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PREVALÊNCIA DE MORMO E ANEMIA INFECCIOSA EQUINA EM ...

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B. pseudomallei também é de interesse como ataque bioterrorista, já que a B.<br />

mallei possui um maior impacto em saúde pública do que a B. pseudomallei.<br />

Quanto às propriedades tintoriais e morfologia é um bastonete, com 2-5 µm<br />

de comprimento por 0,5 µm de largura, não esporulado, possui uma pseudo-<br />

cápsula formada de lipopolissarideos, fator esse determinante da virulência das<br />

cepas. No que concerne às propriedades bioquímicas, não produz indol, nem<br />

hemólise em ágar sangue de cavalo, nem pigmentos em meios de cultura,<br />

líquidos ou sólidos, e reduz nitrato. É pleomórfico, na dependência do tempo de<br />

cultura e do meio utilizado. Em culturas antigas apresenta-se sob a forma de<br />

filamentos ramificados. B. mallei é pouco resistente à dessecação, à luz, ao calor<br />

e aos desinfetantes químicos. Dificilmente sobrevive mais que um ou dois meses<br />

no ambiente (SANTOS et al., 2007).<br />

2.1.2. Histórico e Epidemiologia<br />

O mormo possui uma história antiga, que se inicia antes de Aristóteles no<br />

ano 350 a.C, quando a doença foi chamada de “Melis” (WHITLOCK et al., 2007).<br />

No início do século 20, o mormo estava disseminado na Europa, nos EUA e<br />

Canadá (NAUREEN et al., 2007). Devido ao impacto desastroso da doença em<br />

equinos, o mais importante meio de transporte daquele tempo, medidas de<br />

contenção contra o mormo foram implantadas a fim de reduzir a disseminação da<br />

doença (NEUBAUER et al., 2005). Testes em massa e campanhas de sacrifício<br />

tiveram sucesso na erradicação da doença nestes países. Alguns relatos recentes<br />

descrevem a ocorrência da doença no Brasil, Turquia, Emirados Árabes Unidos,<br />

Iraque, Irã, Índia e Paquistão (NAUREEN et al., 2007).<br />

No Brasil, os registros datam no final do Século XIX quando ocorreram<br />

casos de mormo tanto em animais de serviço, quanto em humanos do Exército<br />

Brasileiro. No Brasil a doença foi descrita pela primeira vez em 1811, introduzida<br />

provavelmente por animais infectados importados da Europa, desencadeando-se<br />

verdadeiras epizootias em vários pontos do território nacional, vitimando muares,<br />

cavalos e humanos que adoeceram com sintomatologia de catarro e cancro nasal.<br />

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