história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
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A Base <strong>de</strong> Diversas Filosofias<br />
LIÇÃO 3<br />
Filosofia Judaica<br />
Talvez Israel tenha sido a única nação da <strong>história</strong> que tem sido essencialmente religiosa,<br />
acima <strong>de</strong> qualquer outra consi<strong>de</strong>ração, e cuja literatura, legislação e formas <strong>de</strong> governo<br />
têm sido inspiradas por Deus.<br />
Seja como for, sempre foi uma característica dos hebreus preocupar-se com questões<br />
finais. Mesmo que o pensamento dos hebreus tenha começado no monoteísmo (há<br />
muitos <strong>de</strong>uses, mas nós reconhecemos somente um Deus), não <strong>de</strong>morou para que eles<br />
adotassem o monoteísmo.<br />
A doutrina da imortalida<strong>de</strong>, porém, só entrou no judaísmo bem posteriormente.<br />
No Pentateuco não há referências ou ensinos claros sobre a alma. Embora as leis<br />
mosaicas fossem complexas e obrigatórias, não há ali qualquer promessa <strong>de</strong> recompensa<br />
ou <strong>de</strong> punição eternas, circunstância essa que seria quase impossível <strong>de</strong> imaginar se ali<br />
houvesse qualquer doutrina da alma.<br />
A Filosofia da História Judaica<br />
O Antigo Testamento representa uma <strong>filosofia</strong> da <strong>história</strong>.<br />
Des<strong>de</strong> o começo aparece Deus, como o criador <strong>de</strong> todas as coisas.<br />
O homem é criado, e, <strong>de</strong>ntre a humanida<strong>de</strong>, é escolhida uma nação que passa a servir <strong>de</strong><br />
veículo da mensagem espiritual.Toda a sua <strong>história</strong> é teisticamente controlada.Sua<br />
<strong>história</strong> é linear, tendo tido um começo no tempo, e passando <strong>de</strong> um evento para outro,<br />
até chegar a um clímax, na exaltação <strong>de</strong>ssa nação acima <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>mais, mediante o<br />
cumprimento do reino messiânico prometido nas Escrituras Sagradas.<br />
O ponto final <strong>de</strong>ssa <strong>história</strong> será uma espécie <strong>de</strong> era áurea, on<strong>de</strong> o conhecimento do<br />
Senhor propagar-se-á por todo o orbe, e uma utopia geral é concretizada.<br />
A Filosofia do Livro<br />
Vários povos antigos tinham livros sagrados, pelo que, quanto a esse particular, Israel não<br />
foi um caso isolado. A possessão <strong>de</strong> livros sagrados indica uma atitu<strong>de</strong> filosófica. Isso<br />
significa que ali há fé no teísmo, que há um Deus que revela a si mesmo e <strong>à</strong> sua vonta<strong>de</strong>,<br />
e que ele está perto do profeta que é escolhido para guiar o povo. A própria Bíblia não<br />
apresenta nenhum sistema filosófico, embora contenha certo número <strong>de</strong> conceitos<br />
filosóficos básicos. Conforme acabamos <strong>de</strong> afirmar, temos na Bíblia reflexos claros do<br />
teísmo e <strong>de</strong> uma <strong>filosofia</strong> da <strong>história</strong>.<br />
Além disso, no livro <strong>de</strong> Jó, encontramos um tratamento sobre o problema do mal, além <strong>de</strong><br />
uma sabedoria popular filosófica nos livros <strong>de</strong> Provérbios e Eclesiastes, este último tendo<br />
sofrido alguma influência da cultura grega.<br />
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