<strong>BRAUN</strong>-<strong>VEGA</strong> : UMA LINGUAGEM, VÁRIOS ESTILOS Crítico de arte - Jean-Luc Chalumeau, <strong>2010</strong> É em solitário que um pintor do nosso tempo, <strong>Herman</strong> Braun-Vega, quis enfrentar, à sua maneira e sem negar nenhuma herança, alguns desafios lançados à cultura que condenaram várias gerações de pintores do Ocidente à esterilidade e à neurose. Braun-Vega interroga a linguagem da criação lá aonde ela se encontra : em Rembrandt e Velázquez, Ingres e La Tour, Manet e Monet, Cézanne e Picasso… E é desta linguagem que ele nutre a sua própria pintura, com um imenso respeito que não exclui uma afetuosa petulância e bastante liberdade no empréstimo dos termos. Uma só linguagem, efetivamente, mas vários estilos. A pintura de <strong>Herman</strong> Braun-Vega aborda diretamente o problema da autonomia da obra, enquanto procede de matérias e maneiras aparentemente heterogêneas. Para aqueles que ficarão espantados ao ver o esfolado do professor Tulp com um pé à maneira de Picasso, nós podemos dizer que os mais belos relicários da Idade Média europeia incorporam frequentemente pedras antigas (La Leçon… à la campagne d’après Rembrandt, 1984, acrílico sobre tela). A justaposição de estilos foi a regra no passado, como explica Meyer Schapiro : «Não se sentia a necessidade de restaurar uma obra danificada ou de completar uma obra inacabada no estilo original.» (Style, Artiste, Société, editora Gallimard, 1982, p.48). O ideal rigoroso de coerência é essencialmente moderno. Mesmo se, em todas as épocas, os artistas se esforçam ao máximo para criar uma obra dotada de unidade, a obra em questão manipulou regularmente o múltiplo, até que modernos ucasses condenem o pintor à cavar numa única jazida. Era preciso ser Picasso para ousar derrubar este imperativo categórico e assim limpar o terreno sobre o qual poucos dos seus sucessores se animam. <strong>Herman</strong> Braun-Vega é um deles, mas ele não retoma a linguagem pictórica dos seus predecessores para subvertê-la: se ele penetra as imagens célebres, se ele opera nelas deslocamentos de sentidos insólitos, é para afirmar e testemunhar, não para negar. <strong>BRAUN</strong>-<strong>VEGA</strong>: UN LENGUAJE, VARIOS ESTILOS Crítico de arte - Jean-Luc Chalumeau, <strong>2010</strong> A la manera de un solitario, es como un pintor de nuestro tiempo, <strong>Herman</strong> Braun-Vega, ha querido afrontar desde hace cuarenta años, a su modo y sin rechazar ningún legado, unos retos a la cultura que han condenado a la esterilidad y a la neurosis a varias generaciones de pintores en Occidente. Braun- Vega cuestiona el lenguaje de la creación allí donde se encuentra: en Rembrandt y Velázquez, Ingres y La Tour, Manet y Monet, Cézanne y Picasso… Con este lenguaje se atreve a alimentar su propia pintura, haciendo prueba de un inmenso respeto que no excluye cierta cariñosa impertinencia y mucha libertad en el uso de los términos. Un lenguaje, desde luego, pero diferentes estilos. La pintura de <strong>Herman</strong> Braun-Vega aborda de frente el problema de la autonomía de la obra, en cuanto procede de materias y maneras al parecer heterogéneas. A los que se asombren de ver el desollado del profesor Tulp provisto de un pie a la manera de Picasso, se podrá responder que los más bellos relicarios de la Edad Media europea incorporan a menudo pedrerías antiguas (La Leçon… à la campagne d’après Rembrandt, 1984, acrílico sobre lienzo). La yuxtaposición de los estilos fue la norma en tiempos pasados apunta Meyer Schapiro: “No se sentía la necesidad de restaurar una obra dañada o de completar una obra inacabada en el estilo de origen”. (Style, artiste, société, Gallimard, 1982, p. 48). El ideal estricto de la coherencia es fundamentalmente moderno. Si en cualquier época los artistas ponen todos sus esfuerzos para crear obras dotadas de unidad, ésta mezcló siempre lo múltiple, hasta que unos modernos ucases condenaran al pintor a arar un único surco. Era necesario ser Picasso para atreverse a burlar este mandato categórico y despejar de este modo un terreno en el cual escasos sucesores suyos se aventuraron. <strong>Herman</strong> Braun-Vega es de aquéllos, pero no retoma el lenguaje pictórico de sus antecesores para socavarlo: si rompe unas imágenes famosas, si efectúa en ellas raros desplazamientos de sentido, es para afirmar y dar testimonio y no para negar. 14
1 2 La leçon... à la campagne (Rembrandt), 1984 Acrílico sobre tela, 195 x 300 cm 15
- Page 3 and 4: BRAUN-VEGA
- Page 5 and 6: BRAUN-VEGA Pinturas e Desenhos 1984
- Page 7 and 8: Sumário Sumario BRAUN-VEGA EM SÃO
- Page 9 and 10: HERMAN BRAUN-VEGA EM SÃO PAULO Par
- Page 11 and 12: El Memorial acoge a Braun-Vega En s
- Page 13: Una obra de la imaginación Es Encu
- Page 17 and 18: PAfirmar, em primeiro lugar, que os
- Page 19 and 20: Pfabricação: nem plagiador, nem f
- Page 21 and 22: 3 4 En attendant (Monet et Manet),
- Page 23 and 24: P F arte, da mesma maneira que pode
- Page 25 and 26: P F metade do século XIX, que disp
- Page 27 and 28: 5 6 Acrílico sobre tela, 146 x 146
- Page 29: P F das armas de fogo, esquecendo a
- Page 32 and 33: P F L.C.: P intar um tríptico não
- Page 34 and 35: P F No primeiro plano, encontramos
- Page 36 and 37: Don Pablo baila un huayno (danza an
- Page 38 and 39: P F som da música da «quena» (fl
- Page 40 and 41: P F L.C.: O diálogo que você inst
- Page 42 and 43: P F cidade aonde ele morreu, acom-
- Page 44 and 45: P F L.C.: Também tem a violência
- Page 46 and 47: Fronteira de culturas Conversa com
- Page 48 and 49: P F atrair e de desenvolver a sensi
- Page 51 and 52: Tek-Nik Me-Tek (Toulouse Lautrec, P
- Page 53 and 54: Le Déjeuner in Central Park (Manet
- Page 55 and 56: La lettre à Mancora (Goya), 2001 A
- Page 57 and 58: Paul retouchant un tableau de Henr
- Page 59 and 60: Le don de Pacha Mama “de la Mère
- Page 61 and 62: Monet à Etretat, mer calme (Monet
- Page 63 and 64: Il préfère le violon. (J.A.D. Ing
- Page 65 and 66:
Une sélection bibliographique :
- Page 67:
A fotogravura foi realizada por Reg