A visão de relacionamentos afetivos e conjugalidade em

esponsabilidades entre marido e mulher e entre pais e filhos. O número de
separações e divórcios aumentou, os jovens casam mais tarde, cresceu o número
de famílias reconstituídas, de famílias monoparentais e de famílias chefiadas por
mulheres, nas classes médias.
Observa-se também um número crescente de pais que compartilham com a mãe ou
até mesmo assumem, as tarefas domésticas e a educação dos filhos, buscando se
adequar às novas demandas da realidade atual. Porém, essas mudanças parecem
não estar ocorrendo com a mesma freqüência e intensidade em todas as famílias. O
que encontramos hoje em dia são famílias com diferentes configurações e
estruturas. Estudiosos sobre o tema (Wagner, Predebon, Mosmann e Verza, 2005),
contudo, constataram em suas pesquisas que no Brasil e nos Estados Unidos a
divisão das tarefas domésticas ainda tende a seguir padrões relativamente
tradicionais. Mesmo nas casas onde as mulheres têm um ganho financeiro maior do
que o de seus maridos, ou mesmo naquelas onde os maridos estão
desempregados, elas parecem ainda realizar uma quantidade muito maior de
atividades domésticas do que eles. Cabe mencionar aqui, ainda, que as tarefas
domésticas desempenhadas pelos maridos são percebidas, na maior parte das
vezes, como uma "ajuda", o que expressa a isenção de responsabilidade do homem
pelo desempenho de tais atividades.
Observa-se também um aumento expressivo do número de mulheres chefes de
família, em razão da expressiva mudança nos processos de modernização da
sociedade, em curso desde os anos 1970, sobretudo no atual contexto de
renovação de valores e abertura de novas possibilidades antes impensáveis, como
a aceitação da separação conjugal e o surgimento da lei do divórcio (RIBEIRO,
1994).
Hoje, com a pluralidade de experiências amorosas disponíveis, as pessoas se
convencem de que amar é uma habilidade que se pode adquirir e que o domínio
dessa habilidade aumenta com a prática e a assiduidade do exercício. Acontece que
elas acabam adquirindo também habilidades para terminar rapidamente uma
relação e começar uma nova. Como aponta Bauman (2004), “O efeito dessa
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