Custos de Produção Agrícola: A Metodologia da Conab
Custos de Produção Agrícola: A Metodologia da Conab
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Parte I -<br />
Sistemas <strong>de</strong> Cultivo<br />
e Mo<strong>de</strong>los <strong>Agrícola</strong>s<br />
Os resultados dos custos <strong>de</strong> produção estão diretamente relacionados com os sistemas <strong>de</strong> cultivo e<br />
o mo<strong>de</strong>lo agrícola adotado pelo produtor rural.<br />
A metodologia <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção <strong>da</strong> <strong>Conab</strong> abrange as culturas temporárias,<br />
semiperenes e permanentes, po<strong>de</strong>ndo ser utiliza<strong>da</strong> nos produtos ligados à avicultura, suinocultura, caprinocultura,<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> leiteira, extrativismo e sociobiodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aten<strong>de</strong>, portanto, a sistemas <strong>de</strong> cultivo e<br />
mo<strong>de</strong>los agrícolas diversos.<br />
O resumo histórico dos sistemas <strong>de</strong> cultivo e dos mo<strong>de</strong>los agrícolas <strong>de</strong>scritos abaixo tem por objetivo<br />
principal registrar o momento <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong>sta metodologia.<br />
1 - Os sistemas <strong>de</strong> cultivo<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento agrícola envolve diversas variáveis (ecológicas, socioeconômicas, político-institucionais,<br />
culturais e tecnológicas), sendo que a importância relativa <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las se modifica com o<br />
tempo (ROMEIRO, 1998).<br />
Na antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, predominava o sistema <strong>de</strong> associação <strong>da</strong>s culturas <strong>de</strong> cereais e criação <strong>de</strong> gado, com<br />
baixa produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na i<strong>da</strong><strong>de</strong> média permanece o sistema <strong>de</strong> consórcio, mas o uso <strong>de</strong> novas tecnologias<br />
gerou aumento <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>ntes. Na mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> criou-se sistemas <strong>de</strong> culturas <strong>de</strong> cereais<br />
e forrageiras sem pousio, com aumento consi<strong>de</strong>rável <strong>da</strong> produção e <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>ntes comercializáveis, bem<br />
como houve o fortalecimento <strong>da</strong> integração cultura com criação <strong>de</strong> gado (SANTILLI, 2009).<br />
Esse novo sistema <strong>de</strong> cultivo <strong>de</strong>monstrou ser altamente equilibrado sob o ponto <strong>de</strong> vista ecológico,<br />
muito produtivo e seguidor <strong>de</strong> regras agronômicas para estabelecer a posição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> cultura no esquema<br />
<strong>de</strong> rotação, levando em conta também circunstâncias econômicas. Com o advento <strong>de</strong> novos meios <strong>de</strong> produção<br />
e do uso <strong>de</strong> produtos químicos houve a introdução <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> monocultura (ROMEIRO, 1998).<br />
No final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1950 e início <strong>da</strong> <strong>de</strong> 1960, o mo<strong>de</strong>lo agrícola passou a se caracterizar pela asso-<br />
Companhia Nacional <strong>de</strong> Abastecimento<br />
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