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Uma análise da Sonata para Violino e Piano de Elpídio Pereira.

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No compasso 119, há uma pequena cadência <strong>para</strong> o violino e <strong>para</strong> piano, há<br />

modulação <strong>de</strong> Ré menor <strong>para</strong> Ré maior e em segui<strong>da</strong> lá maior e retorno ao tema A no<br />

compasso 130. O tema B retorna em tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> no âmbito <strong>de</strong> Fá maior e sua relativa<br />

menor, Ré menor no compasso 150 e o autor se encaminha <strong>para</strong> o tema C em<br />

tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lá bemol maior.<br />

Entre os compassos 196 e 207, há uma ponte <strong>para</strong> a tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lá maior,<br />

novamente há uma seção ca<strong>de</strong>ncial <strong>para</strong> o violino e o retorno do tema A acrescido <strong>de</strong><br />

brilhante variação. Retorno do tema D em registro ain<strong>da</strong> mais brilhante que o tema A<br />

e com o mesmo caráter lírico e sem <strong>de</strong>finir exatamente uma tonali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ora em maior<br />

ora em menor 11 . Segue esta seção até o compasso 279 on<strong>de</strong> o autor estabelece uma co<strong>da</strong><br />

final com muito virtuosismo técnico do violino em arpejos em cor<strong>da</strong>s duplas até seu<br />

fim.<br />

As características apresenta<strong>da</strong>s neste movimento coinci<strong>de</strong>m com a <strong>de</strong>scrição<br />

formal <strong>de</strong> um Rondó-sonata feita por Schoenberg, que assim se refere a esta forma<br />

musical:<br />

O rondó-sonata, com uma seção C modulatória<br />

que elabora elementos temáticos anteriores (...) são tratados <strong>de</strong><br />

modo similar à seção mediana <strong>da</strong> forma-sonata. Esta seção<br />

assemelha-se à seção modulatória mediana <strong>de</strong> scherzo, mas é<br />

normalmente elabora<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma mais organiza<strong>da</strong>. A exposição<br />

e a recapitulação não precisam diferir <strong>da</strong>quelas já anteriormente<br />

discuti<strong>da</strong>s, embora possa surgir um maior grau <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e modificações mais profun<strong>da</strong>s. (SCHOENBERG, 1991, p.<br />

238.)<br />

O esquema formal <strong>de</strong>ste rondó-sonata é o seguinte:<br />

Tabela 5<br />

Quadro geral <strong>da</strong>s seções do 4º movimento:<br />

11 O autor faz uso <strong>de</strong> um artifício <strong>de</strong> seu tempo, a terça do acor<strong>de</strong> tonal principal é aqui trata<strong>da</strong> como terça<br />

modulante, não <strong>de</strong>finindo uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> tonali<strong>da</strong><strong>de</strong> (maior ou menor), porém afirmando um plano<br />

tonal. Este artifício é usado <strong>para</strong> <strong>da</strong>r uma maior força dramática ao texto musical.

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