história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
história e introdução à filosofia 2 - Faculdade de Teologia Filadelfia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
As <strong>de</strong>finições restritas e clássicas ocorrem em pensadores <strong>de</strong> menor envergadura,<br />
como Heresias, os quais pensam que a <strong>filosofia</strong> é aquela ativida<strong>de</strong> mental que nos ensina<br />
como buscar os prazeres e evitar a dor.<br />
Para o neoplatonismo, a <strong>filosofia</strong>, na realida<strong>de</strong>, seria uma religião, mediante a qual o<br />
indivíduo apren<strong>de</strong> como buscar e obter a união com o divino.<br />
Durante a Ida<strong>de</strong> Média, para a maioria dos filósofos, a <strong>filosofia</strong> seria a gran<strong>de</strong> serva da<br />
teologia, uma disciplina utilizada pela Igreja, mediante a qual os dogmas e as crenças<br />
religiosas são examinados, compreendidos e melhor <strong>de</strong>fendidos. Para outros, porém, a<br />
<strong>filosofia</strong> é uma intrusa, que somente ameaça a fé biblicamente alicerçada.<br />
Para Tomás <strong>de</strong> Aquino, a <strong>filosofia</strong> teria sido uma provisão racional <strong>de</strong> Deus, para que<br />
pudéssemos compreen<strong>de</strong>r melhor as realida<strong>de</strong>s religiosas, capaz <strong>de</strong> abordar todas as<br />
coisas, exceto a explicação dos verda<strong>de</strong>iros e mais profundos mistérios. On<strong>de</strong> o<br />
raciocínio filosófico cessa, a fé completa o curso a ser percorrido. Pensava-se que a<br />
<strong>filosofia</strong> é aquele processo <strong>de</strong> raciocínio que examina o universo e obtém, acerca do<br />
mesmo, uma interpretação abrangente e plena.<br />
Para Descartes, a <strong>filosofia</strong> é a elucidação da verda<strong>de</strong> final, através do método da dúvida<br />
e do conseqüente reexame. Só po<strong>de</strong>riam ser aceitas como verda<strong>de</strong>iras aquelas coisas<br />
sobre as quais não restam mais dúvidas; e, mediante a teoria da coerência da verda<strong>de</strong>,<br />
outras proposições são então estabelecidas.<br />
Saint Simon acreditava que a <strong>filosofia</strong> é aquele meio através do qual po<strong>de</strong>mos pôr em<br />
harmonia, em nossa mentalida<strong>de</strong>, os elementos do mundo, que parecem <strong>de</strong>sligados uns<br />
dos outros.<br />
Hegel pensava que a função da <strong>filosofia</strong> é <strong>de</strong>duzir categorias, isto é, os conceitos básicos<br />
necessários para a interpretação <strong>de</strong> qualquer realida<strong>de</strong> ou ato, ou natureza mesma das<br />
coisas. Todas as coisas, operando individual e coletivamente, expressariam o Espírito<br />
Absoluto, que atua através da tríada da tese, anti-tese e síntese.<br />
Cousin opinava que a <strong>filosofia</strong> é aquela ativida<strong>de</strong> que classifica e interpreta a experiência<br />
humana.<br />
Spencer ensinava que a <strong>filosofia</strong> é uma disciplina sintética, que incorpora muitos campos<br />
<strong>de</strong> inquirição, unificando-os através <strong>de</strong> princípios universais. Ele acreditava que a<br />
evolução é básica, unificando as idéias <strong>de</strong> todos os campos do conhecimento, da<br />
experiência e do ser.<br />
Bergson asseverava que a <strong>filosofia</strong> é, essencialmente, uma função intuitiva, que nos<br />
brinda com a compreensão sobre a realida<strong>de</strong> básica. Segundo ele pensava, a razão<br />
engendra muitas falácias.<br />
Os filósofos lingüísticos, como Schilick, acreditam que a tarefa da <strong>filosofia</strong> consiste em<br />
explorar a lógica da ciência, produzindo a purificação da linguagem filosófica.<br />
C.D. Broad distinguia entre a <strong>filosofia</strong> especulativa e a <strong>filosofia</strong> crítica. É tarefa da <strong>filosofia</strong><br />
elaborar muitas explicações alternativas no tocante a qualquer assunto, e então, mediante<br />
a análise critica, selecionar entre as melhores alternativas.<br />
Hei<strong>de</strong>gger pensava que a ativida<strong>de</strong> dos filósofos tem por intuito re<strong>de</strong>scobrir o significado<br />
do Ser, uma herança antigamente possuída (segundo ele pensava) pela <strong>filosofia</strong> grega.<br />
Bonhoeffer distinguia entre o que ele chamava <strong>de</strong> <strong>filosofia</strong>s da ação (que enfatizam o ser<br />
humano) e <strong>filosofia</strong>s do ser (que enfatizam alguma divinda<strong>de</strong> histórica).<br />
William James <strong>de</strong>screvia a <strong>filosofia</strong> como a tentativa para pensar <strong>de</strong> maneira clara e<br />
metódica acerca <strong>de</strong> certas noções ou conceitos que sempre estão girando em nossos<br />
pensamentos, e que parecem necessários para nosso processo <strong>de</strong> pensamento, mas<br />
sobre os quais as ciências especiais nada nos dizem.<br />
G. T. W. Patrick <strong>de</strong>finia a <strong>filosofia</strong> como a tentativa para combinar as experiências<br />
comuns da vida, por um lado, com os resultados das ciências especiais, por outro lado,<br />
formando uma teoria mundial coerente e harmônica.<br />
8