DIVERSIDADES E ASSEGURANDO O ACESSO À PRODUÇÃO E AO CONSUMO DE BENS CULTURAIS

tos que, por seu significado simbólico, tecnologia deconfecção ou matéria-prima empregada, são testemunhodo viver e fazer das camadas populares. Nela,os artistas expõem seus trabalhos, estipulando livrementeo preço e explicando as técnicas envolvidas naconfecção.São exposições precedidas de pesquisa de campoe documentação fotográfica, que situam o artesãoem seu meio sociocultural. Esta dinâmica permite aopúblico adquirir objetos e, principalmente, entrar emcontato com realidades muitas vezes pouco familiaresou desconhecidas. Em decorrência dessa divulgaçãoe do contato direto com o público, criam-se oportunidadesde expansão de mercado para os artistas queparticipam mais efetivamente do processo de valorizaçãoe comercialização de sua produção.Em 2009, a primeira cidade a participar da SAP foi RioReal, que apresentou peças de seus artesãos na exposição“Bordados em Tauá: cerâmica de Rio Real”,com venda da olaria produzida no município e consideradoum dos mais importantes polos artesanais daBahia. A mostra ficou em cartaz entre os dias 30 dejulho e 28 de agosto, no Instituto Mauá, em Salvador.Atualmente, artesãos de Maragogipinho, distritodo município baiano de Aratuípe, estão expondosuas peças de cerâmica na SAP do Centro Nacionalde Folclore e Cultura Popular – CNFCP, do Institutodo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional doMinistério da Cultura – Iphan/MinC, no Rio de Janeiro.A inauguração ocorreu em 10 de dezembrode 2009 e a mostra permanecerá aberta ao públicoaté 17 de janeiro de 2010, incluindo a venda daspeças expostas ao público em geral.Arisson Marinho / AgecomCom previsão para o mês de março de 2010, os artesãosde Maragogipinho irão expor seu trabalho noInstituto Mauá em Salvador, em comemoração aoaniversário do Mestre Vitorino, o maior representanteda arte em cerâmica de Maragogipinho.A iniciativa conta com a parceria institucional e apoiofinanceiro do Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social – BNDES, e a parceria da Secretariade Emprego, Trabalho, Renda e Esporte - SETRE,por meio do Instituto Mauá, e da Secretaria de Cultura,através do Núcleo de Culturas Populares e Identitáriase do Instituto do Patrimônio Artístico e Culturalda Bahia - Ipac, além do Centro Nacional de Folcloree Cultura Popular – CNFCP do MinC.APOIO À CULTURA AFRO-BRASILEIRAO Projeto Ire Ayô – Educação das Relações Étnico-Raciais atende ao desafio enfrentado por todos osórgãos do Governo Federal, dos Estados e dos municípios,tanto na concepção quanto na operacionalizaçãodas políticas públicas voltadas para a valorizaçãoda ancestralidade afrodescendente.Trata-se de uma política de fundamental relevância,no sentido de se reconfigurar outras formas de relaçõesentre negros e não negros em nosso país eem nossas comunidades. O projeto contém premissasbásicas e metodologia específica para a implantaçãode uma educação, cujas vivências pedagógicas assegurempositivamente as relações étnico-raciais, contribuindopara uma convivência afetiva e afirmaçãode sujeitos autônomos, solidários e coletivos.Em abril de 2009 o Projeto Ire Ayô foi realizado emSanto Amaro da Purificação, em parceria com o InstitutoAnísio Teixeira – IAT, com evento de 120 horas decarga horária, beneficiando 50 educadores.Após a experiência positiva junto a capoeiristas, em2008, no Projeto Capoeira para a Paz, a SECULT teveproposta aprovada junto à Fundação Palmares paraatuar em 2010, junto a comunidades quilombolas,com a aplicação da metodologia do Ire Ayó.DINAMIzAÇÃO DOS ESPAÇOS CULTURAIS PúBLICOSCerâmicas de Rio Real - SAP Instituto MauáEm 2009, os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenise Infantis da Bahia – Neojiba, desenvolveram inúmerasatividades dentro das suas diretrizes e linhas derelatório anual de governo 2009 371