Entrevista Médico pernambucano Enilton Egito ... - Revista Algomais
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das peças. Atualmente a empresa tem um<br />
mix com 600 itens, que vão desde fruteiras,<br />
castiçais e luminárias a pequenos móveis.<br />
Utilizando materiais reciclados, madeira de<br />
reflorestamento e de coqueiro, a empresa<br />
exporta para países como Venezuela,<br />
Bolívia e Angola e recebeu da Associação<br />
Brasileira da Indústria de Móveis o “Quality<br />
for Export”, selo que certifica a qualidade<br />
os produtos.<br />
Uma das marcas registradas das lojas<br />
de Porto de Galinhas são os peixes coloridos<br />
de vidro. Esse trabalho é desenvolvido<br />
por Iara Tenório, há mais de 15 anos. Com<br />
um ateliê em Piedade e uma loja no Paço<br />
Alfândega, exporta seus objetos para países<br />
como França, Espanha e Alemanha.<br />
Formada pela Escola Pan Americana de<br />
Arte de São Paulo, a designer utiliza materiais<br />
novos e também reciclados. No ateliê<br />
usa um forno de alta temperatura para derreter<br />
as chapas de vidro dentro da forma,<br />
o que resulta em um trabalho que é a cara<br />
do verão <strong>pernambucano</strong>: colorido e alegre.<br />
Os vidros de Tenório viram flor, mandalas,<br />
folhagens e também os conhecidos peixes.<br />
“A aceitação é muito boa, mas a gente precisa<br />
divulgar mais. É um vidro colorido, uma<br />
releitura da cor natural e tem uma cara bem<br />
brasileira pelo colorido tropical. Na Europa<br />
as cores são mais sóbrias, aqui tem a cor<br />
de praia” ressalta a design.<br />
Além de coqueiros, tronco de bananeira,<br />
couro e escamas de peixe e vidros,<br />
no grupo da Exportarte tubos de PVC também<br />
viram objetos de decoração. Esta<br />
foi uma ideia do arquiteto Isnaldo Reis,<br />
hoje bastante popular em lojas e feiras<br />
de bairro. Em 2000, ele fez a primeira<br />
exposição na Associação Comercial. Em<br />
2002 ganhou o primeiro lugar na feira internacional<br />
The New York Homes Textiles<br />
Show, nos Estados Unidos, na categoria<br />
assessórios para casa. A empresa Isnaldo<br />
Reis Designer foi criada em 2004 e<br />
também foi contemplada com o Prêmio<br />
Sebrae Top 100 de Artesanato deste ano.<br />
Além de luminárias, a empresa produz<br />
outros objetos como mandalas e suplás.<br />
Com uma capacidade de produção de<br />
500 peças mensais, exporta para a França,<br />
Alemanha e Estados Unidos, que, no<br />
entanto, deu uma parada por conta da<br />
crise econômica, mas já está aos poucos<br />
retomando o ritmo normal.<br />
“Nós criamos aqui o primeiro emprego,<br />
Alexandre Albuquerque<br />
n Luminárias de PVC são exportas para Europa e Estados Unidos<br />
todos os nossos funcionários entram com 18<br />
anos, sem qualquer experiência e nós assinamos<br />
a carteira profissional pela primeira vez.<br />
Ele não precisa ter um conhecimento específico,<br />
mas tem que ter jeito com trabalho<br />
manual, que ele goste e se sinta bem com<br />
este tipo de trabalho,” explica Mona Holanda,<br />
sócia de Isnaldo Reis. Além da responsabilidade<br />
social, a empresa busca também não<br />
desperdiçar nada. “A gente trabalha com o<br />
Alexandre Albuquerque<br />
n Mona Holanda cobra mais<br />
apoio do Governo<br />
aproveitamento do lixo, nós tínhamos muito<br />
retraço, então surgiram as peças pequenas<br />
como saboneteira, porta guardanapo, porta<br />
copo, bijuterias. O que iria para o lixo vira obra<br />
de arte,” destaca Holanda.<br />
“Todas as empresas da Exportarte tem<br />
essa filosofia de aproveitar tudo. Nós queremos<br />
chegar mais junto do Governo do Estado<br />
para que tenhamos um apoio maior. O<br />
Governo incentiva muito o artesanato suvenir,<br />
mas ele precisa também incentivar as<br />
micro empresas. A gente está empregando<br />
pessoas, está contribuindo, e pagando imposto.<br />
Nós temos qualidade, produção, mas<br />
nunca conseguimos participar de feiras no<br />
exterior porque as dificuldades são muito<br />
grandes. Nós sabemos que anos atrás, no<br />
governo de Miguel Arraes, ele conseguiu<br />
levar algumas empresa para o exterior com<br />
o apoio do Estado. A gente aqui ainda não<br />
teve isso,” destaca Holanda.<br />
De fato, com tantas empresas multinacionais<br />
vindo para Pernambuco é importante<br />
ter reforçada a identidade local, e sem dúvida<br />
um artesanato forte, que é o resultado<br />
da criatividade e do trabalho destes artistas<br />
contribui para fortalecer essa identidade.<br />
Tanto os pequenos artesãos quanto os que<br />
produzem em grande escala e com isso<br />
levam a arte pernambucana para os mais<br />
distantes lugares merecem todo apoio do<br />
Governo do Estado e da sociedade pernambucana.<br />
Valorizar esses artistas é valorizar a<br />
arte de Pernambuco. n<br />
dezembro ><br />
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