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ELAINE CRISTINA MENDONÇA A DIVISÃO SEXUAL DO ...

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Ainda sobre isto, na mesma obra, Marx (1978, p. 10) revela que<br />

não é, somente, o resultado da atividade que é caracterizado como<br />

produto social, mas o “próprio modo de existência é a atividade social,<br />

porque o que eu faço de mim, o faço para a sociedade e com a<br />

consciência de mim enquanto um ser social.” Desta maneira, o ser<br />

humano é um ser social e, assim, a “exteriorização da sua vida” é,<br />

igualmente, “exteriorização e confirmação da vida social”.<br />

Considerando todo o exposto, concordamos com Marx e Engels<br />

(1984, p. 32) ao afirmar que a produção da vida estabelece-se por meio<br />

de dois tipos de relação: uma que é natural que se trata da reprodução da<br />

espécie; outra que é social e que diz respeito à esfera da produção. Esses<br />

autores explicam que a esfera da produção torna-se social, pois para que<br />

ela se desenvolva é preciso cooperação entre os indivíduos. Ou seja, o<br />

trabalho adquire uma forma social quando os homens trabalham uns<br />

para os outros (MARX, 1998). E, é por isto, que “um determinado modo<br />

de produção [...] está sempre ligado a um determinado modo da<br />

cooperação”, pois segundo Marx (ideologia alemã apud MARX, 1964,<br />

p. 113), é a própria produção que irá determinar a forma deste<br />

relacionamento e/ou cooperação.<br />

Marx (ideologia alemã apud MARX, 1964, p. 113) ainda<br />

explica que “o modo pelo qual os homens produzem seus meios de<br />

subsistência depende, antes de tudo, da natureza dos meios que eles<br />

encontram e têm de reproduzir”. Mas este modo de produção não se<br />

caracteriza, meramente, segundo o autor, pela “reprodução da existência<br />

física dos indivíduos” e, sim pela atividade que desenvolvem, ou seja,<br />

pelo “modo de vida deles”. Desta forma, “a natureza dos indivíduos [...]<br />

depende das condições materiais determinantes de sua produção.”<br />

No Prefácio à Crítica da Economia Política, Marx (1978, p.<br />

129-30) afirma que<br />

14<br />

na produção social da própria vida, os homens<br />

contraem relações determinadas, necessárias e<br />

independentes de sua vontade, relações de<br />

produção estas que correspondem a uma etapa<br />

determinada de desenvolvimento das suas forças<br />

produtivas materiais. A totalidade destas relações<br />

de produção forma a estrutura econômica da

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