03.04.2013 Views

PREVALÊNCIA DE MORMO E ANEMIA INFECCIOSA EQUINA EM ...

PREVALÊNCIA DE MORMO E ANEMIA INFECCIOSA EQUINA EM ...

PREVALÊNCIA DE MORMO E ANEMIA INFECCIOSA EQUINA EM ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

INTRODUÇÃO<br />

O mormo é uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada<br />

Burkholderia mallei, um bacilo Gram-negativo, imóvel e intracelular facultativo. Os<br />

equídeos são os principais hospedeiros, porém, felinos, camelos e caprinos<br />

também são susceptíveis à infecção e o homem é hospedeiro acidental, sendo,<br />

geralmente, uma doença ocupacional (SCHELL et al., 2007).<br />

O mormo possui uma história antiga, iniciando antes de Aristóteles no ano<br />

350 a.C, quando a doença foi chamada de “Melis” (WHITLOCK et al., 2007). No<br />

Brasil, os registros datam no final do Século XIX quando ocorreram casos de<br />

mormo tanto em animais de serviço, quanto em humanos do Exército Brasileiro.<br />

No Brasil a doença foi descrita pela primeira vez em 1811, introduzida<br />

provavelmente por animais infectados importados da Europa, desencadeando-se<br />

verdadeiras epizootias em vários pontos do território nacional, vitimando muares,<br />

cavalos e humanos que adoeceram com sintomatologia de catarro e cancro nasal.<br />

As perdas no plantel foram enormes e levaram, inclusive, à contratação de<br />

médicos veterinários franceses para ajudarem a controlar os sucessivos surtos.<br />

Após vários relatos da ocorrência da enfermidade em eqüídeos e humanos, com<br />

caracterização dos achados epidemiológicos, clínicos, microbiológicos e anatomo-<br />

histopatológicos, a doença parecia ter sido erradicada no Brasil; a última<br />

referência a um foco de mormo foi no município de Campos, estado do Rio de<br />

Janeiro (MOTA et al, 2000) e em 1968, no município de São Lourenço da Mata,<br />

estado de Pernambuco (SANTOS et al., 2007). Posteriormente, verificou-se que<br />

os casos de mormo permaneceram, durante anos, restritos a populações de<br />

equídeos na região Nordeste (MOTA et al, 2000).<br />

A principal via de infecção é a digestiva, por meio de alimentos e água<br />

contaminados. Outras vias, tais como a respiratória e a cutânea, são menos<br />

envolvidas. A doença se manifesta, tipicamente, na forma aguda ou crônica,<br />

sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em<br />

muares e asininos (SANTOS et al., 2007).<br />

A doença se manifesta na forma aguda e crônica. Na forma aguda da<br />

doença a morte por septicemia ocorre em poucos dias. A fase crônica é<br />

43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!