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<strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES Sociologia e Administração Unidade II • A meta é o resultado concreto a ser obtido. É importante para o administrador, porque ele deve planejar suas ações e especificar metas e, também com vai realizar seu controle, e as medidas para que possa alcançá-las. É necessário também, que o planejamento se estenda as submetas, como etapas para que as metas sejam alcançadas. (BERNARDES, 2003). Assim, quando a meta de um indivíduo, participante da organização, é idêntica a de outro, ocorrem três situações, a competição, a co-orientação e a cooperação. Nelas, os valores indicam intensidade, direção, e sentido de esforço das pessoas para atingirem a própria meta, que neste caso é idêntica à dos demais. (op. cit.). • Competição: é a luta para obtenção de recursos escassos, no sentido de não serem suficientes para atender todos os postulantes. Por ex: a meta do candidato de emprego em uma organização é a mesma de outros que disputam a única vaga, um competindo com os demais porque o lugar vai ser de um só. • Co-orientação: caracteriza-se pelo fato de a meta ser comum a todos, mas cada qual poderá alcançá-la sem prejudicar os demais e, também, sem precisar de auxílio dos companheiros. Ex.: salário de um operário no fim do mês. Ser aprovado. • Cooperação: ocorre quando uma pessoa atinge sua meta somente quando as demais alcançam as delas. Ela caracteriza-se por ser a meta comum, mas sua consecução depende do trabalho de todos, significando que os esforços são no mesmo sentido. Por ex: um time de futebol. Na organização, corresponde à situação da equipe engajada na execução de determinado projeto ou tarefa, na qual o fracasso no desempenho de um prejudica o resultado final pretendido por todos. (BERNARDES, 2003). 4.1.1 As Metas dos Participantes são Diferentes Assim, quando as metas dos participantes são diferentes ocorrem três situações, a primeira é divergência, a segunda é paralelismo e a terceira é convergência. Quando tais situações ocorrem, há sempre o aparecimento de conflitos de interesses. Portanto, só ocorrerá Divergência, quando as metas individuais dos membros do grupo forem diferentes e incompatíveis entre si. O Paralelismo ocorre quando as metas dos indivíduos são diferentes, e estas metas não interferem uma na do outro. Nas organizações, esta situação deve ser restrita a alguns casos, pois, como associações de pessoas com finalidades determinadas são inadmissíveis comportamentos de multidão que não tem direção e nem sentido definidos. (BERNARDES, 2003). 46 A Convergência ocorre quando as metas são diferentes, porém, indissociáveis, isto é, só podem coexistir juntas, a exemplo do “ensino e a aprendizagem”. (op. cit). Portanto, como as metas são diversificadas, para satisfazer seus desejos, as pessoas necessitam encontrar formas de reduzir os conflitos através da aprendizagem da cooperação, assim, criando equipes que trabalhem coletivamente. Porém, é verdade que nem sempre os coletivos são convergentes e eficazes, principalmente em situações de emergência, quando não há tempo para que o consenso seja alcançado.
Unidade II <strong>SOCIOLOGIA</strong> DAS ORGANIZAÇÕES Sociologia e Administração 4.2 Conflito nas Organizações Anteriormente vimos que o conflito está diretamente ligado às metas e conduzem à competição e à divergência. Mesmo assim, ocorrendo convergências de metas, pode haver conflitos por causa do dissenso quanto aos meios para que estas sejam alcançadas. Desta forma, cabe ao administrador compreender o conflito e administrálo, já que ele é inevitável, e em alguns casos, salutar à organização. 4.2.1 Conceito de Conflito e as Três Variáveis Culturais Conflito “é o processo de procurar obter recompensas pela eliminação ou enfraquecimento dos competidores.” (BERNARDES, 2003, apud, HORTON & HUNT, 1980, p. 257). Neste sentido o conflito abordado pela Psicologia enfoca o conflito interno à pessoa. Ex. funcionário público – estabilidade X realização profissional e alto padrão de vida. Já o conflito abordado pela Sociologia enfoca o conflito externo e decorrente das interações de pessoas e de grupos na forma de comportamentos. Neste sentido, para administração é viável e mais adequado observar o aspecto do desacordo, que para melhor operacionalizá-lo deve-se basear nas três variáveis culturais: Tecnologia: tem relação com desentendimentos quanto a produtos, processos e insumos. Ex. o que produzir e como, uso de equipamentos, locais de trabalho e matérias-primas. Desta forma, ocorre o conflito (dissenso), quanto ao que produzir e como fabricar, assim como, as lutas para a obtenção de recursos organizacionais. Preceitos: são resultados das diferenças de crenças, normas e valores. Ex. greves, luta por cargos e prestígio dentro da hierarquia burocrática das organizações. Sentimentos: decorrem das frustrações internas que induzem à agressividade externa para com os outros, gerando ainda, sentimentos de hostilidade que desperta outro sentimento nos agredidos, o revide. (BERNARDES, 2003). A agressividade faz parte da natureza do homem, esta se agrava pelo confinamento e aprendizagem pela socialização. O primeiro caso caracteriza-se pela superpopulação das cidades, e também nos locais de trabalho. Uma forma de se observar tal fato é com relação aos animais enjaulados, seus comportamentos são diferentes quando eles estão em liberdade. O segundo caso é decorrente da aprendizagem que se traduz na frase “o não levar desaforo para casa”, que desperta instintos selvagens nos homens, remanescentes dos tempos das cavernas. Por fim, essa classificação tem grande interesse por servir de base para a administração dos conflitos. Assim, os conflitos decorrentes da tecnologia são mais fáceis de ser resolvidos. Os conflitos que provem dos preceitos tornam-se mais dificultosos já que exigem em alguns casos, mudanças culturais para se encontrar a solução. Estes são decorrentes do dissenso quanto às crenças e valores internalizados na família e na sociedade, por esses motivos, mais complicados de serem solucionados. Porém, os conflitos por 47
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