Teoria do Conhecimento d02 - Acervo Digital da Unesp
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ficha sumário bibliografia<br />
tema 4<br />
até hoje imprevisíveis em nossa vi<strong>da</strong> cotidiana (por exemplo, com a construção de computa<strong>do</strong>res<br />
e robôs humanóides que operam em redes interferin<strong>do</strong> em nossas ativi<strong>da</strong>des mais básicas)”<br />
(Gonzalez et al, 2010, p. 140).<br />
Turing propôs o seu famoso teste sob a forma de um jogo de imitação: se uma máquina<br />
puder se fazer passar por um ser humano em um diálogo, sem que o seu interlocutor perceba<br />
que se trata de uma máquina, tal máquina constituiria um bom modelo explicativo <strong>do</strong> pensamento,<br />
e ela própria poderia ser reconheci<strong>da</strong> como inteligente. Ain<strong>da</strong> que, até o momento,<br />
nenhuma máquina tenha si<strong>do</strong> bem sucedi<strong>da</strong> no teste de Turing por mais de alguns minutos, as<br />
hipóteses de Turing sobre a natureza mecânica <strong>do</strong> pensamento são constantemente fortaleci<strong>da</strong>s<br />
graças ao avanço <strong>da</strong>s novas tecnologias informacionais.<br />
A caracterização <strong>do</strong> pensamento em termos de informação simbólica propiciou o surgimento<br />
de um programa de pesquisa que definirá o conhecimento como crença fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em<br />
Informação (Dretske, 1981). Muitas críticas têm si<strong>do</strong> feitas por filósofos a esse programa de<br />
pesquisa, principalmente desenvolvi<strong>da</strong>s na vertente <strong>da</strong> Ciência Cognitiva conheci<strong>da</strong> como Inteligência<br />
Artificial (IA). As diversas vertentes <strong>da</strong> Ciência Cognitiva têm como elemento unifica<strong>do</strong>r<br />
a prática de modelagem mecânica no estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> pensamento. A maioria dessas críticas<br />
ressalta o aspecto simplifica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> técnica de modelagem, pois ela necessariamente seleciona<br />
aquelas variáveis envolvi<strong>da</strong>s no pensamento que podem ser computáveis e, assim, passíveis de<br />
descrição mecânica e reprodução por uma máquina. Os primeiros modelos <strong>da</strong> IA, por exemplo,<br />
não incluíam aspectos emocionais, biológicos, ambientais e sociais presentes nos processos<br />
de pensamento (atualmente, algumas dessas variáveis já estão sen<strong>do</strong> considera<strong>da</strong>s nos modelos<br />
<strong>da</strong> IA, como pode ser verifica<strong>do</strong> no livro The emotion machine de Marvin Minsky).<br />
Se, por um la<strong>do</strong>, o avanço <strong>da</strong> tecnologia informacional colaborou para o desenvolvimento e<br />
propagação de modelagens <strong>do</strong> pensamento em conformi<strong>da</strong>de com a concepção de informação<br />
simbólica, por outro la<strong>do</strong>, a segun<strong>da</strong> vertente de estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> informação, no seu viés ecológico,<br />
passou quase que despercebi<strong>da</strong> na alega<strong>da</strong> vira<strong>da</strong> informacional. Algumas <strong>da</strong>s hipóteses dessa<br />
segun<strong>da</strong> vertente são:<br />
1. O conhecimento provém <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> que ocorre na troca de informações entre os<br />
organismos e o meio ambiente, possibilitan<strong>do</strong> o desenvolvimento de ação habili<strong>do</strong>sa.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, conhecimento e ação habili<strong>do</strong>sa estão intrinsecamente conecta<strong>do</strong>s, não<br />
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TEMAS<br />
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