Sage 2012 It's Easy! - Vida Económica
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6 SEXTA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO <strong>2012</strong><br />
ATUALIDADE<br />
BBVA lança campanha de soluções de poupança<br />
NUNO GUERRA SANTOS, ADMINISTRADOR DA ACCENTURE, CONSIDERA<br />
Centro de Conferência de Faturas aumenta<br />
As receitas e<br />
documentos de despesa<br />
do Serviço Nacional de<br />
Saúde são verificados no<br />
Centro de Conferência<br />
de Faturas, situado na<br />
Maia. Uma equipa de<br />
cerca de 200 pessoas<br />
procede à verificação e<br />
conferência das receitas<br />
de medicamentos e<br />
exames complementares<br />
prescritos aos utentes<br />
do SNS. Este centro<br />
tem a particularidade<br />
de ser gerido por uma<br />
entidade privada, em<br />
regime de outsourcing.<br />
Em entrevista à<br />
“<strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong>”,<br />
Nuno Guerra Santos,<br />
administrador da<br />
Accenture com a<br />
responsabilidade da<br />
área da Saúde, faz um<br />
balanço positivo dos<br />
dois anos de atividade.<br />
A concentração da<br />
atividade neste centro<br />
reduziu os custos<br />
de processamento e<br />
aumentou a eficácia,<br />
permitindo ao<br />
Estado recuperar o<br />
investimento efetuado<br />
nas novas instalações.<br />
Para este responsável,<br />
a especialização e os<br />
processos desenvolvidos<br />
no Centro de<br />
Conferência de Faturas<br />
abrem caminho a novos<br />
projetos semelhantes na<br />
Administração Pública.<br />
O BBVA lançou uma nova campanha de Soluções Poupança,<br />
destinada a clientes de todas as idades. A intenção do banco espanhol<br />
é que os respetivos clientes rentabilizem as suas poupanças<br />
e investimentos da melhor forma. O que pode ser facilitado<br />
através da colocação de uma vasta gama de produtos de poupança.<br />
Trata-se de garantir maior estabilidade financeira aos clientes,<br />
sobretudo permitir às famílias rentabilizarem as poupanças.<br />
JOÃO LUÍS DE SOUSA<br />
jlsousa@vidaeconomica.pt<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Económica</strong> – O Centro de<br />
Conferência de Faturas do SNS<br />
corresponde a uma tendência de<br />
cooperação com os operadores<br />
privados para aumentar a eficiência<br />
e conter os custos dos serviços<br />
públicos?<br />
Nuno Guerra Santos – O Centro<br />
de Conferência de Faturas é talvez o<br />
exemplo mais evidente. Na Accenture<br />
temos trabalhado em diferentes<br />
áreas com a administração central<br />
e também com os prestadores privados,<br />
normalmente em projectos<br />
circunscritos a uma ou duas vertentes<br />
de atuação. O caso do Centro é<br />
um exemplo de referência porque<br />
envolve todas essas capacidades ao<br />
mesmo tempo. Partimos de uma<br />
estrutura de conferência de faturas<br />
que era feita em 18 distritos para<br />
construir uma nova capacidade que<br />
integra todos esses processos e todas<br />
as atividades que estavam dispersas,<br />
concentrando-as num único local de<br />
uma forma completamente otimizada,<br />
com os investimentos necessários<br />
nos sistemas de informação, nas instalações<br />
e nas pessoas. É um exemplo<br />
do que pode ser feito de uma forma<br />
muito estruturada. E os benefícios já<br />
são bastante visíveis.<br />
VE – Após estes dois anos de<br />
atividade, quais foram os ganhos<br />
de eficiência obtidos?<br />
NGS – Há ganhos de eficiência<br />
diretos do ponto de vista do custo<br />
da operação. A operação estava<br />
dispersa por vários locais e foi centralizada<br />
e racionalizada.<br />
Estamos a falar de instalações<br />
que foram desenhadas especificamente<br />
para este feito, de processos<br />
completamente otimizados para<br />
que toda a ação seja o mais eficaz<br />
possível. Houve formação que foi<br />
feita para todas as pessoas de modo<br />
a que todas atuem da mesma forma<br />
e com o mesmo grau de eficiência<br />
e com as economias de escala<br />
introduzidas. Os sistemas de informação<br />
e os processos de controlo<br />
de gestão foram implementados de<br />
modo a proporcionarem ganhos<br />
de eficiência.<br />
O número de recursos envolvidos<br />
foi claramente reduzido,<br />
significando assim a diminuição<br />
daquele que era o custo direto. O<br />
impacto no resultado na atividade<br />
é muito significativo, tendo em<br />
conta o acréscimo de controlo pelo<br />
método introduzido, isto é, deste<br />
processo de consolidação resultou<br />
um processo mais eficaz: detetam-<br />
-se mais facilmente os erros logo<br />
Governo aumenta juros nos certificados de aforro<br />
“O Centro de Conferência de Faturas é um projeto inovador, representando um bom exemplo a nível internacional”<br />
– refere Nuno Guerra Santos.<br />
O Governo aumentou os juros pagos nos certificados de aforro, esta<br />
semana, nas séries B e C. O objetivo passa por captar mais poupança<br />
por parte dos particulares. As duas séries terão um retorno de 3,2%,<br />
sendo que o juro varia de acordo com a cotação da Euribor a três meses,<br />
não podendo ultrapassar os cinco pontos percentuais. As remunerações<br />
ficam acima da maioria dos depósitos a prazo disponibilizados<br />
pelos bancos (em junho, a taxa média bancária cifrou-se em 3%).<br />
Centro emprega cerca<br />
de 200 pessoas na Maia<br />
Valor das faturas<br />
irregulares atinge<br />
60 milhões de euros<br />
nos dois primeiros<br />
anos da operação<br />
reduzem-se as irregularidades e<br />
os pagamentos indevidos. Dessas<br />
irregularidades estamos a falar de<br />
um valor de documentos de despesa<br />
devolvido superior a 60 milhões<br />
de euros, o que é um impacto muito<br />
significativo.<br />
VE – Em que áreas surgem<br />
mais situações de irregularidade?<br />
NGS – Há irregularidades de diversos<br />
tipos. Não compete ao centro<br />
distinguir aquilo que é fraude e<br />
aquilo que são irregularidades meramente<br />
processuais. Tudo o que são<br />
irregularidades é reportado. Há um<br />
efeito direto de conferência e correção.<br />
A informação que existe no centro<br />
como resultado dessa verificação<br />
pode e é utilizada pelas entidades<br />
competentes também para verificar<br />
o que possa configurar situações<br />
fraudulentas.<br />
Daqui resulta um efeito dissuasor<br />
indireto pelo facto de existir mais<br />
controlo.<br />
VE – Sendo a conferência mais<br />
eficaz, os fornecedores também<br />
podem ganhar porque o processo<br />
de pagamento tende a ser mais<br />
rápido?<br />
NGS – Todo o processo se torna<br />
mais rápido e mais transparente.<br />
Os timings, a forma como os documentos<br />
são devolvidos ou não<br />
devolvidos, tudo isso, por estar<br />
num processo único, está perfeitamente<br />
normalizado, contribuindo<br />
para o aumento do nível de confiança.<br />
VE – Há casos de centros de<br />
conferência parecidos noutros<br />
países?<br />
NGS – Este processo é especifíco,<br />
mas existem situações similares<br />
noutros países. Diria que como<br />
este foi feito, não conheço outro<br />
caso igual. É um projeto inovador,<br />
representando um bom exemplo a<br />
nível internacional.<br />
VE – Este serviço envolveu a<br />
contratação de pessoas que estavam<br />
a trabalhar para a administração<br />
pública?<br />
NGS – No essencial, o trabalho<br />
já era realizado por empresas privadas<br />
com pessoas contratadas a nível<br />
distrital. Mas era desenvolvido em<br />
18 sítios diferentes, com 18 contratos<br />
e com diferenças na forma como<br />
a conferência era processada. Houve<br />
uma grande mudança da forma<br />
de verificar e conferir. Estaremos a<br />
falar de 500 operadores que passaram<br />
a ser menos de 200 operadores.<br />
Obviamente, há um custo menor e<br />
com melhores resultados do ponto<br />
de vista da eficácia.<br />
VE – Uma das tendências é a<br />
desmaterialização das receitas<br />
utilizadas no SNS, obrigando a<br />
uma mudança dos procedimentos<br />
de conferência?<br />
NGS – Há dois elementos essenciais.<br />
Por um lado, a receita. Com a<br />
desmaterialização da receita, estava<br />
previsto que ia haver uma transferência<br />
progressiva do receituário<br />
em papel para o processo eletrónico.<br />
Mas o documento de despesa,<br />
o que é remetido nas farmácias,<br />
continua neste momento em papel.<br />
Esta desmaterialização do processo<br />
é uma tendência a prazo.<br />
O cartão de utente hoje faz parte<br />
do cartão do cidadão e o que se pensou<br />
desde início foi que o cartão de