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capas biologia celular e molecular - FTC EAD - FACULDADE

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Biologia<br />

Celular e<br />

Molecular<br />

66<br />

Apenas para ilustrar, aí está o Projeto Genoma Humano suscitando<br />

diversas questões de natureza ética que não podem ser analisadas apenas<br />

por médicos, por biólogos, por economistas, por políticos, etc. O enfoque há<br />

que ser o da Bioética, envolvendo os diversos segmentos da sociedade.<br />

É digno de destaque o fato de que a Bioética nessa sua trajetória,<br />

buscando seu caminho, foi também abrindo novas vias, novos horizontes,<br />

novas perspectivas em diversas outras disciplinas (principalmente naquelas<br />

que atuam na interdisciplinaridade da Bioética). A própria ética das corporações (idealmente<br />

não corporativista) passa a ser reavaliada não só de “dentro para fora”, mas também de<br />

fora para dentro. A onda da Bioética vem atingindo diversos setores relacionados à atividade<br />

humana, aí incluídos também a esfera cultural.<br />

A meu ver, excelente peça, altamente demonstrativa do que vem a ser Bioética, é a<br />

Resolução 196/96-MS, referente à pesquisa envolvendo seres humanos, no Brasil. A peça<br />

é toda ela de Bioética, desde sua concepção, sua elaboração, suas disposições e suas<br />

práticas e, por isso mesmo, se reveste de pioneirismo nesse campo.<br />

Bioética e Reprodução Humana<br />

Bioética? Bioética, sim.<br />

*Médico, professor titular da Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu.<br />

Profº. José Roberto Goldim<br />

O objetivo da reprodução é a geração de novos indivíduos. Uma questão de extrema<br />

atualidade é a caracterização do momento em que o novo ser humano passa a ser<br />

reconhecido como tal. Atualmente podem ser utilizados dezenove diferentes critérios para<br />

o estabelecimento do início da vida de um ser humano.<br />

As tentativas de realizar procedimentos de reprodução medicamente assistida foram<br />

iniciadas no final do século XVIII. Em 1978 estes procedimentos ganharam notoriedade<br />

com o nascimento de Louise Brown, na Inglaterra, que foi o primeiro bebê gerado in vitro. O<br />

Governo Inglês, em 1981, instalou o Committee of Inquiry into Human Fertilization and<br />

Embriology, que estudou o assunto por três anos. As suas conclusões foram publicadas, em<br />

1984, no Warnock Report. Neste mesmo ano, nascia na Austrália um outro bebê, denominado<br />

de Baby Zoe, que foi o primeiro ser humano a se desenvolver a partir de um embrião<br />

criopreservado. Em 1987, a Igreja Católica publicou um documento - Instrução sobre o<br />

respeito à vida humana nascente e a dignidade da procriação - estabelecendo a sua posição<br />

sobre estes assuntos.<br />

A partir de 1990, inúmeras sociedades médicas e países estabeleceram diretrizes<br />

éticas e legislação, respectivamente, para as tecnologias reprodutivas. A Inglaterra, por<br />

exemplo, estabeleceu os limites legais para a reprodução assistida em 1991, com base<br />

nas proposições do Warnock Report.<br />

No Brasil, Conselho Federal de Medicina, através da Resolução CFM 1358/92,<br />

instituiu as Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, em<br />

1992.<br />

Os aspectos éticos mais importantes que envolvem questões de reprodução humana<br />

são os relativos à utilização do consentimento informado; a seleção de sexo; a doação de<br />

espermatozóides, óvulos, pré-embriões e embriões; a seleção de embriões com base na

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