> embuti<strong>do</strong> (vigas,<br />
ripas e caibros) feito de aço, e o revestimento pago<br />
por Félix Guisard. Padre Florêncio queria uma<br />
igreja bem estruturada, com uma base bem feita.<br />
Então! Ele foi a São Paulo e adquiriu 14 pedras de<br />
granito para as 14 colunas. Quan<strong>do</strong> o santuário foi<br />
inaugura<strong>do</strong> em 1929, os vitrais eram basculantes,<br />
permitin<strong>do</strong> assim a entrada de muito vento. Os<br />
antigos na época reclamavam dessa quantidade<br />
de vento que entrava na igreja, e pensan<strong>do</strong> nisso<br />
foi compra<strong>do</strong> em São Paulo na fábrica Conra<strong>do</strong>,<br />
uma porta para-vento, a mesma fábrica que<br />
produziu os mesmos vitrais da Catedral da Sé, em<br />
São Paulo. Em 1941 o santuário já tinha uma torre<br />
com aproximadamente 25 metros de altura. Após<br />
11 anos foi entregue para a Companhia Predial de<br />
Taubaté a obra da conclusão da torre. Monsenhor<br />
Cícero, o primeiro pároco <strong>do</strong> santuário, junto<br />
com o engenheiro dessa companhia chama<strong>do</strong><br />
Iiório Tifiória resolveram em comum acor<strong>do</strong> fazer<br />
uma torre mais baixa, com cerca de 30 metros<br />
de altura. Para isso eles concluíram uma agulha<br />
de latão. Durante uma visita das carmelitas de<br />
Lisiéux ao santuário, elas deixaram duas relíquias<br />
<strong>do</strong> casal Luís Martin e Zélia Guérin, beatos que<br />
foram canoniza<strong>do</strong>s pelo Papa Francisco no dia<br />
18/10/2015, pais de Santa Teresinha <strong>do</strong> Menino<br />
Jesus. Desde 1928, o santuário possui três relíquias<br />
de Santa Teresinha (um pedaço de osso <strong>do</strong> de<strong>do</strong>,<br />
um pedaço <strong>do</strong> hábito e alguns fios de cabelo)<br />
que foram enviadas por Paulina, irmã de sangue<br />
de Santa Teresinha. O santuário tem cataloga<strong>do</strong><br />
to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos encontra<strong>do</strong>s em uma caixa<br />
que estava enterra<strong>do</strong> em uma das paredes.<br />
Luís Martin e Zélia Guérin, beatos que foram canoniza<strong>do</strong>s pelo Papa Francisco no ano de 2015, pais de Santa Teresinha.
CAPELA NOSSA SENHORA<br />
DO PILAR<br />
A capela construída de taipa de<br />
pilão, estilo barroco paulista com<br />
influência <strong>do</strong> barroco mineiro em<br />
devoção a Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar,<br />
remonta o culto à Virgem <strong>do</strong> Pilar,<br />
a mais antiga devoção mariana da<br />
tradição católica, que teve origem na<br />
Espanha, e chega ao Brasil através das<br />
famílias de descendência espanhola.<br />
Trata-se de um <strong>do</strong>s poucos exemplos<br />
arquitetônicos mais bem conserva<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> estilo barroco no <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba.<br />
Capela de Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar (Imagem Acervo Digital <strong>do</strong> IPHAN).<br />
10<br />
A construção teve início no ano de 1725, pela iniciativa e a expensas <strong>do</strong> Licencia<strong>do</strong> Timóteo Corrêa de Tole<strong>do</strong>,<br />
ao custo total de 592 mil réis, em terreno de sua propriedade, localiza<strong>do</strong> à Rua <strong>do</strong>s Gil (atual Rua Bispo Ro<strong>do</strong>valho),<br />
esquina com a Rua Direita (atual Rua Visconde <strong>do</strong> Rio Branco), e inaugurada em 01/12/1747. A Capela <strong>do</strong> Pilar foi a<br />
segunda edificação religiosa a ser construída no perímetro urbano da Vila de S. Francisco das Chagas de Taubaté.<br />
A primeira igreja dessa vila foi a Matriz de São Francisco das Chagas, mandada construir pelo próprio funda<strong>do</strong>r,<br />
Jacques Félix, por volta de 1640 e dedicada ao orago (padroeiro) da cidade. O frontispício apresenta o desenho<br />
singular da arquitetura colonial paulista, com <strong>do</strong>is flancos (45º) laterais da porta de entrada. As paredes externas são<br />
arrematadas com beirais guarneci<strong>do</strong>s de cachorro e cobertos de telhas capa e canal. As Paredes laterais da capela<br />
mor em taipa de mão e abrin<strong>do</strong> janelas balcão para a capela mor. No interior, colunas de madeira sustentam o coro<br />
guarneci<strong>do</strong> de balaustrada em madeira trabalhada, O altar mor e altares, com proposição rococó (fun<strong>do</strong>s claros e<br />
frisos <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>s). A capela manteve a função religiosa até 1950, aproximadamente. Passou por reparo e conservação<br />
em 1870, sob a orientação e a expensas <strong>do</strong> cônego Benjamim de Tole<strong>do</strong> Mello, e nos anos de 1945. 1957 e1964. A<br />
capela foi tombada pelo IPHAN - Instituto <strong>do</strong> Patrimônio Histórico<br />
Artístico Nacional, e CONDEPHAAT - Conselho de Defesa <strong>do</strong><br />
Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico. Em 1985<br />
passou a abrigar o Museu de Arte Sacra da Diocese de Taubaté,<br />
idealiza<strong>do</strong> pelo então responsável pela DMPAHM (Divisão de<br />
Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico Municipal), Prof. Paulo<br />
Camiller Florençano, funcionan<strong>do</strong> na capela até o ano de 2009,<br />
com sua transferência para o atual prédio da Mitra Diocesana de<br />
Taubaté, com a criação <strong>do</strong> novo museu MASDE (Museu de Arte<br />
Sacra Dom Epaminondas).<br />
Atualmente se encontra fechada aguardan<strong>do</strong> uma nova<br />
reforma. As intervenções emergenciais e de restauro são<br />
necessárias para que a capela possa manter-se em bom esta<strong>do</strong> de<br />
conservação e voltar a ser utilizada pela população local e turista.<br />
O homem que constrói a capela, bem como sua família, possui<br />
uma história muito interessante no contexto da História <strong>do</strong> Brasil.<br />
Os filhos de Timóteo Corrêa de Tole<strong>do</strong>, cidadão proeminente da<br />
sociedade taubateana <strong>do</strong> século XVIII, tiveram efetiva participação<br />
na Inconfidência Mineira. O melhor exemplo foi Padre Carlos<br />
Corrêa de Tole<strong>do</strong> Piza Mello, vigário de São José <strong>do</strong> Rio das Mortes<br />
(atual Tiradentes-MG), foi um <strong>do</strong>s inconfidentes que morreram<br />
em degre<strong>do</strong> na África; além <strong>do</strong> Frei de Santa Úrsula Ro<strong>do</strong>valho,<br />
capelão da Rainha de Portugal, D. Maria I, posteriormente eleito o<br />
primeiro bispo de Angola na África.<br />
Visão interna da Capela Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar, fechada<br />
para reforma.<br />
Endereço: Largo <strong>do</strong> Pilar, delimita<strong>do</strong> pelas Ruas Souza Alves e<br />
Chiquinha de Mattos - Taubaté (SP).
Cine Cavalieri Orlandi.<br />
Altar-mor da Capela Nossa Senhora <strong>do</strong> Pilar.
MUSEU HISTÓRICO FOLCLÓRICO E<br />
PEDAGÓGICO MONTEIRO LOBATO<br />
SÍTIO DO PICAPAU AMARELO<br />
HISTÓRIA<br />
Na época, a área correspondia a 60 alqueires,<br />
equivalente a 1.452.000 m². Após o falecimento <strong>do</strong><br />
Visconde de Tremembé, no inventario, o “Solar da<br />
Viscondessa”, ficou para a Judith, irmã <strong>do</strong> Monteiro<br />
Lobato. O restante da área, ao longo <strong>do</strong> tempo<br />
foi sen<strong>do</strong> vendida fracionada por lotes, restan<strong>do</strong><br />
apenas 20 mil m², isso, porque Juares Guisard era<br />
uma pessoa muito importante. Depois veio Oswal<strong>do</strong><br />
Barbosa Guisard (jornalista) que foi solicitar para a<br />
Secretaria de Cultura o tombamento da Chácara <strong>do</strong><br />
Visconde. A intenção <strong>do</strong> Visconde de Tremembé<br />
era que a chácara onde está localiza<strong>do</strong> o Sítio <strong>do</strong><br />
Picapau Amarelo torna-se um horto. Por isso, foram<br />
plantadas diversas árvores raras, entre elas: pau<br />
d’alho, pau Brasil e cabeluda, além de outras árvores<br />
frutíferas como mangueiras. Dessas árvores raras,<br />
muitas se perderam em função da urbanização e<br />
loteamento que ocorreu em volta <strong>do</strong> casarão. Com<br />
o tombamento, o casarão pertenceu ao Governo <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> até 2015, atualmente pertence ao município<br />
de Taubaté, por se tratar de um Museu Municipal,<br />
tomba<strong>do</strong> e decreta<strong>do</strong> “Museu Histórico folclórico<br />
e Pedagógico Monteiro Lobato”. O museu foi<br />
entregue à população durante a “Semana Monteiro<br />
Lobato”, e recebeu o nome de “Museu da Infância”,<br />
pois é um museu dedica<strong>do</strong> às crianças, para que<br />
elas possam brincar e se divertirem com os livros de<br />
Monteiro Lobato. Ao longo dessas décadas o museu<br />
foi sen<strong>do</strong> modifica<strong>do</strong>, tanto que hoje é considera<strong>do</strong>:<br />
Museu Casa, Museu de Literatura e Museu Histórico.<br />
Mas! É pouco ambienta<strong>do</strong> como Museu Casa,<br />
onde existe apenas uma casa e pequenos acervos<br />
de Monteiro Lobato. Existe o la<strong>do</strong> da literatura<br />
que é trabalha<strong>do</strong> diariamente a obra de Monteiro<br />
Lobato, e a brinque<strong>do</strong>teca, um espaço chama<strong>do</strong> de<br />
“Brincadeiras no Quintal”.<br />
Visão da entrada <strong>do</strong> Síto <strong>do</strong> Picapau Amarelo.<br />
Museu Histórico Foclórico e Pedagógico Monteiro Lobato.<br />
Personagens <strong>do</strong> Sítio <strong>do</strong> Picapau Amarelo.<br />
12<br />
Cozinha com utensílios <strong>do</strong> século XX.<br />
“A edificação original é de 1850, na época tinha<br />
seis cômo<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s de taipa de pilão e pau a<br />
pique. Pertenceu ao Visconde de Tremembé, avô de<br />
Monteiro Lobato. Atualmente contém 10 cômo<strong>do</strong>s, e<br />
considerada uma construção ecologicamente correta,<br />
fresca no verão e aquecida no inverno. Seu telha<strong>do</strong> é<br />
lança<strong>do</strong>r, porque não para água e não tinha calhas<br />
na época. As portas e janelas <strong>do</strong> casarão da chácara<br />
<strong>do</strong> Visconde são grandes como a maioria das casas <strong>do</strong><br />
século XIX, devi<strong>do</strong> à ausência de energia elétrica e a<br />
necessidade de circulação de ar dentro da casa.”
TEATRO METROPOLIS<br />
Fachada <strong>do</strong> Teatro Metropolis.<br />
O Teatro Metropole, inicialmente chama<strong>do</strong> de Cine Teatro Polytheama foi<br />
construí<strong>do</strong> no ano de 1919, e inaugura<strong>do</strong> no dia 21/06/1921 bem no auge<br />
<strong>do</strong> cinema novo, uma concepção <strong>do</strong> arquiteto André Baroni, que já havia<br />
projeta<strong>do</strong> alguns prédios na cidade de Taubaté. Sua edificação apresenta<br />
diversos estilos arquitetônicos diferentes, como Art Noveau e Neoclássico, e<br />
pode ser considerada uma edificação eclética. Durante toda a década de 1920,<br />
o Cineteatro Polytheama funcionava como teatro e cinema. Por ali passaram<br />
as maiores companhias brasileiras. Além disso, tinha o cinema mu<strong>do</strong>, que<br />
normalmente era feita a orquestração e ambientação <strong>do</strong>s filmes pelo maestro<br />
Fego Camargo, época que ainda não existia o som. Após um perío<strong>do</strong> inativo o<br />
prédio foi reinaugura<strong>do</strong> em 1939 e passa a ser chama<strong>do</strong> “Cine Metropole”, que<br />
vem <strong>do</strong> apogeu <strong>do</strong> cinema americano e também com as grandes produções<br />
nacionais, como a Bonequinha de Seda (1936), Alô Alô Carnaval (1936), e<br />
grandes clássicos como: E O Vento Levou (1939), Rebecca (1940), Morro <strong>do</strong>s<br />
Ventos Uivantes (1939), e O Mágico de Oz (1939), que foram apresenta<strong>do</strong>s no<br />
Cine Metropole. Em 1986 por meio <strong>do</strong> decreto municipal 5502 de 19/06/1986,<br />
o prédio foi tomba<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> a ser integra<strong>do</strong> ao Patrimônio Histórico,<br />
Artístico e Cultural da Cidade de Taubaté. Com capacidade para 565 lugares,<br />
o prédio foi fecha<strong>do</strong> em 2007, e passou por mais reformas, sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong>s<br />
serviços nos sistemas hidráulicos e elétricos, revisão <strong>do</strong>s camarins, troca das<br />
cadeiras, pinturas interna e externa, acessibilidade aos banheiros entre outros.<br />
Sua reabertura ocorreu no dia 04/12/2009, como parte das comemorações da<br />
cidade de Taubaté. No ano de 2021 torna-se especial, o teatro comemorou o<br />
centenário de existência, palco de tantas comemorações, eventos artísticos e<br />
culturais, que sempre trouxeram uma grandiosidade para a cidade de Taubaté.<br />
Endereço: R. Duque de Caxias, 312 - Centro / Taubaté (SP)<br />
Visão Interna <strong>do</strong> Teatro Metropolis.<br />
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE TAUBATÉ<br />
A Estação Ferroviária de Taubaté, construída em estilo arquitetônico europeu <strong>do</strong> século XIX e de grande<br />
importância histórica, foi inaugurada em 27/12/1876 pela Estrada de Ferro <strong>do</strong> Norte, como terminal de sua<br />
linha. Durante o início <strong>do</strong> século XX, a linha férrea era utilizada para cargas e passageiros, pois o trecho<br />
senti<strong>do</strong> São Paulo era de bitola distinta <strong>do</strong> trecho além da parada. Foi uma das mais importantes durante<br />
o ciclo <strong>do</strong> café. Consta que a estação foi utilizada por personagens importantes <strong>do</strong> cenário econômico e<br />
cultural da história, como o escritor e empresário Monteiro Lobato, os médicos sanitaristas Emílio Ribas e<br />
Osval<strong>do</strong> Cruz, o empresário Felix Guisard, além <strong>do</strong> presidente Getúlio Vargas, Princesa Isabel e Dom Pedro II.<br />
A estação com quase 146 anos de sua inauguração foi concretiza<strong>do</strong> o restauro <strong>do</strong> conjunto<br />
arquitetônico, manutenção e implantação <strong>do</strong> projeto “Estação <strong>do</strong> Conhecimento”, através <strong>do</strong> Instituto I.S.<br />
de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana,<br />
uma organização social sediada em Taubaté. O lugar<br />
passou a ser um ambiente educacional, cultural,<br />
tecnológico e turístico, cria<strong>do</strong> para a música, teatro,<br />
artes, exposições, palestras e encontros temáticos<br />
múltiplos, além de um “Memorial <strong>do</strong> Café”. Quanto<br />
à entrada principal da estação e que faz parte <strong>do</strong><br />
complexo, está fecha<strong>do</strong> desde 2009 pelo fim <strong>do</strong><br />
contrato de locação para uma empresa de cimento. O<br />
mesmo encontra-se mal conserva<strong>do</strong>, em situação de<br />
aban<strong>do</strong>no e descaso, onde é possível notar ao chegar<br />
diante da antiga parada. A pequena cobertura da<br />
entrada e o telha<strong>do</strong> da torre estão bem danifica<strong>do</strong>s,<br />
permitin<strong>do</strong> a entrada de água das chuvas. Focos de<br />
infiltração na fachada são facilmente encontra<strong>do</strong>s,<br />
além de alguns pedaços da própria fachada que já<br />
descolaram da parede.<br />
Endereço: Parque Dr. Barbosa de Oliveira, 317 - Centro /<br />
Taubaté (SP).<br />
Fachada da antiga Estação Ferroviária de Taubaté (SP).
CRISTO REDENTOR<br />
A estátua <strong>do</strong> Cristo Redentor com 23<br />
metros de altura localiza<strong>do</strong> no Bairro<br />
Alto de São Pedro, um <strong>do</strong>s principais<br />
pontos turísticos da cidade de Taubaté<br />
foi inaugura<strong>do</strong> no 31/03/1956 às 00:00<br />
horas.<br />
HISTÓRIA<br />
Arquiteta<strong>do</strong> por iniciativa <strong>do</strong> professor Teo<strong>do</strong>ro<br />
Correia Cintra, diretor <strong>do</strong> Colégio Taubateano<br />
e muito bem-conceitua<strong>do</strong> na cidade, era<br />
um aficiona<strong>do</strong> pelo escotismo. Durante uma<br />
expedição com seus escoteiros, eles acamparam<br />
no alto <strong>do</strong> morro, onde ficou encanta<strong>do</strong> com<br />
o espaço, a vegetação e a visão da cidade de<br />
Taubaté. Voltou da excursão com a ideia de erguer<br />
um monumento em homenagem ao escotismo,<br />
e que fosse de entusiasmo ao escoteiro. A partir<br />
dessa motivação pessoal, Teo<strong>do</strong>ro Correia Cintra<br />
foi procurar saber quem era o proprietário <strong>do</strong><br />
terreno e, descobriu que a área estava sen<strong>do</strong><br />
loteada. Em seguida foi conversar com pessoas<br />
relevantes da cidade para realizar o seu objetivo,<br />
entre eles, Dom Francisco Borges <strong>do</strong> Amaral,<br />
Nival<strong>do</strong> (proprietário <strong>do</strong> terreno) e outras<br />
pessoas, que depois montaram uma comissão<br />
organiza<strong>do</strong>ra. A partir dessa comissão foi sugerida<br />
por Dom Francisco Borges <strong>do</strong> Amaral, (presidente<br />
da Comissão Organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> levantamento da<br />
estátua) que fosse erguida uma estátua de São<br />
Francisco da Chagas, padroeiro de Taubaté, que<br />
representaria a cidade no pico eleva<strong>do</strong>. A sugestão<br />
foi acata<strong>do</strong> por Teo<strong>do</strong>ro Correia Cintra, que a<br />
partir desse parecer foi deci<strong>do</strong> e desenvolvi<strong>do</strong> um<br />
trabalho bem articula<strong>do</strong> para angariar <strong>do</strong>ações<br />
para a construção da estátua de São Francisco<br />
das Chagas. Teo<strong>do</strong>ro Correia Cintra se mobilizou<br />
e descobriu na cidade de Campinas o escultor<br />
Octaviano Papaiz, que veio com um catálogo <strong>do</strong>s<br />
diversos trabalhos já realiza<strong>do</strong>s para participar da<br />
reunião organiza<strong>do</strong>ra. Dentre os trabalhos estava à<br />
estátua <strong>do</strong> Cristo Redentor, semelhante ao <strong>do</strong> Rio<br />
de Janeiro, que proporcionou a probabilidade da<br />
construção, pois já tinha a matriz para a confecção<br />
das peças. Consequentemente foi deci<strong>do</strong> pela<br />
comissão, que seria a estátua <strong>do</strong> Cristo Redentor,<br />
por <strong>do</strong>is motivos: era uma comissão católica e a<br />
figura de Cristo que representa o cristianismo. Por<br />
ser uma escultura já realizada em diversas cidades<br />
pelo escultor, o custou baixou consideravelmente.<br />
Estimula<strong>do</strong>s e convenci<strong>do</strong>s <strong>do</strong> custo reduzi<strong>do</strong>,<br />
Cristo Redentor - Taubaté (SP).<br />
o professor Teo<strong>do</strong>ro Correa Cintra, a comissão<br />
formada para a construção e o Bispo Dom Francisco<br />
iniciaram uma grande campanha para angariar<br />
fun<strong>do</strong>s. Boa parte <strong>do</strong>s recursos arrecada<strong>do</strong>s foi<br />
através da Diocese de Taubaté e por meio <strong>do</strong><br />
programa “Minuto Azul da Ave Maria”, na Rádio<br />
Difusora. Em 1953 aconteceu o lançamento da<br />
pedra fundamental e foi amplamente noticiada<br />
pela imprensa taubateana. Em 1954 começaram<br />
a chegar às peças aos poucos e depositadas no<br />
próprio solo. A próxima etapa seria a montagem<br />
da estrutura, porém, neste momento percebeuse<br />
que exigiria um montante a mais de dinheiro<br />
<strong>do</strong> que já havia si<strong>do</strong> arrecada<strong>do</strong>. E quem resolveu<br />
essa questão no início da obra foi Urbano Alves<br />
Pereira, que se propôs a pagar a construção das<br />
colunas de concreto arma<strong>do</strong>. Em sua base está<br />
instalada a Capela Nossa Senhora da Paz. Os<br />
registros indicam que 15 mil pessoas estiveram<br />
presentes na inauguração que ocorreu exatamente<br />
às 00:00 horas <strong>do</strong> dia 31/03/1956 e foi amplamente<br />
acompanhada pela população e divulgada pela<br />
imprensa local. O Cristo Redentor é um <strong>do</strong>s pontos<br />
turísticos mais visita<strong>do</strong>s.<br />
Endereço: Praça <strong>do</strong> Cristo Redentor - Taubaté<br />
(SP).<br />
14
Grupo Escolar Dr. Lopes Chaves.<br />
GRUPO ESCOLAR DR. LOPES CHAVES<br />
A ideia da implantação da escola na cidade de Taubaté originou-se com a implantação da República<br />
no Brasil. Com os novos tempos, veio também a necessidade da ampliação e modernização <strong>do</strong> sistema<br />
de ensino. Dr. Lopes Chaves, desde o segun<strong>do</strong> semestre de 1895, liderou negociações para a criação de<br />
um grupo escolar em Taubaté, no caso a Escola Lopes Chaves, cujas obras foram inspecionadas pelo<br />
engenheiro e jornalista, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha.<br />
HISTÓRIA<br />
O Grupo Escolar Dr. Lopes Chaves, localizada no centro da cidade, tornou-se referência para a história da<br />
Educação Paulista, além de ser a primeira de Taubaté e uma das mais antigas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo. A escola<br />
funcionou em prédio particular aluga<strong>do</strong> pelo Esta<strong>do</strong>, de 01/09/1896 a 07/09/1902 quan<strong>do</strong> foi inaugura<strong>do</strong> o<br />
novo prédio, construí<strong>do</strong> no mesmo local da antiga Câmara e Cadeia (esquinas da Rua Marquês <strong>do</strong> Herval e<br />
São José, respectivamente as atuais ruas Dr. Pedro Costa e Anísio Ortiz Monteiro). O projeto de construção foi<br />
fiscaliza<strong>do</strong> pelo engenheiro e jornalista Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha. O projeto original <strong>do</strong> prédio é <strong>do</strong><br />
arquiteto José Van Humbeeck. Porém, a fachada é igual à de um estu<strong>do</strong> feito por Victor Dubugras, arquiteto<br />
francês forma<strong>do</strong> na Argentina, para o Grupo Escolar de Botucatu. Tem características <strong>do</strong> neoclássico, acrescida<br />
de alguma ornamentação calcada no neorrenascentista. Humbeeck é autor também <strong>do</strong>s primeiros projetos para<br />
grupos escolares de um único pavimento, com características acentuadas daquilo que permeava o pensamento<br />
pedagógico. To<strong>do</strong>s os corre<strong>do</strong>res abertos, possibilitan<strong>do</strong> visualizar (vigiar) tu<strong>do</strong> que acontecia em to<strong>do</strong>s os cantos<br />
<strong>do</strong> prédio. Neste local funcionavam 10 classes com inteira separação entre sexos. Em 1907, estavam matricula<strong>do</strong>s<br />
235 meninos e 213 meninas. Pelo alto valor histórico na evolução educacional <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, juntamente<br />
com outras 122 escolas públicas da capital e <strong>do</strong> interior, o prédio foi tomba<strong>do</strong> pelo CONDEPHAAT - Conselho de<br />
Defesa <strong>do</strong> Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, conforme publicação<br />
<strong>do</strong> Diário Oficial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, <strong>do</strong> dia 07 de agosto de 2002, páginas 1 e 52.<br />
OBSERVAÇÃO<br />
O conjunto está vazio e sem uso desde 2014 e encontra-se em processo de deterioração pela falta de uso<br />
e manutenção. Além disso, desde então o imóvel vem sen<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong> de maneira intermitente por invasores,<br />
condição que ocasionou uma série de avarias ao conjunto como acúmulo de lixo, muito sujeira, furto de elementos<br />
construtivos tais como peças sanitárias, caixilhos, vidros, elementos metálicos como tubulações de cobre, entre<br />
outros; depredação das instalações, pichação de paredes, etc.
SOLAR DA<br />
VISCONDESSA<br />
DO TREMEMBÉ<br />
Solar da Viscondessa de Tremembé.<br />
Construí<strong>do</strong> em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século<br />
XIX no auge perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong><br />
café na região <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba,<br />
suas características originais foram<br />
restauradas e preservadas. Foi residência<br />
de famílias e personalidades ilustres,<br />
como o avô <strong>do</strong> escritor Monteiro<br />
Lobato. O Solar da Viscondessa <strong>do</strong><br />
Tremembé teve diversas ocupações<br />
como: museu, ginásio, sede da reitoria<br />
da UNITAU, Departamento e Clínica<br />
de Psicologia e sede <strong>do</strong> Centro de<br />
Documentação e Pesquisa Histórica<br />
(CDPH) da Universidade. O local é palco<br />
de exposições, eventos, mostras, entre<br />
outras atividades culturais. O imóvel<br />
foi tomba<strong>do</strong> pelo CONDEPHAAT -<br />
Conselho de Defesa <strong>do</strong> Patrimônio<br />
Histórico, Arqueológico e Turístico, em<br />
1985.<br />
Endereço: Rua XV de Novembro, 996<br />
- Centro Taubaté (SP).<br />
CASARÃO OLIVEIRA<br />
COSTA<br />
O casarão com paredes em taipa<br />
de pilão e pau a pique, construí<strong>do</strong> em<br />
1854 a man<strong>do</strong> de Manoel José Siqueira<br />
de Mattos, rico fazendeiro de café. Em<br />
1923, a residência foi adquirida por<br />
Pedro Luiz de Oliveira Costa. Algumas<br />
paredes internas foram substituídas por<br />
outras em alvenaria e tijolos. O piso das<br />
salas e quartos são em tabua<strong>do</strong> largo<br />
e, nos demais cômo<strong>do</strong>s, em ladrilho<br />
hidráulico. O telha<strong>do</strong>, coberto de telhas<br />
<strong>do</strong> tipo capa e canal, apresentam<br />
um beiral arremata<strong>do</strong> por cimalha<br />
(moldura saliente que remata a parte<br />
superior da fachada de um edifício,<br />
ocultan<strong>do</strong> o telha<strong>do</strong> e impedin<strong>do</strong><br />
que as águas escorram pela parede) e<br />
forro em madeira. Na porta de acesso<br />
principal acha-se inscrita a data da sua<br />
construção.<br />
Endereço: Av. Visconde <strong>do</strong> Rio<br />
Branco, 516 - Taubaté (SP). A edificação<br />
foi tombada pelo CONDEPHAAT -<br />
Conselho de Defesa <strong>do</strong> Patrimônio<br />
Histórico, Arqueológico, Artístico e<br />
Turístico em 30/06/1977.<br />
Casarão Oliveira Costa.<br />
16
MERCADO MUNICIPAL<br />
O Merca<strong>do</strong> Municipal de Taubaté (SP), inaugura<strong>do</strong> oficialmente em 1889, século XIX, preserva uma parte da história<br />
da cidade. Foi uma das primeiras cidades a ter seu Merca<strong>do</strong> Municipal bem estrutura<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> sua localização<br />
privilegiada em consequência da grande produção <strong>do</strong> cultivo e comércio de café. O local é conheci<strong>do</strong> popularmente<br />
por “Mercadão”, e serviu de ponto de parada <strong>do</strong>s homens das tropas, que chegavam com produtos de São Luiz <strong>do</strong><br />
Paraitinga e <strong>do</strong> Porto de Ubatuba. O merca<strong>do</strong> e a feira são algumas das atrações que abastecem os mora<strong>do</strong>res locais<br />
e muito visita<strong>do</strong>s por turistas, por apresentar variedades de feira como: frutas, verduras, artesanatos, <strong>do</strong>ces, queijos,<br />
ervas, flores, entre outros produtos que só se encontram no mercadão e ao seu re<strong>do</strong>r. Além da sua importância<br />
econômica para a população e municípios vizinhos.<br />
Endereço: Praça Dr. Paula de Tole<strong>do</strong>, 50 - Centro / Taubaté (SP)<br />
Fachada <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Municipal de Taubaté<br />
(SP).<br />
Feira <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Municipal de Taubaté (SP).<br />
Visão parcial interna <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Municipal<br />
de Taubaté - SP.<br />
FEIRA DA BREGANHA<br />
A feira da barganha ou breganha é um<br />
patrimônio histórico e cultural de Taubaté.<br />
Há mais de um século está presente na vida<br />
das pessoas na cidade, um local de trocas e<br />
vendas de objetos. É considera<strong>do</strong> o maior<br />
evento aos <strong>do</strong>mingos pela manhã, onde o<br />
calor passa despercebi<strong>do</strong> entre centenas<br />
de barracas montadas, além de panos,<br />
plásticos e cobertores estendi<strong>do</strong>s no chão<br />
<strong>do</strong> asfalto, para expor seus excêntricos<br />
objetos.<br />
A tradicional Feira da Barganha ou Breganha como<br />
é popularmente conhecida, funciona em frente ao<br />
merca<strong>do</strong> municipal há mais de um século. O início<br />
foi marca<strong>do</strong> pela troca de objetos, por isso, o termo<br />
barganha. Após tempos de pre<strong>do</strong>minação da troca<br />
de produtos, a prática da venda se tornou o principal<br />
negócio. Na feira da Breganha, os vende<strong>do</strong>res fazem<br />
uma apropriação <strong>do</strong> espaço de mo<strong>do</strong> a ter sob a<br />
vista os objetos, colocan<strong>do</strong>-os em cima de panos<br />
no chão ou pendura<strong>do</strong> em barraca. Os <strong>do</strong>is mo<strong>do</strong>s<br />
são possíveis ter uma boa visão <strong>do</strong> que há ali mesmo<br />
diante de tanta gente. É comum encontrar discos<br />
de vinis antigos, figurinhas de chicletes antigas<br />
(Pantanal, Amazônia, Rei Leão, Turma da Mônica,<br />
Seleção Brasileira de Futebol), ferramentas, fumo de<br />
rolo, ou até mesmo um tênis da marca kichute em<br />
perfeito esta<strong>do</strong>, usa<strong>do</strong>s nas décadas de 70 e 80. Esse<br />
Feira da Breganha de Taubaté (SP).<br />
encontro com a natureza não para, principalmente<br />
quan<strong>do</strong> o mora<strong>do</strong>r, visitante ou turista encontra<br />
iguarias apetitosas, como espetinho de carne ou o<br />
tradicional pastel com cal<strong>do</strong> de cana muito aprecia<strong>do</strong><br />
pela comunidade local. A missão <strong>do</strong>s ativos consiste<br />
em vender o que tiver, e os visitantes comprar o<br />
que puderem, pois cada centavo é valioso. A Feira<br />
da Breganha de Taubaté é um <strong>do</strong>s lugares para se<br />
conhecer.<br />
Endereço: Av. Des. Paulo de Oliveira Costa, 1030-<br />
1054 - Centro / Taubaté (SP)
MUSEU MAZZAROPI<br />
Museu Mazzaropi.<br />
O Museu cria<strong>do</strong> em 1992 foi projeta<strong>do</strong> pela empresa N&W Arquitetos e construí<strong>do</strong> estrategicamente ao la<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s antigos estúdios de cinema. Visto de fora, o telha<strong>do</strong> metálico curvo sugere uma sequência de latas de filmes de<br />
cinema. O espaço composto pelo hall de entrada, área de exposição, sala de vídeo, loja com filmes em DVD e livros<br />
sobre o artista, artesanatos da região, banheiros, anfiteatro com capacidade para 350 pessoas e camarins. Além<br />
de um mezanino que abriga uma área de exposição e escritório. O conjunto tem capacidade para receber desde<br />
pequenas comemorações até eventos para cerca de mil pessoas. No local é mantida a exposição permanente<br />
“Mazzaropi, o Brasil e a Felicidade”, que foca no artista, sua terra e seu tempo. a exposição combina arte e ciência,<br />
na magia <strong>do</strong>s efeitos óticos, imagens em movimento, música, objetos cenográficos, equipamentos de cinema da<br />
época e recursos digitais de ponta.<br />
Aberto: aos sába<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>mingos das 8h30 às 12h30<br />
Endereço: Estrada Amácio Mazzaropi, 249 - Bairro Itaim / Taubaté (SP) / Telefone (12) 3634-3446<br />
18<br />
Visão parcial <strong>do</strong> Museu Mazzaropi.<br />
Visão <strong>do</strong> anfiteatro.
Visão interna <strong>do</strong> Museu Mazzaropi .
ÁREA DE MUSEUS DE TAUBATÉ<br />
A Área de Museus, Patrimônio e Arquivo Históricos de Taubaté, conglomera: o Museu<br />
Histórico “Prof. Paulo Camilher Florençano”, Pinacoteca Anderson Fabiano, MISTAU -<br />
Museu da Imagem e <strong>do</strong> Som, Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato,<br />
Museu da Imigração Italiana de Quiririm “José Indiani” e Museu da Agricultura. É<br />
também atribuição da Área de Museus administrarem: a Biblioteca Profª Maria Morga<strong>do</strong><br />
de Abreu, Arquivo Histórico “Félix Guisard Filho” e a Hemeroteca “Antônio Mello Júnior”.<br />
O Espaço também acompanha os processos de tombamento <strong>do</strong>s Patrimônios Históricos<br />
e, com auxilio <strong>do</strong> Conselho Municipal de Preservação <strong>do</strong> Patrimônio Histórico, fiscaliza os<br />
bens tomba<strong>do</strong>s.<br />
Área de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté.<br />
MUSEU DA IMAGEM E SOM<br />
20<br />
Entrada principal <strong>do</strong> MISTAU - Museu da Imagem e <strong>do</strong> Som de<br />
Taubaté (SP).<br />
Funda<strong>do</strong> no ano de 1993 buscan<strong>do</strong> resgatar arquivos<br />
iconográficos e sonoros da memória histórica, artística e<br />
cultural da cidade de Taubaté e região <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba,<br />
que são coleta<strong>do</strong>s, cataloga<strong>do</strong>s e salvaguarda<strong>do</strong>s para<br />
a posteridade. O museu é um espaço para o visitante<br />
conhecer e aprender o que não vivenciaram. O acervo conta<br />
com aproximadamente 58 mil itens, composto por discos,<br />
coletâneas de depoimentos orais, produções em áudios<br />
e vídeos, equipamentos cinematográficos e de edição,<br />
equipamento de vídeo digital em super VHS. Também existe<br />
um terminal de áudio para reprodução em fitas, discos e CDs.<br />
Laboratório, acervo fotográfico, biblioteca e hemeroteca. <strong>Vale</strong><br />
uma visita ao museu na primeira oportunidade.<br />
Entrada: gratuita / Telefone: (12) 3621-6044<br />
Aberto: terça a sexta das 09:00h às 12:00h / 13:00 às 17:00h<br />
/ sába<strong>do</strong>, <strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong> das 11:00h às 16:00h<br />
Endereço: Avenida Thomé Portes Del Rey, 925 / Bairro:<br />
Jardim Ana Emília / Taubaté (SP)
Espaço com fotos e <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> império.<br />
Espaço com fotos e <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong> império.<br />
MUSEU HISTÓRICO PROF. PAULO CAMILHER FLORENÇANO<br />
O local surgiu na década de 1960 com o professor Paulo Camilher Florençano e a professora Maria<br />
Morga<strong>do</strong> de Abreu, com duas salas de exposições no Colégio de Nossa Senhora <strong>do</strong> Bom Conselho (hoje,<br />
Faculdade de Medicina da UNITAU). Depois foi transferi<strong>do</strong> para o “Solar <strong>do</strong>s Oliveira Costa”, na Rua<br />
Visconde <strong>do</strong> Rio Branco. Mas! Somente no ano de 1987 foi encontra<strong>do</strong> um lugar definitivo, dentro<br />
da Área de Museus, Patrimônio e Arquivo Históricos de Taubaté O espaço das novas instalações foi<br />
inaugura<strong>do</strong> em 05/12/1988, durante as comemorações <strong>do</strong>s 343 anos da fundação de Taubaté.<br />
O espaço apresenta a exposição permanente que revela cronologicamente, por meio de painéis com textos<br />
didáticos e gráficos, objetos, imagens e três maquetes que mostram a urbanização de Taubaté nos anos 1850,<br />
1900 e 1950. Além <strong>do</strong>s principais fatos da história de Taubaté e a participação <strong>do</strong>s taubateanos em acontecimentos<br />
históricos da região, que tiveram grande destaque na história nacional. São mais de mil e duzentas peças<br />
catalogadas, entre mobiliário, vestimentas, armamentos, louças e objetos <strong>do</strong> cotidiano.<br />
Entrada: gratuita / Telefone: (12) 3621-6044<br />
Aberto: terça a sexta das 09:00h às 12:00h / 13:00 às 17:00h / sába<strong>do</strong>, <strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong> das 11:00h às 16:00h<br />
Endereço: Avenida Thomé Portes Del Rey, 925 / Bairro: Jardim Ana Emília / Taubaté (SP)<br />
HEMEROTECA ANTÔNIO<br />
MELLO JUNIOR<br />
Catálogo virtual <strong>do</strong>s jornais da Hemeroteca<br />
Antônio Mello Junior pertencente ao Arquivo<br />
Histórico Municipal Felix Guisard Filho.<br />
Contém 288 títulos de jornais edita<strong>do</strong>s em Taubaté,<br />
<strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira,<br />
que representa uma importante fonte de pesquisa sobre<br />
Taubaté e região a partir de 1861, data da edição <strong>do</strong><br />
primeiro jornal da cidade, O Taubateense. Esse catálogo<br />
tem como objetivo facilitar a consulta <strong>do</strong> acervo de jornais<br />
da Hemeroteca, preparan<strong>do</strong> o consulente para a pesquisa<br />
presencial. Lança<strong>do</strong> em junho de 2021, em comemoração<br />
à 5ª Semana Nacional de Arquivos.<br />
Bruno Rodrigues Rosa (estagiário).
PINACOTECA<br />
ANDERSON<br />
FABIANO<br />
22<br />
A “Pinacoteca Municipal<br />
Anderson Fabiano” pertencente<br />
à área de Museus, Patrimônio e<br />
Arquivo Históricos, da Prefeitura<br />
Municipal de Taubaté, com<br />
muitas relíquias e histórias <strong>do</strong><br />
município, e tem um grande<br />
valor para a comunidade. O<br />
objetivo <strong>do</strong> espaço cultural é<br />
preservar o acervo artístico,<br />
além de disponibilizar ao<br />
visitante uma experiência<br />
resultante <strong>do</strong> contato com a<br />
produção artística da cidade e<br />
região realizada ao longo da<br />
nossa história, desde o século<br />
passa<strong>do</strong> até as criações mais<br />
recentes.<br />
O local apresenta uma<br />
exposição permanente de<br />
pinturas, desenhos, gravuras e<br />
esculturas de artistas plásticos<br />
notáveis da cidade e região, como<br />
Clo<strong>do</strong>miro Amazonas, Georgina de<br />
Albuquerque, Francisco Leopol<strong>do</strong><br />
e Silva, Demétrio, Toninho Mendes,<br />
Mestre Justino entre outros. Os<br />
corre<strong>do</strong>res e o salão que compõem<br />
a Pinacoteca representam relevante<br />
veículo de comunicação artística<br />
e cultural, desde a cultura popular<br />
retratada nos painéis <strong>do</strong> Mestre<br />
Justino, nas paisagens acadêmicas<br />
de Clo<strong>do</strong>miro Amazonas, escultura<br />
de Monteiro Lobato e a turma<br />
<strong>do</strong> Sítio <strong>do</strong> Picapau Amarelo, nos<br />
costumes representa<strong>do</strong>s em giz<br />
pastel e em esculturas, entre tantos<br />
outros temas e técnicas expostas.<br />
Entrada gratuita / Telefone: (12)<br />
3621-6044.<br />
Aberto: terça a sexta das 09:00h<br />
às 12:00h / 13:00 às 17:00h / sába<strong>do</strong>,<br />
<strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong> das 11:00h às<br />
16:00h.<br />
Endereço: Avenida Thomé Portes<br />
Del Rey, nº 925, Jardim Ana Emília /<br />
Telefone: (12) 3621-6044.<br />
Pinturas, desenhos, gravuras e esculturas de artistas plásticos.<br />
Sala da Pinacoteca com diversas obras.<br />
Escultura O mun<strong>do</strong> de Monteiro Lobato, trabalho original de Elifas Andreatto.
São José, obra <strong>do</strong> escultor e artesão Antônio Theo<strong>do</strong>ro de Souza (bigode).
Ana Lúcia di Lourenzo e Lia Carolina Pra<strong>do</strong> Alves, higienizam os <strong>do</strong>cumentos taubateanos.<br />
24<br />
ARQUIVO HISTÓRICO FÉLIX GUISARD FILHO<br />
O “Arquivo Histórico Félix Guisard Filho” pertencente à área de Museus, Patrimônio e Arquivo Históricos, da<br />
Prefeitura Municipal de Taubaté encontra-se o acervo condensa<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos cartora<strong>do</strong>s, inventários,<br />
testamentos <strong>do</strong>s bandeirantes, cartas municipais, livros de atas da Câmara, <strong>do</strong>cumentação escrita e fotográfica da<br />
vida política, social, religiosa e econômica da cidade, jornais, livros raros, e revistas <strong>do</strong> século XVII até o começo <strong>do</strong><br />
século XX. Além de exemplares <strong>do</strong> primeiro jornal de Taubaté, “O Taubateense”, cria<strong>do</strong> em 1861. A missão é receber,<br />
guardar e conservar o acervo, assim como permitir o livre acesso a <strong>do</strong>cumentação de valor histórico e cultural <strong>do</strong><br />
Município de Taubaté. Porém! Há restrição de acesso aos <strong>do</strong>cumentos em precário esta<strong>do</strong> de conservação.<br />
HISTÓRIA<br />
Na década de 1920, os cartórios da cidade de Taubaté estavam superlota<strong>do</strong>s de papéis e <strong>do</strong>cumentos amontoa<strong>do</strong>s<br />
desde quan<strong>do</strong> Taubaté ainda era uma vila. O tempo, o descaso e as traças transformavam tu<strong>do</strong> numa montanha de<br />
papéis bolorentos, que só interessavam a uma pessoa, Felix Guisard Filho, que foi calorosamente cumprimenta<strong>do</strong> ao<br />
se tornar depositário de to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos: testamentos, inventários, petições, processos, autos e papéis cartoriais<br />
semelhantes data<strong>do</strong>s a partir de 1646, que foram confia<strong>do</strong>s, estuda<strong>do</strong>s, publica<strong>do</strong>s e ficaram preserva<strong>do</strong>s na Fazenda<br />
Cataguá pelo historia<strong>do</strong>r até sua morte repentina em 06/10/1964. Nos anos seguintes, Maria Eulália Monteiro Guisard,<br />
viúva de Guisard Filho, tentou devolver a papelada já muito menos embolorada aos legítimos <strong>do</strong>nos, porém, ninguém<br />
se manifestou. O museu estava fecha<strong>do</strong> e ainda não existia uma biblioteca pública em Taubaté. Nesta ocasião, José<br />
Claudio Alves da Silva, ex-aluno da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Taubaté, entusiasta pela História de<br />
Taubaté, ex-aluno da professora Maria Morga<strong>do</strong> de Abreu, convenceu o prefeito que poderia ser o depositário <strong>do</strong> acervo<br />
de <strong>do</strong>cumentos. No dia 10/04/1968, o acervo mais precioso <strong>do</strong> atual “Arquivo<br />
Histórico Felix Guisard Filho” foi entregue pela viúva de Guisard, Maria Eulália<br />
Monteiro, aos cuida<strong>do</strong>s <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r José Cláudio da Silva, sob a supervisão<br />
da professora Maria Morga<strong>do</strong> de Abreu, que foi translada<strong>do</strong> de caminhão da<br />
Fazenda Cataguá para ser guarda<strong>do</strong> na Rua Emílio Winther, 667, num anexo<br />
da antiga Sauna Finlandesa, estabelecimento que pertencia à família de<br />
José Claudio. Em 18/06/1970, o acervo foi confia<strong>do</strong> ao Museu <strong>do</strong> Ipiranga<br />
e ao Serviço de Documentação da USP, que seria imuniza<strong>do</strong>, restaura<strong>do</strong> e<br />
organiza<strong>do</strong>. Ao fim, os <strong>do</strong>cumentos retornariam a um lugar apropria<strong>do</strong> em<br />
Taubaté. Somente depois de 1975, quan<strong>do</strong> a Divisão de Museus e Arquivo<br />
Histórico de Taubaté foi instituída, é que o acervo histórico voltou para o solo<br />
taubateano.<br />
Fonte: Almanaque Urupês<br />
Comprovante da entrega <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>cumentos, data<strong>do</strong> de 10 de maio de<br />
1968, a José Claudio Alves da Silva.
CASA DO FIGUREIRO<br />
A Casa <strong>do</strong> Figureiro é um espaço, onde abrange uma loja com exposição<br />
de peças trabalhadas pelas figureiras para vendas e uma oficina para<br />
modelagem das peças em argila e barro.<br />
HISTÓRIA<br />
“As Figureiras de Taubaté” tem uma história que teve início no século XVII, ocasião da chegada <strong>do</strong>s<br />
Frades da Ordem de São Francisco em Taubaté no ano de 1674, que trouxeram figuras de arte sacra da<br />
Itália para montar o tradicional presépio no Convento Santo Clara, inspira<strong>do</strong> em São Francisco de Assis. Para<br />
completar o presépio, artesãs da cidade começaram a produzir os animais, passan<strong>do</strong> a ser chamadas de<br />
figureiras. Com o passar <strong>do</strong> tempo, alguns habitantes da cidade passaram a ter interesse em aprender com<br />
os frades a arte de recriar em barro cru, animais e figuras no seu dia a dia, que vem sen<strong>do</strong> passada de geração<br />
a geração. Podemos citar uma das primeiras figureiras, Maria da Conceição Frutuoso Barbosa, nascida no<br />
dia 01/11/1866 e que trabalhava no Convento Santa Clara como faxineira. Segun<strong>do</strong> a história, foi ela que<br />
encontrou uma imagem de Nossa Senhora da Conceição aban<strong>do</strong>nada e danificada no sótão <strong>do</strong> convento,<br />
e que espontaneamente ofereceu-se para restaurar. Após muita persistência conseguiu a autorização <strong>do</strong>s<br />
frades franciscanos. Porém, Dona Maria da Conceição Frutuoso Barbosa, apesar de não ter os movimentos<br />
normais das mãos devi<strong>do</strong> à hanseníase, conseguiu restaurar a peça. Em seguida tomou gosto pela arte e<br />
começou a copiar presépios que vinham da Europa e que ficavam expostos na igreja principal encantan<strong>do</strong><br />
a população da cidade e atenden<strong>do</strong> a diversos pedi<strong>do</strong>s. Outras pessoas entraram para aprender a arte de<br />
restaurar e criar personagens no barro cru. No decorrer <strong>do</strong> ano de 1909, Dona Maria da Conceição Frutuoso<br />
Barbosa teve a iniciativa de organizar a comunidade de Taubaté para a construção da Capela de Nossa<br />
Senhora Imaculada Conceição, onde está até os dias de hoje a imagem por ela restaurada. Dona Maria veio<br />
a falecer em 26/08/1950 no internato para leprosos em Santo Ângelo (RS). Na época, mora<strong>do</strong>res com poder<br />
aquisitivo, conseguiam importar peças da Europa, enquanto os menos favoreci<strong>do</strong>s aprenderam com os<br />
frades a fazer suas próprias figuras. Os artesões buscavam nas figuras o estilo de mostrar as suas origens<br />
para que o progresso não apagasse a cultura, a tradição e as lembranças de uma obra que eles criaram.<br />
Em 1979 a SUTACO - Superintendência <strong>do</strong> Trabalho artesanal nas Comunidades organizou o concurso para<br />
escolher o símbolo <strong>do</strong> artesanato de São Paulo, e a vence<strong>do</strong>ra foi a figureira Maria Cândida Alves Santos,<br />
que modelou o “PAVÃO”. Com isso, os trabalhos começaram a dar visibilidade. A Casa <strong>do</strong> Figureiro é um<br />
espaço, onde existe uma oficina para modelagem das peças em argila e barro e uma loja com exposição<br />
de peças para vendas.<br />
Endereço: Rua <strong>do</strong>s Girassóis, 60 - Campos Elíseos - Taubaté (SP) - Tel: (12) 3624-5983<br />
Casa <strong>do</strong> Figureiro - Maria da Conceição Frutuoso Barbosa.<br />
Loja com centenas de peças produzidas pelas figureiras.
QUIRIRIM<br />
O Quiririm é marca<strong>do</strong> pela presença de importantes famílias italianas, que muito<br />
contribuíram para a melhoria da cidade de Taubaté, migran<strong>do</strong> de seu país (Itália) para<br />
trabalharem na lavoura de café, desenvolven<strong>do</strong> grande técnica com a lavoura de arroz,<br />
fazen<strong>do</strong> com que a colônia produzisse um <strong>do</strong>s melhores grãos de arroz <strong>do</strong> Brasil, onde até<br />
os dias de hoje é cultiva<strong>do</strong> em grande proporção nas várzeas de to<strong>do</strong> o <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba.<br />
Festa italiana de Quiririm.<br />
HISTÓRIA<br />
A imigração em massa italiana para o Brasil tornou-se significativa a partir da década de 1870, quan<strong>do</strong> foi<br />
fundada a Associação Auxilia<strong>do</strong>ra de Imigração, de caráter semioficial para promover a vinda de estrangeiros<br />
que trabalhariam diretamente com os fazendeiros que os contratassem, com apoio e subsídio <strong>do</strong> Governo<br />
Provincial, e transformou-se num fenômeno de massa, entre 1887 e 1902. O objetivo principal era fixar colonos<br />
como pequenos proprietários de terras, em áreas determinadas em torno das vilas, com a função de abastecêlas<br />
<strong>do</strong>s gêneros alimentícios e de valorizar terras improdutivas para o cultivo <strong>do</strong> café. As áreas deveriam<br />
ser divididas em pequenos lotes para serem vendi<strong>do</strong>s a colonos, imigrantes ou não, com preços e prazos<br />
acessíveis. Em 1890 foi construída a “Colônia <strong>do</strong> Quiririm”, no Médio <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba paulista e sua implantação<br />
obedeceu à orientação da política de formação de núcleos oficiais nas regiões cafeeiras de São Paulo. Os<br />
lotes foram vendi<strong>do</strong>s para colonos de várias nacionalidades, principalmente brasileiros e italianos. Os italianos<br />
foram responsáveis pela estabilidade econômica <strong>do</strong> núcleo, com olarias e a rizicultura de várzeas, sistema de<br />
produção agrícola que introduziram nas áreas de várzeas <strong>do</strong>s rios Paraíba e Quiririm. Na primeira década <strong>do</strong><br />
século XX, o arroz <strong>do</strong> Quirim era a segunda fonte de renda de Taubaté, depois <strong>do</strong> café. A rizicultura de várzea<br />
espalhou-se por to<strong>do</strong> o Médio <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba. Através da <strong>do</strong>minação econômica, os italianos impuseram seus<br />
costumes e preservaram sua identidade cultural. Até hoje Quiririm é considera<strong>do</strong> um núcleo de “italianos”<br />
na região. Em 1907, Quiririm possuía engenhos de arroz, café, fubá, fábrica de vassouras, fábrica de formicida,<br />
olaria e casas comerciais. Hoje em dia, Quiririm é reconheci<strong>do</strong> pela gastronomia e cultura italiana, além da<br />
famosa “Festa Italiana”, que acontece to<strong>do</strong>s os anos, e conta com apresentações artísticas, barracas de comidas<br />
italianas produzidas com receitas originais das famílias italianas.<br />
O acesso ao Bairro de Quiririm se faz pela Ro<strong>do</strong>via Presidente Dutra a 123 km da capital, pela Ro<strong>do</strong>via<br />
Carvalho Pinto, a 130 km da capital, ou pela Ro<strong>do</strong>via Oswal<strong>do</strong> Cruz, a 95 km <strong>do</strong> litoral norte de São Paulo.<br />
26
Museu da Imigração Italiana de Quiririm.<br />
MUSEU DA IMIGRAÇÃO ITALIANA DE QUIRIRIM<br />
Um lugar rico em cultura vin<strong>do</strong> da Itália para o <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Paraíba, esse é o Museu da Imigração italiana<br />
de Quiririm, sedia<strong>do</strong> no casarão construí<strong>do</strong> entre 1897 e 1903, típica <strong>do</strong> norte da Itália pertencente à<br />
família Indiani, natural de Cremona na Itália.<br />
Tu<strong>do</strong> começou quan<strong>do</strong> a família indiani (natural de Calvatone, província de Cremona na região de Lmbardia),<br />
chega ao Brasil em 1892 pelo porto de Santos. Logo após o desembarque foram para a Hospedaria em São<br />
Paulo e de lá, conduzi<strong>do</strong>s para a Fazenda Cafeeira <strong>do</strong> Barreiro ou <strong>do</strong> Quilombo (como também é conhecida)<br />
<strong>do</strong> Coronel José Benedito Marcondes de Mattos onde havia outras quarenta famílias de imigrantes italianos,<br />
substituin<strong>do</strong> o trabalho escravo e utilizan<strong>do</strong> cultivo de culturas de várzeas, especialmente o arroz. A família<br />
construiu o casarão, entre 1896 e 1903.<br />
Em 1958, com a morte <strong>do</strong>s patriarcas e a dispersão da família, fizeram com que o antigo casarão ficasse<br />
aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> por quase trinta anos. Em 1985 foi declara<strong>do</strong> de utilidade pública, inician<strong>do</strong> um processo de<br />
conscientização de sua relevância histórica. Em 1995, teve início à restauração <strong>do</strong> casarão, em abril de 1997 é<br />
inaugura<strong>do</strong> o Museu da Imigração Italiana de Quiririm aberto à população. Atualmente o espaço conta com <strong>do</strong>is<br />
ambientes e muitas relíquias da antiga família. O mobiliário é pertencente ao século XIX e dedica<strong>do</strong> a preservar a<br />
cultura italiana. Existe também uma sala destinada ao Esporte Clube Quiririm e outra sala destinada às imagens<br />
santas, devida a forte presença <strong>do</strong> catolicismo na família italiana.<br />
Endereço: Av. Líbero Indiani, 590 - Quiririm / agendamento para grupos: (12) 3686-4864<br />
Entrada franca: terça a sexta-feira das 09:00h às 12:00h e das 13:00h às 17:00h / sába<strong>do</strong>, <strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong>:<br />
das 11:00h às 16:00.<br />
Quarto com mobílias da época.<br />
Roupas tradicionais usadas nas festas italianas.
Equipamentos agrícola.<br />
Trator usa<strong>do</strong> para diversas finalidades, como: puxar, arrastar e<br />
empurrar outras ferramentas.<br />
MUSEU DA AGRICULTURA - QUIRIRIM<br />
O Museu da Agricultura é um espaço onde estão concentra<strong>do</strong>s equipamentos<br />
agrícolas utiliza<strong>do</strong>s no século XIX pelos imigrantes italianos.<br />
Após a fundação <strong>do</strong> Museu da Imigração Italiana em 1995, as famílias ascendentes <strong>do</strong>s italianos pioneiros<br />
na colonização das terras <strong>do</strong> Bairro de Quiririm, reivindicaram a construção de um museu que abrigasse e<br />
preservasse parte <strong>do</strong>s equipamentos agrícolas, usa<strong>do</strong>s pelos agricultores na implantação da agricultura nas<br />
terras <strong>do</strong> Bairro de Quiririm. Em 2003 a Prefeitura Municipal de Taubaté atendeu a reivindicação <strong>do</strong>s agricultores,<br />
e publicaram o Decreto nº 99.923 de 2003, crian<strong>do</strong> o Museu Agrícola. Após o término das obras, os fazendeiros<br />
<strong>do</strong>aram seus equipamentos e hoje, integram o acervo <strong>do</strong> museu.<br />
28<br />
Museu da Agricultura - Quiririm.
GASTRONOMIA<br />
No Bairro de Quiririm você vai encontrar diversas cantinas com as deliciosas receitas de<br />
massas italianas passadas de pai para filho, de geração para geração, que movimenta<br />
o Bairro de Quiririm, de terça a <strong>do</strong>mingo. Pizza, canelone, nhoque, spaghetti com<br />
polpetones, vinhos e o marubim, receita tipicamente Quirirense, são o carro chefe das<br />
dezenas de cantinas e restaurantes de diversos seguimentos gastronômicos. Com música<br />
ao vivo, as cantinas são um convite para uma noite romântica ou em família, cerca<strong>do</strong> de<br />
boa comida e muita história<br />
Visão interna <strong>do</strong> Mercato Della Colônia Di Quiririm.<br />
Mercato Della Colônia Di Quiririm.<br />
MERCATO DELLA COLÔNIA DI QUIRIRM<br />
Funda<strong>do</strong> em 09/06/1999 em um antigo galpão onde ficava o depósito de grãos.<br />
O Mercato Della Colônia Di Quiririm foi funda<strong>do</strong> em 09/06/1999 em um antigo galpão onde ficava o depósito<br />
de grãos. Hoje em dia é um <strong>do</strong>s pontos gastronômicos mais procura<strong>do</strong>s. Conta com cantinas de comidas típicas,<br />
produzidas por famílias italianas, artigos de artesanato, exposições, shows, além <strong>do</strong> próprio espaço amplo e<br />
aconchegante que faz com que seus clientes se sintam na Itália.<br />
Endereço: Rua Anselma Turci, nº 349 - Km 4,5 - Trevo Quiririm.<br />
MIRANTE DE QUIRIRIM<br />
O Mirante com sua vista única e panorâmica<br />
de uma das maiores riquezas de Quiririm são<br />
forma<strong>do</strong>s pela várzea, o arrozal e a Serra da<br />
Mantiqueira, com seu tom azula<strong>do</strong> que quase se<br />
mistura ao Céu. A visita ao local é um convite para<br />
relaxar ao som <strong>do</strong>s pássaros e as cores da natureza.<br />
Endereço: Praça Antônio Naldi<br />
Mirante de Quiririm.
Capela Nossa Senhora Aparecida.<br />
CAPELA DE NOSSA<br />
SENHORA<br />
APARECIDA<br />
Conhecida como “igrejinha”<br />
pelos mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Quiririm,<br />
a Capela Nossa de Senhora<br />
Aparecida, pertencente à<br />
centenária Paróquia Nossa<br />
Senhora da Conceição, guarda<br />
em sua arquitetura traços demais<br />
de 120 anos de fundação.<br />
Fundada em 1895 por Benedito<br />
Pires de Carvalho. Até os dias<br />
atuais, celebrações e procissões<br />
acontecem no local. Porém, é<br />
mais utilizada para orações mais<br />
reservadas e intimistas.<br />
Endereço: Av. Coronel<br />
Marcondes de Mattos, s/n° /<br />
Quiririm<br />
PARÓQUIA NOSSA SENHORA<br />
DA CONCEIÇÃO<br />
Sua construção no ano de 1894 foi erguida, graças aos tijolos <strong>do</strong>a<strong>do</strong>s pelas olarias <strong>do</strong>s imigrantes italianos <strong>do</strong><br />
Quiririm. O espaço ao re<strong>do</strong>r da igreja, onde atualmente é uma praça, era um pátio de secagem de grãos de café.<br />
Praça Antônio Naldi, 6 – Quiririm / Taubaté (SP) / Telefone: (12) 3686-1864<br />
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30
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EUMA CIDADE<br />
LÊ<br />
OLÍMPIA<br />
visitesaopaulo.com<br />
32<br />
* Fonte: Relatório Theme Index 2018, elabora<strong>do</strong> pela TEA, Themed Entertainment Association.
NDIDA<br />
ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA.<br />
Os parques aquáticos de Olímpia estão<br />
entre os mais visita<strong>do</strong>s da América Latina.*<br />
Não é para menos. Aqui tem diversão para<br />
todas as idades. Mas, se essa não é a sua<br />
praia, não tem problema. Nosso Esta<strong>do</strong> dá<br />
um banho também em matéria de museus,<br />
cachoeiras, praias, restaurantes e shoppings.<br />
Tem SP pra to<strong>do</strong>s. É só escolher o destino<br />
que mais combina com você.
A CULTURA DO DESAPEGO<br />
Por: Stephen Kanitz<br />
“Passei a trabalhar meio perío<strong>do</strong><br />
após os 55 anos de idade, em vez de<br />
riqueza preferi curtir a vida enquanto<br />
tivesse a energia necessária. “<br />
Uns 20 anos atrás, o meu amigo e presidente<br />
da Alcoa, Alain Belda, me mostrava à fábrica no<br />
Maranhão. Inspecionan<strong>do</strong> as instalações, Belda<br />
me apresenta o José “nosso melhor torneiro”.<br />
“Agora pergunta ao Zé por que ele só trabalha<br />
as segundas e terças, e falta as quartas, quintas e<br />
sextas?”. Perguntei. “Ah Doutor, pelo salário que<br />
me pagam aqui na Alcoa, não dá para trabalhar<br />
somente às segundas-feiras”. Outro caso é de um<br />
empresário alemão trabalhan<strong>do</strong> na Bahia, que<br />
simplesmente decidiu <strong>do</strong>brar os salários de seus<br />
funcionários. (Henry Ford fez a mesma coisa). Três<br />
meses depois, seus funcionários convocaram uma<br />
reunião, e perguntaram se não podiam trabalhar<br />
meio perío<strong>do</strong>. Essa questão nunca foi discutida,<br />
e tem a ver com produtividade. Anglo-saxões,<br />
quan<strong>do</strong> alguma máquina <strong>do</strong>bra a produtividade,<br />
em vez de trabalharem menos, ou até 50% menos,<br />
preferem trabalhar tanto quanto e ganhar o <strong>do</strong>bro.<br />
Latinos, mais humanos e liga<strong>do</strong>s na vida, com o<br />
aumento da produtividade preferem trocar salário<br />
por mais tempo disponível. E curtir a família, o Sol, as<br />
praias, a música e os amigos. Pela pesquisa abaixo,<br />
os nordestinos têm o maior índice de desapego<br />
desse país, e quem diz que não são eles os mais<br />
certos? Essa é a conclusão <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> “Dinheiro no<br />
Brasil: um estu<strong>do</strong> comparativo <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
dinheiro entre as regiões geográficas”, de Alice da<br />
Silva Moreira. Com o clima e a natureza que temos<br />
faz senti<strong>do</strong> não sermos workaholics (vicia<strong>do</strong>s em<br />
trabalho). Não temos invernos que nos mantêm<br />
em casa, temos praias maravilhosas. Eu mesmo<br />
passei a trabalhar meio perío<strong>do</strong> após os 55 anos<br />
de idade, em vez de riqueza preferi curtir a vida<br />
enquanto tivesse a energia necessária. Curtir a vida<br />
numa cadeira de rodas não fazia senti<strong>do</strong> para mim.<br />
Pelo jeito o Brasil vai continuar não crescen<strong>do</strong> nos<br />
próximos oito anos, mas isso não será um problema<br />
tão sério como os economistas acreditam. Sempre<br />
fomos um povo desapega<strong>do</strong> a bens materiais. E<br />
isso não é sinal de pobreza, e sim de riqueza.<br />
Matsuda Corretora de Seguros Ltda<br />
Rua Eduar<strong>do</strong> José Pereira, 345<br />
Jardim Eulália - Taubaté/SP<br />
12.010 - 590<br />
Fone/fax: (12) 3625 - 5500<br />
34
PROJETO REFLORA VIDA<br />
Por: José Carlos Reis de Souza<br />
Guilherme Bebiano sen<strong>do</strong> entrevista<strong>do</strong> por José Carlos.<br />
Durante uma operação de replantio realizada na Fazenda São José, localizada no<br />
Bairro Caieiras, município de Taubaté (SP), organiza<strong>do</strong> pelo “Projeto Reflora Vida”,<br />
onde estiveram reuni<strong>do</strong>s mais de 30 voluntários participan<strong>do</strong> <strong>do</strong> plantio de 246 mudas.<br />
Conversamos com Guilherme Bebiano, idealiza<strong>do</strong>r e responsável pelo projeto. Um<br />
profissional da área de o<strong>do</strong>ntologia que vem atuan<strong>do</strong> por meio de reflorestamento,<br />
a recuperação de ecossistemas e o incremento da biodiversidade na região <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong><br />
Paraíba. Após o término desse trabalho, ocorreu um almoço no Rancho <strong>do</strong>s Gaioleiros.<br />
O “Projeto Reflora Vida” surgiu de um sonho,<br />
poder cultivar mudas e reflorestar áreas que estão<br />
devastadas. Sempre gostei de ter contato com a<br />
natureza, e a partir desse sonho as coisas foram<br />
acontecen<strong>do</strong>. Comecei como um caso bem<br />
despretensioso, fazen<strong>do</strong> semeadura na área <strong>do</strong> meu<br />
apartamento, que após serem germinadas levamos<br />
para o nosso sítio e colocamos nos vasos. Algumas<br />
dessas mudas nós levamos para esses plantios, e<br />
para complementar, a prefeitura de Taubaté tem<br />
um programa de <strong>do</strong>ação de mudas para qualquer<br />
pessoa que queira retirar. Quan<strong>do</strong> vamos fazer uma<br />
ação de reflorestamento, organizamos um mutirão<br />
e cada pessoa pega em torno de no máximo 25<br />
mudas e levamos para o local onde será efetua<strong>do</strong><br />
o replantio da área devastada. A maioria das mudas<br />
(ipê, serra d’água, ingá) é nativa da região da Mata<br />
Atlântica, apenas algumas são frutíferas. O projeto<br />
já fez um ano, e já concretizamos cinco ações de<br />
replantio. Durante o perío<strong>do</strong> da seca evitamos fazer<br />
replantios, pois não é um momento propício, as<br />
mudas sentem muito. E uma das formas de retribuir<br />
o que a natureza nos dá é reflorestar, esse é nosso<br />
propósito. Nós sempre divulgamos nossas ações no<br />
perfil <strong>do</strong> instagram “@reflora.vida”.<br />
Foto oficial <strong>do</strong> grupo de voluntários.<br />
Mudas para o reflorestament.
1º ENCONTRO ANUAL<br />
ABIH-SP<br />
Ricar<strong>do</strong> Roman (Presidente da ABIH-SP), durante abertura <strong>do</strong> evento.<br />
“O 1º Encontro Anual com Hoteleiros e Lideranças <strong>do</strong> Turismo, com a<br />
finalidade de promover e auxiliar na geração de negócios e retomada <strong>do</strong><br />
seguimento. A extensa programação <strong>do</strong> evento abor<strong>do</strong>u diversos temas<br />
de interesse para a retomada <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong> de São Paulo.”<br />
Aconteceu no dia 06/12/2021 nas dependências <strong>do</strong><br />
Centro de Eventos <strong>do</strong> Complexo Sheraton WTC, o 1º<br />
Encontro Anual com Hoteleiros e Lideranças <strong>do</strong> Turismo,<br />
com a finalidade de promover e auxiliar na geração<br />
de negócios e retomada <strong>do</strong> seguimento. A extensa<br />
programação <strong>do</strong> evento abor<strong>do</strong>u diversos temas de<br />
interesse para a retomada <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong> de São<br />
Paulo, como o futuro da hotelaria na cidade de São Paulo,<br />
e o desempenho da hotelaria nas principais capitais<br />
brasileiras, estratégias de gerentes gerais na recuperação,<br />
tendências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de multipropriedades, entre<br />
outros.<br />
Ricar<strong>do</strong> Roman (Presidente da ABIH-SP). Manoel Linhares (Presidente da ABIH<br />
Nacional).<br />
Toni San<strong>do</strong> (Presidente da Unedestinos).<br />
Durante a abertura <strong>do</strong>s trabalhos, o presidente da<br />
ABIH-SP, Ricar<strong>do</strong> Roman, destacou: a volta <strong>do</strong> setor<br />
cada vez mais forte, que, em São Paulo chegou a 50% a<br />
média de ocupação em outubro. “Sofremos muito, mas<br />
aprendemos que, no fun<strong>do</strong>, as crises são oportunidades,<br />
e que vamos sair desse momento ainda mais forte <strong>do</strong><br />
que éramos”. Ricar<strong>do</strong> Roman frisou que a atividade<br />
ainda está longe <strong>do</strong> que é deseja<strong>do</strong> para o momento,<br />
com a estagnação na diária média cobrada e resulta<strong>do</strong>s<br />
financeiros, que não são capazes de aplacar as perdas<br />
obtidas durante o perío<strong>do</strong> mais agu<strong>do</strong> da pandemia.<br />
O painel de abertura ainda contou com a presença<br />
e discurso <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> Federal, Herculano Passos;<br />
presidente da Unedestinos, Toni San<strong>do</strong>; Presidente da<br />
ABIH Nacional, Manoel Linhares; presidente da ABIH-SP,<br />
Ricar<strong>do</strong> Roman; vice-presidente da ABIH-SP, Fernan<strong>do</strong><br />
Guinato e (representan<strong>do</strong> o Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de<br />
São Paulo, João Dória), Affonso Massot.<br />
O painelista presidente da ABIH Nacional, Manoel<br />
Linhares em resposta a uma das perguntas feita por<br />
Antonio Dias <strong>do</strong> grupo Royal Palm, disse: “sentimos falta<br />
de mais união e voz política”. O turismo cresce de força<br />
política, e dá para contar em uma das mãos, o número de<br />
deputa<strong>do</strong>s que defendem o turismo. Em compensação,<br />
enquanto o setor agro tem mais de 200 deputa<strong>do</strong>s que<br />
o defendem. Temos agora que destacar e reconhecer<br />
quem é que defende o nosso setor, apontan<strong>do</strong> o<br />
presidente.<br />
O presidente da Unedestinos, Toni San<strong>do</strong> falou sobre<br />
a relevância <strong>do</strong> trabalho feito por associações setoriais:<br />
“podemos e devemos trabalhar juntos, porque essa<br />
atuação é de extrema importância para embalarmos<br />
o que já temos. O que é necessário é pegar toda essa<br />
estrutura e trabalhar para garantir que sejamos um setor<br />
cada vez mais forte”.<br />
O presidente da ABIH Nacional, Manoel Linhares<br />
foi homenagea<strong>do</strong> durante o evento, e agradeceu<br />
ao presidente da ABIH-SP Ricar<strong>do</strong> A. Roman Jr pela<br />
homenagem, e disse: “é sinal que estamos nos caminho<br />
certo na defesa <strong>do</strong>s interesses <strong>do</strong>s setores de turismo e<br />
hotelaria nacionais”.<br />
36
SOCIAL<br />
1º ENCONTRO ANUAL<br />
ABIH-SP<br />
Affonso Massot, representan<strong>do</strong> o governa<strong>do</strong>r João Dória, Herculano<br />
Passos (Deputa<strong>do</strong> Federal), Manoel Linhares (presidente da ABIH<br />
Nacional), Ricar<strong>do</strong> Roman Jr (presidente da ABIH-SP), Toni San<strong>do</strong><br />
(presidente da Unedestinos) e Fernan<strong>do</strong> Guinato (W TC).<br />
Adriano Schampovski e Thiago Medeiros<br />
(Blue Tree Towers).<br />
Antonio Dias (Royal Palm Plaza) e Manoel<br />
Linhares (Presidente da ABIH Nacional.<br />
Toni San<strong>do</strong> (Unedestinos), Ricar<strong>do</strong> Roman<br />
(Presidente da ABIH-SP) e Manoel Linhares<br />
(Presidente da ABIH Nacional).<br />
Bruno Heleno e Elisabete Leonar<strong>do</strong> (CVC).<br />
Roberto Gracioso (diretor da ABIH-SP).<br />
Deputa<strong>do</strong> Federal, Herculano Passos.<br />
Pedro Cypriano, sócio diretor da HotelInvest.<br />
Keila Moreira (Unedestinos) e Bruno Omori<br />
(IDT-Cema).<br />
Ivani Andreotti (X-Platina) e Flavio Goulart.<br />
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PROJETO SELVA VIVA<br />
Urubu-rei.<br />
O “Projeto Selva Viva” surgiu em 2005 na cidade de Piranguinho (MG), no sitio da família<br />
como cria<strong>do</strong>r de animais registra<strong>do</strong> pelo IBAMA. A partir daí passou a receber animais<br />
apreendi<strong>do</strong>s pelo tráfico ilegal. Em 2009 o cria<strong>do</strong>uro foi transferi<strong>do</strong> para a cidade de Taubaté<br />
com suas instalações fincadas no Bairro São Gonçalo, crian<strong>do</strong> uma empresa ambiental com<br />
intuito de conscientizar crianças, adultos e a população em praticar esse trabalho com manejo<br />
de fauna silvestre para aqueles animais que não podem voltar para a natureza.<br />
Lêmure (preto e branco).<br />
Píton Burmesa Albina.<br />
O Projeto Selva Viva tem parcerias com a<br />
Polícia Ambiental, Policia Federal, Secretaria de<br />
Meio Ambiente e IBAMA. Está licencia<strong>do</strong> para<br />
receber animais com entrega voluntária, feri<strong>do</strong>s<br />
ou de maus tratos apreendi<strong>do</strong>s pela Polícia<br />
Ambiental. São acolhi<strong>do</strong>s, trata<strong>do</strong>s e recupera<strong>do</strong>s<br />
por veterinários. Depois são reintroduzi<strong>do</strong>s na<br />
natureza, os demais que não tem condições, são<br />
manti<strong>do</strong>s pelo projeto, ou remaneja<strong>do</strong>s para<br />
outras instituições parceiras. A infraestrutura <strong>do</strong><br />
local é dividida em três pavimentos: no subsolo:<br />
répteis (lagartos, serpentes, crocodilos, jacarés,<br />
tartarugas e jabutis); no térreo: aves, mamíferos,<br />
répteis, sala de educação ambiental, loja de<br />
suvenires e lanchonete; no primeiro andar:<br />
anfíbios, escorpiões, formigário e aracnídeos. Em<br />
cada corre<strong>do</strong>r o visitante vai encontrar biólogos<br />
que vão dan<strong>do</strong> orientações a respeito <strong>do</strong>s animais,<br />
seus hábitats e alimentação, além de ter contato<br />
e interagir com alguns animais, com auxilio de<br />
biólogos. A visitação é cobrada, porque o projeto<br />
não recebe verba e tu<strong>do</strong> é custea<strong>do</strong> com recursos<br />
próprios. O projeto tem o bilhete solidário, onde a<br />
empresa ou pessoa física compra ingressos e <strong>do</strong>a<br />
para alguma instituição.<br />
Bilheteria: das 09:00h às 16:00h<br />
Endereço: Estrada <strong>do</strong> Barreiro, nº 7659 - Taubaté<br />
(SP)<br />
38<br />
Barata gigante de Madagascar.<br />
Formigário.
Taubaté Shopping<br />
Contato: (12) 3629-2466<br />
Mauá Plaza Shopping<br />
Contato: (11) 4546-4484<br />
Taubaté - Independência<br />
Contato: (12) 3681-3090<br />
Suzano<br />
Contato: (11) 4748-5468<br />
Via Garden Shopping<br />
Contato: (12) 3681-3765<br />
Mogi Shopping<br />
Contato: (11) 4796-1986
CENTRAL ANALÍTICA - TAUBATÉ<br />
Rua Dr. Urbano Figueira, 100<br />
Centro<br />
UNIDADE - TAUBATÉ<br />
Av. Independência, 650<br />
Independência<br />
UNIDADE - CAÇAPAVA<br />
Av. Coronel Manoel Inocêncio, 577<br />
Centro<br />
UNIDADE- GUARATINGUETÁ<br />
R: Visconde de Guaratinguetá, 227<br />
Centro<br />
UNIDADE BURITI SHOPPING<br />
Av. Juscelino Kubitschek de<br />
Oliveira, 351 - Centro<br />
UNIDADE- CAMPOS DO JORDÃO<br />
Av. Dr Januário Miraglia, 1536<br />
Salas 4 e 5 -Vila Abernésia<br />
(Centro Comercial AMC)<br />
UNIDADE - SÃO PAULO<br />
Rua Santo Alexandre, 236<br />
Vila Guilhermina<br />
UNIDADE VILA MARIA<br />
Av. Morvan Dias Figueire<strong>do</strong>,<br />
3177, Vila Maria (Galeria Carrefour)<br />
UNIDADE ARICANDUVA<br />
Av. Rio das Pedras, 555<br />
Aricanduva (Galeria Carrefour)<br />
UNIDADE - JACAREÍ<br />
Rua João Américo da Silva, 325<br />
Centro<br />
UNIDADE JACAREÍ SHOPPING<br />
Rua Olímpio Catão 500 - Luc 36<br />
UNIDADE - PINDAMINHANGABA<br />
Rua Dr. Frederico Macha<strong>do</strong>, 109-<br />
Centro<br />
UNIDADE SHOPPING PÁTIO PINDA<br />
R: Alcides Ramos Nogueira, 650 -<br />
Loja 63 Mombaça<br />
UNIDADE - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS<br />
CDA - Centro de Diagnóstico<br />
Andrade<br />
Av. Dep. Benedito Matarazzo, 5701<br />
Parque Residencial Aquarius<br />
(Galeria Carrefour)<br />
UNIDADE JARDIM ESPLANADA<br />
Av. São João, 1644<br />
Jardim Esplanada<br />
UNIDADE SHOPPING ORIENTE<br />
Rua An<strong>do</strong>rra, 500<br />
Loja 110 e 112<br />
Jardim Paraíso<br />
UNIDADE - CARAGUATATUBA<br />
Av. Anchieta, 196<br />
Centro (salas: 12, 13 e 14) Centro<br />
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