SOCIOLOGIA.

SOCIOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
Uma Visão Geral da Sociologia Aplicada às Organizações
Unidade I
Para os cientistas sociais do início do século XX, as respostas encontradas por
Weber para os problemas metodológicos que ocupavam seus estudos possibilitaram
lançar novos conhecimentos sobre vários problemas sociais históricos, e trazer
contribuição relevantes para as Ciências Sociais.
Particularmente importantes foram seus estudos sobre a Sociologia da Religião,
suas interpretações sobre as relações entre as ideias e atitudes religiosas, por um
lado, e as atividades e a organização econômica por outro.
Um primeiro aspecto do pensamento Weberiano, sobre
a questão da economia e da religião, mostrada em sua
obra “A Ética Protestante e o Espírito Capitalista” é
a de que para conhecer corretamente a causa ou as
causas do surgimento do capitalismo, é necessário um
estudo comparativo entre várias sociedades do mundo
ocidental. (OLIVEIRA, 1999).
Embora incompletos os estudos de Weber, foram publicados nos três volumes
da sua Sociologia da Religião. A linha básica dessa obra é constituída pelo exame
dos aspectos mais importantes da ordem social e econômica do mundo ocidental.
Assim, pelo fato de sua obra já ter sido abordada por outros pensadores, traz em seu
caráter fundamental a importância das condições éticas como fatores determinantes,
e conclui que o moderno capitalismo não poderia ter surgido sem uma mudança
espiritual básica, como aquela que ocorreu nos fins da Idade Média.
Segundo Weber, o capitalismo não poderia ser compreendido sem uma análise de
suas relações com as transformações espirituais da passagem da Idade Média para
a Idade Moderna, época em que esse sistema econômico e social surgiu. (OLIVEIRA,
1999, p. 40).
A Sociologia das Organizações começa com o trabalho do sociólogo alemão Max
Weber, que abordou a Burocracia. Embora Weber tenha estudado a Burocracia sob a
perspectiva histórica e focado principalmente a mudança dos padrões da autoridade
política e organizações governamentais, sua obra foi largamente difundida e discutida
em todos os países. Desse modo, apresenta-se atual pela firmeza de sua coerência e
poderosa perspectiva teórica, especialmente no campo da Sociologia da Burocracia.
Neste sentido, as principais características de uma estrutura burocrática são as
seguintes, segundo Neto (1981, p. 44-45):
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1. As atividades regulares requeridas para os propósitos da organização se
acham distribuídas de modo estável sob forma de deveres oficiais. A rígida
divisão de trabalho só permite o emprego de pessoal especializado em cada
cargo, e responsabiliza cada empregado pelo efetivo cumprimento de seus
deveres.
2. A organização dos cargos obedece ao principio hierárquico: quer dizer, cada
cargo se acha sob controle e supervisão de um de supervisor.
3. A atividade está regulamentada por um sistema de regras, e consiste em sua
aplicação, tem como fim assegurar a realização uniforme de todas as tarefas.
4. Para cumprir as normas racionalmente, que regem as operações sem que
interfiram considerações pessoais, deve predominar, dentro da organização,
um comportamento de neutralidade, especialmente em relação aos clientes.