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Carta 27 Universidad - ausjal

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TEMAS<br />

18<br />

elas têm poucas chances de entrar no “dna” institucional<br />

e na concretização de sua missão no dia a dia. Elas devem<br />

ser, com a mediação transdisciplinar, a “energia”, o “sal”<br />

e o “tempero” da grande usina de produção de<br />

conhecimento e de cidadania que referíamos acima e<br />

que é a universidade.<br />

A questão da exclusão social e das desigualdades sociais,<br />

por um lado, continua deflagrada e espalhando violências<br />

de toda ordem, mas é notável, por outro lado, o<br />

amadurecimento político, econômico e social vivido em<br />

alguns contextos latino-americanos, de uns anos para<br />

cá. Aqui, referimos especificamente o Brasil. Ao mesmo<br />

tempo em que cresceu a consciência da responsabilidade<br />

social das empresas, o Estado deu passos gigantescos no<br />

sentido de assumir com mais vigor e inteligência o<br />

monitoramento da coisa pública, fazendo com que as<br />

diferentes organizações, associações e empreendimentos<br />

da sociedade civil em geral também passem a vigiar as<br />

suas ações públicas com maior controle e clareza. A<br />

gestão sempre se torna mais fácil quando existe clareza<br />

e continuidade (amadurecimento) em nível de legislação.<br />

Ao lado da política de inclusão acadêmica, que está na<br />

agenda de todo gestor sério de universidade, temos a<br />

convicção que a universidade, enquanto tal, só está<br />

efetivamente desempenhando a sua genuína função<br />

acadêmica, na medida em que se empenhar na busca de<br />

soluções e alternativas de superação para os graves<br />

problemas que afligem a população dando para tal a sua<br />

contribuição científica e técnica. Este é uma grande<br />

questão para a gestão universitária.<br />

É crescente a consciência de que as exigências do<br />

momento histórico são radicais. Quem está na gestão de<br />

um empreendimento universitário tem consciência disto<br />

e é desafiado, no seu dia-a-dia, a construir respostas às<br />

seguintes questões:<br />

• Como construir e preservar a identidade da<br />

universidade e a sua excelência acadêmica, sem fazer<br />

dela o nicho dos “deuses” privilegiados e inacessíveis,<br />

que se apropriam do conhecimento sem socializá-lo?<br />

• Como construir e preservar a identidade da<br />

universidade e sua excelência acadêmica, mantendoa<br />

vivamente atenta aos grandes desafios com os quais<br />

a sociedade se depara?<br />

• Como fazer com que a universidade se leve a sério na<br />

sua identidade e na sua missão de excelência<br />

acadêmica, sem deixar de levar a sério os pobres?<br />

• Como fazer com que a universidade que se leva a<br />

sério como universidade e que leva a sério os pobres,<br />

consiga manter responsavelmente a sua<br />

sustentabilidade?<br />

O texto do Plano Estratégico da AUSJAL para os anos<br />

2001 a 2005 traz três balizamentos importantes e que<br />

nunca devem ser esquecidos na gestão das universidades.<br />

Tomamos a liberdade de retomá-los aqui e queremos,<br />

através desta referência, fazer uma memória viva de nosso

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