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ELAINE CRISTINA MENDONÇA A DIVISÃO SEXUAL DO ...

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Desta forma, nestas sociedades, o valor da força de trabalho é<br />

determinado pelo tempo necessário à manutenção do trabalhador e de<br />

sua família e “não pelo tempo de trabalho necessário para manter<br />

individualmente o trabalhador adulto” (MARX, 1998, p. 452).<br />

Mészáros (2002) faz em sua obra diversos apontamentos que<br />

caracterizam a sociedade pré-capitalista. Assim, destacamos os<br />

seguintes elementos sinalizados por ele: o controle espontâneo da<br />

reprodução biológica e dos recursos existentes; o controle do processo<br />

de trabalho; a determinação de relações apropriadas de troca para<br />

melhor utilizar os recursos naturais e produtivos; o controle e<br />

organização das diversas atividades à “realização de um processo bemsucedido<br />

de reprodução sociometabólica das comunidades humanas”;<br />

destino coerente dos recursos humanos e materiais e, ainda “a<br />

promulgação e a administração das normas e regulamentos do conjunto<br />

da sociedade, aliadas às outras funções e determinações” destas<br />

sociedades (MÉSZÁROS, 2002, p. 213).<br />

Segundo Marx (1987, p. 584), o homem, “ao apropriar-se<br />

individualmente de objetos naturais para prover sua vida” controla a si<br />

mesmo, pois, isoladamente “não pode atuar sobre a natureza, sem por<br />

em ação seus músculos sob o controle de seu cérebro”.<br />

É por isso que, segundo Marx (1964, p. 80), o objetivo da<br />

produção nestas sociedades não se constitui em acumular riqueza. Ou<br />

seja,<br />

16<br />

[...]. A riqueza, por um lado, [é] um objeto<br />

materializado em objetos, em produtos materiais,<br />

de certa forma contraposta ao homem, como um<br />

sujeito. Por outro lado, na qualidade de valor, se<br />

[constitui] simplesmente no direito de comandar o<br />

trabalho de outras pessoas, não com propósitos de<br />

domínio, mas de prazer pessoal, etc. [...].<br />

Porém, a partir do século XVIII, segundo Marx em Para a<br />

crítica da economia política (1978, p. 104), na sociedade burguesa<br />

iniciam as transformações das formas constitutivas deste conjunto social

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