ELAINE CRISTINA MENDONÇA A DIVISÃO SEXUAL DO ...
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capitalista que a comprou”, pois “o trabalhador emprega o dinheiro pago<br />
para a compra da força de trabalho em meios de subsistência” (MARX,<br />
1987, p. 665).<br />
Marx (1987, p. 665) explica que, desta maneira, consumo<br />
produtivo e consumo individual distinguem-se, pois o “primeiro opera<br />
como força motriz do capital e pertence ao capitalista; [no] segundo,<br />
pertence a si mesmo e realiza funções vitais fora do processo de<br />
produção. O resultado de um é a vida do capitalista, e o do outro é a<br />
vida do próprio trabalhador.”<br />
Para Marx (1987, p. 666), na sociedade capitalista, o consumo<br />
individual “constitui fator de produção e reprodução do capital”, pois<br />
independente do local em que ele se processa, o consumo individual do<br />
trabalhador, também é um “elemento necessário do processo de<br />
produção”.<br />
É importante lembrar que, apesar de distintos, ambos os tipos de<br />
consumo servem ao modo de produção capitalista, pois<br />
20<br />
O capital [fornecido] em troca da força de<br />
trabalho se converte em meios de subsistência,<br />
cujo consumo serve para reproduzir músculos,<br />
nervos, ossos e cérebro do trabalhador existente e<br />
para gerar novos trabalhadores. Dentro dos limites<br />
do absolutamente necessário, o consumo<br />
individual da classe trabalhadora, portanto,<br />
transforma os meios de subsistência,<br />
proporcionados pelo capital em troca de força de<br />
trabalho, em nova força de trabalho explorável<br />
pelo capital. É produção e reprodução do meio de<br />
produção mais imprescindível ao capitalista, o<br />
próprio trabalhador (MARX, 1987, p. 666).<br />
Com base em Marx (1991, p. 940), vimos que o que constitui<br />
uma sociedade, considerada em sua estrutura econômica, é “o conjunto<br />
das relações que os agentes da produção, produzindo dentro delas,<br />
mantêm entre si e com a natureza”. Por isso, o processo de produção<br />
capitalista