O Homem-Espiritual vol3- Watchman-Nee - Igreja em Feira de ...
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nhec<strong>em</strong>os a verda<strong>de</strong>. Pela mente, tiramos a prova. E<br />
como é fácil errar! S<strong>em</strong> o auxílio da mente, ver<strong>em</strong>os<br />
que é difícil <strong>de</strong>finir o que é genuinamente <strong>de</strong> Deus.<br />
A atuação da mente também é necessária no processo<br />
normal <strong>de</strong> receber orientação do Senhor. Embora<br />
a orientação proveniente da intuição muitas vezes<br />
seja oposta ao raciocínio, ainda assim t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> usar a<br />
cabeça, não para discutir com a intuição, mas para examinar<br />
se aquele pensamento realmente v<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />
Deus. A intuição capta a vonta<strong>de</strong> divina rapidamente;<br />
entretanto precisamos <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po para o cérebro procurar<br />
provar se o que ele apreen<strong>de</strong>u v<strong>em</strong> <strong>de</strong> fato da<br />
nossa intuição e do Espírito Santo. Se for <strong>de</strong> Deus, durante<br />
a prova, nossa intuição <strong>em</strong>itirá um sentimento<br />
ainda mais preciso, produzindo <strong>em</strong> nós uma fé ainda<br />
mais forte, dando-nos a certeza <strong>de</strong> que aquela mensag<strong>em</strong><br />
v<strong>em</strong> do Senhor. Nesse sentido, o exercício do intelecto<br />
é benéfico e correto. Contudo, se essa impressão<br />
for do nosso pensamento e do sentimento carnal,<br />
nossa consciência se oporá durante o processo <strong>de</strong> verificação.<br />
Conseqüent<strong>em</strong>ente, o teste mental, para enten<strong>de</strong>r<br />
se um assunto é ou não <strong>de</strong> Deus, não implicará<br />
interferência. Pelo contrário, dará oportunida<strong>de</strong> à intuição<br />
<strong>de</strong> provar que <strong>de</strong> fato é verda<strong>de</strong>ira. Se o pensamento<br />
for mesmo da intuição, o que t<strong>em</strong> ela a t<strong>em</strong>er<br />
da prova da mente? Por outro lado, qualquer idéia que<br />
tiver medo <strong>de</strong> uma verificação, provavelmente v<strong>em</strong> da<br />
própria pessoa. A cabeça não <strong>de</strong>ve nunca guiar ou<br />
conduzir, mas, inquestionavelmente, <strong>de</strong>ve testar a autenticida<strong>de</strong><br />
da direção.<br />
Tal ensinamento concorda com as Escrituras: "Não<br />
vos torneis insensatos, mas procurai compreen<strong>de</strong>r<br />
qual a vonta<strong>de</strong> do Senhor" e "provando s<strong>em</strong>pre o que<br />
é agradável ao Senhor" (Ef 5.17,10). Não pod<strong>em</strong>os<br />
<strong>de</strong>sprezar o funcionamento da mente. Deus não elimina<br />
os vários componentes da alma do hom<strong>em</strong>; primeiro,<br />
ele os renova e, <strong>de</strong>pois, os usa. O Senhor quer que<br />
seus filhos saibam o que estão fazendo quando obe<strong>de</strong>c<strong>em</strong>.<br />
Ele não <strong>de</strong>seja que o sigamos inconsciente e cegamente.<br />
Ele não quer que ninguém siga o que ouve e<br />
o que sente com uma mente confusa, s<strong>em</strong> saber do<br />
que se traia. Tampouco é seu método usar qualquer<br />
parte do corpo do crente s<strong>em</strong> a compreensão e o consentimento<br />
<strong>de</strong>le. A intenção <strong>de</strong> Deus é que o cristão<br />
entenda a vonta<strong>de</strong> divina e, conscient<strong>em</strong>ente, obe<strong>de</strong>ça<br />
ao Senhor com todo o seu ser. Qu<strong>em</strong> se recusa a ter<br />
uma atitu<strong>de</strong> responsável, e fica passivo esperando que<br />
Deus o mova parcial ou totalmente, está sendo preguiçoso.<br />
O Senhor, porém, quer que o hom<strong>em</strong> examine<br />
ativamente qual é a vonta<strong>de</strong> divina, para <strong>em</strong> seguida<br />
exercitá-la, obe<strong>de</strong>cendo a Deus. O Senhor exige uma<br />
operação harmoniosa da intuição com a consciência<br />
do hom<strong>em</strong>.<br />
Portanto, se o crente não reconhecer que esse é o<br />
método normal <strong>de</strong> Deus nos guiar, po<strong>de</strong> cair na passi-<br />
vida<strong>de</strong>. Fica esperando que o Senhor coloque sua vonta<strong>de</strong><br />
no pensamento <strong>de</strong>le. E segue cegamente toda orientação<br />
sobrenatural que recebe, s<strong>em</strong> exercitar a inteligência<br />
para examinar se ela realmente proce<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Deus. Esse crente espera até mesmo que o Senhor use<br />
seu corpo como se ele fosse um autômato. Ele não<br />
<strong>em</strong>prega a mente para enten<strong>de</strong>r, n<strong>em</strong> a consciência para<br />
executar aquilo que é a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus. A conseqüência<br />
<strong>de</strong> tal ignorância é que o inimigo inva<strong>de</strong> a sua<br />
mente, visto que a passivida<strong>de</strong> é uma condição que<br />
favorece esse fenômeno. (Tratar<strong>em</strong>os disso mais adiante.)<br />
Se o hom<strong>em</strong> não utiliza a inteligência, Deus<br />
também não a usa, pois isso seria contrário à maneira<br />
como o Senhor opera. Os espíritos malignos, entretanto,<br />
o faz<strong>em</strong>. Eles nunca hesitam <strong>em</strong> aproveitar uma<br />
oportunida<strong>de</strong> para usar a mente do hom<strong>em</strong>. Portanto é<br />
insensatez <strong>de</strong>ixarmos nossa mente afundar num estado<br />
<strong>de</strong> passivida<strong>de</strong>, pois os espíritos inimigos estão à espreita,<br />
buscando a qu<strong>em</strong> possam <strong>de</strong>vorar.<br />
Avanc<strong>em</strong>os mais um passo nesse assunto da passivida<strong>de</strong><br />
como base para a atuação dos espíritos malignos.<br />
Estamos cientes <strong>de</strong> uma classe <strong>de</strong> indivíduos que<br />
gosta <strong>de</strong> se comunicar com esses espíritos. As pessoas,<br />
<strong>em</strong> geral, não <strong>de</strong>sejam ser possuídas por d<strong>em</strong>ônios,<br />
mas essa classe especial anseia por isso. São os adivinhos,<br />
os agoureiros, os médiuns, os necromantes. Observando<br />
atentamente a forma como eles ficam possessos,<br />
pod<strong>em</strong>os compreen<strong>de</strong>r o princípio da possessão<br />
d<strong>em</strong>oníaca. Essas pessoas diz<strong>em</strong> que, a fim <strong>de</strong> ficar<strong>em</strong><br />
possessas por aquilo que elas chamam <strong>de</strong> "<strong>de</strong>uses"<br />
(que na realida<strong>de</strong> são d<strong>em</strong>ônios), não pod<strong>em</strong> lhe<br />
oferecer nenhuma resistência. Têm <strong>de</strong> estar dispostos<br />
a aceitar aquilo que vier sobre seu corpo, seja o que<br />
for. Para tornar<strong>em</strong> sua vonta<strong>de</strong> totalmente passiva,<br />
primeiro, têm <strong>de</strong> reduzir a mente a um branco total. O<br />
cérebro vazio produz uma vonta<strong>de</strong> passiva. Esses dois<br />
el<strong>em</strong>entos são os requisitos básicos para a possessão<br />
d<strong>em</strong>oníaca. Por isso, um necromante que está esperando<br />
que sou "<strong>de</strong>us" venha sobre ele, põe-se a abanar<br />
a cabeça por algum t<strong>em</strong>po, até ficar tonto. Assim, sua<br />
mente fica completamente "<strong>de</strong>sligada". Como a mente<br />
está vazia, sua vonta<strong>de</strong> naturalmente se torna imóvel.<br />
Nesse ponto, sua boca começa a se mover <strong>de</strong> forma<br />
involuntária, o corpo tr<strong>em</strong>e gradativamente e, daí a<br />
pouco, seu "<strong>de</strong>us" <strong>de</strong>sce sobre ele. Essa é uma maneira<br />
<strong>de</strong> se ficar possesso. Embora haja outras, o princípio<br />
para todo espírita é o mesmo: buscar a passivida<strong>de</strong><br />
da vonta<strong>de</strong> esvaziando totalmente a mente. Todos<br />
os espíritas concordam que, quando os espíritos<br />
ou d<strong>em</strong>ônios <strong>de</strong>sc<strong>em</strong> sobre eles, sua cabeça não po<strong>de</strong><br />
mais pensar e sua vonta<strong>de</strong> não mais atua. Enquanto<br />
não alcançar<strong>em</strong> esse estado <strong>de</strong> mente vazia e vonta<strong>de</strong><br />
inerte, não estarão possessos.<br />
O chamado hipnotismo científico e a ioga religiosa<br />
<strong>de</strong> hoje, que capacitam os indivíduos a receber os po<strong>de</strong>res<br />
da telepatia, da cura e da transfiguração, na rea-