história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Entretanto, a <strong>filosofia</strong> helenista prosseguiu por um longo tempo após a sua morte política.<br />
Somente em 529 DC., quando o imperador Justiníano tornou ilegitimas as antigas<br />
religiões e as antigas <strong>filosofia</strong>s. Portanto, esse período perdurou por cerca <strong>de</strong> setecentos<br />
anos, do ponto <strong>de</strong> vista da <strong>filosofia</strong>.<br />
Durante esse período, até cerca <strong>de</strong> 30 A.C., era grega a li<strong>de</strong>rança política, além <strong>de</strong> muitas<br />
instituições na Ásia Menor, na Síria, na Mesopotâmia e no Egito, com bases na civilização<br />
macedônica.<br />
Naturalmente, isso incluía a <strong>filosofia</strong>.<br />
Como fim do período clássico, dominado por Sócrates, Platão e Aristóteles,<br />
<strong>de</strong>senvolveram-se os tradicionais seis ramos da <strong>filosofia</strong>, e assim chegou ao fim a<br />
originalida<strong>de</strong>. Filósofos <strong>de</strong> menor envergadura (embora alguns <strong>de</strong>les importantes),<br />
continuaram salientando i<strong>de</strong>ias que os três gigantes haviam proposto, embora o ecletismo<br />
fosse a tendência principal.<br />
A Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Platão continuou; mas, sob a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Carnéa<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cirene (cerca <strong>de</strong><br />
214-128 A.C.), tal aca<strong>de</strong>mia tornou-se pronunciadamente cética, o que forçou o apodo<br />
aca<strong>de</strong>mia dos céticos.<br />
Carnéa<strong>de</strong>s, pois, atacou a gnosiologia dos estóicos, asseverando que não há como o<br />
homem conhecer o mundo dos fenômenos, exceto através dos sentidos.<br />
E, visto que os sentidos físicos são imperfeitos, e facilmente po<strong>de</strong>m enganar-se, não<br />
haveria tal coisa como um conhecimento seguro. Até a existência dos fenômenos,<br />
segundo ele, seria admitida somente com base na teoria das probabilida<strong>de</strong>s.<br />
O Liceu <strong>de</strong> Aristóteles <strong>de</strong>votava-se <strong>à</strong>s ciências e ao naturalismo, e seus melhores<br />
representantes finalmente, partiram para o museu <strong>de</strong> Alexandria, no Egito, famoso centro<br />
da erudição antiga.<br />
Zeno <strong>de</strong> Cftium, um os principais filósofos da época.<br />
Epicuro tomou por empréstimo o atomismo dos mais antigos filósofos, a fim <strong>de</strong> prover seu<br />
sistema moral com alguns elementos naturalistas e com uma metafísica anti-<strong>de</strong>terminista.<br />
Ele tomava uma posição <strong>de</strong>ísta, no tocante <strong>à</strong> teologia, porquanto não queria aceitar a<br />
idéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses caprichosos e <strong>de</strong>strutivos a influenciarem os homens em sua busca da<br />
liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão.<br />
Fazia do prazer mental (hedonismo) o alvo da conduta i<strong>de</strong>al. Entrementes, os estóicos<br />
tinham um sistema inteiramente <strong>de</strong>terminista, com base no controle universal exercido<br />
pelo Logos. Para eles, a liberda<strong>de</strong> consistia em fazer o que o Logos requer, e sentir-se<br />
feliz com isso. Apatia era a sua palavra chave, porquanto a única maneira <strong>de</strong> manusear a<br />
dor seria ignorá-la.<br />
O estoicismo romano modificou isso para a mo<strong>de</strong>ração.<br />
Os estóicos apreciavam a metáfora do palco, on<strong>de</strong> a Nous.(mente, Logos) <strong>de</strong>terminaria a<br />
peça teatral, e on<strong>de</strong> cada indivíduo teria um papel a <strong>de</strong>sempenhar. O homem seria<br />
forçado a aparecer neste mundo na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada pela Nous, e teria a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar bem o seu papel, e não a <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar o resultado do<br />
espetáculo.<br />
Plutarco (433-350 A.C.) foi um importante filósofo <strong>de</strong>sse período, tendo sido o primeiro<br />
lí<strong>de</strong>r da Escola <strong>de</strong> Atenas.<br />
Ele <strong>de</strong>testava o epicurismo e não apreciava o estoicismo.<br />
No entanto, sentia-se atraído pelas idéias <strong>de</strong> Platão, Aristóteles e Pitágoras. A Escola <strong>de</strong><br />
Atenas era a Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Platão que se tornou neoplatônica. Plutarco acreditava<br />
firmemente na liberda<strong>de</strong> da vonta<strong>de</strong> e pensava que a comunhão com Deus po<strong>de</strong> ser<br />
obtida mediante ritos litúrgicos.<br />
Filo Ju<strong>de</strong>u tentou ligar Platão ao judaísmo, tendo sido um dos precursores do sistema<br />
neoplatônico formal, que só surgiu mais tar<strong>de</strong>. Suas i<strong>de</strong>ias exerceram alguma<br />
40