15.04.2013 Views

reflexos na prática interpretativa

reflexos na prática interpretativa

reflexos na prática interpretativa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Fig. 1.3 - C. Czerny: Prelúdio op. 856 no. 1, comps. 1-7<br />

Mais tarde, em 1833, foram publicados os Estudos op. 125 de Hummel, dos quais o<br />

no. 3 (Fig. 1.4) é claramente inspirado <strong>na</strong> Invenção no. 15 a três vozes de Bach.<br />

Fig. 1.4 - J. N. Hummel: Estudo op. 125 no. 3, comps. 1 e 2<br />

Mas o grande florescimento de peças utilizando claramente formas bachia<strong>na</strong>s<br />

(como por exemplo o Prelúdio e Fuga) ou mesmo o nome BACH (si, lá, dó, si bemol)<br />

apareceram depois com Mendelssohn, Liszt e Camille Saint-Saëns (1835-1921). O<br />

contributo de Chopin para este reavivar foi mais discreto e limitou-se ao facto de insistir<br />

para que os seus alunos estudassem as obras deste Mestre, tendo-as estudado ele próprio e<br />

também interpretado em raras ocasiões. Mais relevante foi a utilização de processos de<br />

composição comuns em Bach, como o contraponto e a utilização de estruturas harmónicas<br />

<strong>na</strong> construção das composições. Podemos afirmar, por isso, que o contributo de Chopin<br />

para o reavivar do interesse por Bach, para além de ter instilado esse interesse nos seus<br />

estudantes, foi ter vestido a sua linguagem musical com novas vestes, rejuvenescendo-a.<br />

Ao invés de utilizar o nome de Bach como tema, tal como faz Liszt <strong>na</strong> Fantasia e Fuga no<br />

tema BACH ou a forma Fuga, Chopin utiliza trechos das suas obras e diversos processos de<br />

composição que lhe são característicos para adensar a textura.<br />

40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!