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capas biologia celular e molecular - FTC EAD - FACULDADE

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Biologia<br />

Celular e<br />

Molecular<br />

52<br />

capazes de diferenciar-se em células do músculo cardíaco, regenerando<br />

parcialmente esse músculo em um coração enfartado.<br />

O sangue do cordão umbilical e da placenta de recém-nascidos são<br />

tipos de tecido particularmente ricos em CTs hematopoiéticas. Como ainda<br />

são células imaturas, as CTs do sangue contido no cordão umbilical causam<br />

menos reação imunológica e, dessa forma, apresentam um menor risco de<br />

rejeição nesses transplantes. Ao nascimento, são coletados de 80 a 100<br />

mililitros desse sangue contido no cordão umbilical e na placenta, que podem ser estocados<br />

e congelados a – 135º C. Dessa forma, em muitos países, inclusive no Brasil, foram criados<br />

bancos de sangue de cordão umbilical para servir de fonte de doação para transplantes de<br />

medula óssea.<br />

Como as derivadas da medula óssea, as CTs do sangue do cordão umbilical também<br />

podem se diferenciar em outros tipos de células em cultura, representando uma fonte potencial<br />

de CTs adultas para transplante. Por isso, algumas empresas já oferecem o serviço de<br />

coleta e estoque dessas células, retiradas do sangue do cordão umbilical e da placenta<br />

logo após o nascimento da criança. Caso o indivíduo necessite durante sua vida de um<br />

transplante de medula óssea, essas células podem ser utilizadas como fonte de transplante,<br />

sem que se corra o risco de rejeição.<br />

Quem sabe se no futuro essas células também não possam servir como fonte para<br />

transplantes de outros tecidos, promovendo a regeneração de órgãos?<br />

CTs Embrionárias ou Adultas?<br />

Assim como as CTs embrionárias, as CTs adultas possuem um grande potencial<br />

terapêutico. Contudo, podem ser isoladas de tecidos do próprio paciente, eliminando o<br />

problema da rejeição e da destruição de embriões.<br />

Se essas células-tronco são tão versáteis e não é preciso nenhum embrião para<br />

obtê-las, por que não trabalhar só com elas e deixar as polêmicas CTs embrionárias para<br />

lá? Por algumas razões. Primeiro, porque essas CTs adultas são raras – estima-se, por<br />

exemplo, que somente em cada um milhão de células da medula óssea tenha de fato um<br />

grande potencial de diferenciação em diversos tipos <strong>celular</strong>es. Segundo, ao contrário das<br />

CTs embrionárias, que podem ser multiplicadas quase ilimitadamente no laboratório sem<br />

perder seu potencial de diferenciação, após algum tempo, as CTs adultas perdem sua<br />

capacidade de se dividir e de se diferenciar – isso pode limitar seu uso como fonte de<br />

tecido para transplante. E, finalmente, apesar de essas CTs serem de fato uma fonte de<br />

diferentes tipos de célula, ainda não se sabe se elas podem se diferenciar em qualquer tipo<br />

de célula como as CTs embrionárias. Logo, ainda não se sabe se as CTs adultas serão<br />

substitutas perfeitas para as CTs embrionárias e se devemos continuar investindo em<br />

pesquisas nessas duas categorias de Cts.

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