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A Semiótica do Regional no Pensamento Geoestratégico Brasileiro

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por meio de análise experimental de discursos oficiais; iii) Buscar evidências de aplicação das<br />

ideias-sig<strong>no</strong>s encontradas <strong>no</strong> esforço regionalista brasileiro, por meio de estu<strong>do</strong> de caso.<br />

A relação entre agência e estrutura esquematizada <strong>no</strong> quadro 3 abrange processos de<br />

caracterização de imagens de ontologia regional com base em dicotomias da qualidade das<br />

relações sociais nesse espaço. Para cada nível de imagem ontológica – internacional ou regional –<br />

há associações com arquétipos de cooperação e conflito; de passividade e atividade. Imagens<br />

ontológicas cognitivamente atadas a esquemas cognitivos mais complexos – envolven<strong>do</strong> modelos<br />

de identificação, receitas de pragmática social, <strong>do</strong>utrinas de ação estatal – devem engendrar<br />

regimes de pensamento que podem ser busca<strong>do</strong>s em discursos oficiais e políticas públicas. Essa<br />

dinâmica é ora criativa outrora reativa às amarras da estrutura de cognição social.<br />

Quadro 3. Estrutura Simbólica e Agência Estatal. Fonte: elabora<strong>do</strong> pelo autor<br />

As diferentes funções <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s científicos de estu<strong>do</strong> de caso, méto<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>,<br />

experimental e estatístico – diferencia<strong>do</strong>s pelo número de casos analisa<strong>do</strong>s – compõem o que<br />

David Collier (2002) chama de “building blocs” <strong>do</strong> pensamento meto<strong>do</strong>lógico. Segun<strong>do</strong> Giddens<br />

(2005), a investigação empírica nas ciências sociais é útil para responder a três questões<br />

fundamentais das ciências humanas, todas paralelas ao pla<strong>no</strong> exclusivamente teórico: i) a questão<br />

factual, em que se descreve o que de fato aconteceu; ii) a questão evolutiva, que dimensiona o<br />

fato em um processo temporal; e iii) a questão comparativa, que busca contrastar o fato com<br />

experiências paralelas, buscan<strong>do</strong> similitudes e divergências. Nesse senti<strong>do</strong>, a composição<br />

meto<strong>do</strong>lógica entre análise experimental e estu<strong>do</strong> de caso permite avaliar o objeto de estu<strong>do</strong> com<br />

maior densidade crítica.<br />

Ao fazer uso <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> da Análise Experimental, meu objetivo é testar a influência de<br />

esquemas cognitivos em políticas de segurança regional. Diversas ideias-sig<strong>no</strong>s já terão si<strong>do</strong><br />

elencadas com análise histórica, contu<strong>do</strong> a identificação de elos entre essas categorias de mo<strong>do</strong> a<br />

formatar esquemas exige análise de <strong>do</strong>cumentos. Para tanto, políticas de segurança regional de<br />

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