Sage 2012 It's Easy! - Vida Económica
Sage 2012 It's Easy! - Vida Económica
Sage 2012 It's Easy! - Vida Económica
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
32 SEXTA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO <strong>2012</strong><br />
ASSOCIATIVISMO<br />
Exportações do setor metalúrgico<br />
e metalomecânico crescem 9%<br />
No primeiro semestre de <strong>2012</strong>, as exportações da fileira da<br />
metalúrgica e metalamocânica aumentaram para perto dos<br />
9% (8,9%), enquanto as importações caíram 19,3%. Os<br />
dados são apresentados pela Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos<br />
(AIMMAP) e fazem parte de um estudo sobre o comércio internacional. Feitas as contas, em<br />
junho de <strong>2012</strong> o volume das exportações do setor ascendeu a 1113 milhões de euros.<br />
CÉSAR BESSA MONTEIRO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS CONSULTORES EM PROPRIEDADE INTELECTUAL, AFIRMA<br />
“Proteção de marcas portuguesas no estrangeiro<br />
aumenta 12% ao ano”<br />
Para César Bessa Monteiro, “tem sido notável a atividade de inovação de muitas empresas portuguesas<br />
na presente conjuntura”.<br />
Market reports<br />
sobre Angola<br />
RESERVE<br />
JÁ<br />
O SEU EXEMPLAR<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
O mercado angolano é uma fonte de<br />
oportunidades de exportação e de<br />
investimento, mas exige informação<br />
adequada. Através dos nossos Market<br />
Reports sobre Angola ficará a conhecer a<br />
situação concreta do país e do setor que<br />
lhe interessa de forma a abordar o mercado<br />
com mais eficácia e menos riscos.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Só no ano passado foram<br />
apreendidos, em Portugal,<br />
produtos contrafeitos “no<br />
valor de 50 milhões de<br />
euros”, refere o presidente da<br />
Associação Portuguesa dos<br />
Consultores em Propriedade<br />
Intelectual. César Bessa<br />
Monteiro sublinha que<br />
os 400 euros que custa o<br />
pedido de registo de uma<br />
marca em Portugal devem<br />
“ser considerados mais<br />
como um investimento e<br />
uma salvaguarda do que<br />
como um custo”. Saiba que<br />
medidas tomar na hora de<br />
internacionalizar e exportar,<br />
quer para Europa quer para<br />
Ásia ou Angola.<br />
MARTA ARAÚJO<br />
martaaraujo@vidaeconomic.pt<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong> - Com a temática<br />
da internacionalização na ordem do<br />
dia, quais são as principais cautelas a<br />
ter sobre a proteção de dados e patentes?<br />
César Bessa Monteiro - No que respeita<br />
à proteção dos direitos da propriedade<br />
industrial, designadamente das invenções<br />
por meio de depósitos de pedidos de patentes,<br />
devem os inventores, sem demoras,<br />
requerer tal proteção a fim de não<br />
verem todo um esforço de investigação<br />
ir beneficiar terceiros que em nada contribuíram<br />
para o processo inventivo. No<br />
que respeita, em particular, às invenções,<br />
há que deixar claro que um dos requisitos<br />
da patenteabilidade de um processo ou<br />
de um produto consiste na novidade, que<br />
poderá ser posta em causa se o processo<br />
ou produto for divulgado antes da apresentação<br />
no instituto competente do pedido<br />
de patente. Por essa razão, os gastos<br />
com a proteção da propriedade intelectual<br />
devem ser considerados mais como um<br />
investimento e uma salvaguarda do que<br />
como um custo.<br />
Por outro lado, os inventores portugueses<br />
– e tem sido notável a atividade de<br />
inovação de muitas empresas portuguesas<br />
na presente conjuntura – têm ao seu dispor<br />
instrumentos que lhes permitem proteger<br />
dentro e fora do país e sem grande<br />
dificuldade o produto da sua atividade<br />
inventiva, como é o caso da proteção pedida<br />
ao abrigo da Convenção da Patente<br />
Europeia ou do Patent Cooperation Treaty.<br />
REGISTO<br />
400 euros devem ser<br />
considerados um<br />
investimento e salvaguarda<br />
e não custo<br />
VE - Os países asiáticos e Angola, a<br />
título de exemplos, são algo propensos<br />
ao “nascimento” de marcas selvagens.<br />
Nestes cenários, quais são as reais<br />
vantagens da proteção das patentes?<br />
Adianta fazê-lo?<br />
CBM - O registo de uma patente, de<br />
uma marca ou de qualquer outro direito<br />
de propriedade industrial deve constituir<br />
preocupação séria do seu titular, já que<br />
na maioria dos países só o registo confere<br />
proteção. Mesmo nos países em que a<br />
protecção de direitos possa ser mais frágil<br />
e menos controlada, é fundamental<br />
promover o registo, já que só ele, de um<br />
modo ou outro, permite fundamentar o<br />
combate à contrafação.<br />
Aspecto diferente é a exportação para<br />
Portugal ou para o espaço comunitário<br />
de produtos contrafeitos vindos de países<br />
terceiros, sobretudo da Ásia. Torna-se hoje<br />
evidente que a contrafação é um flagelo<br />
mundial que a Internet veio potencializar<br />
e que movimenta milhões de milhões de<br />
euros. Só no ano passado em Portugal foram<br />
apreendidos produtos contrafeitos no<br />
valor de 50 milhões de euros.<br />
VE - Está a aumentar o número de<br />
marcas registadas no estrangeiro por<br />
empresas portuguesas?<br />
CBM - Dados que possuo permitem-<br />
-me concluir que o número de marcas<br />
requeridas para proteção no estrangeiro<br />
com origem em Portugal tem aumentado<br />
na ordem dos 12% por ano, designadamente<br />
as marcas comunitárias e as marcas<br />
internacionais. Em 2011 foram pedidas<br />
1007 marcas comunitárias na OHMI,<br />
em Alicante, e 151 marcas internacionais.<br />
VE - Em média, qual é o custo (preço)<br />
do pedido de uma proteção? Comparativamente<br />
com Espanha e Alemanha,<br />
por exemplo, é mais ou menos<br />
barato?<br />
CBM - O pedido de registo de uma<br />
marca em Portugal feito com a colaboração<br />
e assistência de um profissional,<br />
andará à volta dos 400 euros. Tal registo<br />
é mais barato do que aquele que nas mesmas<br />
circunstâncias é efetuado em Espanha<br />
ou Alemanha. Mas se um português<br />
quiser proteger a sua marca em Espanha,<br />
Alemanha ou noutro país da Comunidade<br />
Europeia não terá necessidade de ir<br />
pedir o registo em cada um desses países,<br />
mas poderá lançar mão da Marca Comunitária<br />
e, nesse caso o custo do registo é o<br />
mesmo porque é só um.