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SOCIOLOGIA.

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Unidade II<br />

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO<br />

Acidentes de Trabalho<br />

e ONGs.<br />

O sociólogo Max Weber classificou o poder – chamando-o de autoridade, que<br />

ficou conhecido com os subtipos: tradicional, racional-legal e carismático. Fato que,<br />

Buckley vem mostrar, que para Blau, o processo social do controle é baseado também<br />

na remuneração pelas trocas, com isso, pode-se referenciar um quadro que apresente<br />

os subtipos de poder e autoridade, em que se relacionam com as três variáveis<br />

culturais: tecnologia, preceitos e sentimentos.<br />

5.1.1 Autoridade Legitima e Poder Legal: A Variável Tecnologia<br />

Pelo fato dos empregados receberem pagamentos dos patrões, as empresas<br />

receberem incentivos governamentais, e os governos locais receberem subvenções do<br />

governo central, fazem com que essas situações criem uma dependência em função<br />

desses recebimentos. Porém, se os fornecedores de tais recursos, assim o desejarem<br />

podem exercer poder sobre aqueles que desejem ou precisem receber, isto é, obrigar<br />

agir contra suas vontades, isso pode ocorrer com uma simples ameaça, ou com a<br />

suspensão dos benefícios fornecidos. (op. cit.).<br />

Mas, em contrapartida, os empregados podem suspender seus trabalhos ou<br />

reduzir ao máximo permitido por lei, o que também dá para eles uma fonte de poder.<br />

Daí vai resultar que o poder do dominador sobre o dominado é medido pela diferença<br />

entre os valores dos benefícios que cada um fornece ao outro. Desta forma, o controle<br />

pelas trocas permite duas situações opostas, a saber:<br />

1. Autoridade racional – legítima: quando o empresário possui a meta para<br />

produzir e vender seus produtos em troca do capital que compensem os<br />

riscos do investimento, e os empregados possuem a meta de receberem um<br />

pagamento justo pelos seus esforços aplicados na produção dos bens. Tais<br />

metas são convergentes, isso porque, somente pela força do trabalho é que<br />

se produz para que se alcance as vendas, e remunere o capital.<br />

2. Poder racional – legal: em uma equipe poderá ter identidade de metas,<br />

porém, um ou mais participante da equipe divergem quanto aos meios de<br />

alcançá-las, Outro caso, um dos membros dessa mesma equipe poderá achar<br />

que seu pagamento não corresponde ao valor das suas contribuições, e isso<br />

irá levá-lo a reduzir seus esforços de produzir, afetando seu comportamento.<br />

Então, como deverá ser o controle social exercido sobre essa pessoa, para<br />

redirecionar seu comportamento?<br />

Neste sentido, as empresas passarão a exercer o poder sobre aquele que desvia<br />

sua conduta, se se utilizando de ferramentas diferenciais de trocas, como a ameaça de<br />

suspender ou reduzir os benefícios concedidos, por exemplo, punindo pela suspensão<br />

por tempo determinado ou mesmo demissão. Tais medidas têm apoio na lei, como<br />

também, podem constar no regulamento interno da empresa.<br />

5.1.2 Autoridade e Poder Tradicionais: A Variável Preceitos<br />

A autoridade tradicional decorre da tradição, como por exemplo, o chefe do clã<br />

é aceito pelo grupo porque sempre foi assim, ou seja, a substituição do chefe do<br />

clã segue a tradição da tribo. Assim, não importa quem são os vassalos ou súditos,<br />

todos obedecem ao seu “Senhor”. Desta forma, aceitam ter seus comportamentos<br />

controlados, e o seu “Senhor”, estabelece a ordem social ao seu querer, sem leis e<br />

regras, menos aquelas já consagradas pelos costumes.<br />

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