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PREVALÊNCIA DE MORMO E ANEMIA INFECCIOSA EQUINA EM ...

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Estes insetos são responsáveis pela transmissão mecânica do vírus, ou seja, não<br />

há multiplicação do agente no vetor (RADOSTITS, 2000). As espécies que<br />

parecem estar envolvidas são os tabanídeos (Tabanus spp. e Hybomitra spp.,<br />

Chrysops flavidus), a mosca de estábulo (Stomoxys spp.), os borrachudos<br />

(Simulinium vittatum), os mosquitos (Psorophora columbiae, Aedes vexans e<br />

Anopheles spp.) e possivelmente os Culicoides spp. O vírus está presente em<br />

todas as secreções e excreções do animal infectado, incluindo colostro, leite,<br />

saliva, urina e sêmen (KARAM et al., 2010). A transmissão pode ocorrer, também,<br />

de forma iatrogênica, pela transfusão de sangue contaminado, pelo uso de<br />

agulhas, instrumentos cirúrgicos e utensílios contaminados, como freios e esporas<br />

(COETZER et al., 1994). Outras formas de menor importância epidemiológica<br />

incluem as transmissões transplacentária, através do colostro e do sêmen<br />

(NOCITI et al., 2008).<br />

A transmissão é mais frequente em áreas de grande infestação de insetos<br />

e com grande concentração de animais. A picada dos insetos estimula um reflexo<br />

defensivo dos animais, o que frequentemente resulta na interrupção do repasto<br />

sanguíneo. Esses insetos procuram reiniciar o repasto com maior brevidade,<br />

frequentemente o fazendo em animais que se encontram nas proximidades e,<br />

com isso, transmitindo o agente. A transmissão do VAIE por insetos depende da<br />

população e hábitos dos insetos, da densidade dos animais, do número de<br />

picadas no animal e em animais das proximidades, da quantidade de sangue<br />

transferida entre animais e do nível de vírus no sangue do animal infectado que<br />

serve de fonte de infecção (FLORES, 2007).<br />

Segundo Silva et al. (2001), embora seja possível eliminar-se<br />

completamente a transmissão do VAIE pela intervenção do homem, o mesmo não<br />

ocorre com relação ao risco de transmissão, no campo, por insetos hematófagos.<br />

O risco de transmissão entre animais positivos para AIE e animais sadios<br />

aumenta com o aumento da prevalência da doença na propriedade.<br />

Alguns estudos realizados no Brasil revelam a situação da doença em<br />

diferentes estados. Nociti et al. (2008) verificaram a ocorrência da AIE no estado<br />

do Mato Grosso calculando o percentual de animais positivos a partir do total<br />

examinado e observaram: no ano de 2004 - 6,83%; 2005 - 4,87%; 2006 - 4,71%;<br />

e 2007 - 3,87% de soros reagentes para a doença. Karam et al. (2010)<br />

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