22.06.2013 Views

couv 2010:couv 2010, page 1 @ Preflight - Herman BRAUN-VEGA

couv 2010:couv 2010, page 1 @ Preflight - Herman BRAUN-VEGA

couv 2010:couv 2010, page 1 @ Preflight - Herman BRAUN-VEGA

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pfabricação: nem plagiador, nem falsificador, mas cúmplice, Braun-Vega gosta demais dos pintores para vulgarmente recopiá-los.<br />

Ele capta a substância de cada um para projetar livremente em composições de uma surpreendente liberdade de execução. A gramatura da tela crua é<br />

amplamente preservada em função de vastas reservas que jogam habilidosamente, uns nos outros, os planos principais e os planos de fundo. De maneira<br />

alguma, o ou os quadros citados são «jogados» numa obra de Braun-Vega: eles se encontram naturalmente no lugar deles, fazendo parte do todo. Esta<br />

preocupação com a filiação é constante na sua obra já há quase meio século, nós podemos observá-la ainda hoje, nos quadros recentes, como por exemplo<br />

em «Que tal? Don Francisco à Bordeaux», aonde ele homenageia Goya.<br />

A arte pretexto da arte? Como sempre, que seja ! Mas fica claro que Braun-Vega escolheu fazer do pretexto a condição necessária do seu trabalho. Condição<br />

necessária, mas não suficiente: a realidade do mundo também está presente, com seus contrastes que são, não raro, insuperáveis contradições. Braun-Vega<br />

precisa do real mais quotidiano, talvez até o mais politico, particularmente a realidade que concerne a América Latina, para acompanhar a irrealidade<br />

extravagante que ele detecta na história das formas. Este pintor parece empurrar ao limite o que caracteriza a nossa arte «contemporânea» : pela primeira<br />

vez talvez uma arte pode ser definida pela sua data.<br />

Não se fala da pintura de hoje como se evoca a pintura renascentista ou barroca. Será que a pintura chegou ao último termo de uma longa aventura ?<br />

Em todo caso, é o momento do face-a-face do espírito com as suas possibilidades agora mensuráveis, com as suas estruturas agora atualizadas. <strong>Herman</strong><br />

Braun-Vega contribui ao balanço que se faz hoje. E ele o faz com uma técnica longamente aperfeiçoada e, principalmente, com a evidência da felicidade<br />

de pintar: e nos dias de hoje, isso não é pouca coisa.<br />

ni falsificador, pero sí cómplice, Braun-Vega estima demasiado a los pintores para copiarlos servilmente.<br />

Capta la sustancia de cada uno para proyectarla libremente en composiciones de una asombrosa libertad de ejecución. El grano de la tela cruda se preserva<br />

ampliamente gracias a extensas reservas que anteponen con destreza los primeros planos y los fondos. En ningún caso los cuadros citados en una obra de<br />

Braun-Vega quedan “pegados”: están naturalmente en su lugar al formar parte del conjunto. Esta preocupación por la filiación es constante en su obra<br />

Es<br />

desde hace casi medio siglo y podemos seguir observándolo en sus recientes cuadros, como, por ejemplo, Qué tal Don Francisco en Burdeos donde rinde<br />

homenaje a Goya.<br />

¿El arte pretexto para el arte? ¡Como siempre, por cierto! Pero se habrá comprendido que Braun-Vega eligió hacer del pretexto la condición necesaria de<br />

su trabajo. Condición necesaria, pero no suficiente: la realidad del mundo está presente también, con sus contrastes que demasiadas veces son insuperables<br />

contradicciones. Braun-Vega necesita la realidad más cotidiana, o incluso más política, en particular aquélla propia de América Latina, para acompañar el<br />

extravagante irrealismo que él identifica en la historia de las formas. Este pintor me parece llevar hasta el límite lo que caracteriza nuestro arte<br />

“contemporáneo”: por primera vez quizás, un arte puede ser definido por su fecha.<br />

No se habla de la pintura actual como se evo ca la pintura renacentista o barroca. ¿Habrá llegado la pintura a su término definitivo después de una muy<br />

larga aventura? Es hora, en todo caso, de un “cara a cara”, del espíritu con sus posibilidades ahora mensurables, con sus estructuras ahora puestas al día.<br />

<strong>Herman</strong> Braun-Vega aporta su contribución al balance en curso. Lo hace con una acrisolada técnica y sobre todo con la evidencia de la felicidad de pintar:<br />

en los tiempos que corren, no es poca cosa.<br />

•<br />

•<br />

19

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!