colonização no mato grosso

2 - porque no raciocínio oficial, a Amazônia deve sor ocu-
pada a qualquer custo pois e uma área estratégica para a"s6gurança
nacional", para um pais cujo governo quer transforma-lo em superpo-
tência.
MATO GROSSO í k TEliRA NAS MÃOS DE MEIA DÚZIA '
Em 1976 quando o Estado ainda não tinha sido dividido (em Ma-
to Grosso e Mato Grosso do Sul) e sua área total era de 123 miliioes e
100 mil hectares, (mais de quatro .vezes maior que o Rio Grande do Sul),
as terras estavam assim distribuidas:
CATEGORIAS
IMÓVEIS CÁIV.STRADÜS NO MATO GROSSO - 197£
Nê de Área ocupada
Imóveis (ha) . (na)
' Minifúndio 46.99.2 2.030,176 4 3
Empresa Rural 4.476 &.953.431 1.553
Latif.p/exploração 42.396. . -92,509.397 2.182
Latinf.p/dimünsão. ; , , - ...51 . ,, ;6,741.982 . 13.2.196
ÍOTAIS" 1 ' ■ T " ^3-915 108.314,986 . 11.533
Fonte: INCRi M /'
Estes números sao ■ capazes: de mostrar a altíssima concentra-
ção da'posse da terra,'que aumentou ainda mais depois que desmembra-^
ram o Mato Grosso do Sul, pois no Mato Grosso (do norte, onde :^e .lo:-:
calizam a maioria dos projetos de colonização) que ficou com uma área
de 88 milhões, e 100 mil hectares/ene ontrám-s© a maicr; parte dos'lati''-
fundios,
Quer dizer, apesar dos minifúndios serem em numero superior
ocupam .apenas 1,9^ da área cadastrada, enquanto ca latifúndios e as
empresas, rurais englobam nada mais. nada menoa.que os 9.8,1^ resxantes
do total da área dos imóveis cadastrados,
.. ;,,: - ■' :i '■■■Estes números da tabela ai de cima significam, de um lado
expulsões' : da terra, miséria, desemprego e favelas, e de outro, espe-
^ulaçoes imobiliárias, grandes fazendas de gado (carne para exporta-
ção) com incentivos- fiscais do governo (através da SUDAM), enfim lu-
cros fantásticos para uma meia dúzia de investidores, que na maior
parte.das vezes são grandes proprietários de terras, industrias e
bancos em outros Estados e inclusive no estrangeiro (multinacionais).
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