Custos de Produção Agrícola: A Metodologia da Conab
Custos de Produção Agrícola: A Metodologia da Conab
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A função produção representa a tecnologia utiliza<strong>da</strong> no processo<br />
produtivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado produto e a tecnologia <strong>de</strong>termina<br />
quais insumos, a sua quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e a forma <strong>de</strong> utilização dos mesmos.<br />
Da<strong>da</strong> uma tecnologia <strong>de</strong> produção, os preços e as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
insumos <strong>de</strong>terminarão os custos totais e em vista <strong>da</strong>s diferentes possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>sses fatores, é possível combiná-los <strong>de</strong> forma<br />
a minimizar os custos <strong>de</strong> produção (CASTRO et al, 2009).<br />
3 - O custo <strong>de</strong> produção<br />
A maximização dos resultados <strong>de</strong> uma empresa ocorre na realização<br />
<strong>de</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva, pois ela procurará sempre obter a<br />
máxima produção possível em face <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> certa combinação<br />
<strong>de</strong> fatores. Os resultados ótimos po<strong>de</strong>rão ser conseguidos quando<br />
houver a maximização <strong>da</strong> produção para um <strong>da</strong>do custo total ou minimizar<br />
o custo total para um <strong>da</strong>do nível <strong>de</strong> produção (VASCONCELOS e<br />
GARCIA 2004).<br />
Na produção, o custo me<strong>de</strong> a renúncia ao emprego dos recursos<br />
produtivos (homens, máquinas, etc) em outro uso alternativo melhor<br />
(RAMIZ, 1988). Assim, o custo total <strong>de</strong> produção po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido<br />
como o total <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas realiza<strong>da</strong>s pela firma com a combinação<br />
mais econômica dos fatores, por meio <strong>da</strong> qual é obti<strong>da</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong><br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto (VASCONCELOS e GARCIA, 2004).<br />
Outra <strong>de</strong>finição po<strong>de</strong>mos encontrar em REIS (2007), que especifica<br />
o custo <strong>de</strong> produção como a soma dos valores <strong>de</strong> todos os recursos<br />
(insumos e serviços) utilizados no processo produtivo <strong>de</strong> uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
agrícola, em certo período <strong>de</strong> tempo e que po<strong>de</strong>m ser classificados em<br />
curto e longo prazos. Comenta que a estimativa dos custos está liga<strong>da</strong><br />
à gestão <strong>da</strong> tecnologia, ou seja, à alocação eficiente dos recursos produtivos<br />
e ao conhecimento dos preços <strong>de</strong>stes recursos.<br />
Em termos econômicos, a questão relativa ao curto ou longo<br />
prazo refere-se à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> variação dos fatores <strong>de</strong> produção.<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se curto prazo se pelo menos um dos fatores <strong>de</strong> produção<br />
não pu<strong>de</strong>r variar no período consi<strong>de</strong>rado, quando no longo prazo, todos<br />
os fatores po<strong>de</strong>m variar (CASTRO et al, 2009).<br />
Ao se falar em custos, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>finir os conceitos em termos<br />
econômicos. O custo econômico consi<strong>de</strong>ra os custos explícitos, que se<br />
referem ao <strong>de</strong>sembolso efetivamente realizado, e os custos implícitos<br />
que dizem respeito àqueles para os quais não ocorrem <strong>de</strong>sembolsos<br />
efetivos, como é o caso <strong>da</strong> <strong>de</strong>preciação e do custo <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
que se refere ao valor que um <strong>de</strong>terminado fator po<strong>de</strong>ria receber em algum uso alternativo (CASTRO et al,<br />
2009).<br />
Outro conceito importante é o <strong>de</strong> custo operacional, que é o custo <strong>de</strong> todos os recursos que exigem<br />
<strong>de</strong>sembolso monetário por parte <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva para sua recomposição, incluso a <strong>de</strong>preciação; e a<br />
sua finali<strong>da</strong><strong>de</strong> na análise é a opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em casos em que os retornos financeiros sejam inferiores aos<br />
<strong>de</strong> outras alternativas, representa<strong>da</strong>s pelo custo <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> (REIS, 2007)<br />
Os custos <strong>de</strong> produção são divididos em dois tipos. Os custos variáveis totais (CVT) são a parcela<br />
dos custos totais que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> produção e por isso mu<strong>da</strong>m com a variação do volume <strong>de</strong> produção.<br />
Representam as <strong>de</strong>spesas realiza<strong>da</strong>s com os fatores variáveis <strong>de</strong> produção. Na contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial,<br />
são chamados <strong>de</strong> custos diretos (VASCONCELOS e GARCIA, 2004).<br />
Os custos fixos totais (CFT) correspon<strong>de</strong>m às parcelas dos custos totais que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> produção.<br />
São <strong>de</strong>correntes dos gastos com os fatores fixos <strong>de</strong> produção. Na contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong>, são chamados<br />
<strong>de</strong> custos indiretos (VASCONCELOS e GARCIA, 2004).<br />
O custo total (CT) é a soma dos custos fixos totais e variáveis totais.<br />
Companhia Nacional <strong>de</strong> Abastecimento<br />
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