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O Homem-Espiritual vol3- Watchman-Nee - Igreja em Feira de ...

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Deus quer que exercit<strong>em</strong>os nossa vonta<strong>de</strong> ativamente<br />

para cooperarmos com ele. Ele revela isso através <strong>de</strong><br />

diversas passagens das Escrituras: "Se alguém quiser<br />

fazer a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>le, conhecerá a respeito da doutrina..."<br />

(Jo 7.17), e "pedireis o que quiser<strong>de</strong>s, e vos será<br />

feito" (Jo 15.7). Deus nunca <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra a nossa<br />

vonta<strong>de</strong>.<br />

Nós, seres humanos, <strong>de</strong>sfrutamos <strong>de</strong> uma vonta<strong>de</strong><br />

livre. Deus nunca usurpa essa vonta<strong>de</strong>. Ele espera<br />

nossa obediência, mas ao mesmo t<strong>em</strong>po respeita nossa<br />

personalida<strong>de</strong> (observe que a palavra "personalida<strong>de</strong>",<br />

conforme <strong>em</strong>pregamos neste livro, t<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong><br />

vista a pessoa do hom<strong>em</strong> e não seu caráter). Deus <strong>de</strong>seja<br />

que queiramos o que ele também quer. Ele não<br />

usurpa nosso querer, reduzindo nossa vonta<strong>de</strong> a uma<br />

inativida<strong>de</strong> mortal. Ele precisa da nossa cooperação<br />

mais positiva. Seu prazer se realiza quando a criatura<br />

alcança o ápice, isto é, a perfeita liberda<strong>de</strong> da vonta<strong>de</strong>.<br />

Na criação, Deus conce<strong>de</strong>u ao hom<strong>em</strong> uma vonta<strong>de</strong><br />

s<strong>em</strong> grilhões. Na re<strong>de</strong>nção, ele recuperou essa vonta<strong>de</strong>.<br />

Visto que ele não nos criou para prestar-lhe uma<br />

obediência mecânica, como é que po<strong>de</strong>ria esperar que<br />

o hom<strong>em</strong> redimido fosse um autômato, agindo sob a<br />

direção divina, por controle r<strong>em</strong>oto? A gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong><br />

Deus certamente se manifesta no fato <strong>de</strong> ele não exigir<br />

que, para sermos obedientes, tenhamos <strong>de</strong> nos tornar<br />

como um pedaço <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou uma pedra. Seu plano<br />

consiste <strong>em</strong> fazer-nos obe<strong>de</strong>cer-lhe voluntariamente,<br />

pela operação do seu Espírito <strong>em</strong> nosso espírito. Ele<br />

se recusa a querer <strong>em</strong> nosso lugar.<br />

Em suma, a lei que governa a operação <strong>de</strong> Deus no<br />

hom<strong>em</strong> é exatamente a mesma que governa a operação<br />

<strong>de</strong> Satanás. Deus se <strong>de</strong>leita <strong>em</strong> ver o hom<strong>em</strong> com<br />

a vonta<strong>de</strong> livre, por isso o criou com essa capacida<strong>de</strong>.<br />

Isso significa que a humanida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> escolher<br />

e <strong>de</strong>cidir acerca <strong>de</strong> qualquer assunto a ela relacionado.<br />

Embora Deus seja o Senhor <strong>de</strong> todo o universo,<br />

ele se autolimita, para não usurpar a vonta<strong>de</strong> livre do<br />

hom<strong>em</strong>. Ele nunca força o hom<strong>em</strong> a ser-lhe leal. Satanás,<br />

do mesmo modo, não t<strong>em</strong> como usurpar nenhuma<br />

faculda<strong>de</strong> do hom<strong>em</strong> s<strong>em</strong> o consentimento <strong>de</strong>ste, <strong>de</strong><br />

modo consciente ou não. Tanto Deus quanto o diabo,<br />

antes <strong>de</strong> atuar no hom<strong>em</strong>, precisam convencê-lo a darlhes<br />

permissão para isso. Quando o hom<strong>em</strong> "<strong>de</strong>seja" o<br />

b<strong>em</strong>, Deus o realiza; quando ele "<strong>de</strong>seja" o mal, os<br />

espíritos malignos o realizam. Foi isso que vimos no<br />

jardim do É<strong>de</strong>n.<br />

Antes da regeneração, a vonta<strong>de</strong> do hom<strong>em</strong> estava<br />

escravizada a Satanás; logo, não era livre. Em um<br />

cristão regenerado e vencedor, a vonta<strong>de</strong> é livre e,<br />

portanto, capaz <strong>de</strong> optar pelo que é <strong>de</strong> Deus. Como<br />

Satanás jamais <strong>de</strong>siste, usa <strong>de</strong> inúmeras maneiras para<br />

recapturá-lo. Ele sabe muito b<strong>em</strong> que nunca vai conseguir<br />

essa permissão <strong>de</strong> modo explícito. Por isso, usa<br />

ardis para obtê-la. Satanás precisa da permissão do<br />

crente, mas este jamais vai dá-la. O diabo, então, passa<br />

a valer-se do engano para obter esse consentimento.<br />

Os espíritos malignos não pod<strong>em</strong> entrar no hom<strong>em</strong><br />

s<strong>em</strong> a permissão da vonta<strong>de</strong> humana, e só pod<strong>em</strong> ir<br />

até on<strong>de</strong> sua vonta<strong>de</strong> consentir.<br />

Se conhecermos o princípio da vida espiritual, e<br />

também as condições para a atuação dos espíritos malignos,<br />

não correr<strong>em</strong>os esse perigo. Muitas vezes, os<br />

crentes d<strong>em</strong>onstram uma falta <strong>de</strong> consciência, tanto da<br />

vantag<strong>em</strong> que o adversário leva <strong>de</strong>vido à sua inércia,<br />

quanto da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter uma vonta<strong>de</strong> ativa cooperando<br />

com Deus. Essa ausência <strong>de</strong> consciência é<br />

que torna passiva a sua vonta<strong>de</strong>. Contudo t<strong>em</strong>os <strong>de</strong><br />

nos l<strong>em</strong>brar s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong> que Deus nunca força sua vonta<strong>de</strong><br />

sobre o hom<strong>em</strong>. E o próprio hom<strong>em</strong> que t<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

ser responsável pelo que faz. Deus não <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> por ele.<br />

Se os espíritos malignos não estão operando <strong>em</strong> algumas<br />

pessoas passivas, isso se dá provavelmente<br />

porque na realida<strong>de</strong> essa passivida<strong>de</strong> não passa <strong>de</strong><br />

preguiça ou <strong>de</strong> inativida<strong>de</strong>. Quando não há a atuação<br />

do espírito maligno, as pessoas pod<strong>em</strong> tornar-se ativas<br />

a qualquer momento. Contudo, se se afundar<strong>em</strong> na<br />

passivida<strong>de</strong> a ponto <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> dominadas, não po<strong>de</strong>rão<br />

se tornar ativas, mesmo que o queiram.<br />

É aqui, pois, que v<strong>em</strong>os o contraste entre a operação<br />

<strong>de</strong> Deus e a <strong>de</strong> Satanás. Embora o Senhor queira<br />

que o hom<strong>em</strong> se submeta inteiramente a ele, seu <strong>de</strong>sejo<br />

é que ó ser humano use também os talentos que<br />

possui, <strong>em</strong> cooperação com o Espírito Santo. Satanás,<br />

por outro lado, exige que a vonta<strong>de</strong> do hom<strong>em</strong> cesse<br />

por completo, a fim <strong>de</strong> que seus d<strong>em</strong>ônios atu<strong>em</strong> por<br />

ele. O contraste é realmente sério. Deus convida o<br />

hom<strong>em</strong> a optar pela vonta<strong>de</strong> divina <strong>de</strong> modo ativo,<br />

consciente e voluntário, a fim <strong>de</strong> que seu espírito, alma<br />

e corpo sejam livres. Satanás força-o a ser seu escravo<br />

passivo e cativo. Deus <strong>de</strong>termina que o hom<strong>em</strong><br />

seja autônomo e livre para ser seu próprio senhor. Satanás<br />

força o hom<strong>em</strong> a ser sua marionete, totalmente<br />

manipulado por ele. Deus não exige que o hom<strong>em</strong><br />

cesse suas ativida<strong>de</strong>s para que possa operar nele. Satanás<br />

manda que o hom<strong>em</strong> seja totalmente passivo e inativo.<br />

Deus pe<strong>de</strong> ao hom<strong>em</strong> para atuar <strong>em</strong> cooperação<br />

com ele conscient<strong>em</strong>ente. Satanás or<strong>de</strong>na ao hom<strong>em</strong><br />

que lhe obe<strong>de</strong>ça passivamente. É verda<strong>de</strong> que<br />

Deus requer do hom<strong>em</strong> que cesse todas as suas ativida<strong>de</strong>s<br />

pecaminosas, pois s<strong>em</strong> isso ele não po<strong>de</strong> cooperar<br />

com o Espírito Santo. Satanás, porém, exige que<br />

ele cesse com todas as suas ativida<strong>de</strong>s, incluindo as da<br />

alma, a fim <strong>de</strong> que seus asseclas possam atuar pelo<br />

hom<strong>em</strong>. Assim, Satanás reduz o ser humano a uma<br />

simples peça <strong>de</strong> máquina, s<strong>em</strong> nenhuma responsabilida<strong>de</strong><br />

consciente.<br />

E triste perceber que os cristãos ignoram que Deus<br />

vive neles e que <strong>de</strong>sconhec<strong>em</strong> o princípio da operação<br />

divina na vida <strong>de</strong>les. Acham que o Senhor quer que

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