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Revista2014b

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14 - Título: Exposição Mercurial do Amálgama <br />

Resumo: Autores: Bruno Osmar, Jenyffer Cristine e Elaine Machado <br />

Instituição: Universidade Braz Cubas <br />

Palavra Chave: Amálgama dentário / exposição mercurial / Toxicidade <br />

Introdução: <br />

O amálgama dentário tem sido utilizado há mais de um século e ainda constitui <br />

grande parte dos materiais restauradores na odontologia. Nos últimos vinte <br />

anos, a utilização desse material reduziu-­‐se drasticamente no cotidiano <br />

odontológico, sendo substituído pelas resinas, por causa das exigências estéticas, <br />

além de terem melhores propriedades físico-­‐químicas e desenvolvimento dos <br />

adesivos dentinários. <br />

Embora a possibilidade de contaminação ambiental e do paciente não limite sua <br />

indicação, existem cuidados que devem ser respeitados na manipulação <br />

criteriosa do material, em razão do mercúrio ser um metal pesado <br />

comprovadamente bioacumulativo, cujos efeitos negativos e riscos para saúde <br />

humana já foram extensamente comprovados em todo o mundo. <br />

De um modo geral, há uma grande preocupação quanto á possibilidade de <br />

lixiviação (processo de extração de uma substância presente em componentes <br />

sólidos através da sua dissolução num líquido) do mercúrio a partir de <br />

restaurações de amálgama como resultado de material não-­‐reagido, dissolução <br />

na saliva ou reações de corrosão. <br />

A equipe odontológica está exposta aos riscos de contaminação por meio do <br />

contato do metal com a pele ou da inalação dos vapores dispersos no ambiente, <br />

decorrentes de higiene inadequada do ambiente de trabalho, manipulação <br />

incorreta do amálgama, derramamento de gotas de mercúrio, uso de <br />

amalgamação manual, amalgamadores com vazamento, uso de cápsulas <br />

defeituosas, falha no sistema de sucção quando da remoção de restaurações <br />

antigas, além da armazenagem inadequada de sobras. Essas ações devem ser <br />

totalmente evitadas pelos profissionais em seu consultório, sendo que o <br />

amálgama odontológico é obtido através da reação do mercúrio com um pó <br />

metálico e contém, em média, 53 % de mercúrio, uma porcentagem considerável <br />

de mercúrio. <br />

As principais vias de penetração no organismo são respiratórias e dérmicas, <br />

sendo que 80% do mercúrio inalado é retido no organismo. No sangue, o metal é <br />

rapidamente oxidado e se fixa nas proteínas através da corrente sanguínea, <br />

deposita-­‐se em vários órgãos como rim, fígado, testículos, tireóide, membranas <br />

do trato intestinal, glândulas salivares, medula óssea e baço. <br />

O mercúrio é utilizado em diversas áreas não somente na odontologia e os riscos <br />

ocupacionais existem em todas essas áreas, estes fatos levaram a criação do <br />

Tratado de Minamata sobre o mercúrio. O tratado foi adotado por 140 países, em <br />

<br />

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